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História Descobertas do coração de uma adolescente perdida.-Bubbline - Se assumindo.


Escrita por: Astigmatta_

Notas do Autor


Aweeeeeeeee voltei! Minha criatividade tbm! Ó só, muito obg pelo apoio de vcs, vcs são os melhores!

Capítulo 16 - Se assumindo.


Em casa, a primeira coisa que fiz quando cheguei foi ir para o quarto e abafei os meus gritos no travesseiro, aquilo era sinal de que eu iria começar a chorar compulsivamente. Na hora que Marshall falou que Hudson expulsou Marceline de casa a pontapés, o ódio que eu sentia por Hudson duplicou de uma maneira que nem mesmo eu conseguia explicar o que eu mesmo sentia.
Meus olhos ficaram marejados e em seguida lágrimas caíram constantemente sobre o meu travesseiro sujando-o, meu rosto estava vermelho junto com meus olhos, a boca amarga deixava tudo ainda mais pior. O sentimento agoniante me atingia cada vez mais, dava vontade de pegar uma mochila e sair para tentar encontra-la.
Ontem nós nos entregamos uma a outra pela primeira vez e no dia seguinte ela é expulsa de casa a pontapés? É demais, não consigo imaginar um ser humano lidar com tudo isso todo dia...  

-Filha?- minha mãe adentrou o meu quarto devagar, mas apertou o passo quando ela percebeu que eu estava chorando, sentou-se perto de mim- Meu deus filha, o que aconteceu?

Sem pensar duas vezes, agarrei o seu pescoço a abraçando, ela meio surpresa correspondeu ao abraço e eu continuava a sujar sua camisa de seda branca com minhas lágrimas que teimam a cair. Ela esfregava minhas costas na tentativa de me acalmar, se fosse com outra pessoa eu nunca me acalmaria, mas como é o carinho da minha mãe, eu me acalmei aos poucos. Realmente, esse momento não tem preço.

-Agora que está mais calma você pode me explicar o que aconteceu? - ela e eu fizemos contato visual - Foi alguma coisa com o Finn?

Ela ainda pensava que eu namorava com o Finn, eu não me lembrava de ter contato alguma coisa para ela sobre Marceline. Minha mãe e eu sempre tivemos uma relação aberta, eu tinha mais intimidade com ela do que com o meu pai que sempre esteve ausente por causa do trabalho. Normalmente eu só o via nos feriados, eu praticamente não o conhecia.

-Mãe, eu e Finn não estamos mais namorando.
- O que? Mas por que? Vocês sempre fizeram um casal tão lindo - ela parecia surpresa
-Eu não sei, acho que a química entre nós não existia mais.
- Ah filha que pena, tenho certeza que você vai achar outro rapaz melhor que ele.

Ela colocou algumas mechas atrás da minha orelha enquanto me encarava com um olhar acolhedor e compreensivo, a expressão do meu rosto deixou ela confusa porque invés de concordar com ela e agradecer pelo momento, eu estava séria encarando minhas mãos trêmulas.

-Ei, o que foi? Você não parece melhor. - ela fez com que eu olhasse pra ela de novo.
-Não é por causa disso que eu estou desse jeito. - demorei um pouco pra responder, qual a chance de tudo isso melhorar? Se eu contar pra ela sobre eu e a Marcy e ela reagir mal, pelo menos eu vou poder me juntar com os moradores de rua.
-Então o que é?

Não é bom contar assim de cara, vou impor uma situação.

-Eu tenho uma amiga, o nome dela é Marceline. - ela ouvia atenta- Bom, ela namorava um outro amigo meu, eles estavam juntos a 1 ano. E... ela viu que ele e ela não tinham mais nada a ver, mas como esse meu outro amigo  é muito sensível, ela resolveu não terminar.
- Ela já cometeu o primeiro erro, minha filha se ela não tem mais nada a ver com esse namorado dela, ja tinha que ter terminado, para que se prender? - ela suspirou- Vai continua.
-Enfim... nesse tempo, ela conheceu uma garota. A novata de lá da escola. Elas duas começaram a sair e ainda ontem ela me contou que estava apaixonada por essa tal garota.

Minha mãe permaneceu quieta, no mínimo eu esperava que ela mostra-se alguma reação, mas ela ficou ali quieta sem dizer nada.

-Daí eu disse pra ela terminar com o namorado dela, dito e feito, ela terminou 3 dias depois. E no dia seguinte, ela descobriu que ele traía ela com uma menina do 2 ano. Assim, ela começou a namorar com a menina que ela se apaixonou ainda ontem.
-É muita coisa pra assimilar, ela se apaixonou por uma menina e depois descobriu que o namorado dela traía ela com outra menina, terminou com ele e depois começou a namorar com essa menina ontem? Gente, essa sua amiga é rápida viu? Será que ela não poderia ter conversado com esse namorado dela primeiro?  Bom, quem sou para julgar? Mesmo dentro de um relacionamento, é possível se sentir atraída por várias pessoas sem que seja o namorado ou a namorada.
-Ela conversou com ele, mãe. Eles dois chegaram a conclusão de que o relacionamento não tava mais dando certo, os dois estão amigos agora.
-Ahh, menos mal. Sem inimigos. Enfim, mas por que você está chorando?
-Essa namorada da minha amiga, tem uns problemas com a família, o pai dela descobriu sobre ela e a namorada dela e... o pai dela além de brigar com o irmão dela duas vezes, ele expulsou ela de casa... por ser lésbica.

Olhei pra minha mãe mais uma vez, agora a sua expressão era de medo, espanto e surpresa. Será que agora ela dirá alguma coisa?

-Bom filha, é realmente uma história bem triste mesmo. Pai de verdade nunca expulsaria a sua filha de casa por causa da sua orientação sexual, eu nunca faria isso.

Quando ela disse "orientação sexual" e não "opção sexual", meu coração quase pulou de alegria e eu estava começando a ter esperanças. O momento em que ela falou que nunca faria isso, eu pensei; "Está tudo bem, parece que eu posso contar para ela."
Depois de um bom tempo se encarando, ela continuou.

- Filha, essa minoria é muito perseguida hoje em dia porque quase todos acham que eles são aberrações, mal eles sabem que isso existe desde que mundo é mundo e os animais são um exemplo para isso. Para você saber, não existe nenhum animal que não tenha praticado pelo menos uma vez a homossexualidade.

Eu não tinha palavras para descrever a minha alegria naquele momento, aquelas palavras saindo da boca de um amigo iria me fazer feliz, mas nunca iria me fazer mais feliz saindo da boca da minha própria mãe. A minha mãe que eu achava ser intolerante, estava se revelando justamente o contrário e eu sabia que isso era raridade.

-Então... você não é contra isso? - perguntei só para ter certeza.
- Claro que não filha, meu ambiente de trabalho tem isso todo dia e eu vivo com isso diariamente, la no zoológico tem dois leões que vivem juntos. - ela disse sorrindo, minha mãe trabalha como veterinária em um zoológico. Foi daí que meu amor por animais surgiu.

Um sorriso largo surgiu no meu rosto um tempo depois e abracei minha mãe de novo, a felicidade era tanta que a minha vontade era de soltar fogos de artifício no céu, o abraço de minha mãe era apertado e acolhedor. Sempre fazia eu me sentir segura.  

-O que foi? - ela perguntou rindo.
-Preciso te contar uma coisa - nós ainda estávamos abraçadas, mas nos separamos depois que eu falei isso.
-Bom, já que estamos conversando então conte. - ela cruzou os braços.
-Bem... Sabe essa minha amiga, a Marceline?
-Sim, o que tem ela?
-A menina que ela começou a namorar recentemente... - fiz uma pausa só para analisar a expressão no rosto de minha mãe antes de contar - Sou eu.

Minha mãe ficou calada e encarou o chão por um tempo enquanto abraçava o meu travesseiro, eu não sabia se tinha feito o correto, mas ela disse que não tinha nada contra então pensei que seria bom eu contar isso para ela e evitar conflitos.

-Mãe? - ela não respondeu nada olhando fixamente para o chão- Mãe? - peguei em seu braço a tirando do transe, ela me olhou. - Você está bem?
-Desculpa filha, eu... - ela fez um gesto de "não sei" com as mãos.- Você me pegou de surpresa com isso - ela sorriu de volta tirando a tensão inteira do ar.
-Não está chateada?
-Eu não diria chateada, eu só estou surpresa, meu amor. Você namorava um garoto, por que agora está namorando essa tal Marceline?
-Mãe... eu não amava mais o Finn, eu não sinto o mesmo que eu sentia quando eu namorava o Finn com a Marceline, ela faz eu me sentir especial e parece que só agora eu descobrir qual o poder do amor.

A expressão no rosto da minha mãe era curiosidade, era como se ela estivesse ouvindo um conto de fadas.

-Eu me sinto amada mãe. Eu amo a Marceline. - segurei suas mãos e ela retribuiu ao toque suspirando, ficamos um bom tempo assim.
-Eu te vejo tão feliz esses dias, minha filha. Eu nunca imaginaria que fosse isso. - ela colocou a outra mecha que restava do meu cabelo atrás da outra orelha - Se você está feliz assim e se realmente a ama, eu não vou julgá-la afinal você é minha filha, e tudo o que eu quero é ver você feliz do jeito que é.
-Mas e Marceline? Ela está desaparecida...
-Não tem problema, nós vamos procurá-la. Ela não deve ter ido muito longe. Ah, antes que eu me esqueça, seu pai tem uma opinião muito cabeça dura sobre isso, por isso guarde esse segredo até você fazer 18. Tudo bem?
-Sim, obrigado - limpo minhas lágrimas.
-De nada, filha.

Agora nós duas estávamos chorando, mas não de tristeza e sim de felicidade, aquele momento nunca sairia da minha cabeça. Eu nunca esquecerei. Eu me assumi para a minha mãe e eu parecia ainda não acreditar, minha mãe e eu nos abraçamos de novo e passamos a tarde toda vendo filmes. Por um momento eu pude esquecer toda essa tensão, minha mãe disse que iria me ajudar a procurar a Marceline á noite. Marcy, aguente firme, nós estamos indo.













Notas Finais


Deixa a tua avaliação do capítulo! Pq me ajuda muitooooooojahdjshsidh
Até a próxima pessoal!
Lembrando que a história só está continuando e vários momentos bons ( e alguns ruins) estao por vim!
See ya!


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