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História Descobertas do coração de uma adolescente perdida.-Bubbline - O reencontro.


Escrita por: Astigmatta_

Notas do Autor


Voltei!!! Voltei!! Pessoal me desculpem a demora , eu estava em provas e agora estou de férias!!! Vai ter capítulo novo toda semana nessa porra 😹😹😹
Vamos chegar a 200 favs antes do cap 20??? Então divulga aí a gente!

Abraço, ótima leitura.

Capítulo 17 - O reencontro.


~Marceline

Andava pelas ruas com os pés dormentes e inseguros de onde estavam indo, a multidão ao meu redor era agoniante e algumas pessoas me olhavam como se eu fosse de outro planeta, para variar a maioria eram homens. Eu não fazia idéia de onde eu estava e para piorar a comida estava escassa, meu estômago implorava desesperadamente por comida e água, meus olhos queriam descansar, mas eu não queria de jeito nenhum dormir na rua e correr o risco de ser estrupada enquanto durmo. Só de pensar nessa possibilidade já me dá calafrios, por causa disso estou quase 2 dias sem dormir. Preciso dormir, preciso comer...

Depois de quase tropeçar no meu próprio pé, eu arranjei um pedaço de papelão e me sentei na porta de um supermercado, meus olhos acompanhavam de maneira exaustante o movimento das pessoas entrando e saindo do supermercado. Tirei de minha mochila uma pequena lata de refrigerante bem aberta e coloquei diante de mim, eu precisava ganhar algum trocado para comer se não eu vou morrer vivendo assim.

Tudo o que eu pensava naquele momento era na escola, no meu irmão e principalmente na Bonnie, será que eles sentem a minha falta? Estranho ninguém ter vindo me procurar depois que fui expulsa de casa pelo meu próprio pai, que aliás não deve tá sentindo nem um pouco a minha falta. Não pude nem se quer pensar na possibilidade de ir para a casa da Bonnie, ela não iria ter condições de me abrigar e também Hudson poderia me achar lá, seria fácil demais assim. Não estou nem um pouco louca de por ela em perigo...

Abracei meu joelho em posição fetal e fechei os olhos, não demorou muito para o sono me atingir e eu adormecer ali mesmo naquela posição desconfortável, mas eu teria de me acostumar porque vai ser naquela posição que eu vou dormir todos os dias enquanto eu for mendiga. O som ensurdecedor dos carros e das pessoas foram obstáculos para eu finalmente conseguir adormecer.

--)))--

O vento frio que batia sobre mim e a chuva não me fizeram acordar, o que me fez acordar foi cutucadas e a menção do meu nome por alguém. Levantei a cabeça devagar para encarar a pessoa.

-Marceline? Marceline, é você? - eu ainda não pudia reconhecer a pessoa que estava na minha frente.
-Hum? - esperei que a minha visão voltasse ao estado normal- Professor Simon?
- Ahh - ele suspirou aliviado - Graças a deus você está viva, vamos, vou tirar você da chuva.

Tudo foi muito rápido e quase não deu tempo para assimilar o que estava acontecendo ali, Simon e eu entramos em um restaurante perto do supermercado. Eu estava encharcada e meus cabelos molhavam de maneira constante o chão do restaurante.

-Tome, pegue isso e se seque. - ele me deu o seu casaco e se sentou numa mesa que estava diante de nós perto da janela.

Vesti seu enorme casaco de couro e sentei na cadeira diante dele, Simon me olhava atento e apoiou suas costas na cadeira.

-Obrigado pelo casaco. - me acomodei na cadeira.
-Não precisa me agradecer - ele sorriu levemente e se aproximou um pouco- Todos estão preocupados com você, sabia?
- Estão?
- Claro, a senhorita Bonnie está surtando junto com o seu irmão. Você está desaparecida desde segunda e hoje é quinta, você é o assunto da escola. Todos querem saber aonde você está.

Naquele momento eu não sabia o que exatamente estava sentindo, nunca imaginei que sentiriam tanto a minha falta, mas eu imaginava que a Bonnie e meu irmão sentiram mais a minha falta do que meus colegas de classe.

- E meu pai? - talvez fosse inútil perguntar por ele agora, mas eu tinha que fazer isso. Foi ele que me expulsou de casa.
- Seu pai não mostrou nenhuma preocupação, até perguntamos se ele sabia aonde você estava e ele falou que não via você a dias e que não fazia ideia do seu paradeiro. Ficamos surpresos com a "tranquilidade" dele ao falar aquilo.

Eu sabia, sabia que ele não sentiria minha falta, mas dane-se porque tudo o que me importa é o Marshall e a Bonnie. Eles são a minha família agora.

-Marceline, por que você fugiu?
-Eu não fugi, Sr.Simon. Quer dizer, não por conta própria.
- O que aconteceu?
- É complicado e eu não acho que eu quero falar sobre isso agora, estou muito cansada, com fome e eu não tenho para onde ir. Você sabe o que isso significa?
-Eu tenho uma ideia... - ele tirou seu óculos pequeno e o colocou em cima da mesa enquanto esfregava seus olhos. - De qualquer forma, eu não posso deixá-la aqui e deixar você correr o risco de ser estuprada ou algo do tipo. Você gostaria de vir comigo e passar a noite na minha casa comigo e com minha esposa?
- Mas eu não tenho roupas para dormir, sem falar que estou muito molhada.
- Não tem problema, a Bety pode emprestar algumas roupas para você, mas eu não vou deixar você aqui. Eu seria um mau exemplo de pessoa, não? - ele me lançou um sorriso brincalhão e nós rimos logo em seguida.
-Eu entendi.
- Então, vamos?

Concordei com a cabeça e nós nos levantamos caminhando em direção a porta de saída do restaurante, estava chovendo muito lá fora por isso que tivemos que correr até o carro do Simon. Nunca em minha vida passar por aquilo esteve em meus planos, ser expulsa de casa e em seguida ser resgatada pelo meu professor de história. Como eu não tinha para aonde ir, eu aceitei o convite porque ele parecia estar entre a "turma" de pessoas que estavam me procurando. Realmente, tenho muita sorte disto acontecer.
Simon morava na região sul do meu estado, bairro nobre para ser mais exato, mas ele não parecia ser aqueles metidos que a gente encontra no mercado ostentando comida, muito pelo o contrário porque com apenas 1 hora dentro do carro, eu pude perceber o quanto ele era esperto e estava sempre com um bom humor eletrizante no rosto. Aquilo imediatamente me deixou confortável.

Simon parou em frente à uma casa decorada com lajotas cinzas com grades brancas, a porta da garagem era imensa e o pátio também. Sabe aquelas casas que você abre o portão e já dá direto com um pátio lindo e decorado e dai dá aquela sensação de aconchego? Era como se eu estivesse em casa quando entrei na casa de Simon. Saímos do carro e Simon abriu a porta enquanto eu adentrava no pátio.

-Estou em casa! - gritou ele quando acabou de fechar o portão.

Imediatamente comecei a ouvir um som de passos correndo, no corredor principal meus olhos avistaram um menino de aparentemente 9 anos com cabelos praticamente iguais aos do Simon, mas ruivos, vindo em nossa direção.

-Papai! - ele passou correndo por mim e se jogou no colo de Simon que ja o esperava agachado.
-Ô campeão! - os dois deram um longo abraço- O que você está fazendo a essa hora acordado, han? - ele beijou a testa do menino sorridente que agarrou o pescoço do pai.  

Vendo aquela cena eu não sabia como reagir, eu estava diante do próprio modelo de pai e filho perfeitos, o filho de Simon estava tão sorridente que só faltava chorar de alegria e Simon estava com um olhar de orgulho no rosto. Eu estava ali parada como uma estátua sem saber o que fazer, acho que é porque eu nunca tive esse tipo de contato com o meu pai, só com a minha mãe que está morta... É, algumas pessoas nascem com sorte, outras não.

- Já fez o seu dever?
- Sim, acredita que eu consegui fazer o dever sozinho?
- Foi mesmo? Bom, como recompensa, eu e você vamos dar uma volta na praia amanhã e jogar volley, pode ser?
-Sim!

Simon olhou para mim de novo e seu filho me encarou com curiosidade.

-Filho, essa aqui é a Marceline, uma aluna do papai. Diga "oi" para ela.
-Oi - ele acenou pra mim curioso.
-Olá - sorri sem graça de volta.

Simon começou a andar com seu filho em direção a sala então subimos uma pequena rampa antes de adentrarmos na sala, era uma sala grande com um sofá que era maior que a minha cama em frente à uma televisão nem tão grande assim, a sala era cinza com detalhes brancos com um enorme tapete branco e felpudo no centro, nos cantos da sala haviam estantes de discos, CDs e livros. Uma sala bem moderna diga-se de passagem.

-Chegou, Simon? - uma mulher linda de cabelos ruivos surgiu da cozinha com um avental branco amarrado ao corpo. Ela me olhou curiosa. - Quem é essa?
- Bety. - Simon soltou seu filho no chão e em seguida encarou a esposa - Essa é Marceline, é a aluna que estava desaparecida.

Ela não falou nenhuma palavra, só me olhou de relance e voltou a olhar para Simon.

- Eu preciso falar com você. - ele conduziu sua esposa para a cozinha me deixando sozinha com seu filho.

A esposa de Simon parecia inquieta a princípio, mas espero que ela deixe eu passar a noite, caso ao contrário irei ter que brigar com os mendigos debaixo da ponte.

-Você quer ver meu novo brinquedo? - o pequeno chamou a minha atenção com a sua voz fina.
- Claro. - dei um leve sorriso e sentei com ele no tapete felpudo.

O filho de Simon era mais parecido com sua mãe do que com o próprio pai, os cabelos eram todos de sua mãe, mas o comprimento era do cabelo do pai, pele só um pouco pálida e grandes olhos expressivos. Um bom tempo depois, Simon apareceu com a Bety ao seu lado inexpressivos, era como se eles estivessem acabado de sair de uma briga ou algo assim.

-Marceline? - Me levantei assim que Simon pronunciou meu nome. - Nós vamos deixar você passar uma semana aqui, esse tempo é para você explicar o que aconteceu com você para gente porque nós sabemos que é uma história longa e você precisa de tempo, não é? - ele fez um gesto com a mão e eu apenas confirmei com a cabeça.
-Sinta-se em casa, eu sou a Bety.- ela veio até mim e me abraçou.
-Vamos, vou te apresentar o seu quarto.

Simon enquanto me levava até o quarto tinha um semblante preocupado no rosto, mas eu não sabia o porquê, olhei para trás e seu filho já não estava lá, provavelmente foi levado pela mãe para o quarto. Paramos em uma porta de cor marrom com uma maçaneta de cor cinza.

-É aqui. - ele abriu a porta.- Esse aqui é o seu quarto.

O quarto não era muito grande, mas com uma cama de casal e com um tapete no centro branco dava ao quarto um toque chique, tinha um box preto com detalhes brancos do outro lado do quarto encostado na parede. A janela era enorme tipo aquelas de hotel 5 estrelas.

-Descanse porque amanhã você vai voltar pra escola, mocinha. - ele falou com um ar brincalhão.
- Sim - sorri rindo - Obrigada, Simon. - Abracei ele com todas as minhas forças, por sorte ele retribuiu.
- Por nada, vá dormir vá. - ele me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Depois de tomar banho e vestir uma roupa seca que estava dentro do box, na cama fiquei pensando como será amanhã, meu irmão e Bonnie devem estar preocupados comigo e eu sinto tanta falta deles. Dormi tranquila.

--))--))

Na manhã seguinte eu não pude disfarçar a minha ansiedade quando entrei na escola, todo mundo me olhava curioso e eu gelava a cada passo, aquele frio na barriga. Assim que entrei no corredor principal, Bonnie me viu de longe e sua primeira reação foi por suas mãos no rosto chorando de felicidade, caminhei até ela e ela até mim. Nos abraçamos e descansamos todo o peso que sentimos naquele abraço, seus braços moravam em meu pescoço e os meus na sua cintura, nossos rostos estavam mergulhados no pescoço uma da outra. Meus olhos estavam marejados enquanto que ela se desmanchava em lágrimas.















Notas Finais


Deixa a tua avaliação do cap pq me ajuda muitooooooooo , divulgue pras amigas e um beijo!
Até a próxima!
Amo vocês.


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