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História Descobri em teu olhar - Amnésia


Escrita por: GiuMands

Notas do Autor


Olaaá,

Estou atrasada como sempre né? Serei breve, deu bloqueio e demorei de postar, ai comecei a escrever mas não saiu grande coisa...
Ta sem capa, porque a preguiça ta atacada de achar uma que combine com o capitulo, mas enfim né
O capitulo de hoje não tem tantos pov's e sim mas o da Duda e Paulo, e um pov do Galdino, mostrando um pouquinho da situação dele, que fique bem claro que não gosto dele só na fanfic porque na vida real, morro de amores por esse homem jdksfkdsfks
Enfim, até lá em baixo e boa leitura!

Capítulo 29 - Amnésia


~Duda pov on~

 

Duda: Ai meu Deus Paulo,  vo-você ta vivo.- falei com os olhos cheios de lágrimas e ele me olhou confuso- Você não sabe mesmo quem sou eu né? Sou eu, Eduarda.  

 

Dr. Luan: Ei garotão, vejo que finalmente acordou- disse examinando-o e anotando algo em sua prancheta- Você deve estar um pouco perdido,  mas sou o Dr.Luan e seu nome é Paulo, não tente se esforçar pra tentar falar, aos poucos você irá se lembrar. E Eduarda, precisamos conversar, já venho te dar alguns medicamentos Paulo. - falou me guiando até lá fora.

 

Duda: Fiz algo de errado, é por causa que eu invadi a UTI né?- disse assustada.

 

Dr. Luan: Que isso, foi até bom ter feito isso porque fez com que o Paulo acordasse e agora respirar sem os aparelhos.

 

Duda: E esse esquecimento? Ele nem sabe quem sou.

 

Dr. Luan: Está falando da amnésia? Ainda vamos fazer uns exames e digo que não tem um tempo determinado, vamos dar os medicamentos certos e veremos como ele reage.

 

Duda: Olha, preciso falar algo, sabe daquela vez que comentamos sobre ter alguém querendo sabotar o Paulo, Dulce contou né?- assentiu- Então, peço que fiquem atentos porque podem...

 

Dr. Luan: Não precisa continuar, ainda bem que comentou sobre isso, por acabei notando que as medicações estavam sendo trocadas, e isso ajudou na desaceleração do processo, vou acabar monitorando Paulo.

 

Duda: Não. Digo, porque vocês não colocam uma câmera escondida lá? Ainda não tenho certeza, mas aquela enfermeira ruiva não me parece confiável.

 

Dr. Luan: Carla? Além de uma pessoa gentil é uma ótima profissional, e tem se oferecido muito pra ajudar o Paulo a se recuperar, não acho que tenha sido ela. Sobre a câmera, até temos mas está desativada, não achamos desnecessário ativa-lá pois o tempo todo tem medicos e principalmente Carla monitorando o estado dele, mas solicitarei para ativar só por precaução, certo?

 

Duda: Mais que certo, ta ótimo. Ah, e mais uma perguntinha, ele ainda corre risco de morte?- disse olhando em direção ao quarto que Paulo estava.

 

Dr. Luan: Só se ele pegar algum tipo de infecção, que é praticamente impossível porque aqui procuramos ter o máximo de higienação possível, caso contrário ele não tem nenhuma chance de correr risco de morte.-sorri aliviada- É isso, qualquer informação nos avisaremos.

 

Estava totalmente deslocada, acabei de ver o Paulo morto em minha frente, agora ele está acordado e com amnésia, loucura não é mesmo?

Segui até a recepção peguei um copo d'agua e logo vi o pessoal vindo em minha direção desesperados e com os olhos vermelhos, provavelmente de choro.

 

Laura: Desculpa pela demora Du, viemos no meu carro e minha gasolina acabou no meio do caminho, nem fala nada eu sei que você vai jogar minha cara igual a Alice- revirou os olhos- Nossa Laura,  falei pra você parar com essas manias de ter preguiça de encher o tanque, uma hora ou outra iria acontecer e blablabla- disse tentando imitar a voz dela.

 

Alice: Ta bom Laura, ta bom, já foi mas agora o que interessa é o Paulo que... ta morto.- engoliu seco.

 

Comecei a rir, não sei o que deu em mim,  minha tentativa falha de falar que ele acordou não rolou, em vez disso ri de nervoso.

 

Alice: Eduarda, qual o seu problema?! Está todo mundo mal e você rindo.

 

Nathan: Ela deve estar apenas com nervosismo.

 

Duda: Não gente, é felicidade mesmo.

 

Que?- disseram em um uníssono.

 

Caique: Eduarda, te drogaram?

 

Matt: Você é retardada por acaso? Sempre foi a mais madura do grupo e ta agindo assim. Eduarda, não estou lhe reconhecendo.- cruzou os braços.

 

Duda: Ai gente, desculpas,  não me expressei direito. Peço que vocês prestem bastante atenção no que irei falar, não se assustem e também não estou louca, mas o Paulo acordou!

 

Matt: Com certeza ela não ta bem.

 

Nathan: Cala a boca merda, como assim Du?

 

Caique: Explica essa história direito, porque há uma hora atrás você ligou desesperada.

 

Duda: Então, ele tinha morrido até o momento, mas vocês sabem que assisto muito filme, e acabei invadindo a UTI pra mostrar uma música pra ele e...- contei toda história e eles ficaram confusos de começo, porém logo começaram a encaixar as peças, menos Laura e Alice que eu tive que repetir a história que elas são um poucos lerdas.

 

Matt: Realmente, parece que você encorporou naqueles filmes que você assiste, mãezinha do céu, você é muito forte por passar por tudo e não enlouquecer, se bem que você quase enlouqueceu com aquele seu ataque de riso.

 

Nathan: Mas então, você conseguiu identificar a enfermeira agora?

 

Duda: Que bom que você comentou sobre isso Nathan, o nome dela é Carla, segundo o Dr. Luan ela é a que mais tem se oferecido pra ajudar no caso do Paulo, já falei pra ele ficar atento, vou ver se converso com a diretoria do hospital sobre isso.

 

Caique: Mas que vadia mais esperta, a gente tem que tomar providências disso o mais rápido possível e...- foi interrompido quando o celular de todos chegou mensagem.

 

Tentem algo e logo logo o amiguinho de vocês passa daquela cama pro caixão, fiquem espertos, depois não digam que eu não avisei. Não pensem que é a enfermeirinha burra que ta mandando isso, posso ser  qualquer pessoa. -MB- lemos em um uníssono.

 

Laura: Mas que emocionante isso gente, Eduarda passa por aqueles filmes que ela assiste, e eu to me sentindo em Pretty Little Liars, que máximo - disse empolgada.

 

Matt:Laura, cala a boca vai.

 

Alice: Só fala merda, meu Deus.- revirou os olhos

 

Duda: A partir de agora temos que tomar cuidado com o que fazemos e falamos, parece que esse "MB" não está de brincadeira mesmo.- disse e todos assentiram.- Mas ainda precisamos saber sobre a vida daquela enfermeira.

 

Caique: Ei Nathan, lembra daquela Francine e Valeska da recepção do andar de cima?

 

Nathan: O quê tem elas? Ahh entendi.

 

Alice: Entendeu o quê Nathan?

 

Laura: O que elas tem de tão importante assim?

 

Caique: Elas tem o prontuário daquela enfermeira.

 

Nathan: E como são mais burras que uma porta, podemos fazer a cabeça delas pra pegar o prontuário.

 

Matt: Será que elas tambem tem o prontuário do Dr. Luan, tava precisando do número dele pra umas consultas particulares.

 

Duda: Sei, Matthew você fala da Laura mas é pior que ela, céus.

 

Nathan: Vamo lá Ca?- assentiram e foram.

 

Xx: Duda?- disse uma voz conhecida e virei pra trás pra ver quem era.

 

Duda: Dona Rosangela? Quer dizer,  oi.- disse sem jeito.

 

Ainda estava sem contato com a família do Paulo desde aquele dia da briga com a família da Marília.  

 

Dona Rosangela: Podemos conversar?- assenti- Queriamos nos desculpar pelo o que aconteceu aquele dia, estamos muito arrependidos, Paulo não iria querer que minha família perdesse o contato com você, ainda mais quando você tem um coração tão bom. Meu coração está completamente destruído pelo o que aconteceu, imagino como você está, aparentemente ta bem né, mas sei que está destruída, ainda mais quando Paulo foi seu primeiro amor.

 

Duda: Espera, não te contaram?- me olhou confusa- Paulo não morreu, ele ta acordado.

 

Dona Rosangela: Querida, sei que é difícil mas você tem que aceitar e...

 

Paulo Roberto: É verdade Rosa, eu e João acabamos de falar com os médicos- disse chegando de repente e eles começaram a se abraçar e chorar.

 

João: Du preciso conversar contigo- disse limpando as lágrimas que restaram em seus olhos.

 

Duda: Eu também, mas garanto e o meu é mais importante.- contei a história toda pra ele da enfermeira e ele ficou extasiado- Ah, olha ela ali- apontei.

 

João: Aquela? Era sobre ela mesmo que iria falar, ouvi uma conversa estranha no telefone dela se lamentando pra alguém que o plano dela não tinha funcionado e que o paciente acordou, e foi ao mesmo tempo que o médico falou que o Paulo tinha acordado, o mais estranho que parece que ela mencionou Galdino na hora de dar tchau. Eduarda, será que era o seu Galdino?

 

Duda: Eu e ele terminamos, ele odiava o Paulo, mas não sei não viu, Galdino é bem ruim quando quer, mas acho que não seria capaz de matar alguém. Esses dias descobri uma suposta traição, através do celular do Paulo, ele tinha tirado fotos pra me mostrar antes do acidente, os meninos iriam me contar mas descobriram a pouco tempo também, o que eu to querendo dizer é que ele pode ser um cretino, mas não teria a coragem de tentar matar alguém.

 

João: Desculpa, ele não é flor que se cheire, poderia dizer isso da Marília que é mais bur...

 

Marília: Sou o que cunhadinho? Desculpas atrapalhei a conversa de vocês né que pena, estou tão feliz que meu Paulinho acordou que nem tô prestando atenção no que faço,  mas pode continuar o que estava falando de mim Joãozinho- abraçou de lado e sorriu. Falsa, aff.

 

João: Então né Eduarda, como eu estava dizendo, é bom o Paulo ter acordado e ficar com amnésia, assim ele não que lembrar de certas cobras, quer dizer pessoas- sorriu e eu comprimi os lábios para evitar rir, enquanto Marília sorriu falso e saiu atrás de outro Castagnoli para poder bajular sem receber patada.

 

Duda: João por isso que te amo, você é demais- fizemos um toque de mão e rimos- Sua família vai entrar pra ver o Paulo,  acho melhor você ir, depois a gente se fala.

 

João: Vou indo então, fica bem irmã- me abraçou e me deu um beijo no topo da cabeça.

 

João consegue ser irritante na maioria das vezes, mas não me importa, ele é como um irmão mais novo pra mim, mesmo sendo mais novo, ele sempre cuidou de mim, ele é uma boa pessoa e dificilmente é feito de bobo, mas o ruim disso tudo é que o que ele fez com a namorada dele não foi nada legal.  

 

Duda: Gente, tenho algo importante a dizer pra vocês. João acha que aquela enfermeira está por traz de algo junto com o Vini.

 

Laura: Isso é grave Duda, você ainda tem coragem de chama-lo de Vini.

 

Alice: Depois de tudo que ele fez você ainda tem coragem de chama-lo de... quer saber, vou nem falar o nome.

 

Duda: Ta bom ta bom, depois a gente conversa, vou entrar na UTI com os meninos.

 

Caique: Esses corredores me dão medo.

 

Nathan: Para de viadagem Caique.

 

Caique: É sério,  esses barulhos de aparelhos dão arrepio.

 

Duda: Você e a Laura foram realmente feitos um pro outro- revirei os olhos- ela fala a mesma coisa quando passa por esse corredor- ri fraco- Ah, antes de entrar, quero só lembrar que ele está com amnésia e vocês terão que se apresentar pra ele, não falem muitos detalhes o médico disse que ele terá que se esforçar para tentar se lembrar do resto sozinho e se ele tentar falar, mandem ele se acalmar porque ele não pode forçar muito.- assentiram e entramos.

 

Nathan: Ei amigo, finalmente você acordou,  estava fazendo a maior falta. Quase ia me esquecendo, eu sou o Nathan e aquele é o Caique- apontou- Nós somos os seus amigos.

 

Caique: Nossa vida não tem sido a mesma sem você cara, agora que está de volta, tudo vai começar a melhorar, esperamos que melhore logo pra voltar pra gente.

 

Os meninos estavam sendo fortes mas quando Paulo deixou uma lágrima cair de seu rosto, eles se emocionaram juntos, e logicamente eu também chorei.

 

(...)

 

Semanas depois...

 

~Pov Paulo on~

 

Faz uma semana e meia que minha memória voltou, todos estão muitos felizes com o resultado ainda mais que trocaram a enfermeira de turno por uns dias, mas sinto que a Duda não ficou muito feliz, quer dizer, era de se esperar nela, ela é a única que to evitando de saberem que lembro dela.

A Eduarda foi a primeira pessoa que me lembrei, foi algo meio mágico e bizarro ao mesmo tempo.

 

~Flashback on ~

 

Duda: Paulo, mesmo você sem memória e nessa cama, continua o mesmo palhaço- disse rindo- Tenho que ir agora, já deu meu tempo.

 

Paulo: Não fica mais, eles nem vão perceber, acho que to ficando ruim de novo- disse fazendo birra e tossindo.

 

Duda: É sério Paulo, preciso ir.- me deu um beijo na testa e puxei seu braço, mostrando uma tatuagem escrito "Always and forever" em seu terço superior do braço.

 

Ao ver aquela tatuagem, foi como se um filme passasse pela minha cabeça, várias lembranças da gente sorrindo, do nosso primeiro beijo, da nossa primeira vez, da nossa primeira tatuagem juntos, de todos os nossos primeiros momentos até as nossas brigas, a última coisa que veio por fim e de eu mandando uma mensagem de voz pra ela e de um chegando no hospital falando seu nome pela última vez.

Pra falar a verdade, minha última lembrança, foi uma música que falava sobre nossa frase, mas nem sei se aquilo foi realmente uma lembrança ou coisa da minha cabeça.

 

Duda: Paulo, você ta bem? Sua pressão ta subindo?- disse me interrompendo das minhas lembranças.

 

Paulo: Estou bem sim, não precisa chamar a enfermeira antes que pergunte.- assentiu e se despediu novamente.

 

Era ela, minha garota.  

 

~Flashback off ~

 

Nathan: Eai mano, e essa brisa ai?

 

Caique: Eai cara, acho que ele lembrou da Duda hein Nathan.

 

Nathan: Também acho.

 

Paulo: Sobre isso, tenho uma coisa pra contar pra vocês.

 

Lembrou dela né?!- falaram em um uníssono.

 

Paulo: Pra falar a verdade, ela foi a primeira pessoa que eu lembrei.

 

Nathan: Que bom meu, ela já sabe né?

 

Paulo: Não! Ela nem pode saber.

 

Caique: Paulo, você ta maluco, ela te ama, você não sabe o quando ela ta triste porque foi a única que não foi lembrada.-disse indignado.

 

Nathan: A Duda realmente ta mal, ela tenta disfarçar mas todo mundo já percebeu.

 

Caique: Acho que você deveria fingir amnésia pela chata da Mabi, não por ela, a Eduarda é 'mó' de boa.

 

Paulo: Calma, calma, calma, deixa eu explicar.

 

Nathan: É bom você ter mesmo uma boa explicação- cruzou os braços juntos de Caique.

 

Paulo: Estou decidido a ser menos egoísta, ela sempre pensou em mim e agora ta na hora de eu pensar mais nela. Não sei se vocês repararam mas eu virei a vida dela de cabeça pra baixo, só faço ela sofrer e me sinto um babaca por causa disso. Por causa de mim, fiz o relacionamento dela ir por água a baixo, acabei atrapalhando a vida dela por completo e temos muitas coisas em comum, porém em grande parte somos opostos, não daria certo, ela merece alguém que a faça feliz e não alguém como eu que não quer nada com nada, quer dizer, não sei se conseguiria ter um novo relacionamento com ela, é complicado.

 

Caique: Nossa Paulo, cala a boca para de falar merda, você não ta sendo egoísta, ela ama você. E daí se o relacionamento dela fracassou, não era pra ser mesmo,  até porque todo mundo sempre falou que o Galdino era um safado e ninguém dava bola. Se aconteceu tudo isso é porque é pra vocês ficarem juntos, o destino quis assim.

 

Paulo: Desde quando você acredita em destino?

 

Caique: Convivência com as meninas.- revirou os olhos.

 

Nathan: Você vai me desculpar cara, mas concordo com o Caique, isso ta errado, isso só vai atrapalhar ela e vai acabar sofrendo ainda mais por você. Paulo, você disse que está disposto a ser menos egoísta,  pelo visto ta sendo mais egoísta do que o normal por ter esse pensamento medíocre, fala a verdade pra ela.

 

Paulo: Não gente, ela é boa demais pra mim, estou cansado dela sofrer por mim sendo que na maioria das vezes não to nem aí.

 

Caique: Nunca vi você falando tanta asneira, deve ser esses remédios.

 

Nathan: Pra falar a verdade, você só finge que não ta nem aí, mas somos amigos um bom tempo e já conhecemos o seu jeito.

 

Caique: Você é caidinho por ela, para com isso, se você não contar eu e Nathan contamos.

 

Nathan: É, vamos ter que contar, Duda não merece isso.

 

Paulo: Gente por favor, deixa eu resolver isso, qual é vocês são meus amigos né?  Eu to implorando.

 

Caique: Ta bom Paulo,  ta bom.

 

Nathan: Faz o que você acha melhor.

 

(...)

 

Galdino: Eai Paulinho, gostou da visita?- pulei de susto- Calma, você ta fazendo o que eu pedi? Acabei de ver seus amigos babacas indo embora, eles nem me viram.

 

Paulo: É-revirei os olhos.

 

Galdino: Bom garoto, acho bom mesmo você se afastar da Duda, pelo o que conheço ela, mas tarde ela vai vir aqui e quero distância total dela.

 

Paulo: O que não entendo, é qual a necessidade disso tudo? Ela não vai voltar pra você tão fácil, você traiu ela e ao menos gosta dela.

 

Galdino: Olha como você fala comigo Castagnoli- ameaçou e sorriu cinicamente- Acho interessante você estar falando assim, é aquele ditado "sujo falando do mal lavado", não sei nem quem ta pensando que é, você mesmo já traiu ela e fez coisas bem piores.

 

Paulo: Mas diferente de você, eu a amo,  é recíproco.

 

Galdino: Se você não calar essa boca agora eu vou...

 

Enfermeira Dulce: Vai o que?- arqueou as sobrancelhas.

 

Galdino: Eu vou começar a chorar, to tentando falar pra ele que o pior já passou, mas ele ainda acha que vai acontecer algo- disse tentando convencer a enfermeira, otário.

 

Enfermeira Dulce: Sei- revirou os olhos.- Bom, o horário de visita acabou Paulo tem q tomar uns remédios agora.

 

Galdino: Tchau meu grande amigo, se cuida.

 

Enfermeira Dulce: Que cara chato hein, não sei você, mas ele estava me incomodando.- assenti e rimos.

 

~Galdino pov on ~

 

Carla: Vini, você por aqui- disse vindo em minha direção sorrindo.

 

Galdino: Mas é uma cara de pau mesmo.

 

Carla: Não to entendendo amorzinho.- fez biquinho.

 

Galdino: Para com essas merdas, você sabe do que eu to falando- me olhou confusa- Que foi? Quer saber, tchau.

 

Carla: Não esperai, você me deve uma explicação.

 

Galdino: Você se superou mesmo hein, Carla, você é burra, não entende? Quer que eu escreva na tua testa? Por tua culpa, aquele merda do Paulo ta vivo e a Duda nem quer saber mais de mim.

 

Carla: Ainda posso te ajudar, é só você falar. Estou disposta a fazer qualquer coisa por você, eu te amo.

 

Galdino: Se manca garota, tenho mais o que fazer, tenho coisas pra resolver com a Duda- disse e deixei a falando sozinha, a recepcionista não parava de me encarar, dei uma piscadinha pra ela e ela sorriu, gostosinha ela, quem sabem não pego.

 

Carla: Vini, você está estranho demais pro meu gosto, desde quando você liga em resolver coisas com a Eduarda?

 

Galdino: Escuta aqui, cuida da sua vida.

 

Sai daquele hospital e fui dirigindo cantando pneus, não estava com paciência com ninguém, em parte também estou me achando estranho, mas não quero mais ninguém me irritando, estou muito estressado pra tentar fazer algo.

Desbloquei meu celular e vi uma mensagem da Dayene falando que estava com saudades, quer saber, no momento só ela pode me relaxar, retornei o caminho e fui na casa dela.

 

Dayene: Oi vida, que surpresa, pensei que você nem viria.- disse com um sorriso enorme.

 

Prensei ela contra a parede,  e comecei a beija-lá como se fosse um pedaço de carne, ela começou a apertar meu membro me fazendo arfar, e comecei a apertar mais sua cintura, ela tentou tirar minha camiseta mas a interrompi.

 

Dayene: O que foi?-disse confusa.

 

Galdino: Não consigo fazer isso, aliás, não posso fazer isso.

 

Dayene: Por que não?

 

Galdino: Não to conseguindo mais sentir desejos por você.- disse e ela pareceu pensar.

 

Dayene: É ela né?

 

Galdino: Ela quem?- ela riu

 

Dayene: Você ta gostando da Eduarda.- fiquei quieto- Meu Deus, você ta apaixonado por ela.

 

Galdino: Não eu não tô.

 

Dayene: Ta sim, não acredito que você ta fazendo isso comigo, ainda mas com aquela vadia.

 

Galdino: Olha como você fala dela.- prensei seu pescoço contra a parede- Duda não é igual você, veja só você precisou virar garota de programa pra conseguir se sustentar, ainda não é capaz de arrumar um próprio namorado a não ser alguém que já tenha compromisso, olha só pra você antes de falar algo dela, enquanto ela é uma modelo internacional,  você ta ai na merda.

 

Dayene: E você ainda acha que tem moral pra falar de mim? Se liga, você depende da Eduarda pra poder conseguir fama, andou tratando ela como um lixo, traiu ela com uma garota de programa e tentou matar alguém, acha mesmo que eu tô na merda?- sorriu cínica.- Vai ficar parado ai com essa cara de tacho ou vai sair da minha casa? Caso contrário a gente pode continuar o que estávamos fazendo.

 

Não falei nada, apenas abri a porta da casa dela e fui embora, ou tentei né,  tive que encostar meu carro em algum lugar, as palavras daquela vadia não saia da minha cabeça "acha mesmo que eu tô na merda?", essas palavras ecoavam pela minha mente como se eu estivesse sobre efeito de drogas.

Merda! Não é que aquela garota conseguiu mesmo me atingir com aquelas palavras, nunca ninguém falou assim comigo desse jeito, realmente,  acho que estou começando a sentir algo de verdade pela Eduarda.

 

~Duda pov on ~

 

Mas um dia e nada do Paulo lembrar de mim, a cada visita uma parte de mim se racha, tenho vontade de desistir disso tudo, mas o amor que sinto por ele é maior do que isso, sempre, sempre vai ser ele que irei amar, não tem outro alguém, esse é o amor mais puro e sincero que já senti.

Mesmo que ele não lembre de mim, o que me chateia muito, eu tenho a necessidade de ouvir sua voz, saber o que ele está sentindo, se gosta de mim, fazer planos como antigamente e... Nós tinhamos tantos planos, tantas coisas mal resolvidas, sei que isso ainda não acabou, sempre tem um propósito pra tudo isso, Deus enlaçou nossos destinos. Isso não vai ter fim, vou fazer de tudo pra tê-lo de volta.

Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, estava subitamente cansada porque havia trabalhado muito, nem fui na faculdade hoje, nem ao menos falei com as meninas e nem o Matt, estava esgotada.

Meu alarme despertou 6 horas da manhã pra ir trabalhar, pela primeira vez não fiquei com preguiça, acho que o horário que dormi compensou o cansaço que estava sentindo.

Tomei um banho da cabeça aos pés e fiz minha higiene matinal, desci para tomar café e logo encontrei as meninas.

 

Duda: Bom dia meus amores.- sorri e as abracei.

 

Bom dia Duda!- falaram juntas.

 

Duda: Vamos?- assentiram e eu abri a porta dando de cara com o lindo buquê de flores vermelhos lindos.

 

Dentro dele havia uma carta escrito a seguinte coisa:

 

" Já viu como o dia está lindo hoje? Mas tenho certeza que mais lindo que você não está. Espero que ainda possamos nos redimir, temos muito o que conversar.

Com amor, Vini".

 

Alice: Esse cara não desiste, que merda.

 

Laura: Já acordo de mau humor e esse merda manda isso, joga fora isso Eduarda.

 

Peguei o buquê e levei comigo até o elevador, levei alguns xingos mas ai joguei na lixeira do prédio.

 

Duda: Não quero poluir meu apartamento com essa merdinha- sorri e demos partida, Laura estava indo com seu carro junto de Alice porque eu saia do trabalho pra ir ver o Paulo.

 

(...)

 

Finalmente 17h30, o horário em que poderia sair do trabalho e ver meu pandinha, estou tão ansiosa para poder vê-lo. Fui direto para o hospital e por sorte eu poderia ser a primeira a entrar, era uma hora de visita, as vezes eu ficava só cinco minutos por conta das outras pessoas que queriam ver ele, mas hoje pretendo ficar um pouquinho mais.

 

Duda: Helloo,  olha só quem chegou!- disse sorrindo.

 

Paulo: Duda, que bom ver você.

 

Duda: Eu quem diga.- sorri mas logo meu sorriso se foi.

 

Paulo: Que foi Duda?

 

Duda: Nada.-menti

 

Paulo: Fala.

 

Duda: É que, e se você não lembrar de mim? Poxa Paulo, sou a única que você não se lembra, estou tentando fingir que estou bem mas não estou, estou destruída e todos já perceberam, tô quase mandando todo mundo se danar e começar a contar quem eramos antes disso tudo, sei que não posso contar detalhes e você tem que se esforçar pra lembrar, mas eu já estou farta de tudo isso- disse embolando um pouco as palavras- Paulo, só te digo uma coisa, o amor que eu sinto por você é o mais puro e sincero e nada e nem ninguém vai substituir esse sentimento.- ele ficou me encarando sem esboçar reações e me chamou para ir ao seu lado, fazendo um gesto para abraça-lo.


Paulo: Ouvi uma vez um velhinho dizer que ele amou a mesma mulher durante 50 anos. Pensei no quanto isso era lindo, até que ele me disse que queria tanto que ela soubesse disso.- o olhei subitamente confusa- E pode ter  certeza, que nada e nem ninguém vai substituir o amor que sinto por você minha pandinha.

 

"Melhor fazer e se arrepender, do que não fazer, e passar o resto da vida perguntando como seria" (Desconhecido)


Notas Finais


O que acharam? Obrigada pelos comentários fiquei muito feliz!

Ele acabou admitindo que lembra dela *-*

*ALERTA DE SPOILER*: Próximo capitulo tem hot! 🙊🙊🙊

Continuem comentando bastante amores

Bjs da tia Giu♥


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