História Descobrindo o amor - Efeitos sonoros

“A ciência, meu rapaz, é feita de erros, mas de erros benéficos, já que conduzem pouco à pouco à verdade “

A gota de chuva caía delicadamente na grama, ouvia o som abafado dos pássaros, o ronco dos carros acelerando, sentia cheiro de gasolina e de doces fresquinhos e as palavras ecoaram na mente de Christopher: Uma ponta de felicidade; Tudo monótono no seu dia, ele sabia exatamente o que iria fazer e o que não iria fazer. O barulho do despertador tirou o “momento apurável dos fenômenos da vida” em questões de segundos.

- Ah cara! – Chris destravou severamente o despertador bufando

Chris se levantou ainda meio sonolento, devido ao simples fato que passou a madrugada zerando Resident Evil, ele andou lentamente até seu banheiro quando tropeçou em uma caixa pequena.

- Merda... – Ele se lembrou que era a caixa de miojo que havia comprado no mercado dias atrás

Após lavar o seu rosto e eventualmente escovar os dentes, Chris se lembrou exatamente como seria o seu dia, e não seria um dia qualquer bem pelo menos para eles. Ele correu para pegar o seu celular e discou o número rapidamente, tomado pela ansiedade e nervosismo misturado, deu um grito assim que escutou a voz.

- Hey Josh – Chris dizia com muita emoção

- E ai Chris – Josh soltava um bocejo

- Cara é hoje!! Nem acredito! – Chris aumentava o tom de voz

- Sim eu sei mano! – Josh soltava mais um bocejo, dessa vez mais longo

- Não está animado? – Chris franzia o cenho

- Sim... estou muito animado – Josh tentava forçar que não estava mentindo

- Assim eu penso que você vai obrigado – Chris reforçava na pergunta

- Não se preocupe comigo Chris, só estou... pensando em coisas nada de mais – Josh tranquilizou o amigo

- Tem certeza que você quer ir? – Chris olha para o horário do relógio

- Claro que sim, nós já pagamos! E afinal é bom se distrair um pouquinho – Josh solta um riso

- Certo! – Chris foi domado pela ansiedade mais uma vez e pela imensidade coisas que ainda teria que fazer ao longo do dia

Chris abriu a janela de seu quarto e observou o estado que estava o céu, tão nublado pensava ele... mas ainda bem que aonde vamos é fechado! Então não vai ser chuva, neve, fogo ou qualquer coisa que vai nos atrapalhar. Ainda pensativo sobre como seu amigo estava, desceu as escadas apressadamente e encontrou sua mãe e seus irmãos tomando café.

- Bom dia Christopher pensei que iria acordar só amanhã – Brinca a mãe dele

Deixa para a próxima mãe e aliás está mesmo confirmado sobre hoje ok? – A mãe dele dá uma piscada no olho direito confirmando a pergunta do filho

- Chris Chris! – O irmão caçula agarra a mão de Chris

- O que foi maninho? – Chris sentava se preparando para pegar as panquecas

- Saiu mais um jogo de The Walking Dead -  O irmão do meio berrava com brilho nos olhos verdes

- Sério? Meu Deus! Melhor dia da minha vida – Chris comemorava fazendo uma dancinha

- Parem de berrar! Parece casa de maluco! – A mãe de Chris berrava da cozinha

- Então por que a senhora está berrando? – O caçula pergunta colocando o dedo no queixo

Chris e o irmão do meio riam

- Vocês me deixam louca isso sim! – A mãe preparava suco de laranja

- É porque a senhora nos ama muito – Chris afirma rindo

- Amo tanto que vou deixar os três de castigo por não terem me ajudado a limpar ontem o quintal... e falar nisso senhor Christopher, onde você estava quando precisei limpar o sótão hein?!

- Estava tralhando no meu escritório mãe – Chris responde mais uma vez rindo

- Você vai ver o escritório! – A mãe de Chris se aproximava puxando a orelha dele

- Ai mãe! Para! – Chris se torcia

Os irmãos mais novos caiam na gargalhada

- E se vocês continuarem também, não terão muita sorte com os PRESENTES DE NATAL – Ela deu Ênfase nas últimas palavras

- Ah eu não quero ganhar meia de novo – Lucas o irmão mais novo reclamava revirando os olhos

- Pior fui eu que ganhei cuecas do Homem aranha, se pelo menos fosse do Homem de ferro ou do Hulk – Nicholas bufava

- Prefiro o Thor ou Capitão América aqueles sim são SUPER HERÓIS– A mãe deles fazia pose imaginando os dois

- Deixa o pai ouvir isso – Chris provocava, colocando a mão esquerda na orelha

- Eu vou terminar aqui e ir visitar Nicole, e vocês tratem de se comportar – A mãe percorria o olhar pelos três

Chris voltou ao seu quarto e se arrumava rapidamente, colocando seu jeans, pegou sua blusa branca com estampa da série Game of Thrones e limpou o seu óculos na blusa, deu uma última olhada no espelho e se virou

- É acho que tá bom – Chris balançou a cabeça positivamente

Chris andou até o ponto de ônibus, esperou alguns minutinhos e entrou no ônibus mais próximo. Chegando em seu destino, caminhou até uma “casa” que ele poderia ir várias vezes lá, mas aquilo era considerado uma mansão... tocou o interfone e esperou.

- Quem é? – A voz do outro lado da linha saía um pouco rouca

- Christopher – Chris mantinha o tom baixo da voz

- Ok, pode entrar –

Chris abriu o portão e chegou até a outra porta que estava aberta, hesitou um instante por ter ouvido sons de “discussão” e abriu, rapidamente a mãe de Josh veio o abraçar

- Chris que bom te ver! – Ela falava com um sorriso fraco, seus olhos estavam inchados e vermelhos

- Também é bom te ver Senhora Melinda! – Chris soava a voz totalmente agradável

Pensou duas vezes se perguntaria se está tudo bem... e deixou pra lá

-  Mano! – Josh descia as escadas com sua jeans e o seu confortável blusão xadrez

- Oi Josh – Chris acenava – Então... vamos? – Ele tinha um pressentimento que alguma coisa de errado se passava ali na casa

- Sim vamos, espera eu ver com a Hannah onde ela deixou as chaves do carro ok? – Josh ajeitava o relógio do pulso

- Claro – Chris balança a cabeça

Não demorou alguns minutos que Josh veio rapidamente perto de Chris

- Tomem cuidado meninos! – A mãe de Josh alertava

- Sim mãe! – Josh deu um aceno para a mãe de dentro do carro

Saiu com seu Audi R8 na estrada, ligou o rádio e escutaram notícias aleatórias... Chris segurava a ansiedade e o seu coração estava acelerado a mil.... depois de horas de viagem... chegaram ao seu querido destino. Josh e Chris saíram do carro e andaram até o local.

- E aí você chamou a Ashley? – Josh vinha com um sorriso malicioso

- Não cara... ela não é muito chegada a esse tipo de coisas... ela fica só agarrada nos livros dela sabe? – Chris suspirava

- Pelo menos tentou? – Josh fechava a cara

- Sim... tentei – Chris percebeu que Josh ficou em dúvida de sua resposta

- Chegamos! – Chris abriu um enorme sorriso

- Parece que está mais cheia do que ano passado... – Josh olhava para os lados

- Cara... é Comi- Con tem que ficar cheio... – Chris arreganhava o braço para demonstrar o quanto é grande

- Sim sim – Josh soltava um riso

Os dois entraram após mostrarem os ingressos na entrada, eles estavam no maior evento de jogos e animes, fora outras coisas. Os olhos de Chris chegaram a brilhar.

- Nem sei por onde começar – Chris afirma

- Vamos começar pelos jogos, oras – Josh suspira, dando risada logo em seguida

Chegaram numa fila enorme aonde mostrava pessoas vendendo jogos e demostrando como seria a estratégia do jogo. Josh estava impaciente por ter tanta gente na fila e acabou indo comprar pipoca para eles, Chris foi mais calmo e permaneceu na fila, só que algo chamou atenção dele, um idoso e uma criança que estava a sua frente na fila, estavam conversando e parecia interessante algumas coisas que o velho falava, ele tinha respostas sensatas para a criança

- Vô não vai demorar muito! Está quase chegando nossa vez! – O menino berrava alegremente

- Calma querido! Logo logo... estaremos ali vendo o show – O velho soava positivamente

- Eu não entendo... porque não criaram ainda um jogo que podemos entrar nele sabe? Não pode ser tão difícil... – O menino abaixava a cabeça emburrado – Os Cientistas poderiam dar uma ajuda talvez... Eles são os mais rápidos a descobrir as coisas – O menino acrescenta

- A ciência, meu rapaz, é feita de erros, mas de erros benéficos, já que conduzem um pouco a verdade – O velho argumenta – Nem sempre a ciência pode dar respostas exatas... mas sim aquelas que levam a sociedade absorver para discutir em determinado ponto

- Com certeza – O menino concorda – Eu ainda não sei o que vou ser quando crescer vô... não sei fazer nada... absolutamente não sei minha vocação! E se eu não tiver um emprego para comprar muitos jogos? – O menino franzia o cenho

- Um sonhador espera com muito tempo os seus caminhos a serem descobertos – O avô responde segurando a mão do menino

Chris se lembrava de cada detalhe, enquanto Ashley surtava pelo fato de ver o corpo do pai de Josh, e Matt ainda segurava a faca paralisado.

- Chris você tá me ouvindo? – Ashley balançava o corpo dele

- Sim? – Ele saía do transe

- O que vamos fazer? Esses assassinos ainda estão a solta e vão vim atrás de nós, e os nossos amigos? – Ashley ainda encarava o corpo horrorizada

- O melhor a se fazer, é SAIRMOS DAQUI – Matt cospe as últimas palavras

- Dessas vez tenho que concordar com ele -  Chris apoia Matt

- Tudo bem... mas não é melhor nós acharmos um outro tipo de defesa parecida com a faca? Caso dê algo errado – Ashley sugere

- Deus Ashley! Como você... – Matt é interrompido por Chris

- Verdade... vou dar uma olhada...- Chris começada a andar pela sala

- Merda...- Matt suspira enquanto revira os olhos

Ashley olhava o painel e a escrita era legível, poderia considerar que um adulto poderia ter escrito e ela era familiar... pensava Ashley

- Achei só um isqueiro- Chris pegava o isqueiro colocando em seu bolso

- Mais nada? – Ashley insistia

- Não – Afirma Chris

- Melhor do que nada... vamos – Ashley passava a frente dos meninos

- Será que ainda tem Wendigos por aqui? – Matt quebrava o silêncio que se instalava no corredor

- Eu espero que não... – Ashley se estremecia só de lembrar o que aqueles malditos fizeram ano passado

- Tomara que os outros estejam bem – Matt responde, escutando um ruído.

Sam escalava a parede tão bem, parecia que ela fazia isso á anos e provavelmente era... ela chegou até o topo e ajeitou o seu vestido, que mais parecia trapos agora. Olhava para um lado e para outro, começou a andar lentamente. Com calma Samantha, falava com ela mesma no pensamento.

Sam andou até escutar um som de tiro... e estava bem próximo dali. Viu duas silhuetas se aproximar e entrou rolando em uma sala. Com a adrenalina ficou ofegante, e espiou pela fechadura da porta as silhuetas pretas que passavam silenciosamente, com armas na mão. Sam ficou chocada e pensou no pior, será que um dos amigos haviam morrido? Espiou mais uma vez na fechadura e saiu da sala. Andou apressadamente na direção contrária das silhuetas e viu rastros de sangue na parede, seu coração estava acelerado, sentia um pressentimento ruim... viu uma outra sala próxima e entrou fechou delicadamente com medo que o barulho chamasse atenção dos assassinos. Ouviu o som de Wendigos bem perto dessa vez, perto como se estivesse ali do lado dela. Mas não estavam... Sam observou algumas caixas brilhando... e agarrou algumas delas retirando da frente para ver a que estava chamando sua atenção, pegou a caixa fluorescente e retirou um material de Dj, que fazia sons exatamente de Wendigos. Sam foi domada pela surpresa eram efeitos sonoros então, e nem percebeu que logo do lado havia um laboratório pelo vidro dava para ver. Correu até a porta e para sua surpresa estava trancada... ela teria que arrombar, chutou a porta com toda a sua força e ela se abriu. Havia sangue e mais sangue nesse laboratório, havia corpos também... Sam ficou horrorizada com aquele lugar, nada mais insano poderia ser gravado em sua mente. Experimentos e cobaias eram torturados naquela sala... mas havia um corpo que estava diferente de todos os outros, estava coberto com um pano branco em uma mesa de experimento. Sam tomou coragem e retirou o pano, para ver como estaria o corpo e para sua surpresa, o que estava muito alterado na vida dela hoje, era insano e louco, o corpo estava ensanguentado, mas rosto poderia ver. Sam abriu a boca e as únicas palavras que saíram foram

- Mike?! – Ela colocava a mão na cabeça