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História Desculpa... Eu te amo! (Em correção) - Capítulo 14


Escrita por: Juuhchan_

Notas do Autor


4 meses sem postar, nunca fiquei tanto tempo fora assim, mas foi por problemas pessoais, bloqueios... ain tanta coisa, espero que isso não se repita e eu comece a postar com frequencia...

Agora sem mais enrolações... Espero que gostem do capítulo, ele é todo do Dani e um flashback, eu queria fazer isso a um tempão e ta ai <3

Boa Leitura <3

Capítulo 15 - Capítulo 14


Daniel:

  Lembra-se de quando você era mais novo e seus pais brigavam com você por alguma nota baixa ou até mesmo alguma birra por receber um não a algo que você queira muito?! Pois é... Era tudo o que eu mais queria... Engraçado dizer algo como isso não?! Mas passar aniversários, natais ou até mesmo o ano novo sem sua família te faz pensar dessa maneira. Faz-te pensar que tudo o que você mais quer é um pouco de atenção, te faz sentir falta de um “não” quando você ganha tudo o que você quer ou até mesmo o que você nem sonhava em ganhar como um substituto de seus pais ausentes. Faz-te sentir sozinho mesmo tendo outras pessoas tentando te agradar... Mas por quê? Só pelo fato que eles recebem para fazer algo assim. Recebem para sentirem compaixão e fingirem gostar mesmo quando o que eles mais desejam é ir para casa e vê sua família. Quando você cresce em uma casa onde os empregados de seus pais são sua única “família” você começa a ter desejos estranhos como os meus.

  Comecei a fingir a não me importar, comecei a fingir gostar daquelas pessoas superficiais ao meu redor. Na adolescência o álcool e as festas faziam parte da minha rotina, comecei até a dar minhas próprias festas. Meus melhores amigos começaram a se tornar minha outra família, a família que se importava comigo de verdade, brigavam comigo quando eu bebia demais, se preocupavam comigo quando eu me metia em brigas ou até mesmo quando eu não estava bem. Se não fosse por eles, não sei como eu suportaria as coisas atualmente. Sou grato por Allan e Ethan, por me apoiarem e não deixarem eu me afundar. No dia em que me assumi Bissexual em nosso primeiro ano foram com eles a quem pude confiar e pedir apoio, foi de tamanha felicidade quando eles não me julgaram e me aceitaram. Ir para festas, boates com eles se tornou muito mais fácil depois disso, me senti mais leve, tendo as pessoas mais importantes pra mim me aceitando... Eu não me importava com o resto... Nem mesmo com meus pais.

  Ficar em casa se tornou menos frequente. Comecei a brigar com meus pais por qualquer coisa. Os pais do Allan ou do Ethan se preocupavam mais comigo do que os meus próprios pais um dia já se preocuparam. Vivia mais na casa deles do que na minha. Aquela residência só servia para as festas, bebedeira e pegação. Admito que no começo fosse somente para chamar atenção, mas depois que virou rotina eu não me importei com mais nada. Foi em uma dessas manhãs cujo meus pais chegavam em casa depois de uma viagem cansativa a trabalho e via a casa completamente desarrumada por causa de uma dessas festas que eu tive a pior briga com minha mãe no qual nem se comparava com as outras.

   Desde o meu primeiro ano minha mãe implicava com Allan e Ethan, achava que eles me levavam para o mau caminho, me influenciavam em tudo. Mal sabia ela que eram eles que brigavam comigo por fazer besteira. Mal sabia ela que eram eles que cuidavam de mim quando eu passava dos limites. Ela até já me sugeriu fazer um intercambio para me afastar deles. Primeira boa ideia que ela teve na vida em relação a mim, mas eu não iria para me afastar de meus amigos e sim para me ver livre daquela casa. Quando os contei sobre a proposta de minha mãe, Allan e Ethan riram e só me disseram que poderíamos fazer os três juntos. A minha felicidade foi imensa só de me imaginar com meus melhores amigos e longe da casa e família que me fazia mal que eu concordei com o intercambio logo depois de conversar com eles, o que não agradou minha mãe quando soube que eles iriam junto.

  Na manhã de nossa pior briga, no dia em que minha vida deu uma reviravolta, não foi diferente. Ela ainda os culpava pelas coisas erradas que eu fazia, mesmo eles não tendo nada haver com os meus atos errados. Ela os culpava tanto que até me mudou de escola alegando que isso me faria repensar nas minhas escolhas de amizades. A minha revolta foi imensa que um dia antes do inicio do ano letivo, de iniciar minha vida escolar em minha mais nova e odiada escola, eu fiz a pior merda que algum dia eu já fiz na vida. Meu pai nunca brigava comigo, nunca dizia nada, somente me olhava com uma expressão desapontada, e naquela manhã isso apenas se repetiu.

  Foi nessa manhã de merda, quando fiz até meus melhores amigos ficarem desapontados comigo, que eu conheci Rafael Smith, em meu insuportável primeiro dia de aula, quando eu só queria esta na minha antiga escola ao lado de meus melhores amigos... Foi quando vi o sorriso mais sincero e perfeito que eu vi na vida.

Flashback:

  A claridade vinda da janela não foi o único motivo que o fez acordar contra sua vontade. O barulho vindo da porta sendo aberta abruptamente o fez praguejar e soltar um longo suspiro depois de olhar para o rosto enfurecido de sua mãe. Na noite anterior só conseguiu ajeitar sua cama para poder dormir, estava tão cansado que só jogou uma água no corpo, colocou uma calça de moletom e dormiu assim mesmo, com o quarto e a casa uma bagunça, vasos favoritos de sua mãe quebrados em vários pedaços e mesmo assim não se importou, não imaginava que seus pais iriam chegar em casa naquela manhã, por isso pensou que no dia seguinte poderia pedir para um dos empregados arrumar tudo e comprar vasos novos.

  Aquela tinha sido a maior e melhor festa que tinha dado, o fez até esquecer-se da sua transferência para a nova escola. Não pegou ninguém naquela noite, só queria curtir com seus amigos e aproveitar todo o tempo juntos, beber e se divertir, no final estava exausto, mas havia valido a pena.

  Passou o olho por seu quarto, havia dois retratos caídos no chão com o vidro quebrado, suspirou novamente e olhou para sua mãe.

- Já irei pedir que arrumem essa bagunça.

-Pedir? – a mulher disse irônica. – VOCÊ que ira arrumar essa bagunça Daniel. – suspirou cansada. – Anthony, diz alguma coisa para seu filho. Estou cansada de lidar com isso sozinha.

  O Homem de cabelos negros o olhou desapontado, porém não dirigiu uma única palavra para seu filho, seu olhar já dizia tudo. Amava o garoto, o entristecia não ter tempo para ele, o machucava não ser um bom pai. Saiu do quarto deixando sua mulher com Daniel.

- Pode sair para eu arrumar meu quarto? – levantou-se indo ao banheiro. – Também quero ficar sozinho. Ah e não se esqueça de fechar a porta quando sair.

- Eu não te entendo Daniel! Qual o motivo de tudo isso?! – exasperou-se. – Eu e seu pai te damos tudo o que você quer! – gritava com o garoto descompassadamente, pensando na situação de sua casa, pensando em seu filho e o quanto queria que ele entendesse.

- Tudo o que eu quero?! – sorriu ironicamente. – Você já perguntou o que eu realmente quero?! – fitava-o calada. – Eu não quero dinheiro, não quero roupas caras e de marca. Eu só queria os meus pais presentes... – sentou-se em sua cama, passando a mão frustrado em seu cabelo. – Eu só queria que você e o papai se importassem comigo...

- Daniel... – sentou ao lado do garoto e acariciou seu rosto. – Eu...

- Mãe... – a interrompeu. – Você alguma vez já cuidou de mim quando eu estava doente ou esteve ao meu lado quando eu só queria que você me ouvisse e conversasse comigo? – fitou-a com um olhar deprimido.

- Não... – encarou o chão.

- Eu queria que vocês cuidassem de mim quando eu me machucasse ou estivesse doente. Eu queria poder compartilhar com vocês minha alegria e tristeza. Eu até queria que vocês brigassem comigo quando eu tirava alguma nota baixa na escola quando eu era mais novo. – riu. – Sabe como é para uma criança ter longe os pais em seu aniversario... Em todo ano?! Eu não queria que algum empregado me entregasse um presente quando deviam ser vocês me entregando. Eu não queria comemorar a data mais importante pra mim com pessoas que só estavam ali por dinheiro. – suspirei. – Eu queria viajar com vocês só pra poder ficar ao lado dos meus pais. – fitou o chão. – Aquelas viagens que eu pedia a vocês, era somente pra isso, ficar ao lado de você e do papai, não era pra viajar sozinho com algum empregado do papai, até porque nem Allan e Ethan você me deixava chamar. Meus melhores amigos, que estão comigo desde sempre, que estão comigo fazendo alguns papeis que vocês deviam fazer.

- Meu filho... – segurou a mão de seu único filho, seu menino crescido.

- Mãe, você se lembra de algum natal que passou comigo? – olhou-a nos olhos.

- Não exagera Daniel, quando você era um bebê e até um pouco mais velho, Três ou quatro anos, ficávamos muito com você, passávamos natal, seu aniversario juntos e até viajávamos.

- Três ou quatro anos... – repediu irônico. – e depois?

-... – a mulher ficou desconcertada, não conseguindo responder seu filho.

- Enfim, se o problema são minhas festas, eu paro de dá-las aqui em casa. – levantou-se – Só preciso aguentar até o terceiro ano mesmo. Depois você pode ficar feliz, não ira me ver mais. – estava irritado, odiava quando sua mãe evitava responde-lo, queria ouvir palavras de compaixão e carinho vindas dela, mas só via culpa ou indiferença.

- Não seja ingrato Daniel. – irritou-se. – Eu e seu pai trabalhamos para te dar do bom e do melhor, para você nunca passar dificuldade como eu passei na minha adolescência. – carregava uma expressão exausta em seu rosto. – Você parecia feliz com todos os presentes que te damos, te colocamos nas melhores escolas, na sua idade você já foi para o exterior mais vezes do que muitos adultos por ai. Eu não te entendo Daniel... – suspirou.

- Só pelo fato de eu estar sorrindo não significa que eu esteja feliz. –encostou-se a parede ao lado da janela e cruzou os braços. A mulher olhava-o séria, indiferente.

- Se arruma e vá pra escola, não quero que perca o primeiro dia de aula na nova escola, irei mandar que arrumem essa bagunça. – levantou cansada de brigar com o garoto, fitou o chão e perguntou antes de se retirar do quarto. – Você realmente quer fazer aquele intercambio?

- Você que sugeriu isso e atualmente eu só quero ficar livre dessa casa.

- Sabe... Eu realmente disse aquilo da boca pra fora, mas te ver animado depois que você soube que aqueles garotos iriam com você, não me fez mudar de ideia, mesmo não gostando da sua amizade com eles. Porque Daniel, com todos os meus defeitos eu sou sua mãe, mesmo eu não sabendo demonstrar... Eu te amo, seu pai também ama você, do nosso jeito torto. – o olhou com uma expressão chateada.

- Notou que essa foi a primeira vez que você disse que me ama? – mordeu seu lábio inferior tentando segurar a vontade de chorar. Queria ouvir aquelas palavras há tanto tempo, que ouvi-las, mesmo sendo tão tarde, fez uma parte de sua raiva se esvair.

- Acho que sim. – cruzou os braços e o olhou nos olhos. – você não ira sentir falta de mim e seu pai?

- Provavelmente sim, mas me habituei a viver sem vocês.

- Não se preocupe... Você esta no segundo ano, no terceiro você poderá sair dessa casa “horrível”. – quando saiu à batida da porta foi ensurdecedor aos ouvidos do moreno que escorregou ao chão em pleno desespero, precisava sair daquela casa e espairecer.

                                                                  (...)

  A cada passo que dava em seu caminho para a escola, era uma tortura para o garoto. Não queria esta ali, mas também não queria passar uma impressão errada para os novos colegas. Avistou o portão da escola e sentiu um aperto no coração, não teria mais aquelas pessoas com quem cresceu ali o esperando, seus melhores amigos não estavam ali para o receberem com sorrisos ou até mesmo repreensões. Uma pessoa que costuma ser tão confiante estava inseguro, conhecer novas pessoas, se enturmar, era algo tão fácil para ele que não tinha dificuldade nenhuma em fazer novos amigos, mas sempre tinha Allan e Ethan com ele, agora sem eles ali, parecia estranho e vazio. Era estranho não reconhecer ninguém.

  Adentrou o portão e pretendia ir para sala, mas escutou risadas atrás de si e resolveu ver o que estava acontecendo, entretanto, no momento em que seus olhos cruzaram com os dele e viu aquele sorriso, seu coração parecia ter dado uma falhada, esqueceu como respirava por alguns segundos. O moreno havia visto o sorriso mais lindo e sincero que já havia visto alguma vez. Nunca tinha se interessado por alguém dessa maneira e ficou feliz, pela primeira vez naquela escola, só por estar na mesma sala do garoto, de Rafael Smith.

  Não demorou a fazer amizades na nova escola, sua fama e as festas voltaram. Apresentou e uniu os novos amigos com os melhores amigos que ficaram felizes pelo moreno não ter se abatido e se isolado por ter mudado de escola. Falou de Rafael para Ethan e Allan que inicialmente pensaram ser algum interesse passageiro, pois o amigo nunca foi fixado em ninguém.

                                                                           (...)

-Só estou surpreso cara. – Ethan disse depois de Daniel ter falado mais uma vez de Rafael para ele.

-Já estamos no meio do ano e você ainda não fez nada para se aproximar desse Rafael, isso REALMENTE é surpreendente vindo de você que é bastante confiante. – Allan completou.

-Ele sempre fica perto dos amigos, e é para outra pessoa que ele lança aquele sorriso que me hipnotiza cada vez que eu o vejo. – suspirou.

-Se você não fizer nada, realmente, ele nunca vai dar aquele sorriso que te “hipnotiza”... - riu da expressão que Dani usou. -... Pra você. Qual é cara, nunca vi você assim. – disse o ruivo.

-Estou satisfeito em ser só colega dele Ethan. – suspirou. –Não é como se eu esperasse algo.

-Tenho certeza que espera. – o ruivo riu.

- Vai se foder Ethan. – empurrou o amigo e riu.

-Olha cara, toma uma atitude. – Allan riu junto dos dois amigos e continuou. –Queria conhecer esse Rafael, nunca vi você assim por alguém. Se aproxime dele, vocês não precisam necessariamente ficar, já que você disse que ele gosta de outra pessoa, mas sejam amigos.

-Mais que só colegas... - o moreno disse baixo e fitou o chão. –Realmente, não havia pensado nisso. – riu.  –Mas só converso com ele às vezes na sala e também nunca o vi nas minhas festas ou até mesmo em outras.

-Talvez ele não curta. – Allan fez uma expressão pensativa e concluiu sorrindo. – O chame pra outra coisa, chegue nele aos poucos, como eu disse sejam amigos e não se contente em ser só colega de sala, e não repita isso pra gente mais, é deprimente vindo de alguém que até pouco tempo flertava com geral.

-Não exagera Allan. –riu. – Geral não, pois sei escolher e não pego qualquer um.

-Mas em toda festa era uma ou um. – Ethan concluiu fazendo os amigos rirem.

-Mas ninguém que eu fiquei saiu frustrado ou chateado, sempre fui sincero, que eu não queria nada sério.

-E com esse Rafael você quer? – Allan perguntou.

-... – ruborizou surpreendendo os amigos. – Eu realmente quero, é a primeira vez que gosto de alguém, mas infelizmente fui gostar de alguém que gosta de outro, não tenho chance.

-Quem sabe, você não tentou e esta só se contentando em ser coleguinha meu amigo. – Allan disse ao amigo.

-Realmente cara, nem ficar nas festas você esta mais.

-E se eu for rejeitado?

- Você nunca vai saber se não tentar garanhão. – o ruivo riu.

-Mas logo de cara também não.

-SEJA AMIGO DELE DANIEL. – os dois gargalharam.

-Okay... Ser amigo dele não é difícil... Mais que colega... – sussurrou para si mesmo e os amigos riram.

-Você mudou. –Ethan disse ao amigo. –Se resolveu com os pais, não esta mais fazendo besteira e está apaixonado. Estou feliz por você cara, gosto de ver você assim, sorrindo de verdade.

- Eu também... Isso me deixa mais tranquilo.

-Obrigado... Realmente sou muito sortudo de ter amigos como vocês... – sorriu.

-E vai ser mais sortudo ainda quando ganhar o coração do Rafael. –Allan disse fazendo os amigos rirem.

-Primeiro ser só amigos lembram?

-Claro garanhão. – disseram em uníssono fazendo Daniel soltar uma gargalhada e empurrar os dois amigos.

  Fim do Flashback.

 


Notas Finais


DESCULPEM A DEMORA, EU PROMETI NÃO DEMORAR E NÃO CUMPRI ESSA PROMESSA... ODEIO FAZER ISSO, ME DESCUMPEM <3


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