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História Desculpa se te chamo de amor - It's you. - De volta ao lar.


Escrita por: willtraynor

Capítulo 1 - De volta ao lar.


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor - It's you. - De volta ao lar.

    Nunca foi fácil. Nada na vida dela havia sido fácil. Entretanto, as pessoas viviam dizendo-lhe que tivera muita sorte. Que uma mulher tão jovem quanto ela era, só podia ter sorte.
Não foi sua inteligência, sua audácia e sua força de vontade que a levaram até onde estava.
Fora apenas sorte.
Ah claro. Ninguém sabia das noites mal dormidas, do cansaço físico e mental para sempre seguir o melhor caminho nos negócios. Das varias portas fechadas. Da sua vida pessoal desmoronando a sua volta. Dos erros que havia cometido até ali.
Havia errado, querendo tanto que os outros a vissem como uma mulher de poder, que deixara de lado o mais importante.
O amor.
Depois de ter seu coração machucado da maneira mais cruel, ela simplesmente desistira.
Candy focou na sua carreira assim que chegou em Bruxelas e como todo mundo dizia, ela tivera muita sorte. Se sorte, fosse sinônimo de garra, podia concordar.
Mas o que valia a pena abrir mão, em troca de todo o status que queria? Silverstone não sabia. Até porque, nada daquilo importava. Não mais. O grande amor da sua vida estava morrendo.          Todo mundo passa por um momento decisivo na vida. E depois de cinco anos longe de casa, ela precisava voltar.
Sophie Silverstone havia sido diagnosticada com câncer na garganta, há pouco mais de um ano. O mundo abaixo dos pés dela simplesmente caíra. Sua mãe fizera tratamento na Inglaterra e nenhuma vez – ela morria um pouquinho, toda vez que pensava nisso – fora visitá-la. Estava ocupada demais, com o maior evento da sua vida. E logo depois do tratamento sua mãe parecia estar bem.
Porém, havia recebido uma ligação do pai há algumas semanas.
O câncer havia voltado e dessa vez mais forte. Benedict dissera que a esposa estava cansada e fraca demais, devido ao primeiro tratamento. Então optara por não seguir com aquilo dessa vez. Assim, esperava ter mais um tempo de vida. Eles não sabiam ao certo quanto.
Foi quando tudo a volta de Candy desabou de novo.
E então ela se perguntou; onde estava à sorte que todos diziam que tinha?

O caminho havia sido cansativo e quando chegara na rua da sua antiga casa, sentira uma sensação estranha. Já tinha apagado todas as lembranças daquele lugar. Todas as que a deixaram magoada. Não era mais uma garota boba e seu coração estava protegido por centenas de barreiras.
– Como você está? – quis saber Harry, descendo do carro.
Ela encarou os olhos verdes do amigo e sorriu.
– Com medo.
Ele assentiu em silêncio.
Harry Styles havia se tornado seu melhor amigo no primeiro dia de aula de fotografia. Por mais que odiasse os homens, ele era o seu preferido e valia dizer, o único. Bem, para falar a verdade, ele se tornará seu consolo e um algo a mais – ela estava com o coração partido e frágil, logo que chegara em Bruxelas. Fora quando, Candy percebera o erro. Estava depositando toda sua carência no rapaz, sem sentir nada por ele, além de amizade. Depois de alguns meses de relacionamento, ela abrira o jogo. E fora a melhor decisão. Harry se tornara seu melhor amigo, porque diferente de qualquer outro homem, ele a compreendera muito bem e estendeu sua mão. E no fim, não parecera se importar muito. Styles era o cara mais namorador que ela já conhecera.
Agora ambos trabalhavam em sociedade na Zoet, desde então. Uma agência de eventos renomada no país e região.
Mal sabia ela que assim que chegasse na casa dos avós, sua vida mudaria completamente. Havia conseguido emprego em uma empresa de eventos, – graças a Harry – cuidava de um pequeno setor e às vezes ajudava os garçons em algumas festas. Depois de cinco meses, sua chefe a contratara como assistente e fora onde tudo começou. Ela adorava cuidar de tudo e sempre fora atrás do que o contratante pedia, e se o cliente a deixasse ia além. Porém, nunca fora valorizada. Mia, a dona da empresa, sempre falava para todo mundo, que havia sido feito dela. Candy nunca recebera um elogio ou agradecimento. Fora então, que Serena, uma mulher de quase quarenta anos, que trabalhava na administração da empresa, lhe dera um conselho, falando que todo mundo sabia que a agência estava crescendo, por conta de Silverstone. Que ela deveria seguir sozinha e se precisasse, teria ajuda.

Styles e Serena foram às pessoas que mais a incentivaram. Com o dinheiro de Harry, a sabedoria de Serena para administrar a empresa e a audácia de Candy para construir o resto. Eles formaram a Zoet. E depois de tanto sofrimento e decepções, sua vida seguirá um belo rumo.
A Zoet – seu nome em holandês – havia começado com produções de festas e eventos, tinha grandes contratos assinados em boa parte do país. Não era apenas em Bruxelas – onde ela morava e tudo começara – que seu nome era conhecido por agentes de shows e casas de festas; tinha uma grande área da parte Norte e Sul que a chamavam em várias ocasiões.
Seu último triunfo e o qual fez sua ficha cair, que tinha conquistado tudo o que ela um dia sonhara, fora um contrato de um ano e meio, com Ed Sheeran.
A Zoet, tinha sido escolhida pelo artista para construir sua turnê mundial. E fora quando ela decidira, juntamente de Harry, em mudar a empresa, cobrindo apenas eventos como aquele.
E então, depois de muita luta ao lado do seu melhor amigo, havia conquistado seu pequeno lugar no mundo.
E lá estava ela, cinco anos depois, ao lado do seu fiel confidente. Ele era o único que conseguia amolecer um pouco do seu coração. Mas só um pouco.   
– Não consigo ver isso aqui – disse ela em frente à casa. – e acreditar que há ultima vez que sai de casa, nunca mais voltei.
– Então, – disse Harry, dando um passo a frente dela, parando um instante. – bem vinda, de volta ao lar.
Candy engoliu em seco e apertou um sorriso.
Meu Deus, era inacreditável estar ali depois de tanto tempo.
Quando Styles a segurou pelo braço e a puxou até a porta, por um instante quis correr para longe e fugir. Mas precisava desesperadamente, ver a mãe. Por mais que não dissesse isso a ninguém, queria o colo dela de novo. Queria ter o poder nas mãos, para tê-la, eternamente do seu lado. Havia errado uma vez, não faria essa besteira de novo.
     Não tivera tempo de apertar a campainha, seu pai abrira a porta, com um sorriso enorme e braços abertos.
– Ah, minha princesa! – ele a abraçou com força. – Sophie, ela chegou! Ah Candy, não acredito que está aqui, minha filha!
Podia jurar que havia lágrimas nos olhos dele.
– Oi pai, que saudade.
Não ia chorar. Não ia chorar.
– E acho que esse é o Harry, certo?  – indagou o Sr. Silverstone, não largando da filha, para cumprimentá-lo.
– Olá senhor Benedict, um prazer conhecê-lo.
– Igualmente meu rapaz. – respondeu, o cumprimentando com um abraço de lado. – Vem, vamos ver Sophie, ela está animada hoje.
Candy assentiu, segurando a mão do pai com força.
Não ia chorar.
    A casa estava exatamente da maneira como se lembrava. Havia pouca coisa fora de lugar ou nova, mas até o perfume dizia que ali era onde tinha nascido. Tinha também fotos dela espalhadas pela sala inteira. Fotos de quando era jovem, dela no Rio de Janeiro e algumas que enviava aos pais, dela na Bélgica.
Seu pai caminhou pelo corredor, para onde ficava a pequena biblioteca deles. Sophie estava acomodada lá. Era melhor mudar o quarto deles para o andar de baixo, assim ela não precisava fazer muito esforço.
Quando chegaram em frente a porta da antiga biblioteca, sentira um nó na garganta. Benedict, dera um passo para o lado, deixando a filha passar.
Seu coração batia com violência contra o peito. Não ia chorar.
– Ai meu Deus, minha filhinha está em casa! – comemorou Sophie, com os braços estendidos.
Não ia chorar.
Sua mãe estava totalmente diferente do que fora um dia. Devia estar uns vinte quilos mais magra, o cabelo estava curtinho e seus olhos pareciam fundos. Mas o sorriso, ah... como sentira falta daquele sorriso. O mesmo sorriso doce da sua amada mãe.
Meu Deus, não podia chorar.
– Oi mãe! – falou, com a voz trêmula.
– Vem aqui querida.
Ela deu alguns passos, se aproximando da cama, sendo acolhida pelos braços de Sophie Silverstone. Por um instante, lembrara de quando era criança e corria para o colo dela.
Por um instante, nada havia mudado.
– Como você está linda, meu amor.
– Você também mãe. – disse, passando a mão no rosto de Sophie.
Sua mãe lhe dera um beijo, saudoso e depois se afastara um pouco, olhando por cima dos ombros de Candy.
– Ah esse é o garoto?  – disparou ela, olhando Harry na porta.
– Sophie... – ralhou Benedict.
– Querido, você é mais lindo pessoalmente. Venha até aqui, quero ver vocês dois de perto.
– Mãe!
Sua mãe sempre implicava, falando que Styles e ela, eram um casal.
– O que foi?  Vai me dizer que vocês são só amigos?  – cutucou ela. – Você pode enganar sua avó, mas a mim, não!
Harry se abaixou, perto da cama, pegando a mão de Sophie e a beijando em seguida, como um legítimo cavalheiro.
– Um prazer finalmente conhecê-la, Sra. Silverstone. – ele olhou Candy de canto e depois sorrira de lado. – Ficamos bem juntos?
– Os filhos de vocês, serão lindos.
– Confesso que também acho. – cochichou ele.
– Cala a boca Harry. – disse ela, balançando a cabeça. – Como você está mãe?  
Sophie sorriu para Styles e depois para ela.
– Muito feliz de ter vocês aqui.
– E de saúde mãe. – disse impaciente.
Estava com medo. Para falar a verdade, estava apavorada. Fora por isso que decidira voltar para a Inglaterra. Ela queria que a mãe tirasse da cabeça aquela ideia estúpida de não fazer tratamento.
– Filha, – começou Benedict. – acho melhor conversarmos disso outra hora, vocês acabaram de chegar.
– Não querido, está tudo bem. – respondeu a esposa. – Candy, meu anjo, estou bem.
– Mas você não quer fazer o tratamento.
– Será melhor assim.
Não ia chorar.
– Eu não consigo entender. – se levantou, se afastando da mãe. – Você... você prefere morrer, do que tentar viver.
– Candy Silverstone! – esbravejou seu pai. – Sua mãe está doente, por favor.
– Sim, é exatamente isso que eu estou falando. Vocês são dois egoístas. Ela é a minha mãe!
– Nós que somos egoístas?
– Querido.
– Não Sophie, eu não aceito isso. – Benedict nunca perdera a paciência com sua filha. – Você não estava aqui quando ela descobriu o câncer, não estava aqui quando o cabelo dela começou a cair, não estava aqui para segurar a mão da sua mãe. Onde você estava? Me fala, onde você estava Candy? Não abra a boca, para decidir alguma coisa nessa casa. Você não tem mais esse direito!
– Benedict! – vociferou Sophie.
Harry que ficara paralisado durante a discussão, puxou Candy para fora do quarto.
Havia chego há cinco minutos e já causara uma briga. Ela estava despedaçada e assustada. Seu pai nunca falara daquele jeito com ninguém, muito menos com ela. Era como se Benedict fosse outra pessoa.  
– O que acha de tomar um ar lá fora?  – perguntou Styles.
Ela apenas assentiu. Se dissesse qualquer palavra, quebraria em pedaços. Não existia nenhuma expressão ou sentimento que definisse o que estava sentindo naquele momento. Ver a mãe sorridente era maravilhoso e reconfortante. Mas não era o que queria.
Queria Sophie viva. Não conseguia entender porque o pai, concordava com aquela ideia. E porque havia agido de tal maneira.
Styles a levou até o carro novamente, saindo dali o mais rápido possível.
Queria ter agido de outro modo, queria abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem. Não queria soar agressiva nas palavras. Não deveria ter questionado sua mãe tão rápido. Deveria ter dado tempo ao tempo, mas estava apavorada que não sabia o que sentir. Queria que Sophie tentasse o tratamento, pelo menos por um tempo. Ela podia se curar. Era o que Candy mais desejava no mundo.
Essa era sua única chance de mudar o que havia feito. De colocar o amor acima de tudo.
Onde ela estava, quando tudo aquilo aconteceu? Queria responder, mas não tinha coragem.
O amor da sua mãe. Era o que ela mais queria. Uma segunda chance.
Bem, agora seu pai, parecia odiá-la também. Inferno.
Ela olhou, sem de fato ver, a silhueta de Harry sentado do seu lado.
Ele a envolvera em seus braços sem dizer nada.
E então, ela chorou.  

DSTCDA – Z.

Meredith tinha grandes problemas com álcool e antidepressivos. Era por esse fato que, Aurora só podia visitá-la nos finais de semana; e não em todos. Apenas dois por mês e ela escolhia quando gostaria de ir. Quase sempre chorava para não ficar com a mãe. Mas a lei não permitia que Zayn não deixasse Meredith ver a filha. Então ele tinha que praticamente implorar a criança que fosse a casa dá mãe com a promessa que logo estaria lá para buscá-la.
Era segunda-feira já tinha arrumado todo o material da menina para levá-la a escola, mas Meredith sequer tinha a vestido adequadamente. 
Ele não culpava as empregadas, elas não eram pagas para cuidar da filha, o que o fazia cogitar a possibilidade de contratar uma babá apenas para quando ela fosse para a casa dá mãe.
– Eu tenho umas roupas no carro. – disse ele vendo a filha com pijama ainda. 
Malik não entrava na casa de Meredith, caso contrário poderia vestir a pequena com as coisas que tinha no apartamento, mas por sorte sempre carregava algumas peças de roupas para Aurora. Ela tinha quase quatro anos e se sujava o tempo inteiro. 
– Vem amor, nós não podemos perder aula hoje.
Aurora correra vendo o pai parado na porta. Os dois tinham uma ligação muito forte. Até mesmo Luna já havia dito que nunca tinha visto algo como aquilo.
Sua pequena menina era um anjo. Ele não cansava de falar isso. Ela era loirinha – como a mãe – dos olhos claros. Mas era exatamente como o pai. Diziam que a criança ia escurecer os cabelos a maneira que ia crescendo, mas seu pai gostava de ver sua cabeça branca cheia de cachinhos. 
Zayn tirou o paletó colocando sobre a filha para saírem do prédio. Não estava muito frio, mas tinha medo que pegasse vento e a noite com certeza ela começaria a tossir.
– Como foi à visita com a mamãe? – indagou ele.
Meredith não era uma boa pessoa, mas graças a Deus, era uma boa mãe.
– Mamãe fez doce e papá. 
– Você comeu muitos doces então? 
Aurora assentiu sorrindo sapeca.
– Comeu! 
Zayn riu, beijando a bochecha da pequena.
– Comi. Você fala comi, amor.
– Comi. 
– Isso aí, gênio.
Eles desceram conversando sobre muitos assuntos interessantes e intelectuais.
Aurora – que significava os primeiros raios de sol – tinha mudado a vida de Zayn dá água para o vinho. A verdade era que a vida tinha o pregado uma rasteira e tanto. 
Ele jamais poderá imaginar tudo que ia ter que passar nos últimos anos. 
É, Deus estava querendo que ele provasse alguma coisa e até agora sentia que estava indo muito bem. Exceto por Silverstone. Essa página do livro dá sua vida estava inacabada. 
– Pronto, vamos por algo em você. – Zayn colocara a garota no banco e abriu sua mala. 
Pelo tempo que estava lá fora, ia esquentar mais tarde, então colocou uma calça jeans do tamanho do antebraço dele e uma camiseta dá sua marca. 

Eles estavam adiantados. Por sorte Aus não era como Sebastian que odiava ir para a escola. Lá era o lugar que ela mais gostava no mundo, segundo suas conversas com o pai. 
– O que acha de depois dá aula ir comigo ao escritório? – Aus estava quase dormindo no seu bebê conforto, mas quando ouviu a palavra escritório abriu os olhos com um sorrisinho sapeca.
Ela adorava tocar o terror no escritório do pai. 
Deus do céu, Zayn tinha que ter um fôlego daqueles.
– Escritólio! – disse a pequena comemorando. 
Malik olhara por um instante para trás rindo. Ela ainda estava começando a falar certo, mas tinha muita preguiça e agia como um bebê. Ele sabia que era errado dar corda a filha, mas não conseguia não rir quando ela falava algo errado.
– Escritório. Fale certo.
– Eeeesscritólio.
Balançara a cabeça, acelerando um pouco. O trânsito estava uma merda. Ele bufou quando teve que parar por um idiota que se atravessara na frente e não o deixara passar antes que o sinal fechasse.
Era um saco mesmo.
– Escritólio papai? – provocou Aurora, rindo.
Ele sorriu. Ela era tão inteligente e tinha um poder sobrenatural sobre Zayn.
– Você sabe falar certo meu amor. – disse observando a rua.
E em um piscar de olhos. Ele a viu passar. 
Em uma caminhonete na frente do seu carro com as janelas abertas e os olhos focados no trânsito.
 

DSTCDA – C.

– Está melhor?
– Um pouco. – respondeu.
Os dois caminhavam pelo Hyde Park, estava frio, mas ela não queria voltar pra casa. O vento gelado era mais reconfortante do que qualquer outra coisa. Eles já haviam conversado por horas e sua mãe até tinha lhe enviado uma mensagem, pedindo para voltarem, mas estava se sentindo péssima. Harry tinha a feito entender seu erro na discussão. Não deveria ter falado com a mãe tão ríspida, afinal, ela estava doente e seu pai frágil. Devia ter sido um momento inesquecível. Agora se sentia envergonhada, para não dizer péssima. A pior pessoa do mundo. Era isso que ela era.
– O que quer fazer agora? – indagou ele.
Ela deu de ombros.
– Não sei se vejo um hotel pra gente ou...
– Não me venha com essa agora. – cortou Styles. – Aquela é a sua casa, sua família. Se alguém tem que ficar em hotel, seria eu. Mas como sua mãe disse que teremos filhos lindos, imagino que ela não me queira em hotel também e sim, dividindo a cama com você.
Ela sorriu de lado, balançando a cabeça.
– Você nunca mais vai conseguir transar comigo, Harry Styles.
– Ah, qual é! Quanto tempo você não transa?
Candy o encarou, erguendo a sobrancelha.
– Eu tenho outros problemas para resolver, não podemos mudar de assunto, por favor?
Ele abriu a boca.
– Não me diga que o último foi o Kevin.
– Harry, não se meta na minha vida pessoal.
– Como não vou me meter? Você precisa transar.
Ela revirou os olhos.
– Pode falar baixo, por favor? Estamos no meio do Hyde Park.
– Caramba. Faz dois anos que o Kevin casou. – Styles fez uma pausa. – Ele não pode ser o último.
– Escute aqui. – disse, dando de dedo na cara do amigo. – Eu sou muito bem resolvida com quem eu transo ou deixo de transar, Harry Styles. Esse não é o tipo de conversa que quero ter, depois de ter brigado com meus pais. A minha mãe está morrendo. E eu me sinto a pior pessoa do mundo, porque optei por ficar longe da minha família, por causa de um merda de um cara que partiu meu coração, quando eu era só uma menina. Eu fiz coisas erradas, eu andei pelo pior caminho, mas eu consegui o que eu queria. Porém, o que isso me trouxe? Nada. Então por favor, Harry, eu não quero falar de sexo com você hoje, e eu não... eu não transo há mais de dois anos e não me importo com isso, se é o que quer saber. Agora chega.
Esperava qualquer reação do amigo, exceto por aquela. Um sorriso, de orelha a orelha.
– Era isso que eu queria. – disse ele.
– O que? – perguntou confusa.
– Que você despejasse tudo pra fora. – Styles a abraçou por cima dos ombros, beijando sua bochecha com força. – Não esta se sentindo mais leve?
Ela parou por um instante e depois sorriu, colocando a cabeça na curva do pescoço de Styles.
– Você é um imbecil.
– Queria que você relaxasse. Está muito tensa. Não se cobre tanto.
– É que eu não achei que fosse ser tão difícil, aceitar essa escolha. – confessou, com a voz abafada. – Ela optou por me deixar. E eu tenho certeza, que a culpa é só minha.
Ele beijou a testa dela.
– Shhh... Fica calma. Vai ser difícil. Vai ser a coisa mais difícil que você ira passar nessa vida. – ele suspirou fundo, olhando aquelas árvores gigantes e velhas, imaginando quantas pessoas estiveram ali, tendo aquele tipo de conversa. – Mas não adianta eu mentir pra você e falar que vai estar tudo bem, porque por um bom tempo, será doloroso e triste. Entretanto, desde o dia que te conheci eu me apaixonei pela pessoa que você é e pela sua capacidade de tornar as coisas difíceis em superação. E eu sei, que você vai superar. E por mais que eu te queira na minha cama toda manhã, eu quero que você seja feliz, com a pessoa que desejar.
Ela se afastou por um instante.
– Não estávamos falando da minha mãe?
Ele sorriu malandro.
– Eu não podia perder a chance. – respondeu.
Ela revirou os olhos, sorrindo.
– Amo você, seu imprestável.
– Também amo você. Pronta para ir para casa?
Ela assentiu, concordando.
Seria difícil. Mas se estivesse pessoas como Harry, – bem, só o tinha e talvez, Serena – tudo ficaria um pouco menos doloroso. Era o que ela esperava.
 



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