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História Desculpa se te chamo de amor. - One secret.


Escrita por: willtraynor

Notas do Autor


Oi amados, espero que façam uma boa leitura.

Capítulo 10 - One secret.


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor. - One secret.

– Isso é...– ela pensou um pouco antes de responder – Chopin?
Zayn tirou as mãos do volante e as ergueu.
– Frédéric François Chopin.– disse ele, fazendo charme.
Ela abriu a boca sorrindo. Ainda bem que tinha acertado aquela. Se bem lembrava era Noctures, uma das canções mais lindas que já tinha escutado em toda sua vida. Isso que ela era uma fã histérica de Ed Sheeran. E na sua opinião ele era um rei. Seu poeta preferido.
– Eu adoro essa música, não tinha como errar. – disse ela. – Posso escolher agora?
Ele assentiu.
Zayn estava a levando para casa, mas por causa de um acidente que havia acabado de acontecer o carro não saia do lugar. Não ia para frente, nem para trás. Eles estavam presos.
Não que ela achasse aquilo ruim. Na verdade estava amando cada segundo. Não queria deixa-lo e terminar aquelas conversas que pareciam se encaixar perfeitamente. Queria ficar com Malik até o fim dos seus dias.
– Ed Sheeran? – indagou ele.
– Sim, meu futuro marido. – respondeu ela, sorrindo. – Essa é uma das minhas músicas preferidas dele.
– Você precisa me apresentar o noivo. –Zayn se encostou na porta do carro para fita-la – Tenho que saber quais são suas reais intensões.
Candy aumentou um pouco o volume do rádio, amava aquela música de verdade.
– Escute isso, ele é um gentleman. – ela fechou os olhos, encostando a cabeça no banco, cantarolando baixinho – “You got the kind of look in your eyes. As if no one knows anything but us.
Estar ali, a poucos centímetros de distância do homem que sonhava ter em sua vida, era muito surreal. Tinha alguma coisa naquela canção que mexia com o coração dela.
– Você realmente gosta desse cara. – concluiu ele rindo.
Candy abriu os olhos, o olhando fixamente. Se ele soubesse.
– “I'm so in love, so in love, so in love, so in love” – respondeu ela, cantando junto com a música.
– Você não tem namorado? – indagou ele de repente.
– Não.
– Impossível.
– Você acredita que no baile anual do colégio, ninguém me convidou? Sabe o que é isso? Ninguém.
Ele acelerou um pouco o carro, mas nada que ela pudesse se preocupar. Não queria ir embora, não justamente agora que ele parecia estar se importando pelo status de relacionamento dela.
– Não pode ser verdade. – disse ele, sorrindo torto, enquanto mexia no cabelo.
– Eu juro pra você. Não que eu queira ir com um bando de adolescentes. – ela revirou os olhos.
Mas a verdade era que sim, queria muito ir ao baile anual do colégio novo, já que nunca tivera a chance de ir ao seu colégio antigo. Queria ter as experiências que todos os alunos no colegial tinham. E um baile era sagrado.
– Porque meninos tem que convidar? Porque você, não faz isso? – Zayn curvou o cenho olhando para ela – Seus olhos tem a cor do mar de Tenerife!
Ela piscou algumas vezes. Ed Sheeran falava aquilo na música.
– Por isso eu gosto do meu ruivo.
– Porque ele fala sobre você.
Candy sorriu, corando, por ele estar reparando nela tão intimamente.
– Então? Já pensou sobre tomar iniciativa de convidar alguém?
Ela mordeu o lábio, seu coração batia tão forte contra o peito. Sabia exatamente porque ninguém a convidava para o baile, ou porque não tinha nenhum namorado ou paquera.
Todo mundo tinha medo do seu ex namorado e por mais que estivesse estudando em outro colégio e ele provavelmente vivendo a vida – sem lembrar que ela existia – em uma das melhores universidades de Londres, ninguém esquecia deles. Não no colégio, onde as pessoas só sabiam comentar sobre a vida alheia. Sobre a tal garota nova, ex de Booth.
Ela sabia disso, porque no passado era exatamente assim, como as meninas que via passar por ela nos corredores.


                                                        DSTCDA – Z.

Ela estava em silêncio por alguns minutos. Ele desconfiava que não tivesse percebido isso, quando balançou a cabeça piscando freneticamente. Talvez não devesse ter tocado naquele assunto, ele tinha três irmãs, sabia como elas eram com aqueles assuntos.
Sentimentais ao extremo.
Não que acreditasse que ninguém tinha a convidado para o baile.
Meu Deus, Candy Silverstone era linda e vestida com as roupas dele, a deixava ainda mais doce, como seu nome.
– Bem... – limitou­­­­-se ela a dizer.
A maneira como a garota olhou para as próprias mãos fez com que ele pensasse realmente a respeito. O que os meninos do colégio dela tinham na cabeça?
Se Candy fosse uma garota do seu tempo de estudante, provavelmente ele seria apaixonado por ela. Na verdade ele tinha certeza que isso aconteceria.
– Srta. Silverstone... – disse ele cordial, fazendo com que ela o encarasse de maneira gentil, com a cor dos olhos que o cantor havia descrito na música, a cor do mar de Tenerife – posso te levar ao baile?
Não sabia exatamente porque havia feito aquilo, mas quando se deu conta, o convite tinha saído da sua boca. Não que fosse se arrepender de levar uma garota tão legal e bonita quanto ela para um baile. Entretanto, era um baile do colegial. O que lembrava ele, que ela só tinha dezessete anos.
Candy piscou algumas vezes, nem ela esperava por aquilo, o que fora motivo de orgulho para ele. Gostava de deixar as pessoas sem ações.
Mas os minutos foram passando e ele começou a odiar a ideia estúpida de agradar a garota, já que era bem possível dela rejeitar o convite. O que ele podia jurar que estava acontecendo bem na sua frente, já que ela o encarava sem graça, completamente muda.
Ele se remexeu no banco do carro, aquela porcaria nem andava para frente, muito menos para trás.
Ele resmungou baixinho. Pelo jeito estava fadado a passar vergonha na frente de Candy.
Quando ficou claro que ela não abriria a boca, ele resolveu falar. Porque tinha que falar alguma coisa, não poda fazer papel de idiota.
– Esse silêncio todo foi bem constrangedor. – disse ele.
Silverstone sorriu concordando com a cabeça.
– Eu estava esperando que você falasse que era brincadeira.
Ele curvou o cenho.
– Porque eu faria isso?
– Porque já fizeram? – indagou ela, mas aquilo não era uma pergunta.
– Não acredito que algum babaca tenha feito isso com você.
Ela deu de ombros como se não se importasse, mas ele sabia que ela se importava. O que o deixava profundamente irritado. Ele queria levá-la ao baile por toda lei.
Queria comprar um vestido para ela, um que ela ficasse terrivelmente sexy e linda. E queria comprar joias, um colar com algum diamante... Nossa, ele queria muito fazer isso e queria leva-la com seu carro mais caro, só para que todos os garotos que a ignoraram ou a constrangeram, morressem de inveja dele e porque achava que ela merecia isso.
Silverstone era uma boa menina, não via o porquê alguém faria isso com ela.
– Bem... – repetiu ela, olhando para as próprias mãos.
Ele acelerou um pouco o carro.
– Eu te convidei de verdade. – disse ele, sentindo necessidade de esclarecer aquilo – Mas se não quiser ir comigo, tudo bem.
– Não! – ela o olhou, colocando uma mão em seu braço – Eu quero.
Sentado ali, olhando para o mar dentro dos olhos dela, ele se deu conta de que não só precisava leva-la para o baile, como precisava beijá-la.
Zayn demorou um pouco, mas sorriu, quando ela aceitou.
E tudo ficou tão diferente.

Ele queria ser o tipo de cara que vinha tentando ser nas últimas semanas. Um homem que não tinha compromisso com nada, que dormia com uma a cada noite e às vezes com duas durante o dia. Mas a quem queria enganar? Ele sempre fora do tipo de homem que sentia-se feliz apenas com uma. E era fiel a ela. Por mais que passasse a maior parte do seu relacionamento brigando, ele não achava que esse era um motivo – nada era motivo – para se trair alguém que dorme ao seu lado, todo santo dia.
 Ele olhou por trás dos ombros dela. Já tinha escurecido. Ele podia perguntar quando seria aquele baile do colegial ou como deveria ir vestido, mas a boca rosada dela, estava entre aberta, e os olhos dela pareciam brilhar de uma forma que ele não sabia explicar.
Talvez ele pudesse... talvez não faria mal.
– Eu..– disse ela, tirando a mão do braço dele, ficando um pouco constrangida, com a maneira que ele a olhava. – ahm..
– Eu posso te beijar?

                                                    DSTCDA – C.

O que?
Pelo amor de Deus, alguém tinha que estar ali, filmando aquele momento da sua vida, que ela guardaria para sempre. Não sabia se tinha escutado direito, mas meu Deus do céu, ele tinha pedido para beijar ela? Minha nossa, Candy ia desmaiar em breve.
Tudo bem que estava esperando por aquilo desde o momento que havia esbarrado nele no Monmouth café, mas agora que aquele sonho de fato estava acontecendo, ela não sabia como reagir.
Queria esbofetear Zayn Malik, por tê-la deixado parecendo um pimentão vermelho. Porque ela sabia que não estava com aquela tonalidade sensual que descreviam nos seus romances perfeitos. Candy estava sentindo seu rosto queimar como brasa, então ela sabia perfeitamente que devia estar sendo ridícula, por não esconder seu constrangimento, por aquela pergunta. Já que para ele, provavelmente era algo natural, porque o infeliz estava com aquele sorriso de lado, a encarando de um jeito que as pernas dela estavam moles.
Meu Deus.
– Você quer realmente que eu te responda isso? – indagou ela, um pouco mais alto.
Estava histérica. De todas as coisas que ele podia ter perguntado, tinha feito justamente aquilo. Ela estava hiperventilando. Olhava para Zayn com um pavor crescente.
Ele sorriu. Um sorriso indulgente. Parecia estar gostando daquela situação.
– Bem, eu não posso simplesmente atacar você.
Ah, mas ele podia sim!
– Eu não vou te responder isso. 
Ele mordeu o lábio inferior, segurando um sorriso e acelerou um pouco mais o carro.
Eles estavam em uma caminhonete, já que na Ferrari ele havia vomitado. Ninguém os via ali dentro, e ela desejou muito que ele simplesmente a atacasse, sim.
Que diabos. Ele queria provoca-la, vê-la constrangida. Tinha feito isso à noite toda.
– Sou um gentleman do século passado, fazer o que. – disse ele dando de ombros.
Ela revirou os olhos.
– Você é um senhor de 1800, com todo mundo ou só comigo?
– Ah, eu podia dizer que é com todos, mas não sou muito educado com meu melhor amigo e nunca deixei outra pessoa dirigir meus carros, então eu acho que seja só com você.
Ele sorriu, com uma mão no volante e o cotovelo encostado na janela. Alguma coisa no ar havia o deixado extremamente sedutor, o que era uma grande merda.
– Tenho que sentir algum triunfo com essa declaração?
– Deve.
Ela revirou os olhos sorrindo. A verdade era que sua deusa interior estava sambando uma avenida inteira, gritando para todo mundo sua conquista.
– Você não vai mesmo responder minha pergunta? – indagou ele, colocando as duas mãos no volante, deitando com a cabeça sobre elas, para observá-la.
Ela ia desmaiar. Mas estava conversando com um homem. Um homem que já havia tido um relacionamento sério a ponto de querer casar com a pessoa. Ela não podia simplesmente ter um ataque de pânico ali, ou falar alguma coisa estúpida e sabia que tinha feito isso a tarde toda. Mas ele estava bêbado e a situação era totalmente diferente.
Agora ele queria beijá-la e pela maneira como a encarava, queria muito aquilo.
Então precisava dizer a coisa certa.
Silverstone se aproximou dele, tentando agir da maneira mais segura que podia. Ele levantou as sobrancelhas com um ar desconfiado.
Ela chegou até onde sua sanidade mental a deixava.  Perto do braço dele, que estava encostado no volante. Alguns centímetros da boca, e então falou a primeira coisa que lhe veio à mente.
– Eu quero que você faça aquilo que tem vontade. – disse ela sussurrando.
Seu coração estava quase saindo pela boca, mas ela manteve a compostura de uma mulher adulta. A verdade era que queria dizer, “Por favor, me beija logo.” Mas se conteve.
Naquela frase tinha muito mais do que uma permissão para beijá-la. E os olhos dele ficaram tão intensamente escuros, que ela soube que ele havia entendido.
Malik se afastou da onde sua cabeça estava apoiada, se inclinando na direção dela, com um sorriso nos lábios.
Ele ia beijá-la.
Meu Deus, ele ia beijá-la.
Ele passou os dedos na bochecha dela, colocando seu cabelo atrás da orelha. Ela mal podia respirar, sentia seu coração acelerado e borboletas no estômago.
Ele olhava para os lábios dela, como se existissem apenas os dois no mundo e de fato, para Candy era exatamente isso que estava acontecendo.
Já podia se ver caminhando pela empresa sendo cumprimentada pelos empregados dele, todos falariam “ Bom dia Senhora Malik “.
Minha nossa, ela ia desintegrar em breve. Candy Silverstone Malik.
E então ele encostou os lábios dele nos dela. Tão suavemente que a fez soltar um gemido baixinho.
Malik colocou a mão na cintura dela, a puxando para mais perto e genuinamente, acariciou seus lábios com a ponta da língua. Candy colocou a mão entre os cabelos dele, sentindo aquele arrepio toda vez que ele cerrava lentamente seus lábios nos dela.
E antes que eles pudessem aprofundar o beijo, várias buzinas fizeram eles se afastarem assustados.
O trânsito havia sido liberado.
Ela queria gritar umas poucas e boas, mas Malik acelerou o carro para acalmar aquelas pessoas impacientes e sem corações que estavam estragando o momento mais lindo da vida dela.
E quando eles viraram a esquina em um silêncio terrivelmente constrangedor, ela sentiu a mão dele em sua nuca. Zayn a puxou e colou seus lábios com força contra os dela, em um breve selinho molhado entre sorrisos.


                                                   DSTCDA – Z

Ele devia estar louco, mas há muito tempo não sorria de felicidade. Ele sorria quando alguém o cumprimentava, ou alguém contava uma piada, ou quando Liam contava sobre suas experiências com a namorada. Mas ele nunca estava realmente feliz.
Em algum momento da sua vida tinha errado e ele se sentia um merda por isso.
Entretanto, quando sentiu os lábios dela tão suaves, suplicando para que a beijasse, aquela pequena felicidade, retomou seu peito.
Tudo bem que ela era uma garota, por isso havia a beijado com mais carinho, mas ainda sim, ela tinha alguma coisa dentro dela, que fazia algo dentro dele se mexer.
E Malik ainda não fazia ideia do que era isso.
– Você lembra onde eu moro? – indagou ela, colocando os pés no banco.
Ele fez uma careta.
– Eu podia fazer com que nos percamos. – disse ele simplesmente, tirando um sorriso dela.
– Isso seria interessante para mim, não para meus pais.
Ele sorriu assentindo.
Ela era uma garota. Dizia para si mesmo. Uma garota.
– Então vamos entregá-la em segurança.
– Eles já vão achar estranho o fato de eu estar com essas roupas. Imagina se estendemos o horário. Minha mãe é capaz de por a Scotland Yard, atrás de mim.
– Sua mãe parece ser uma figura. – disse ele, lembrando das histórias que ela havia lhe contado. – Como é mesmo o nome dela?
– Sophie e meu pai é Benedict.
– Sou fã deles. – disse Malik quase chegando em frente a casa dela – Criaram uma filha totalmente fora da realidade.
Ela o encarou estreitando os olhos de maneira afetada.
– Isso devia ser um elogio?
– Claro que é. Se eu tivesse uma filha como você, provavelmente tinha enlouquecido.
Candy balançou a cabeça indignada. E ele parou o carro em frente a sua casa.
– Meu pai disse que só não enlouqueceu comigo, porque minha mãe é mais louca que eu. – disse ela rindo, fazendo-o rir também.
Ele suspirou fundo desligando o carro. Era um momento complicado aquele.
– Posso te pedir uma coisa? – indagou ele, já se arrependendo.
– Claro.
– Não quero que fique brava comigo ou que se ofenda. – ele viu nos olhos dela, que aquilo não seria fácil de pedir, mas não teria outra saída – Você poderia manter segredo sobre o que aconteceu hoje? Até mesmo para Luna?
Ela umedeceu os lábios, o encarando de um jeito vazio.
Droga, ele não queria ter de pedir aquilo, mas seria um caos completo se todos soubessem na empresa que um homem como ele tinha ficado com uma garota como ela.
Bem, ele não queria... ah droga, estava sendo como aqueles babacas do colégio dela.
Inferno.
– Claro. – repetiu ela sem nenhuma emoção.
– Por favor, não fique brava comigo... Eu não quero te ofender.
– Você não me ofendeu. – explicou ela – Só que não precisava ter me pedido isso. Eu não contaria pra ninguém de qualquer modo.
Ele suspirou fundo. Tinha feito merda.
– Sinto muito Candy, não quis...
– Está tudo bem Zayn. – garantiu ela o cortando, mas ele sabia que não estava nada bem.
– Ahm... – resmungou ele, vendo uma sombra na calçada caminhando em direção ao carro. – acho que sua mãe está vindo para cá.
– Ai que droga. – resmungou ela. – Desça do carro!
– Que?
– Desça do carro, múmia! – disse ela, exasperada, arrumando o máximo que dava das roupas grandes em seu corpo.
– Você me chamou de múmia?
– Ai que saco! – ela revirou os olhos – Você não podia estar com aquelas roupas chiques justo hoje? Misericórdia.
Ele riu. Ela era realmente uma garota de outro mundo. E aquilo o fazia muito feliz.
Não pensou quando fez – na verdade ele quase nunca pensava ou pensava demais, eram os dois extremos – e enquanto ela resmungava que ele devia estar descendo do carro e ser totalmente cordial com a mãe dela, Zayn Malik colocou as duas mãos no seu rosto e a puxou para um beijo. Ele estava sério, mas quando seus lábios se tocaram, um sorriso se formou entre o selinho, fazendo daquele toque deliciosamente leve e perfeito.
Puta merda estava gostando daquilo. Daquela pureza dela.
Candy se afastou dele soltando um suspiro.
– Eu te mato.

                                                  DSTCDA – C.
 
– Você não teria essa coragem. – respondeu ele, abrindo a porta do carro para descer.
Ela suspirou fundo, derretendo sozinha dentro daquele carro. Seu coração não parava de bater freneticamente contra o peito e por mais que aquilo que ele tinha falado fosse uma merda sem cabimento, era só sorrir para ela ou nesse caso tocar seus lábios, que esquecia todo o resto.
Sua sorte era que uma parte do seu cérebro ainda raciocinava então ela saiu do carro, antes que a mãe fizesse isso com as próprias mãos. Sophie era capaz disso, ela conhecia a mãe.
– Mas tem certeza? Eu e Benedict estávamos na cozinha agora mesmo preparando o chá. – dizia sua mãe francamente, simpática demais para a opinião de Candy.
Malik estava sorrindo para ela e Silverstone teve certeza que naquele momento ele tinha ganhado o coração da mãe também.
– Nós...– ele olhou para Candy, sorrindo cúmplice – acabamos de nos entupir de Kebab.
Ela segurou um riso. Não acreditava que ele tinha dito para a sua mãe que eles tinham se entupido, aquilo era muita coisa dela, não dele.
– Ah querida, está ai! – disse sua mãe, fazendo a linha mãe graciosa que sorria ao falar.
Ela tinha que se segurar para não rir. Meu Deus. Sophie Silverstone não existia.
– Estou mãe. Acabei de chegar, inclusive, com o Zayn! – respondeu ela irônica.
Sua mãe a encarou de um jeito que só ela entedia.
– Estava falando para o jovem ficar para tomarmos um chá.
– Mãe, eu tenho certeza que o Senhor Malik, é um homem muito ocupado.
Ele a encarou por alguns segundos.
– Na verdade – disse ele lentamente – eu gostaria sim.
Ela ficou boquiaberta. Jamais imaginaria que ele pudesse aceitar um convite daquele. Ou ele estava a provocando ou tentando se desculpar sobre aquele assunto idiota.
 Sua mãe o puxou pelo braço, animada demais.
Candy já podia prever que aquilo seria um desastre.

– Você podia ir trocar essas roupas dele, porque seu pai não para de te olhar torto. – disse sua mãe, baixinho na cozinha, enquanto elas pegavam biscoitos com pedaços de chocolate.
– Eu não! Vou ter que devolver daí.
Sophie suspirou fundo.
– Vai ficar com as roupas do rapaz? Isso é roubo sabia?
– Mãe – começou ela com um tom de voz mais alto – Gorki disse que...
– Tudo que é feito por amor é santificado. – completou a Senhora Silverstone.
Desde que a filha havia lido aquele livro, essa era a resposta para todos os seus problemas.
Candy sorriu.
– Papai não vai se importar daqui alguns anos, quando lhe dermos netos!
Sophie fez o sinal da cruz.
– Eu sou muito nova pra ter netos Candy! Você não ousa chegar perto daquela região dele.
Ela riu do constrangimento da mãe.
– É pênis mãe. E eu não vou chegar perto até que... ahm... Ele case comigo.
Sua mãe a encarou desconfiada. Não podia julgar a filha. O homem que estava sentado na sala com o pai dela, tendo uma conversa casual sobre o jogo que estava passando do Chelsea era incrivelmente lindo e a olhava de um jeito que Sophie conhecia muito bem.
Se não era amor hoje, seria amanhã.
– Tudo bem. Só mantenha os pés no chão.
– Eu vou, senhora Silverstone. – falou ela sorrindo de orelha a orelha.
E ela ia. Por mais que estivesse no céu com tudo que estava acontecendo nas últimas horas, ela tinha o direito de se sentir meio boba e talvez apaixonada, mas manteria os pés no chão. Já tinha experimentado o gosto amargo da decepção.
– Quanto está o jogo? – indagou ela, sentando ao lado de Zayn, porque era o único lugar livre que propositalmente sua mãe havia deixado para ela.
Ele a fitou, tomando um gole de chá, parecia estar se divertindo.
– Zero a zero. Seu pai acha que Chelsea perde hoje.
– Concordo pai.
– Você entende de futebol? – indagou ele a provocando e antes que Candy dissesse alguma coisa, foi Benedict quem respondeu.
– Candy era a atacante no clube mirim para as garotas. – disse seu pai, orgulhoso.
– Jura?
– Tenho vários troféus, quer ver?
– Eu não acredito!
Ela se levantou animada para mostrar os prêmios que tinha ganhando, quando jogava futebol dos oito aos onze anos.
– Venha ver.
Zayn a encarou, depois olhou para os pais dela. Meu Deus, ele era educado demais.
– Vocês se importam? – indagou ele.
Benedict sorriu, negando com a cabeça. Assim que Malik levantou ela estendeu a mão para ele. E só percebeu que fez isso, quando ele entrelaçou os dedos nos dela.
Subiram as escadas para o quarto dela em silêncio, mas com o coração acelerado.
Quando ela abriu a porta do seu quarto, sentiu um arrepio por deixar ele ver algo tão íntimo dela.
– Você é realmente apaixonada por esse cara. – disse ele, soltando da mão dela, apontando para o pôster do Ed Sheeran em uma das suas paredes.
Seu quarto era pequeno, mas descrevia exatamente o que ela era. Uma bagunça.
– Gosto dele. – respondeu ela sincera, sentando na cama.
– Esses são seus troféus mesmo? Não estou acreditando.
– São.
– Nós precisamos jogar uma partida. No vídeo game.
Ela riu alto.
– Eu derroto você de qualquer maneira. – comentou convencida, dando de ombros.
– Disso eu não duvido, sou péssimo nessas coisas.
Ele conversava com ela, olhando tudo a sua volta. Suas fotos no mural, seus livros enfileirados por preferência, e seus cd’s em ordem alfabética. Parecia ela andando pelo seu apartamento mais cedo.
– Você foi Miss? – indagou ele, pegando um troféu.
Ela sorriu sem graça.
– Eu tinha cinco anos.
– Não faz muito tempo então. – provocou ele, sorrindo para ela.
Estava prestes a ralhar com ele, quando seu celular tocou. Candy não tinha visto a tela, quando ele tirou o aparelho do bolso, mas pela expressão dele, era alguém indesejável.
Inevitavelmente, ela pensou em Amber.
Zayn fez um sinal e foi para o corredor.
Candy não queria ser aquele tipo de pessoa, mas caminhou até a porta e segurou a respiração para ouvir o que ele estava falando. Era alguma coisa sobre não estar em casa e “ Não interessa onde estou “ ela não tinha certeza, mas parecia que ele estava irritado, entretanto entendeu bem quando disse “ Amber, me deixa em paz.”
Silverstone engoliu em seco, achando que já tinha extrapolado e voltou a se sentar em silêncio em sua cama. Poucos segundos depois, Zayn entrou em seu quarto.
Ele parecia muito irritado. Na verdade estava com fogo nos olhos.
– Está tudo bem?
Ele negou com a cabeça e ela se surpreendeu com sua sinceridade.
– Posso te ajudar?
Malik pegou a mão dela que estava em cima da cama e a puxou próximo do seu corpo. Ela sentiu um formigamento na pele e ele sequer tinha a tocado direito.
– Pode. – sussurrou ele, puxando ela contra seus lábios.
Dessa vez ele a beijou com força. As mãos dele foram parar na curva de sua cintura, a apertando contra seu corpo, Candy mal teve tempo de pensar. Segurou nos ombros dele, o puxando para cima de si, até que caíram sobre a cama. Ela queria muito aquele beijo.
Sonhará por noites com aquilo.
Ele devorou sua boca com vontade, como se quisesse aquilo também. Zayn segurou sua cintura a erguendo para o centro da cama pequena. Se encaixando perfeitamente entre as pernas dela. Candy queria muito que ele a tocasse.
Ele a apertava, acariciava e a beijava sem parar. Silverstone enfiou a mão por baixo da camiseta dele, fazendo Malik arfar contra os lábios dela.
– Eu preciso ir. – disse ele, com dificuldade se afastando dela.
– Mas...
Ele se aproximou de novo, a beijando deliciosamente, puxando seu lábio inferior em seguida.
– Eu queria ficar, mas não está certo.
Ela suspirou. Tinha sonhado tanto com aquele momento e agora ele simplesmente tinha ido. Havia sido o melhor beijo da sua vida, mas queria mais. Não tinha culpa se ele tinha problemas, ela o queria com todas suas forças.
– Tudo bem. Temos que descer de qualquer modo.
– Você está brava comigo?
Ela negou com a cabeça. Era impossível ficar brava com ele, depois do que tinha acontecido. Candy havia sentindo no beijo que ele a desejava, tanto quanto ela o queria.
– Vou para casa. – comentou ele, a olhando deitada na cama – Me leva até a porta?
Silverstone sentia-se mole, isso apenas com um beijo, mas foi capaz de levantar para acompanha-lo.
– Amanhã tenho uma reunião com o advogado da minha ex noiva. Por isso ela me ligou. – explicou ele.
– Boa sorte.
Zayn sorriu, dando um beijo no canto da sua boca. Ao descer se despediu dos pais dela, com a desculpa que estava tarde e precisava acordar cedo para o trabalho no outro dia.
Candy o levou até a porta e ele sorriu compartilhando um olhar cumplice com ela.
Só os dois saberiam o que tinha acontecido naquele dia.
E ela guardaria cada detalhe dentro do seu coração.
Pra sempre. 


Notas Finais


AI MEU DEUS O BEIJO, O BEIJO QUE EU GUARDEI TODO ESSE TEMPO EM SEGREDO, FINALMENTE REVELADO!
AMÉM IRMÃOS! PRA QUEM LÊ EM MEMÓRIA, CREIO QUE QUEIRA ME MATAR AGORA, MAS ENFIM, O BEIJO ESTÁ AI, ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM, PORQUE EU ADOREI ESCREVÊ-LO, ESTAVA ANSIOSA DEMAIS POR ESSE DIA E MANTER SEGREDO PRAS CARAMELLA'S FOI ALGO TORTURANTE ( NOSSO GRUPO NO WHATS HAHA )

Espero que tenham gostado, comentem aqui em baixo por favor, é muito motivador ler seus comentários.
Mais uma coisa, fiz um trailer de Zandy, se quiserem conferir, esse é o link: https://www.youtube.com/watch?v=QrIaeAv4eGU

Um grande beijo, Zandy <3


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