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História Desculpa se te chamo de amor. - Falling in love.


Escrita por: willtraynor

Notas do Autor


Vou ser breve, sinto muito pela minha demora, mas eu jamais deixaria meu OTP morrer, então espero que apreciem o novo capítulo e não se preocupem, o próximo já está a caminho.
Beijoos, <3

Capítulo 13 - Falling in love.


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor. - Falling in love.

Zayn pensou seriamente que ela desmaiaria em breve, talvez estivesse mal por causa do jetlag ou pela presença dele. Mas ela estava bem segundos atrás. O que quer que tivesse visto atrás dele, tinha a deixado pálida, como um fantasma.
– Candy, você está bem? – indagou Malik.
Ele olhou por cima dos ombros, tinha alguma coisa atrás de si que a deixará nervosa. Mas não conseguiu ver nada além de um bando de turistas. 
Ela piscou algumas vezes, curvando o cenho.
– Achei que tinha visto alguém.
Ele assentiu pegando um pouco de cada comida. Tinha feito aquilo para impressioná-la, mas o que ela tinha visto, havia tirado completamente o foco.
– Vem muita gente famosa nesse hotel. – comentou ele.
–  É, pensei ter visto um cantor que eu gosto. – sorriu ela, tentando o convencer. 
O que Candy não sabia, era que ele a conhecia quando estava mentindo. Ela não olhava nos seus olhos. Nunca.
– Muito bem, se quiser podemos ir lá fora atrás dele. 
– Que? – indagou ela, com a voz trêmula. – Não, não, acho que não era ele.
– Podemos ir se quiser.
Ela sorriu, com o sangue voltando a circular em suas bochechas rosadas. 
– Eu tenho um ba­­­nquete da Rainha Elizabeth aqui; não vou a lugar algum.
Ele riu. Sabia que ela estava tentando fazer graça para se acalmar. Sempre fazia isso. E ele adorava toda bobeira que saia dá boca dela.
– Você precisa experimentar isso aqui. – ele apontou para um prato de feijão – Dá muito calor, mas é muito gostoso. 
Ela assentiu respirando fundo ao mesmo tempo. Zayn a observou por alguns minutos em silêncio. Silverstone era transparente, ele adorava isso nela. Não precisava fingir para ninguém o que não era. A maioria das pessoas que tinha convivido sua vida inteira eram falsas, assim como sua ex noiva. Eles viviam de aparência e se deixavam influenciar pelos demais. Mas não ela. Candy tinha sua opinião, suas maluquices e seu temperamento forte e doce ao mesmo tempo. Por mais que ele a achasse uma tagarela sem limites e quisesse esganá-la a maior parte do tempo, ela era verdadeira em tudo o que fazia. E isso a tornava única.
– Não gostei. – disse ela fazendo careta enquanto se abanava.
Ele riu.
 – Eu disse que era quente.
 – Prefiro seu kebab a isso.
– Jura? – indagou ele, sorrindo.
Não sabia, mas a opinião dela era muito importante. Até mesmo sobre como cozinhava.
– Bem, eu acho. Mas não tão bom quanto arroz e feijão… E essa carne aqui – comparou ela, enchendo o prato de comida.
– Eu já estava ficando feliz.
– Digamos que sua esposa não morrerá de fome quando se casar. – disse ela, enfiando uma garfada cheia na boca, enquanto olhava para o lado. Zayn tomou um gole de suco. Não pensava em se casar, mas por um breve segundo, passou pela sua cabeça como seria ser casado com uma garota como Candy Silverstone. Bem, não seria nada entediante.
– Você vai acabar com a nossa dispensa se continuar comendo desse jeito. – brincou ele, vendo a garota se engasgar. Ela tossiu várias vezes, tendo que tomar água.
– Você me chamou de gulosa? – indagou ela, limpando a boca com guardanapo.
Não, ele havia dito em voz alta que se casaria com ela. Onde estava com a cabeça? Por Deus.
 – É, chamei. Você come mais que Liam Payne.
Ela semicerrou os olhos, ia matá-lo, certamente.
– Eu não como tanto assim! – grunhiu ela.
Malik riu.
– Lá em casa você comeu uns cinco kebab’s!
– E você uns dez! – retrucou ela.
Ele revirou os olhos fingindo estar afetado. Provocar Candy estava se tornando sua brincadeira favorita.
– Eu? Dez? – indagou ele debochado – Como? Você praticamente comeu tudo sozinha.
Zayn curvou os lábios em um sorriso maligno. Ela estava começando a ficar irritada.
– Você trate de calar a boca, ou vou enfiar esse garfo onde a luz não bate.
Dessa vez ele gargalhou.
– Eu sou seu chefe, olha os modos!
Ela apoiou os cotovelos, sorrindo de lado. Ele adorava o sorriso dela.
– Engraçado que você não era meu chefe enquanto me beijava.
Ele perdeu a voz engolindo em seco. Não importava o que esperava que ela dissesse, jamais imaginou que teria coragem de tocar no assunto daquela maneira. Candy o encarou desafiadora. Ela era surpreendente. Esse era um fato que ele não podia negar.
– Vou encarar esse silêncio como um sim.
Ela continuou comendo, com um sorrisinho presunçoso. Ah, mas ela era adorável. Ele não conseguia tirar os olhos dela e queria muito falar que não era chefe dela em nenhuma ocasião se possível, apenas para continuar beijando cada parte do seu corpo. Zayn a queria tanto. Ela não podia provocá-lo daquela maneira ou acabaria perdendo o jogo.
Ele pigarreou.
– Você já fez planos com a Luna?
– Sobre o que? 
– Vocês vão ficar no hotel, enquanto estamos em reunião, ou vão conosco?
– Nós podemos ir junto? – indagou ela.
– Não me importo. – disse ele dando de ombros – Você pode aprender mais sobre engenharia.
– Seria interessante.
– O que pensa em estudar?
Ela mordeu o lábio inferior olhando para algum dos pratos na sua frente. Estava em dúvida no que experimentar primeiro, já que a feijoada, ela tinha odiado.
– Pensei em engenharia, claro. Mas acho que gosto de algo mais artístico,como fotografia ou até mesmo a música.
– Música? – indagou ele surpreso.
Seu maior sonho era estudar música quando mais novo. Mas hoje não se imaginava fazendo outra coisa além dos seus prédios.
– Comecei a me apaixonar pela música clássica, acredite se quiser.
Ela sorriu envergonhada, pegando um pouco de comida.
– Tem todo meu apoio. – concluiu ele depois de um tempo – Quando tinha sua idade pensava em estudar música clássica também, mas meus pais eram contra e confesso que amo engenharia, mas me sinto um pouco frustrado por não ter ao menos tentado.
– Talvez você não fosse... você, se estudasse música. Acho que tudo na vida tem um por que.
Ele assentiu. Concordava com ela.
Por Deus, se estivesse de fato, estudado música clássica anos atrás, provavelmente sua vida teria sido muito diferente e jamais conhecerá Candy Silverstone.
Era engraçado, mas essa era o primeiro questionamento que vinha em sua mente.
E não conseguia mais imaginar como seria se não a conhecesse.
Droga, ele estava ferrado.

                                                                         DSTCDA – C.

Ao que parecia, Candy tinha se enganado e não era Douglas Booth perto da piscina, mas isso não a deixava menos nervosa. Pensar nele ou imaginar vê-lo, era apavorante.
Porém durante aquele almoço ela não conseguia parar de pensar em outra coisa. Não era Douglas Booth, ou a quantidade de comida que Malik havia pedido e o gosto ruim que tinha aquele feijão com nome estranho que ela mal podia pronunciar.
O que Candy não conseguia tirar da cabeça era o fato de estar no Brasil. Do outro lado do continente, almoçando em um hotel onde ela jamais teria cacife para pagar, com uma quantidade absurda de comida deliciosa e estranha, diga-se de passagem, e com o homem que ela não parava de sonhar em uma conversa natural. Como se eles não tivessem se beijado, ou como se Malik não soubesse que ela queria beijar ele de novo.
Eles tinham conversado sobre inúmeros assuntos, dos mais sérios como a faculdade que ela devia seguir e os mais banais como o bigode gigante de um dos garçons que os servia.
Era tão gostoso passar um tempo com ele sem que estivesse passando por algum tipo de situação estranha, como de costume.
– Obrigada pelo almoço. – agradeceu ela na porta do seu quarto.
Zayn sorriu, mal podia falar de tanto que tinha comido.
– Eu quem agradeço por ter me acompanhado. É muito desagradável não ter com quem dividir um banquete daqueles.
– Sim, eu só fui pela comida mesmo. – brincou ela, dando de ombros.
Ele aumentou o sorriso, olhando nos olhos dela, de um jeito diferente.
Ai meu Deus, ela estava tão serena o tempo todo. Não queria falar besteira logo agora, quando estava se despedindo.
– É claro, eu já sabia. Minha presença é insignificante pra você.
Candy sorriu mordendo o lábio inferior. Podia sentir suas bochechas ficando corada. Ah, ele era tão lindo.
Seus olhos castanhos mais pareciam dourados para ela. Era uma cor tão diferente de tudo o que tinha visto. Ele era simplesmente o homem que fazia todas as mulheres suspirarem e quando passava, todas perdiam o decoro. Era fato.
– Que bom que você sabe. – brincou ela.
Eles se olharam por alguns segundos em silêncio, a verdade é que ela tinha que entrar no maldito quarto e deixar ele ir, mas era estranho se despedir depois do almoço que tiveram, era como se a conversa entre eles o tivessem deixado mais próximos, pelo menos ela se sentia assim e se despedir devia ser algo natural, mas droga, ela não queria se despedir, queria ficar mais um pouquinho em um mundo que existia apenas ela e ele.
– Vai fazer alguma coisa depois? – indagou Zayn.
Candy sentiu um frio na espinha.
Ai meu Deus, ele estava querendo saber se ela ia fazer algo mais tarde? Ela queria fazer muitas coisas, se ele estivesse junto.
A primeira seria beijar sua boca.
– E então? – perguntou ele, impaciente.
Ela podia sorrir.
– Tinha conversado com a Luna sobre uma boate que tem aqui perto. Ela queria ir.
– Hm.... Faz tempo que não vou para festas.
– Acho que seria legal.
Ele a fitou por um instante.
Ela respirou fundo.
Estavam próximos.
Talvez se desse um passo e inclinasse a cabeça para o lado.
Ai meu Deus.
Ele encarou a boca dela. Silverstone estava começando a ficar sem ar.
Ai meu Deus, ele iria beijá-la?
Seu corpo inteiro ficou arrepiado, Zayn, segurou o braço dela delicadamente, dando um pequeno passo, ficando cada vez mais perto.
Perto suficiente para que ela tivesse uma síncope em questão de segundos.
Aquilo ia realmente acontecer.
Ela engoliu em seco. O coração estava a mil dentro do peito.
Malik bem na sua frente, Santo Deus.
Houve um segundo de silêncio antes que seu mundo se tornasse um lugar cheio de arco-íris e unicórnios e do outro lado do corredor, o elevador se abriu e ela acompanhou os olhos de Zayn, se afastando dela no segundo seguinte.
Liam Payne surgiu atrás das portas com um semblante um pouco quanto severo.
– Nos vemos depois. – disse Zayn, se afastando por completo.
Droga.
Candy engoliu em seco, sorrindo com os lábios semicerrados. Seu arco-íris teria que esperar até o anoitecer. Ela não se importava de ter que esperar. Tinha esperado por um momento como aquele por tanto tempo.
Silverstone tinha consciência de que se eles fossem juntos para a festa, faria algo acontecer. Mostraria a ele, que ela era uma mulher.
Uma mulher que ele teria orgulho de ter.
– Até depois. – disse ela, beijando a bochecha dele rapidamente e entrando em seguida para o quarto.
Quando fechou a porta, suspirou fundo.
– Onde estava? – indagou Luna, a fazendo pular de susto.
Estava ansiosa, não podia negar.
– Almoçando com o Sr. Malik.
Luna a encarou erguendo uma sobrancelha.
– Só almoçando?
– Ele não quer nada comigo. – disse ela, sem saber se acreditava naquilo.
Luna fechou os olhos, estava deitada na cama com um pijama de flanela. Ela suspirou fundo se acomodando, como aquelas mulheres fora da realidade, simplesmente lindas até dormindo. Luna Aniballe era assim.
Irreal.
– Só tente. – disse ela.
Candy piscou confusa.
– O que? – indagou ela.
– Só tente de novo. Apenas tente.

– Você tem certeza que é uma boa ideia? – indagou Luna pela enésima vez, enquanto elas desciam para o bar do hotel.
O relógio marcava meia-noite em ponto e Candy não conseguia mais esperar. Pediu para Luna avisar Liam que elas os esperariam tomando algumas doses. Aniballe não bebia devido ao seu acidente, mas Silverstone sempre dava um jeitinho dela mudar isso e acaba que sua patroa sempre enchia a cara.
Luna estava linda. Estava com um vestido preto tomara que caia inteirinho de pedras. E para a sorte dela, Aniballe havia levado um vestido que dizia ser a cara da garota e Candy sentia que sua chefe tinha razão. Era um vestido vermelho de seda, algo que nem em uma vida ela teria dinheiro para pagar. Incrivelmente lindo e delicadamente sexy.
A única coisa que Candy queria era que Malik a visse dentro dele como uma mulher que ela era.
Tinha contado tudo depois que Luna acordou, sobre o almoço e as conversas de ambos. Ela estava um pouco confusa, parecia que sentia que alguma peça não estava se encaixando, mas Candy não tinha coragem de contar sobre o beijo. Primeiro porque Zayn havia pedido e por mais que ela quisesse negar, faria o que ele pediu. E depois, ficaria sem graça por contar a Luna que tinha escondido isso dela.
Mas contou sobre a maneira como ele a olhou antes de se despedir e o jeito que ele parecia querer beijá-la.
Aniballe para surpresa dela, foi quem disse que Candy tinha total liberdade para provocá-lo aquela noite.
Teria que ser aquela noite. Pensou ela.
Provaria para Malik que não era mais uma adolescente.
Ela era uma mulher com desejo.
O desejo de tê-lo.
– Vamos pegar uma bebida.– Candy parou no balcão do bar, sentando em uma banqueta, cruzando as pernas de um jeito um pouco quanto sedutor – Por gentileza, gostaria de uma bebida típica do país.
– Aceita uma caipirinha, senhorita?
– Está ótimo pra mim e você Luna?
– Uma água.
Silverstone revirou os olhos.
– Duas caipirinhas, por favor. – pediu ela com dificuldade, observando um grupo de homens ao lado delas – Você viu esses caras aqui do lado? – cochichou ela – Não param de olhar.
Aniballe disfarçou inclinando a cabeça por trás de Candy.
– São bonitos.
– São mesmo. Vamos falar com eles?
– Você está louca?
Antes que Luna a impedisse, ela se aproximou do grupo de homens bem vestidos e com uma aparência de faltar ar.   
Aniballe foi atrás dela um pouco insegura. Podia ser loucura, talvez fosse mesmo, mas ela queria fazer do mesmo jeito.
Eles eram quatro e parecia que cada um tinha se posicionado ao lado delas de forma estratégica. Dois em cada lado, deixando as duas no meio deles. Elas não tinham escapatória, ao menos que Candy parasse com a tagarelice e elas saíssem pela culatra, mas ela estava longe de fazer isso. Ficaria ali até Zayn Malik aparecer.
– Como se chamam? – perguntou um deles com sotaque canadense.
Era loiro, bonito, um pouco mais velho e tinha uma cicatriz na sobrancelha, o que chamava atenção.
– Luna Aniballe e eu me chamo Candy Silverstone.
– Nome lindo. – disse ele simpático, fitando Luna – Assim como você.
Ela sorriu sem graça e Candy soube que seria morta em breve e pelas próprias mãos da sua chefe.
– Suas bebidas senhoritas! – disse o barman com a voz arrastada.
– Beba rápido que fica melhor. – falou um dos homens.
Candy pegou o copo, olhando de canto para o moreno ao seu lado. Ele era o mais bonito dentre eles e ela estava ansiosa demais para que Malik a visse na companhia de outros homens.
– Você é de onde?
– Londres, Inglaterra. – respondeu ela sorrindo, tomando um gole rápido antes que perdesse a coragem.
– Notei pelo sotaque inconfundível. – comentou risonho e Silverstone se perguntou porque ele havia feito aquela pergunta se já tinha notado que ela era britânica, mas tudo o que ela fez foi sorrir e olhar para os lados, esperando encontrar um homem que deixava todas as mulheres com fadiga – Adoro seu país, a cultura é maravilhosa. Mas ninguém me disse que as mulheres de lá, eram tão maravilhosas.
Ele sabia muito bem passar conversa, mas ela não estava ali para ser seduzida por um estranho que sequer tinha perguntado o nome. Candy queria que o homem por quem estava apaixonada, surgisse de uma vez e caísse no seu plano de fazer ciúmes.
Era meio patético, tinha que confessar, mas usaria todas as armas ao seu favor. E um homem se sentindo ameaçado por outro, era quase certo que ela se daria bem.
– Nossa! Isso é muito bom. – disse ela, ignorando a cantada do homem – Luna você já experimentou?
– Já Candy! – sorriu Luna, sem mostrar os dentes – É ótimo.
– Devia tomar mais, para se soltar. – falou um dos homens, dando um passo em direção a Anniballe, olhando descaradamente para seu decote. 
Candy notará que sua chefe se sentia constrangida. Alguns homens eram uns babacas mesmo. Silverstone se sentiu da mesma forma, por colocar alguém como Luna em uma situação embaraçosa como aquela.
– É. Só mais um pouco. – comentou um deles.
Sua amiga deu um gole, na bebida apenas para tirar todos aqueles olhares de cima de si. Todos a volta delas soltaram uma exclamação mostrando a embriaguez.
– Não precisa mais beber isso, quer uma água? – indagou baixinho o loiro com uma cicatriz.
Talvez fosse o único com decência. Luna sorriu aceitando e Candy sorriu por alguém tirar ela daquela situação chata.
– Moço. Quero uma coca! – pediu Candy ao barman.
– Deixa que eu pago. – se ofereceu o mais bonitinho entre eles.
– Obrigada. – agradeceu ela sorrindo um pouco demais.
Aquela bebida típica do país, que ela não sabia pronunciar era forte e já tinha a deixado tonta. Queria ficar mais solta para conversar com Zayn durante a noite, mas não podia beber tanto a ponto de passar vergonha.
– Os meninos já devem estar a caminho. Temos que ir. – comentou Luna baixinho.
– Que ótimo! Quero fazer ciúmes.
Candy jogou o cabelo para o lado, sentando em uma banqueta ao lado do mais bonito entre eles.
– Experimente essa bebida. – disse o moreno ao lado dela.
Silverstone não queria mais beber, porém, sorriu aceitando o copo dele, bebendo um pouco do líquido vermelho. Ela fez careta, era horrível.
A bebida desceu ardendo sua garganta e queimou quando passou pelo peito. 
– Está queimando tudo aqui dentro. – grunhiu ela, colando a mão entre os seios.
Droga, talvez tivesse exagerado.
– Acho melhor irmos logo. – disse Luna, dessa vez mais alto, para que os rapazes também ouvissem.
– Onde está indo amor? – elas ouviram a voz grave do Sr. Payne, e Candy viu Luna estremecer.
Ele surgiu atrás dela, a abraçando pela cintura com força.
Meu Deus.
 – Prazer em conhecê-lo. – disse o homem que estava ao lado de Aniballe com uma cicatriz na sobrancelha enquanto o resto murmurava algo.
– Não posso dizer o mesmo. – vociferou o Sr. Payne.
Candy podia ver suas coisas sendo jogadas para fora da empresa se o chefe da sua chefe descobrisse que havia sido ela quem tinha carregado Luna até ali.
– Com licença. – ela ouviu inesperadamente com a voz mansa – A garota é menor de idade e não pode beber. Está sobre minha responsabilidade. 
Candy se virou imediatamente, ficando pálida. Reconhecia a voz de Zayn a quilômetros de distância. Ela sorriu sem graça ao o ver pedindo licença para o cara moreno ao seu lado.
Meu Deus, ele estava absurdamente lindo.
Aquele homem não fazia nada bem para sua sanidade. A verdade era que ele era o motivo de toda sua loucura dentro de si. Era por causa dele que havia levado sua chefe até aquela roda de homens engravatados e por culpa disso Liam Payne estava com os olhos flamejando atrás da mulher que amava.
Ah, Candy sabia que ele a amava.
Todo o cuidado que Liam tinha por Luna era surreal. Não podia ser um só gostar, um só carinho. Aquilo era amor. E agora ele estava cuspindo fogo pelas ventar por culpa dela... Não, culpa de Malik por fazê-la pensar naquilo.
– Vamos! Passar bem. – disse o Sr. Payne se afastando.
Na mesma hora Candy sentiu a mão de Zayn a apertando pela cintura com força, a puxando para longe.
Ela mal teve tempo de se despedir dos rapazes. Dois deles eram gentis pelo menos. Candy bufou, mas por birra, do que por raiva na verdade.
Malik saiu com ela do bar, com o braço firme em sua cintura. Já tinha escutado uma vez sobre deusa interior e nossa, a dela estava flamejante.
– Acho que posso caminhar sozinha. – comentou ela, apenas para irritá-lo.
Zayn a encarou por cima dos ombros. Eles estavam tão próximos. Ah, por que mesmo tinha dito aquilo? A maneira como ele a encarou e se afastou a fez desejar calar a boca.
Sua mãe vivia certa, quando dizia que falava demais. Mas ela não podia evitar. Queria fazer com ele aqueles joguinhos chatos e clichês, mas que no fundo não passa de um flerte e todo mundo adora.
– Vamos esperar os dois aqui. – comentou ele e ela não soube identificar o tom da sua voz. 
Liam e Luna estavam para trás, conversando com o semblante sério.
– Acha que eles estão brigando? – indagou ela, preocupada.
– Certamente. E nós devíamos estar fazendo o mesmo.
Candy se sentou no hall de entrada do hotel e Zayn a fitou parado na sua frente, com as mãos no bolso.
Ela curvou o cenho.
– Nós? Nós devíamos estar brigando?
Ele sorriu.
– Você se mete no meio de um bando de homem que nunca viu na vida e quer que eu fique como?
– Você?
Ai meu Deus.
Ele sorriu, balançando a cabeça.
– Liam e eu.
– Estava fazendo amizades. É sempre bom ter contatos.
– Você ao menos sabe o nome deles, ou o que fazem da vida?
Candy revirou os olhos. Tudo bem que ela não tinha resposta para nenhuma daquelas perguntas, mas não daria há ele o gostinho da vitória.
– Sei sim. Bryan, Don, Luke e Roman.
Malik gargalhou tão alto que algumas pessoas que estavam próximas os observaram por alguns segundos.
– Você acabou de descrever os personagens de Velozes e Furiosos.
– Claro que não.
Droga, mas que droga. Ela era muito tola mesmo.
– Tudo bem, vamos dizer que é uma coincidência. – ele sorriu – Não precisa ficar da cor do vestido.
Candy sorriu envergonhada, se abanando. Ele era gentil demais para concordar o quão boba ela era. Então deixou que os nomes dos rapazes fossem a equipe de Toreto.

                                                                         DSTCDA – Z.

Ele sabia que o amigo tinha problemas demais em relação a ciúmes e muito mais quando algo se dirigia a Luna Aniballe. A mulher da sua vida.
Mas brigar com a garota por causa de um vestido que ele julgava ser curto ou justo ou o diabo, não era motivo algum para se trancafiar no quarto e deixar ela sozinha.
Candy estava com um vestido tão revelador quanto o de Luna – quanto o de qualquer outra mulher dentro daquela boate – , mas Liam Payne não queria que ninguém visse o que ele tinha.
Para Malik nenhuma mulher devia ser vista como um troféu e ele sabia que seu melhor amigo pensava da mesma forma, mas após tanto tempo desejando Aniballe, estar com ela fazia ele querer viver em um mundinho onde só existia os dois.
Mas sua garota não era assim.
Então lá estava ele no meio de uma balada com as duas mulheres mais lindas do lugar.
Tudo bem que uma sequer tinha idade para entrar e ele teve que liberar um pouco de euro para o segurança – escondido é claro –, porque não teve coragem de falar há ela que teriam que ir para casa. Silverstone estava deslumbrante com um vestido vermelho e um sorriso de tirar o fôlego.
Quando a viu sentada rodeada por homens ele sentiu o sangue correr nas veias. Ela não era dele. Ela não era sua posse ou sua conquista.
Eles sequer estavam juntos.
Mas Zayn sabia exatamente o que se passava na cabeça de cada um daqueles imbecis engravatados. Convivia com aquele tipo de homem o tempo todo.
Então a primeira coisa que passou pela sua cabeça e pela cabeça do melhor amigo, era arrancá-las de lá de qualquer maneira.
Candy era ingênua. Esse era o problema. Ela era uma mulher e tanto – ele podia ver isso agora – porém, na sua cabeçinha de menina de dezessete anos, nada tinha maldade e isso o deixava com os nervos aterrorizados.
Porque droga, até ele tinha pensamentos impuros.
Candy estava sentada em um sofá, na área vip que ele tinha comprado só para os três na esperança que Liam ainda aparecesse e parasse de ser um idiota.
Ela estava com as pernas cruzadas e quando se mexia conforme a música o vestido deslizava para baixo deixando um longo pedaço de pele que ele nunca havia visto sob seus olhos.
A parte de cima do seu vestido também o deixava com a boca seca.
– Quer dançar? – indagou Luna.
Ela estava um pouco triste por causa de Payne, mas não queria deixar transparecer.
– Claro, você quer descer até a pista? – a área vip ficava na lateral, perto do bar.
Luna concordou com a cabeça. Ele não sabia se era certo deixar Candy, mas se Aniballe não havia dito nada, talvez estivesse tudo bem.
Ela pegou sua mão e cochichou alguma coisa para Silverstone que gargalhou, jogando a cabeça para trás.
– Vamos mostrar um pouco do gingado britânico. – comentou ela animada.
– Você sabe que eu não sou britânico, não sabe?
Ela revirou os olhos rindo, puxando ele pro meio da multidão.
  
– Impossível dançar com esse homem. Se eu fosse você, desistiria.
Luna praticamente gritou quando eles voltaram minutos depois e ele viu uma garota enrubescer na hora.
– O que você disse? – indagou, apenas para que Candy achasse que ele não havia escutado direito.
– Não tem condições de dançar com você.
– Porque não? – quis saber ele.
Na sua opinião eles haviam se divertido muito. Ela não parava de rir, ao menos. Rir não era um bom sinal?
– Candy. Se você fosse com ele até lá, ia saber do que estou falando.
Como nenhum dos dois disse nada Luna revirou os olhos.
– Era pra você ter chamado ela pra dançar agora.
– Eu? – indagou ele confuso.
Candy curvou o cenho sorrindo.
– Não precisa, estou bem aqui. – disse ela.
E ele soube que deveria tê-la chamado mesmo para dançar. Porque mulheres eram tão difíceis? E parecia que ele estava com as duas mais complicadas.
– Vem, eu sei que você quer. – ele esticou a mão para ela pegar – Se não quiser vamos, só para a Luna não me matar.
Ela riu.
Ele queria que ela fosse. E quase agradeceu por Luna ter feito aquilo, mesmo sem entender porque.
Candy segurou a mão dele e sorriu para Aniballe antes de acompanhá-lo.
Era uma sensação estranha. Não se lembrava de ter segurado a mão dela até aquele momento. Ele já havia feito isso, não?
Talvez quando estava bêbado. Não tinha nenhum resquício dentro da sua cabeça. Mas segurar sua mão era tão bom quanto beijá-la.
Ah ele quase havia feito aquilo depois do almoço que tiveram. Por pouco, muito pouco. A companhia de Candy era tão agradável e fazia Malik se sentir vivo.
Se não fosse por Liam ele teria estragado tudo.
Mas droga, ela  não facilitava pro seu lado.
– Agora entendi o que Luna quis dizer sobre ser impossível dançar com você. – comentou ela, falando em seu ouvido.
Ele engoliu em seco, segurando sua cintura de leve. Não podia se aproximar demais.
– Não entendi. – respondeu ele, olhando para os lábios dela.
– Todo mundo fica olhando pra você. Aliás, a maioria das mulheres e alguns homens.
Ele gargalhou.
– Eles estão olhando pra você.
Candy olhou para os lados se certificando se ele estava certo ou não.
Zayn pegou a mão dela a girando de surpresa. Silverstone soltou um gritinho e segurou a barra do vestido.
– Seu louco, meu vestido levanta! – ralhou ela rindo.
– Desculpa.
Estava tentando manter todo seu autocontrole para não puxá-la para mais perto e beijá-la como queria ter feito mais cedo.
Liam não estava lá, se a puxasse para um lugar onde Luna nos os visse... Não, não, não. Ele não faria isso com ela.
Não ficaria com a garota escondido de todos. Ah, merda.
Ele precisava se afastar ou Payne o mataria. Por Deus, ele era o chefe dela.
O chefe de uma menina de dezessete anos.
Candy virou de costas e começou a dançar a música de olhos fechados, erguendo o cabelo, mostrando sua nuca de um jeito provocativo.
– Acho melhor pegar alguma bebida, está quente aqui. – disse ele o mais distante que conseguiu.
Silverstone se virou se abanando.
– Está quente mesmo. Quer que eu vá junto?
– Não, não precisa. Acho melhor voltarmos com a Luna, ela deve estar se sentindo mal por causa do Payne.
Eles mal haviam chegado no refrão da primeira música e ele já estava fugindo. Se sentiu mal pelo sorriso dela desaparecer na mesma hora, mas não podia ficar.
Simplesmente não podia.

Quando voltou do bar nenhuma das mulheres estavam lá. Ele suspirou fundo, estava se sentindo um babaca, mas talvez se Luna soubesse o que estava acontecendo, daria razão há ele.
O pior era que gostava de Candy Silvesrtone. Nunca conhecerá uma pessoa como ela. Uma garota espontânea, uma mulher com jeito de menina ou talvez uma menina com jeito de mulher, nossa, ele estava tão confuso.
Ele pegou uma vodka e desceu novamente para a pista, talvez elas estivessem lá. Se desculparia com Candy, ela não tinha culpa alguma, sequer sabia o que havia por trás da rejeição dele.
A culpa toda era de Payne. Essa era a verdade.
Malik as viu conversando com algumas mulheres perto do banheiro feminino. Candy ria e mexia no cabelo, olhando para um ponto do outro lado da festa.
Ela estava absurdamente linda. Quem ele queria enganar? Não tinha coragem, era um idiota sem coragem. Não beijar e evitar Silverstone não tinha absolutamente nada haver com Liam Payne.
A culpa por isso era seu medo.
O medo ingente de se apaixonar por ela.


Notas Finais


Eu sei, não briguem comigo, mas nunca demorei tanto pra atualizar, me dêem créditos okay!
Estava com bloqueio criativo e Deus sabe como isso complica a minha vida.
Mas então, cá estou eu. O capítulo é um pouco sem ação, mas é preciso, como se fosse uma ponte para o outro então espero que tenham gostado, e prometo a vocês que o seguinte, será muito em breve... Breve mesmo!

Tenho algumas coisas que quero compartilhar com vocês! Domingo foi meu aniversário, aushdapdis]adhas]d
To amando, amém.
O boy é mais conhecido por Mumu e ele é mais um amante de Zandy! Ele adora a Candy, socorro!
Enfiim, deixem seus comentários, se alguém quiser falar comigo, o twitter é @karitavalle e a gente tem o grupo das Caramella's no wpp.

Um beijo e obrigada.


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