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História Desculpa se te chamo de amor. - The one she knows him.


Escrita por: willtraynor

Notas do Autor


Então, espero que gostem do primeiro capitulo.
Estou mega ansiosa.
Boa leitura, beijos.

Capítulo 2 - The one she knows him.


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor. - The one she knows him.

Ela era teimosa. Seus pais sabiam que ela não ficaria quieta enquanto eles não comprassem a bolsa que tanto queria. Mas mesmo Candy Silverstone sendo uma garota teimosa.  Eles sabiam que ela era sensata. Eles explicaram há ela que naquele momento a bolsa não era prioridade deles. Ela havia acabado de ganhar um computador novo. Uma bolsa nem pensar.
Segunda-feira, durante o jantar a garota mostrou para seus pais a empresa onde havia conseguido um estágio naquela tarde. Ela havia dito para eles que queria uma bolsa.
E ela ia conseguir aquela bolsa no final do mês.
Para Candy não era uma simples bolsa. Era uma Louis Vuitton. E por mais que seus pais não pudessem comprar, – ela entendia muito bem – daria o seu jeito. Não sabia como, mas nunca tivera medo de correr atrás do que queria.
Quando sua amiga Sabrina comentou sobre uma vaga de estágio na empresa que a irmã dela trabalhava, ela não pensou duas vezes. E talvez eles estivessem mesmo desesperados por alguém, ou talvez fosse à maneira inteligente dela se apresentar que tivesse os cativado, ela não sabia ao certo, mas tinha conseguido o emprego. A ideia inicial era ficar lá por alguns meses, ou até menos. Já que tinha conseguido, fez algumas contas e pensou que daria até para comprar algumas roupas novas e quem sabe fazer uma viagem.
O que Candy jamais imaginou é que dias depois, ela desejasse alguém mais do que tudo. Mais do que aquela bolsa, já sem importância.
Ela havia ficado com ele na cabeça o tempo todo. Tinha dito a sua melhor amiga – que não era ninguém menos do que Sophie Silverstone, sua mãe – que ele só podia ser a personificação de Deus. Sabia que era um pouco dramático, mas ele era lindo demais, algo que ela não conseguia explicar. Quando seus olhos caíram sobre os dele, seu coração bateu rápido e tudo a sua volta se silenciou. Foi rápido, em um segundo ele estava lá e depois sumiu.
Ela havia voltado à cafeteria mais algumas vezes apenas para ver se o encontrava e nada. Absolutamente nada.
Uma tarde até tomou coragem e perguntou para uma das garçonetes, mas elas não sabiam de quem ela estava falando.  As semanas foram passando e ela já não achava mais desculpas para procurar o estranho no mesmo horário de sempre, e então simplesmente desistiu. Ela não podia ficar procurando alguém que tinha visto por um breve momento, pela vida inteira.
Mas ela jamais se esqueceria daqueles olhos. E da sensação que sentiu ao vê-los.

– Eu te juro Melanie. – afirmou ela tentando fazer com que a colega de trabalho entendesse – Ele era lindo demais!
A outra bufou. Não aguentava mais ouvir aquela mesma história. Até Mellanie já havia ido à cafeteria sem que Candy soubesse apenas para procurar um homem que ela achava atraente. Não tinha encontrado ninguém. Aliás, havia encontrado um dos seus chefes. Aquele que quase não ficava na empresa e quando surgia, estava com um enrosco diabólico no pescoço chamado noiva. Ele era absurdamente lindo, mas não podia ser ele que Candy procurava, ele era bonito, mas não tanto quanto CEO Payne. E nem tão rico também.
– Ainda não confio na sua percepção sobre beleza. – disse a ruiva, erguendo o nariz.
– Problema seu. – respondeu Candy pegando o dinheiro da empresa para comprar café. A máquina tinha estragado de novo aquela semana – Só sei que eu preciso descobrir quem ele é.
– Mas não pense que vai sair todos os dias fazer isso. – advertiu Mellanie – Tem muito trabalho aqui no escritório.
Candy revirou os olhos sem ela ver. Ela era insuportável. Já no primeiro dia notou que sua colega estava mais interessada em arrumar aquele cabelo e flertar com os homens engravatados do que ajudar em alguma coisa.
Ela não sabia como era o movimento do escritório. AEDAS era umas das empresas mais famosas do país e da Europa. Ainda não conhecia seu chefe mais tinha ouvido falar que ele era muito inteligente e que a empresa só carregava o nome por causa da maioria dos seus projetos. Ele era engenheiro civil. Só escolhia os melhores para trabalhar para ele e com ele.
Silverstone ainda não sabia o que queria fazer da vida. Ela já tinha feito curso de pintura, fotografia e secretariado e por mais que amasse um deles, ainda senti-se insegura.
A mãe sempre dizia que ela era uma enciclopédia de baboseiras ambulante e que em algum momento da sua vida iria encontrar seu caminho.
Ela tinha esperanças, meu Deus como esperava que a mãe estivesse certa. Já estava estudando o último ano e ainda não sabia o que queria cursar.
Mellanie sorriu para alguém atrás dela e Candy se limitou a se encolher para o lado. De uma coisa ela sabia. Não serviria café para sempre.
– O senhor quer ajuda? – perguntou à ruiva, arrumando o cabelo.
Silverstone se virou para ver quem era o engravatado que a colega insuportável se insinuava. 
Minha nossa.
Tudo bem, ela odiava a história de ter que servir café, mas quando seus calcanhares viraram e se deparou com ele. Enumerou todas as possibilidades daquele trabalho ser o melhor do mundo.
O moreno com os olhos dourados, era o primeiro motivo.

Ela se perguntava de onde aquele homem tinha saído. Ele era absurdamente lindo, o que chegava a ser humilhante para o resto da nação.
E se tinha uma coisa que, Candy Silverstone entendia muito bem, era sobre beleza. No auge dos seus dezessete anos, ela já havia sido jurada no colégio – um desfile dos possíveis garotos do ano. Tinha sido escolhida pela direção porque era conhecida por todos por sua opinião forte e presente. Ela não tinha papas na língua e sabia muito bem disso. A mãe fazia questão que lembrasse em todo jantar. 
Mas lógico que olhando para aquele homem esculpido por um artista muito nobre, ela sabia que beleza como aquela, nunca tinha visto. Candy amou seus olhos. Meu Deus, seus olhos eram tão diferentes de tudo que já tinha visto. Eles não eram castanhos, nem mel. Eles eram dourados.
– Não é Candy? – disse Mellanie a acordando do transe.
– O que? – indagou ela, recebendo um olhar da colega de trabalho que conhecia muito bem. Então apenas concordou. – Ahm… Sim.


                                DSTCDA – Z.

Segure-se. Segure-se.
Ele sussurrava para si mesmo. Amber tinha o irritado demasiadamente. Era quase insuportável conviver com ela. Depois de tantos anos juntos ele se sentia exausto nas últimas semanas. Havia acabado de chegar de viagem, com a melhor notícia que podia receber – AEDAS, tinha ganhado o concurso para da vila olímpica – e tudo o que queria fazer quando chegou era anunciar e cumprimentar o melhor amigo, porém, ela havia estragado com seu bom humor.
Eles estavam juntos há sete anos, desde, que ele se considerava um moleque e haviam crescido juntos também. Mas parecia que agora as ambições de Amber eram outras na vida. E isso o decepcionava demais.
Deus sabia o quanto ele a amava. Sim, Zayn Malik tinha plena certeza que seu Deus sabia que ele a amava, ou que um dia a amou, porque agora tinha que se esforçar para ficar perto dela por cinco minutos.
Amber era uma garota linda, incrivelmente linda. Ela era dócil, engraçada, amiga, inteligente. E agora ele se perguntava o que tinha feito de errado para ela ser como era.
Tinha se transformado em uma mulher ainda muito linda e atraente, mas parecia áspera e seu humor era fúnebre. Nos últimos meses ele havia tentado, mas estava no seu limite. Zayn tinha chegado de viagem eles comemoraram com champanhe, o qual ela mais gostava e depois transaram no sofá da sala. Era a comemoração perfeita, e por um segundo ele chegou a pensar que sua garota estava de volta, mas se enganou profundamente quando ela começou a falar.
Desde o momento sussurrava para si mesmo, segure-se. Ao contrário perderia a cabeça como da primeira vez e ele não estava com ânimo de quebrar o resto da porcelana que sua avó havia dado de presente quando eles noivaram.

Quando chegou ao treze todos o olhavam de esguelha. Não tinha certeza se eles o temiam ou se ele era o chefe bonzinho da história, mas sabia que todos entrariam em êxtase quando desse a notícia. Mas antes disso precisava de um café. Payne não podia desconfiar que ele havia tomado todas quando saiu de casa.
Zayn parou na porta da pequena cozinha do andar, escutando um pouco a discussão das duas, até que seu cavalheirismo interior achou que seria inapropriado ficar ouvindo conversa de mulher atrás da porta, e então resolveu aparecer, se encostando no batente, dando de cara com uma ruiva muito atraente.
Malik nunca fora do tipo de homem que traia suas namoradas. Normalmente era ele quem levava a fama de traído. Mas nos últimos meses, sem contar nas últimas semanas, estava começando a olhar as outras mulheres de forma devassa para alguém comprometido.
A falta de afeto de Amber o atingia no começo e ele ficava correndo atrás dela, como um idiota, mas agora não tinha vontade de tê-la, ou possui-la em seus braços. Exceto por hoje, quando pensou que ela havia mudado.
Belo engano, praguejou quando saiu de casa.
A mulher que estava o observando era ruiva e tinha os seios fartos, empinados, quase a mostra. Ela sorriu amarelo assim que o viu, então a loira que estava de costas e tinha um belo traseiro – Meu Deus, ele precisava parar de observar as mulheres daquele modo  – , se virou para encará-lo  e também  o fitou por alguns segundos. Ela era bonita, mas era loira, como Amber. E isso o fez sentir uma bile subir até sua garganta.
– Vim buscar uma xícara de café. – disse gentilmente.
– Ah – a ruiva foi a primeira a falar, arrumando o cabelo – Nossa máquina estragou, mas estávamos falando agora mesmo de Candy ir buscar o café.
Ela ficou o encarando até que a outra pigarreou.
– Não é mesmo Candy?
– Ahm… Sim. – disse ela, piscando algumas vezes.
Zayn deu espaço para que a garota saísse e então sorriu para a ruiva, se retirando também. Se ficasse ali, provavelmente faria alguma besteira, tamanho era sua raiva. E ele não estragaria seus anos de fidelidade por besteira. Não que a mulher a sua frente não fosse extremamente linda e atraente, porém Zayn tinha orgulho do homem que era.

                      
                                      DSTCDA – C.


Meu Deus. Meu Deus.
Aquilo só podia ser brincadeira, pensava Candy. Todo esse tempo ele estava em baixo do seu nariz. Que mundo injusto. Durante todas aquelas semanas ela queria achar maneiras de fugir e procurar o homem na cafeteria, ou aos arredores da empresa, mas jamais cogitou a ideia de que ele podia trabalhar lá. Que o encontraria parado na porta da cozinha do treze.
A única coisa que queria fazer era ficar e conversar com ele, dizer qualquer coisa. Mas ela tinha que buscar café do outro lado da rua, já que esse era seu trabalho.
Bufou irritada.
Que grande fato ocorrera em sua vida. Ela estava perplexa. Um pouco sem chão, confusa, aturdia, mas feliz. Agora não precisaria mais desligar a maquina de café e fingir que a estragou. Sim, ela já tinha feito isso, fazia inúmeras vezes ao dia. Mellanie era tão sonsa que nunca havia notado, ou se tinha, simplesmente não se importava.
Ela pegou os cafés correndo e voltou para a empresa. Não podia perder ele mais de vista.
Não sem antes descobrir quem era.  Não queria perguntar para Mellanie por que não a achava confiável, mas ela daria um jeito.

Candy tinha tanto recado – muitos deles inúteis – que precisava marcar em pequenos lembretes e fazer lacinhos nas pontas dos dedos. Era a única alternativa.
Depois que repassou todo o trabalho da tarde, fez nota mental de descobrir quem ele era. Só que tudo o que tinha planejado mudou de percurso de uma hora para outra.
A Senhora Hannah a chamou em seu escritório logo quando ela terminava de fazer o último laço, aquele que estava escrito que ela precisava falar para Christian da recepção que Alfredo do treze não poderia sair tomar um chopp depois do trabalho, porque a patroa não tinha o liberado. Ela revirava os olhos quando eles lhe pediam esses favores, mas fazia o possível para atender a todos e até gostava da parte de ter que percorrer todo o prédio. Assim conhecia quase todo mundo. E caçava indiretamente o estranho mais lindo que tinha visto em toda sua vida.
Quando chegou ao escritório da Sra. Hannah que era a secretária do Sr. Payne e responsável pelos recursos humanos da empresa, sentiu um pouco de medo. Havia feito tudo certinho, temia por ser mandada embora.
– Como vai garota?  – perguntou a secretária apontando a cadeira para ela sentar.
–Bem, obrigada. E a senhora? – perguntou educadamente se acomodando.
–Bem, obrigada por perguntar. Então, sabe por que te chamei aqui?
Candy engoliu seco. Estava morrendo de medo, justo agora que tinha o encontrado.
– Não, mas eu juro que só fui buscar café lá embaixo porque a máquina do treze realmente não funcionava. – respondeu rapidamente, um pouco desesperada.
A senhora Hannah arqueou as sobrancelhas e depois anotou algo em sua agenda. Candy temia estar encrencada.
– Precisamos arrumar isso então, não acha?
– Certamente. – disse desconfiada – Mas a senhora não me chamou aqui pra isso não é?
– Não querida. – a secretária de meia idade se inclinou na cadeira a observando por alguns segundos – Bem, o Sr. Payne me resignou o trabalho de achar alguém capaz para acompanhar e auxiliar uma nova funcionária em grande potencial. 
Ela sabia que eles iam mandá-la embora. Não a achavam boa suficiente. Era isso.
– E então? – perguntou impaciente.
A Sra. Hannah sorriu.
– O que é isso em seus dedos? – perguntou de repente arqueando as sobrancelhas.
– Recados que preciso passar para as pessoas. Amarro para não me esquecer. 
– Ótima ideia.– comentou sorrindo – É por isso que essa pessoa precisa de você. Ela é uma engenheira e acabou de assinar seu contrato. Hoje termine seus afazeres e pode passar o resto para a pessoa que vou enviar até você. Amanhã Candy, você começa a trabalhar com Luna Aniballe.
 

                        DSTCDA - Z .

– Cara, precisamos comemorar! – comentou Andrew batendo em suas costas.
Eles haviam ganhado o projeto Rio 2016. Era uma vitória e tanto. Todos os olhos do mundo estariam agora neles. Com certeza precisavam comemorar.
Zayn seguiu Andrew e mais alguns amigos que estavam no projeto e foram para o escritório do CEO Payne.  Seu melhor amigo se despedia da garota Aniballe – a nova contratada – que passou por todos os rapazes, um pouco constrangida e assim que fechou a porta atrás de si os homens fizeram festa.
– Parabéns meu rei!  – disse abraçando Liam.
– Essa foi foda. Confesso que cheguei a pensar que não ganharíamos.  – comentou ele com um tom de voz que Zayn reconhecia muito bem. O amigo estava emocionado.
– Você é meu pote de ouro Liam Payne! Era óbvio que com você na parada ninguém teria chance.
Os rapazes riam concordando com cada palavra de Malik. Essa era a verdade. Ninguém ali superava a inteligência do amigo e ele era humilde demais para saber disso.
Liam Payne aos vinte e nove anos possuía a maior empresa de engenharia de toda a Europa em suas mãos. E Zayn Malik era seu único sócio.
Eles haviam se conhecido depois da faculdade. Quando seus pais o fizeram ir para Dubai se especializar na área. Zayn não sabia se era destino ou muita coincidência, mas Liam também havia sido forçado a estudar em Dubai, claro que por outros motivos que iam muito além dele, que Malik iria descobrir muito mais tarde, mas ainda sim, ambos se tornaram melhores amigos.
A paixão pela profissão os conectaram rapidamente, mas quando começaram a se conhecer de verdade e um dar espaço para o outro entrar na vida íntima, eles se tornaram muito mais que amigos. Se tornaram irmãos.
Zayn sabia que Payne tinha muitos problemas, mas apesar de tudo, ele sempre era o número um. Em qualquer quesito. Principalmente como homem. Assim, numa tarde de fevereiro,Malik cansado de fazer aquilo que lhe tirava os dias de paz pensou em largar tudo e estudar música nos Estados Unidos, – o que realmente fazia o se sentir vivo – havia sido os conselhos de Liam que o fizeram ficar. A família de Zayn, por mais amorosa que era, queria estritamente que ele fosse um engenheiro, tão bom e famoso quanto o amigo.
Era óbvio que ele jamais tentaria desbancar Liam, mas a proposta do amigo era quase irrecusável. Ele ganharia mais dinheiro que seus pais – e isso era um orgulho – e podia ir a todos os concertos possíveis de música clássica.
No final, ser sócio majoritário da empresa mais aclamada da Europa e a oitava no mundo todo, tinha suas vantagens.
Zayn se afastou um pouco para deixar os outros cumprimentarem o chefe. Suspirou fundo, pensando que era muito melhor ficar no escritório do que em casa. Na verdade era melhor ficar em qualquer lugar no mundo do que em casa.
– Hey! – Liam se aproximou.  – O que aconteceu? Sei que você devia ser o mais animado com essa notícia.
Zayn deu de ombros. Não sabia que era tão notável.
– Não aconteceu nada. – mentiu.
Ele não seria capaz de perturbar o melhor amigo no auge da sua carreira para atormentá-lo com problemas pessoais.
– Zayn eu te conheço há anos, pelo amor de Deus! É Amber? Ela veio aqui hoje mais cedo. Queria conversar, acho que sobre vocês.
Malik se sobressaltou. Não acreditava que Amber pudesse importunar alguém no trabalho com assuntos de casa. Aquilo era um absurdo completo. Ela não tinha mais escrúpulos mesmo.
Liam o encarou de forma suspeita. Sabia que estava acontecendo alguma coisa. Quando Zayn e Amber começaram a namorar ele dava o maior apoio, mas quando Amber começou a querer mandar na vida do melhor amigo, ele em silêncio reprovava aquilo. Não era mais um relacionamento saudável. Porém Liam sabia do amor que Malik sentia por ela e sabia dos seus conceitos perante a vida. Ele jamais faria algo para sua própria felicidade. Ele sempre pensava nela, só na felicidade dela.
Zayn pigarreou um pouco desconfortável.
– O que ela veio fazer aqui? Liam desculpa.
– Por Deus homem, você não tem que me pedir desculpa. – comentou revirando os olhos – Eu estava ocupado na hora, não pudemos conversar. Aconteceu alguma coisa?
– O de sempre. – Andrew estendeu a eles uma taça de champanhe. Era Perrier Joue – Nós brigamos por qualquer bobagem. Está em um nível insuportável. Não sei quanto tempo aguento.
Seu amigo lhe olhou com cara de pena. Ele odiava quando Liam o olhava daquela maneira, mas suspirou fundo. Estava irritado em um dia que devia apenas comemorar.
– Vamos beber! – comentou puxando o sócio para junto dos demais.
Era a única coisa que queria fazer. Beber e esquecer os problemas.  E de Amber.

                                   DSTCDA – C.

Ela era uma garota com vários propósitos na vida, mas, contudo, sabia que ainda era uma garota. Porém ser escolhida dentre tantas pessoas para ser secretária pessoal de uma engenheira era muito e Candy sabia que precisava amadurecer. Ela faria dezoito anos em breve e se a Senhora Hannah a achava com capacidade de administrar aquele serviço ela sabia que faria de tudo para que eles não se arrependessem.
Quando estava voltando para contar a Mellanie sobre as novidades um rapaz com roupas simples a parou perguntando seu nome.
– Candy Silverstone? – perguntou ele.
– Sim, posso ajudá-lo? – disse educadamente.
O rapaz pediu para que ela o ajudasse com todas as informações sobre o seu trabalho. Ele ficaria em seu lugar. Candy o encarou. Não podia se conter dentro de si. Será que seus pais sentiriam orgulho dela? Suspirou fundo. Ela esperava que sim.
Estava animada.
Passou a mão na calça jeans rasgada e depois o puxou pelo braço. Ensinaria tudo para o garoto que no meio do caminho descobriu se chamar Brooklin. Ele até era bonito, devia ter uns quinze anos, mas Silverstone não tinha mais olhos para ninguém enquanto não descobrisse mais sobre o homem do café.
         
Durante o resto da tarde ela mostrou a Brooklin coisas supérfluas que havia aprendido em algumas semanas, mas que fariam toda a diferença. Como ela fazia para guardar recados de todo mundo ou como fazia indiretamente Mellanie ajudá-la. Tinha uma pulga atrás da orelha que provavelmente a ex-colega de trabalho pudesse seduzir o garoto para que fizesse todo o trabalho por ela, mas Candy quis alertá-lo mesmo assim. Também o ensinou a separar alguns documentos por área e a mexer na bendita máquina de café. Ela não viu a hora passar, mas quando terminou de ajudá-lo com todas as artimanhas possíveis para se dar bem no emprego, – ele parecia humilde e Candy intimamente queria muito que ele se desse bem – já era tarde e metade da empresa havia ido para casa. E o tempo lá fora não era dos melhores.

O mundo parecia que ia cair de tanto chover. Ela armou seu guarda-chuva que não servia muito para protegê-la, mas pelo menos quebrava o galho até chegar ao metrô. Que por sorte não era longe dali.
Caminhou segurando a mochila da escola na frente do corpo para não molhar os materiais e com uma mão ajeitou seus fones de ouvido. Não saia de casa sem eles.
Tocava uma música que ela não conseguia parar de ouvir. Say you love me da Jessie Were, mas era uma composição de um dos seus artistas favoritos no mundo.
Ed Sheeran.
Candy aumentou o volume no máximo e no exato momento em que imaginou ter ouvido uma buzina ou um trovão, ela não sabia ao certo. Seu corpo inteiro foi atingido por uma quantia exorbitante de água.
Em questão de segundos um carro em alta velocidade havia passado por ela e pronto. Ela estava encharcada.
– Filho da puta! – gritou ignorando as buzinas do motorista, que provavelmente devia estar rindo dela agora.
Ela revirou os olhos sentindo o queixo começar a bater. Odiava os dias de chuva em Londres, todo mundo parecia que perdia a educação. Como se a água levasse os bons costumes para o bueiro.
– Você quer ajuda? – indagou alguém parando com um carro luxuoso ao seu lado.
Toda vida sempre tem um divisor de águas e por mais simples que fosse esse era o momento mais extraordinário que vivera. Aquele que mudaria sua vida para sempre.
Ela não estava acreditando na sua sorte. Simplesmente não estava.
Candy estava toda molhada e com frio, mas passaria por aquilo centenas de vezes se a cena que estava acontecendo diante dos seus olhos se repetisse sempre.
Meu Deus. Ela estava tão inerte na indignação das pessoas mal educadas, que simplesmente não havia percebido que o homem mais belo – e agora educado – estava parado do seu lado, com o vidro aberto, perguntando se ela, uma reles mortal, garota do subúrbio queria sua ajuda. Será que se lembrava dela? Mal havia a olhado na cozinha. Candy engoliu em seco, sentindo a língua pesar.
De todas as pessoas no mundo que podiam estar paradas bem na sua frente a que ela menos imaginou ver naquele momento era ele. O cara dos olhos dourados, que pra falar a verdade estavam mais escuros e talvez um pouco perdidos.
– O que foi? – indagou ela, balançando a cabeça confusa.
Ele sorriu de lado, parando o carro por completo. Candy sentiu sua alma se arrepiar.
Ela ruborizou um pouco e deu um passo para o lado. 
– Quer ajuda? Eu vi o que aconteceu. – respondeu ele, com a voz rouca. – Vem, entra aí.
Silverstone sabia que tinha que raciocinar nesses momentos que a vida lhe surpreendia, mas meu Deus, como ela pensaria em alguma coisa com aquele homem lindo lhe oferendo ajuda? Tinha a sensação de que aquilo só podia ser destino. Ela não sabia explicar, não o conhecia, não sabia quem ele era, apenas que trabalhava na mesma empresa que ela.
Ele podia ser um maníaco, um tarado, mas ela não pensou, estava tremendo e já não sabia se era de frio ou de nervoso. Candy entrou no carro e ele deu partida, fechando o vidro. Foi só então que ela percebeu o que estava acontecendo.
Estava no carro de um estranho. E não sentia medo dele. Ela se espremeu contra o banco, sentindo uma vergonha inigualável.
– Esses motoristas são horríveis, vi a hora que você saiu da empresa e logo foi molhada por aquele idiota! – disse ele, abaixando um pouco do volume do rádio.
Ele ouvia uma música calma. Parecia clássica.
– É. – disse ela – Eles não respeitam ninguém.
Candy olhou para as próprias mãos. Como aquilo era engraçado. Havia o procurado por semanas e agora estava ali. Sentada no carro dele e sequer sabia seu nome.
Ela sabia que era uma garota comum, mas alguma coisa no mundo devia estar acontecendo. Talvez havia o encontrado mesmo.
– Onde posso te deixar? – perguntou ele.
Sua voz era inebriante, assim como todo o resto.
Ela se remexeu um pouco desajeitada.  Ainda estava tremendo.
– No metrô, por favor. – disse apontando para a direita. Não queria se aproveitar dele.
Bem, ela não tinha certeza disso. Mas enquanto não soubesse quem ele era de verdade, ficaria no lugar mais próximo.
Ele curvou o cenho encarando o céu e depois a garota. Ela ia desmaiar a qualquer momento, sabia disso.
– Pode ser. – disse ele um pouco a contra gosto – Hoje não estou em condições de dirigir. Mas por favor, não diga isso a ninguém.
Ela não entendia o que ele queria falar, mas não teve muito tempo para pensar. Ele estacionou em frente à calçada do metrô e a encarou sorrindo com a língua entre os dentes.
Meu Deus.
Ele havia acabado de ganhar mais um centímetro do seu coração.
– Espero que tenha a ajudado. – disse ele.
– Muito. Obrigada...
– Zayn.
– Zayn. – repetiu baixinho.
O nome dele em seus lábios saiu dolorosamente suave. Agora que ela sabia de quem ele realmente se tratava sua busca tinha terminado, mas por hora. Porque no dia seguinte ela estava disposta a descobrir outras coisas. Talvez o caminho para chegar a seu coração. E depois saber o que ele pensaria sobre ser possivelmente o amor da sua vida.
– Algum problema? – indagou ele.
Candy Silverstone piscou algumas vezes constrangida. Odiava ser pega vagando em pensamentos inoportunos. 
– Não. Obrigada. – agradeceu novamente, saindo do carro.
Ele não havia perguntado seu nome e ela se sentiu uma tola. Sabia que ia se arrepender no dia seguinte. Maldição, ela nem ao menos sabia flertar.
Zayn havia surgido diante dos seus olhos e ela sequer soube agir como uma mulher de verdade. Parecia que tinha visto um extraterrestre ao invés do homem que tanto procurava.
Mas tudo bem. Por hora.
Aquilo que tinha acabado de acontecer certamente a faria perder o sono. Porque nunca, nada de bom acontecia com ela.
Mas agora, Candy Silverstone se sentia diferente.
Zayn havia entrado em sua vida.
 


Notas Finais


MEU DEUS, ESPERO QUE GOSTEM!
Como a maioria das pessoas sabem, Candy e Zayn saíram da fanfic Em Memória, onde eles são os personagens secundários ( e melhores amigos de Luna e Liam ).
Vai ser um pouco difícil de inicio eu acho, para alguns lerem agora de outro angulo a visão e a vida de cada um deles. Ou talvez a gente possa entender melhor as decisões de cada um também. Enfim, para quem não conhece Em Memória ou queira entender mais sobre o casal Zandy, esse é o link.https://spiritfanfics.com/historia/em-memoria-3927864

Espero de coração que tenham gostado, eu estou bem ansiosa com os comentários.
Obrigada pelo apoio leitores de Em Memória, essa fic só existe por causa de vocês.
Um grande beijo. E vamos lá...


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