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História Desculpa se te chamo de amor. - Whispered softly.


Escrita por: willtraynor

Notas do Autor


Boa noite, espero que façam uma boa leitura!
Beijoos <33

Capítulo 22 - Whispered softly.


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor. - Whispered softly.

As semanas passaram voando. Graças a bom Deus Luna estava de volta e elas tinham muito trabalho pela frente. Depois que encontrará Amber no apartamento de Malik os dois acharam melhor cuidar dos encontros com cautela. Não andar muito onde as pessoas podiam vê-los. Era um acordo que não agradará muito Candy no início, porém por outro lado, tinha Zayn só para ela.
Duas semanas perfeitas, sem problemas com Douglas ou com a ex noiva dele. A paz reinava dentro do seu coração e finalmente sentia que ela e Zayn podiam dar certo. Ninguém na empresa sabia sobre os dois, eles não davam bobeira. As únicas pessoas que tinham real conhecimento sobre eles, eram seus pais e a avó de Malik. Ele havia contado sobre ela para a avó em uma tarde em que ela dissera que o neto estava com um semblante diferente. Parecia feliz. E então Zayn contou sobre ela. Essa era a história que tinha dito a garota. E ela quase morrerá de vergonha quando soube.
Meu Deus.
A avó de Zayn. Alguém tão especial na vida dele, sabia sobre ela.
Candy queria contar sobre sua situação para sua melhor amiga, – até porque desconfiava que Malik havia contado a Liam, mas ele jurará que não – entretanto, tinha medo.
– Estou te dizendo Luna! Nem eu esperava por essa! – disse enquanto passavam todos os trabalhos atrasados. – Eu tenho aprendido muito nessas últimas semanas. Ele foi muito gentil comigo.
Estava conversando com Luna indiretamente sobre Zayn.
– E presumo que esteja ainda mais apaixonada. – disse, vendo a garota se espremer contra a cadeira.
– Um pouco. Agora vejo que no começo não passava de uma atração física, mas agora eu realmente gosto de Zayn. Ele é um cara especial.
– Caramella, – Luna a chamou, pelo apelido – você sabe sobre o que houve naquele quarto de hotel?
Ela encarou Aniballe por um momento. Não acreditava que Luna quisesse falar no assunto.
Liam havia a traído. 
– Prometi para eu mesma que não me intrometeria na sua vida, – disse por fim – e nossa estou tão feliz que você tenha voltado que não quero falar, mas ao mesmo tempo eu sabia que menos hora, você ia me questionar sobre isso.
– Candy, fala logo!
– Acho que se eu estivesse em sua posição, teria feito a mesma coisa, porque uma traição...
– Espera um pouco. – pediu ela – Zayn não te contou o que ele fez?
Ela engoliu em seco. O que ele havia feito? Ah meu Deus, não. Não queria ouvir nada. Não queria estragar seus dias perfeitos.
Luna bufou, jogando os papeis que estavam em suas mãos na mesa do escritório.
– Foi ele quem estava no quarto. Não Payne. Eu voltei pra empresa porque descobri que não fora Liam quem me traiu. Era Zayn quem estava com mulher no quarto.  
Meu. Deus.
Ela piscou algumas vezes, confusa com a informação. Não podia fazer nenhuma cena que a comprometesse. Todo esse tempo, fora Malik quem estava na suíte de Liam? Mas como?
Porque ele não contará nada há ela?
Candy mordeu o lábio inferior, tentando entender o que estava sendo escondido dela.
Luna se levantou irritada.
– Onde vai? – indagou ela, seguindo a chefe. – Eu falei o que não devia?
– Não se preocupe Caramella, vou conversar com Zayn.
Ela parou bruscamente, a encarando.
– O que? Por quê?
– Porque eu preciso descobrir quem está mentindo. – disse ela, se aproximando da garota – Liam me disse que Malik quem estava fazendo uma festinha particular, porque tinha se interessado por uma das mulheres na reunião. Porque ele me falaria isso e Zayn não disse nada? Um deles está mentindo. E eu quero saber o por que.
Candy colocou a mão na boca. Odiava aquela confusão que surgirá no Brasil. E se a culpa fosse mesmo de Malik, ela ia matá-lo.
Eles estavam em um jantar maravilhoso em um dia – claro que não saíra tão perfeito como imaginará – e depois ele dormirá com alguém? Era por isso que tinha a levado para Paris? Para impressioná-la e depois agir como boba como sempre e perdoá-lo?
Eles não estavam juntos na época, mas por Deus, ele não era cego para não perceber que ela já gostava dele, tanto quanto agora.
Candy inspirou fundo.
Não queria que ele tivesse feito isso. Mas também nunca pensará que Liam fosse capaz de trair Luna daquela maneira. É, Aniballe estava certa. Era óbvio que um dos dois estava mentindo. E era mais óbvio ainda, qual deles havia feito isso.

                       DSTCDA – Z.

– Zayn! – ouviu Luna o chamar, rispidamente entrando com tudo em seu escritório.
Estava no celular e a olhou, suspirando fundo, terminando a ligação. Só pela cara de Aniballe, alguma coisa tinha acontecido. E ele temia que seu precioso pescoço estivesse na guilhotina.
– Já conversou com ela? – indagou, levantando.
Luna ia decapitá-lo. Mas ela não sabia sobre suas intenções. Ele jamais faria algo para machucar Candy.
– Sim. Eu preciso entender o que de fato está acontecendo aqui.
Ele engoliu em seco amaldiçoando seu amigo. Era claro que Liam ia abrir a boca sobre ele e Silverstone.
Merda.
Zayn se encostou sobre a mesa e afrouxou a gravata.
– Ahm...– começou ele, sem saber o que dizer.
– Porque não contou a ela que foi você quem foi para o quarto com as garotas, no Brasil?
Ele encarou Luna por um instante. Suspirou fundo. Quase dera com a língua nos dentes.
Era esse o problema de esconder muitos segredos das pessoas. Uma hora acabaria se estrepando.
– Menti para Candy. – confessou. – Alias, omiti.
Ela colocou a mão na cintura, fitando ele com as sobrancelhas erguidas, como se esperasse respostas.
– Por quê? Está tentando defender seu amigo?
– Eu não sei por quê. – retrucou com firmeza – Mas acredite em mim, não era Liam quem estava lá. Gostei de Nicole, nós bebemos demais e ela chamou algumas amigas para a gente se divertir. Payne não teve culpa de nada! Ele nunca gostou de outra pessoa, além de você.
– Porque eu acho tão difícil em acreditar nisso?
Zayn caminhou até que ficassem frente a frente.
– Eu te entendo Luna, mas não vou mentir pra você. Muito menos Liam. Ele te ama, e sei que fiz errado em não contar para Candy, mas sei que é desesperador quando se faz alguma coisa que talvez seja errada e você precisa fingir que não fez nada porque talvez goste da pessoa. – ele suspirou fundo, contraindo os lábios – Já pensou o que Liam estava sentindo, sabendo que não tem culpa alguma do que eu fiz? E você simplesmente querer distância dele?
– Você disse que talvez goste da Candy? – indagou ela, chocada.
Zayn emitiu um gemido.
– Luna!
– Sim. – disse ela, piscando algumas vezes – O que foi?
– Você tem que esquecer essa história com Liam e deixar que eu converse com a Caramella.
Ela mordeu o lábio, parecia ansiosa.
– Tudo bem. Preciso arrumar meus arquivos e projetos parados, mas vou conversar com ele. E você, por favor, vá logo explicar a verdade para ela. Você sabe que Candy gosta de algum modo de você.
Ele sorriu.
– Eu sei.

O expediente dos estagiários estava quase acabando e ele não parava de andar de um lado para o outro. Pediu a Brooklin que chamasse Candy para a sala dele, alegando que passasse alguns recados para Aniballe.
Merda. Sabia que ela voltaria menos hora e Payne havia dito há ele que estavam bem.
Não imaginará que logo quando ela botasse os pés de novo no prédio, contaria a Silverstone sobre o ocorrido no Brasil. Com tudo o que tinha acontecido entre eles no último mês, a última coisa que pensou fora contar há ela que depois que a viu com aquele menino, pegou a primeira mulher que olhará para ele diferente. Tudo bem que depois tudo ficou mais intenso e ele perdera a noção da vida. Mas a culpa era dela. Fora ela que começara a provocá-lo ao sair com um garoto que sequer conhecia.
       Assim que Candy passou pela porta do seu escritório, viu em seus olhos azuis que estava chateada. Não seria nada fácil contar aquilo depois das semanas maravilhosas que passaram juntos. Ele sabia que ela ficaria triste e magoada. Mas esperava que entendesse que isso havia acontecido em um passado onde ele temia estar com ela.
Agora era tudo diferente.
– Oi. – disse ela, segurando a mala nos braços.
– Oi. Quer alguma coisa pra beber?
A garota negou em silêncio, umedecendo os lábios.
– Só quero que me conte o que houve no Brasil.
Ele assentiu, sentando no canto da mesa.
– Fiquei com Nicole. Uma mulher que estava em nossa reunião. Ela é paisagista e eu estava... Olha Candy, isso foi antes...
– Zayn, me conte a verdade. Você dormiu com ela?
Ele a encarou e sem dizer uma palavra, a garota entendeu, segurando o lábio inferior entre os dentes e com os olhos cheios de lágrimas.
Inferno.
– Não fique triste. Eu não senti nada. Foi algo... sem sentimento.
– Luna quase terminou com o Senhor Payne por sua causa. – disse ela, com a voz embargada.
– Eu sei, mas não foi minha intenção. Eu estava com raiva por desejar uma garota que não podia ter.
– Essa garota era eu?
Ele bufou, se levantando e caminhando até ela.
– Óbvio que é você Candy.
Silverstone balançou a cabeça, dando um passo para trás.
– Então isso é mentira. Você ficou com Nicole por que quis, não por sentir raiva de mim. Porque não me ter, era uma realidade que você colocou dentro da sua cabeça.
– Você entendeu errado, por Deus!
– Não Zayn. Só admita seus erros. Eu sei que não estávamos juntos e tudo bem, porém você sabia que eu gostava de você. E mesmo assim fez isso.
  – Candy, eu não fiz isso pra te magoar.
Ela deixou algumas lágrimas caírem por fim. E ele se sentiu o pior homem do universo.
– Eu sei. – disse ela – Mas eu sou uma garota e garotas choram, são sensíveis, se machucam por algumas coisas que os homens julgam serem besteiras, mas não são.
Ele assentiu, beijando sua testa.
– Me perdoe. Eu nunca fiz com intenção de te machucar.
– Eu só preciso de um tempo pra me recompor. – pediu ela, se afastando. – Se importa de não nos vermos hoje?
Ele negou com a cabeça. Estava nervoso, tinha que confessar a si mesmo. Era estranho, mas compreensível ela pedir aquilo. Eles se viam todos os dias praticamente, talvez precisasse ficar um pouco longe dele mesmo.
– Até amanhã. – disse ela, se despedindo com um beijo na bochecha.
– Até, Caramella.
Ela saiu sem olhar pra trás e ele despencou no sofá de couro que tinha no escritório, sentindo-se um merda por esconder dela algo como aquilo. Sem contar que ainda tinha outro segredo que o sufocava e por mais que confiasse em Candy sabia que ela podia não perdoá-lo por esconder algo tão sério. Algo que não envolvia apenas ele e sim, Liam e Luna.
Malik suspirou fundo.
Não ia deixar acontecer. Era uma história entre Payne e sua namorada. Ele não se envolveria e contava com a sorte para que Luna nunca descobrisse.
Ela nunca ia descobrir. Nunca.

                                   DSTCDA – C.

– O que acha de beber um pouco? – indagou, entrando no escritório de Luna.
– O que? Você quer beber? Já fez dezoito anos?
– Não, ainda tem mais algumas semanas. Mas eu preciso.
Aniballe parou o que estava fazendo, a olhando por fim.
– Conversou com Malik, não foi?
Ela assentiu, sentindo as lágrimas de novo. Odiava chorar feito uma boba.
– Quando essa sua paixão vai passar? – perguntou Luna, preocupada.
Ah meu Deus, ela queria que nunca passasse. Amava Zayn. E descobrir que ele havia dormido com outra mulher enquanto ela desejava estar com ele, enquanto se desdobrava para que ele a visse como realmente era, a magoava demasiadamente. Como se nunca fosse suficiente para ele.
– Eu só preciso beber e logo passa. Queria sair conversar e não tenho amigas além de você.
Luna sorriu.
– Não sei se fico lisonjeada ou não com essa frase. – comentou, fazendo ambas sorrirem. – Tudo bem, vamos logo, porque eu também estou precisando.
Aniballe pegou a bolsa importada com um braço e puxou Candy pelo outro.  Em silêncio a garota agradeceu pelo dia que sua chefe entrou em sua vida.
Agora ela tinha uma amiga e não se cansaria de dizer isso.

– Mas o que ele te disse? – perguntou Luna, confusa.
– Que ficou com a tal Nicole e acabou elevando as coisas, você sabe. – Ela tomou mais uma dose de tequila, fazendo careta e depois suspirou fundo, continuando seu monólogo. – Eu me esforcei sabe, para que ele me notasse e essa semana me dizia que isso tinha acontecido, mas agora vejo que não. Que ele se interessa apenas por mulheres como Nicole.
– E você sabe que tipo de mulher Nicole é? E o que te faz ser menos que ela?
Candy bebeu um pouco mais, já estava se sentindo um pouco tonta.
– Não sei, eu acho que é.
– E porque acha que ele se aproximaria de você essa semana?
Não queria mais mentir para sua melhor amiga, então resolveu dar de ombros. Ficar em silêncio era melhor do que inventar histórias. Luna revirou os olhos virando mais uma dose, fazendo careta em seguida.
– Acho melhor irmos embora. Esse assunto deve ficar pra outra hora. – disse ela, se levantando meio tonta.
– Não. Eu preciso beber. Preciso fazer alguma coisa perigosa.
 – Você não tem idade. – disse a mais velha a repreendendo.
Candy deu um sorriso lascivo, dando de ombros.
– Eu vou beber.
– Meu Deus, eu não devia estar bebendo. – disse Luna, colocando a mão no rosto – Meus pais vão me matar.
– Porque? Você pelo menos é adulta.
– Mas prometi há eles depois do acidente que nunca mais beberia.
– Que acidente? – indagou virando outra dose de tequila.
– Caramella! O acidente em que perdi a memória. Eu já te contei sobre isso.
– Ah é claro. Eu queria perder a memória e esquecer Zayn. Seria ótimo.
– Não fala besteira. Vem, vamos embora.
Droga, ela precisava conversar com ele. Seriamente.
– Não, está cedo.
Luna tentou puxar a garota, mas tropeçou e as duas quase acabaram caindo no chão.
– Nossa, eu acho que bebemos demais. – disse a mais velha.
– Você acha? – indagou Candy, soluçando.
– Eu preciso ver meu namorado. – comentou Aniballe, enrolando a língua.
Elas não deviam ter bebido tanto, porque Candy também queria ver Malik.
– Vamos comer alguma coisa. Tem um McDonald’s aqui por perto, podemos ir andando. – disse ela, vendo a chefe assentir, desorientada.
Luna precisava melhorar antes de pegar o carro. Já havia se acidentado feio no passado e por conta disso perderá a memória. Candy não podia se arriscar. Por mais que falara que queria esquecer Zayn, aquilo não passava de besteira. Jamais teria coragem de apagar ele da sua memória. Malik havia se tornado o seu maior triunfo. Sua mais bela conquista. E mesmo ele metendo os pés pelas mãos quando criará à confusão no Brasil, ela não sentira raiva. Lógico que se Zayn tivesse contado há um mês algumas coisas seriam diferentes, mas não queria pensar nisso. Só queria vê-lo, abraçá-lo e dizer tudo o que sentia e não tinha coragem.

As duas comeram como loucas. Quando entraram na lanchonete algumas pessoas que estavam por lá as encararam curvando o cenho e cochichando, porque Luna simplesmente quase atravessará uma janela tentando abri-la e Candy não conseguia parar de rir, porque Aniballe achará que estava tentando abrir uma porta.
Depois do fatídico acidente, risadas altas e escandalosas e uma boa porção de hambúrgueres, elas ainda estavam embriagadas e Silverstone ainda queria ver Zayn Malik.
– Me leva lá. – pediu ela, enquanto caminhavam de volta para o carro.
– Onde?
– No apartamento do Zayn.
– Porque vou levar você ao apartamento dele?
– Porque você quer ver o Senhor Payne e eu quero ver o Malik.
– Tudo bem. – respondeu ela, rindo. – Vamos ao apartamento do Zayn!
– Você quer gritar? – indagou Candy, assim que entraram no carro.
– Gritar? – questionou Luna.
– Sim. Eu sempre vi nos filmes e me parece muito bom quando estamos bêbadas.
Aniballe gargalhou puxando a garota pela cabeça, literalmente.
– Ah Candy, te amo. Vamos gritar.

                                 DSTCDA – Z.

Ele estava olhando para o celular intrigado. Ou Candy havia dado o aparelho para uma criança que acabara enviando uma mensagem sem querer. Ou ela estava bêbada. E não demorou muito para ouvir a voz dela carregada no interfone do seu apartamento.
Meu Deus.
Ele abriu a porta do prédio para Silverstone entrar e desceu correndo pelas escadas. O elevador era lento demais. Não sabia o que estava acontecendo.
– Mas que diabos está fazendo aqui? – indagou ele, irritado.
Candy estava sentada no primeiro degrau da escada, com a cabeça encostada na parede.
– Queria ver você. – disse, enrolando a língua.
Ele balançou a cabeça. Não acreditara que Candy havia bebido realmente.
– Porque não me ligou? Onde estava? Eu teria ido te buscar.
Zayn se abaixou para levantá-la. Colocou um braço atrás dos seus joelhos e segurou sua cintura com o outro. Candy encostou a cabeça em seu ombro, resmungando alguma coisa inaudível.
Ele suspirou fundo. Não ia brigar com a garota, mas a vontade era grande. Estava mal humorado a tarde toda. E quando ouviu a voz dela pelo interfone drasticamente embriagada, seu humor só decaiu. A culpa era dele por ela ter bebido. Inferno.
Apertou o botão para o elevador descer, dessa vez não teria como subir escadas com ela em seus braços.
– Zayn. – chamou a garota sussurrando contra seu pescoço.
– O que foi? Não está se sentindo bem?
A porta se abriu e graças a Deus não tinha ninguém. O inverno estava se alastrando e as pessoas não saíam muito de casa, normalmente preferiam o conforto.
Ela inspirou fundo, soluçando em seguida.
– Eu amo você.
As palavras dela foram nítidas mesmo estando praticamente desmaiada no colo dele.
Zayn sentiu um despertar dentro de si. Um calor que não sentira há muito tempo. Candy estava quieta em seus braços, encolhida e ele não tivera certeza de que aquilo que ela falara fosse realmente o que sentia, mas não existia um porque dela estar mentindo.
Tudo bem que quando se está embriagado tudo ao seu redor – e dentro de si – fica mais intenso. E se cada sílaba que ela deixará escapar por entre seus lábios tivesse um percentual de veracidade ele simplesmente não sabia o que fazer.
Candy Silverstone emanava uma luz de dentro dela. E por mais patético que podia soar ele se sentirá feliz ao ouvir sua confissão, mesmo que não quisesse vê-la naquela situação.
Era bom saber que pensava nele um pouco – ou como ele – já que pensava nela o tempo todo. Podia ser patético da parte dele, por Deus, mas era assim que se sentia.
Feliz.
– Vem, vou por você na cama. – disse entrando no apartamento, fechando a porta com o pé. – Consegue me ouvir?
– Uhum.
Zayn a colocou sobre a cama dele.
– O que você bebeu? – indagou.
– Ahm... – Candy se contorceu levando a mão até a boca.
Merda.
Ele a pegou no colo de novo, a levando até o banheiro. 
– Sou eu quem vai ter que te dar banho dessa vez. – disse, com certa ironia.
A garota suspirou fundo, estava claro que ela havia bebido todas.
– Tá frio. – resmungou, quando ele ameaçou tirar seus tênis.
– Ninguém mandou encher a cara em pleno dia de semana. Seus pais... Meu Deus, você avisou seus pais?
– Nops.
– Ah Candy, como pode ser tão inconsequente? Vai ligar para seus pais e dizer que irá dormir na casa de alguma amiga.
Ela bateu continência com a mão, fazendo cena. Adolescentes. Tudo bem que já fizera isso e não era nenhum um pouco jovem e a mesma garota que agora estava sentada de frente para ele, havia sido a pessoa quem o cuidará. Estava vendo aquele momento como uma forma de agradecimento. Ela havia cuidado dele, a agora Zayn cuidará dela.
Malik tirou a roupa de Silverstone, já tinha a visto nua centenas de vezes, mas nunca tão frágil, pensou ele, tentando tocar em seu corpo o mínimo possível. Era estranho ter a garota ali quase inconsciente e completamente sem roupa. Deu banho nela o mais rápido possível.
– Não esqueça o condicionador. – pediu ela, em meio aos soluços, fazendo o rir.
– Não vou esquecer.
Candy sorriu, tentando encostar sua cabeça no ombro de Malik.
– Estou enjoada.
– Vamos sair do banho e tomar um remédio. Logo passa. – ele pegou uma toalha enrolando a garota, a levando até o quarto – Como veio até aqui desse jeito?
– Luna.
– Luna?
– Nós bebemos juntas, ela foi...
– Luna bebeu com você?
– Sim, ela achou que a janela era porta.
– O que?
Ela murmurou alguma coisa, deitando na cama de qualquer jeito. Malik olhou para a garota nua na sua cama. Tinha perdido as contas de quantas vezes sonhará com ela ali. Entretanto jamais imaginou que esse dia fosse acontecer com ela praticamente desacordada.
Ele pegou uma camiseta, cueca e um secador. Se ela dormisse de cabelo molhado ficaria doente.
– Eu preciso que você sente. Nós já estamos quase acabando. – pediu ele, puxando Candy pela mão.
Ela inspirou fundo. Zayn se abaixou para ajudá-la a vestir sua samba canção e depois a camiseta. Ele segurou seu rosto com as duas mãos, pedindo que ela ficasse firme até ligar para seus pais.
– Você precisa demonstrar que nada aconteceu. Consegue fazer isso? – Ela assentiu, soltando um soluço em seguida. – Onde está Luna? Preciso te levar pra casa dela.
– Está com o Senhor Payne.
Zayn curvou o cenho.
– Liam está em uma reunião no País de Gales. Candy, ela estava tão bêbada quanto você?
– Eu não estou bêbada.
– Ah claro.
Merda. Era óbvio que Aniballe estaria tão mal ou igual a Silverstone, ou não teria deixado a garota em frente ao seu prédio naquele estado.  
– Ligue para seus pais agora. – ele pegou o celular dela que estava no bolso da calça jeans. – Consegue mesmo fazer isso? – repetiu apreensivo.
– Consigo.
Ele deu o celular há ela, rezando para que Silverstone não piorasse as coisas. Ainda tinha que dar um jeito e ir atrás de Luna. Deus não deixaria que nada de ruim acontecesse.
Quando Caramella disse o primeiro olá, sentiu-se nervoso. Os Silvertone's o matariam se descobrissem como estava o estado da sua filha, isso que a culpa nem era dele.
– Mamãe? Eu vou posar na casa da Senhorita Luna. – disse a frase inteira rapidamente – Temos muito trabalho atrasado. Tudo bem? – ela o observou por um segundo, soltando um soluço – Ah, ela quem pediu. Amanhã volto cedo. Até mais. Eu sei, eu sei. Beijos.
No instante que Candy terminou a ligação, ela abaixou a cabeça vomitando em um carpe que provavelmente ele jogaria fora.
– Desculpa.
Zayn levou a garota até o banheiro e ficou lá segurando seu cabelo por uns bons minutos.
Minha nossa, ainda tinha que buscar outra. Sua noite seria longa.

Depois de quase uma hora tentando fazer com que Candy tomasse um remédio e dormisse tranquila, ele conseguiu convencê-la e ir atrás de Luna, com Luigi, seu vizinho que tivera que pedir ajuda.
Meu Deus, Payne ia matá-lo, com toda certeza da sua vida.
Logo que chegara em frente ao apartamento do seu melhor amigo, Zayn avistou o carro de Aniballe estacionado. Pelo menos parecia inteiro. Ele parou em frente e não se chocou quando fora inspecionar o veículo, que ela estava dormindo lá dentro.
– Garotas não sabem beber. – disse a Luigi, balançando a cabeça.
Malik bateu no vidro tentando acordar Luna. Minha nossa, ele ia matá-la, isso sim.
– Luna!
Ela piscou algumas vezes, umedecendo os lábios, fazendo careta.
– O que é que você está fazendo aqui? – perguntou irritado.
Aniballe o encarou, não estava entendendo, ele podia ver em seus olhos. Estava perdida.
– Abra a janela.
– O que foi?
Zayn revirou os olhos.
– Ele vai matar você se souber que bebeu desse jeito.
Ela deu de ombros como uma menina mimada.
– Vem, vou te levar pra casa. – disse, ajudando ela a sair do carro. – Onde estava com a cabeça ao deixar Candy no meu apartamento?
– Eu a deixei lá?
– Por Deus Luna, você está pior do que a Caramella! – bufou, carregando ela até seu carro – São duas inconsequentes.
– Onde ela está?
– No meu apartamento. Luigi vai tirar seu carro daqui. – ele colocou o cinto nela – Liam não vem embora hoje, teve que ir para uma reunião no País de Gales. Você tem noção do perigo que estava correndo ali?
– Tem alguém no meu carro! – protestou ela.
– É Luigi! – Zayn não sabia se ria ou se chorava – Vem, acho que é minha vez de cuidar de vocês.
Por sorte Luna não fora tão complicada quanto sua garota. Ao invés de levar ambas para a casa de Aniballe como pensará de início, achou melhor ficar de olho nelas em seu apartamento. Assim não teria perigo de causarem mais preocupações a ele. Quando chegou com Luna colocou a namorada do seu melhor amigo no quarto de visitas e no mesmo instante ela apagou.
Não queria ter que contar a Liam, preferia que ela mesma fizesse isso, entretanto sabia que quando ele descobrisse que Zayn estava envolvido, surtaria desejando sua cabeça. Então mandou uma mensagem para seu amigo. O que mais podia fazer? Indagou em silêncio.

Malik voltou ao quarto e viu Candy dormindo como um anjo, deitando-se ao seu lado. Nunca havia dormido uma noite inteira com ela e por mais que Luna estivesse logo ali do lado, ele queria muito sentir o calor da pele dela contra a sua.
Quando puxou a cintura dela, acomodando a garota, ela se virou ficando de frente para ele, deitando com a cabeça na curva do seu braço, estava tão linda e serena.
Ele sorriu.
Não tinha certeza, mas quis dizer mesmo assim. Ninguém nunca saberia. E aquele sentimento puro e inexplicável pertencia apenas a ela. Era dela, de ninguém mais.
Ela fazia isso com ele. Só ela.
Então disse bem baixinho. 


Notas Finais


E com esse capítulo, damos início a reta final de Desculpa se te chamo de amor. Mas nada de preocupação, porque tem muito chão pela frente. Hahaha
Espero que tenham gostado. Eu adorei escrevê-lo.
Obrigada gente, até a próxima <33


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