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História Desde sempre - Jikook - Capítulo 19


Escrita por: Bartholomeia

Capítulo 19 - Capítulo 19


... Por sorte, acordei antes dele, eu estava com ressaca pela bebida de ontem, quando me levantei pude olhar o relógio, passava-se das duas horas da tarde, quem havia bebido fui eu, por que ele dormia tanto?

Fui para a cozinha, atrás de algum remédio, eu não estava nada bem, mas tinha que preparar algo para ele comer. Certamente quando ele acordasse estaria com fome.

Preparei o melhor que pude ainda estando com enxaqueca. Segui até o quarto com a comida, mas antes de entrar, algo me impediu, fiquei parado frente a porta fechada.

E se ele não me perdoasse?

Eu nunca tive tanto medo, e se ele voltasse para sua casa? Quando percebi que existia a possibilidade dele me deixar fiquei completamente sem chão, sem ele eu nao tinha... Nada.

Eu estava completamente fora de mim quando aquilo aconteceu, tentando controlar o tremor que agora existia em minhas mãos, por um impulso de coragem consegui abrir a porta. Ele ainda dormia.

Me sentei na beira da cama, próximo a ele, acordando-o. Jimin apenas abriu os olhos devagar como se fosse uma tarefa muito difícil, após alguns segundos olhou para mim, e como se fosse se lembrando do que havia acontecido, desviou o olhar, focando-se em seus pés cobertos pela meia.

[Jimin]

(6h15) Acordei com a luz fraca que vinha da janela, pude sentir o abraço que me envolvia, e quando abri meus olhos me deparei com ele ao meu lado.

Nossos rostos estavam próximos, pude observar seus traços, como aquele garoto era lindo... Mas meu peito doía, meus olhos marejaram, e controlando minha mão que por impulso acariciava seu cabelo, voltei a dormir.

(15h03) Acordava agora com uma luz muito mais forte, que fazia meu olhos doerem. Aos poucos fui tomando consciência de situação em que me encontrava, ele estava sentado do meu lado, segurando uma bandeja com comida, que provavelmente ele mesmo fez.

Ah ele deve estar com tanta dor de cabeça e cansado, por que ainda se esforça tanto? Eu quase sorri para recompensar seu esforço quando me lembrei de tudo o que aconteceu, tomado por um frio na barriga que vinha acompanhado de uma grande dor no peito, se eu o olhasse agora, choraria como ontem.

Mesmo sem estar olhando diretamente para ele, ainda podia ver seus movimentos, quando desviei o meu olhar do dele, sua cabeça se abaixou, ele me olhou de volta depois, abriu a boca, mas como se desistisse do que iria dizer, se levantou deixou a comida na cama e seguiu em direção a porta, e antes de fecha-la

-Eu preparei para você... E, acho que você deve querer descansar agora, então... Precisamos conversar mas, quando você achar melhor, pode ser, eu só... Me desculpe.

Fechou a porta como se fosse algo pesado, e me deixou ali, sozinho com uma bandeja de comida, um pedido errado de desculpas acompanhado de um "podemos conversar quando você estiver melhor".

Ele pretendia me deixar? De tudo que passou pela minha cabeça ontem, era a primeira vez que pensava sobre isso, ele realmente gostava da Nayeon então? Eu estava com dor de cabeça, não queria chorar de novo, apenas me levantei sem nem tocar na comida e fui para o banheiro, eu precisava de um banho.

Quando terminei e me vesti, estava completamente sem saber o que fazer. Eu poderia me trancar no quarto para todo o sempre e força-lo a dormir na sala, ou poderia descer, e resolver de uma vez, se fosse para ele me deixar, tudo bem, eu superaria, não nascemos grudados, mas se tinha uma explicação eu também estava disposto a ouvir, de qualquer forma sempre teria minha mãe me esperando.

Ah, quem eu queria enganar? Pensar nele me deixando me destruía, eu vi ele a beijando, não tinha explicação... Mesmo assim, eu queria que o sentimento em meu peito passasse, mesmo que fosse para pior, eu não poderia adiar aquilo para sempre.

Eu abri a porta e segui em direção a sala, mas não havia ninguém, contudo, antes que milhares de paranóias passasem pela minha cabeça, me virei para trás encarando a cozinha, ele estava lá, sentado na cadeira apoiando sua cabeça na mesa. Quando me aproximei seus olhos estavam fechados, ele devia estar dormindo.

Eu puxei a cadeira me sentado de frente com ele, aos poucos fui abaixando minha cabeça até deita-la na mesa. Ah, ele deve estar cansado, acho que eu devia acordar ele, o mandar para a cama, ele descansaria melhor... Eu queria sentir raiva dele, mas eu só conseguia ficar triste, quando eu o vi, ali, nem mesmo consegui me sentir triste, eu só queria deitar com ele para assistir algum filme.

Me levantei  indo em direção a geladeira, mas algo me impediu de chegar até ela, ele segurava minha mão. Eu voltei devagar apenas um passo, sem me virar escutei a cadeira se movendo. Ele se aproximou me virou de frente a ele.

-Me desculpe... Ontem, eu não fazia ideia do que estava acontecendo, estava fora de mim, só pude me tocar quando, você chegou. Sei que é impossível me perdoar, por mais que eu queira, por mais que não vá se repetir, eu entendo se você me odiar, me bater, me xingar, ou até mesmo me deixar. Eu errei - neste momento ele já chorava tanto quanto eu nestes dias- eu queria pedir desculpas, eu queria me redimir, mas eu não sei como fazer isso, eu não sei como você pode me perdoar eu só...

-Eu te amo.

Se alguém pudesse ver aquela cena com certeza não acreditaria que o machucado da situação havia sido eu, talvez porque, como pude ver agora, ele estava tão machucado quanto eu, imaginando ainda pelo ponto de vista de uma terceira pessoa, eu estava sendo realmente trouxa, mas não se passava pela minha cabeça a idéia de deixa-lo, eu não estava com raiva, não que eu aceitasse o que aconteceu, mas eu podia entender que... Não era o que ele queria.

Nem eu acreditava no acabei de dizer, era verdade, mas não era algo simples de admitir. Agora ele chorava ainda mais. Eu o abracei, sendo mais baixo levantei meu pés para que alcançasse melhor seu pescoço que agora era envolvido pelos meus braços. Os seus abraço entornaram minha cintura e me apertaram com força.

Estava tudo bem.







Notas Finais




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