Bati na porta e o professor abriu.
-Logo no primeiro dia?
O professor não parecia sério, mas um pouco desapontado, apenas abaixei a cabeça, já entrava na sala para me sentar em algum lugar quando o já formado me interrompeu.
-Ei! Se apresente primeiro.
-Desculpe-me, meu nome é Jimin, tenho 11 anos.
-E você? - Ele se referia ao outro garoto.
-JUNGKOOK!
-Pelo visto é muito animado, não? Devia ter usado essa animação para chegar mais cedo. Agora os dois atrasados por favor sentem juntos naquelas carteiras. - O professor apontou para o fundo da sala.
As carteiras eram colocadas em duplas, nos sentamos, e ouvíamos, ou fingiamos ouvir a explicação do professor sobre como seria o ano.
Até que vi um bilhete na minha perna
"Jimin ou Jimim? É um nome bem legal de qualquer maneira."
"Jimin, o seu também é".
Finalmente o sinal para o intervalo tocou, saímos juntos, ele me perguntou se eu jogava vídeo-games, respondi que sim, e ele continou tagarelando o caminho todo, eu só queria entender, o que aquele garoto me lembrava?
-...Nós vamos embora juntos. - Foi a única coisa em que prestei atenção.
-Ok.
- Bem, digo, nos somos vizinhos, te vi entrando no carro numa casa em frente à minha.- Ele disse envergonhado.
- Isso é bom.
- Sim...
Fizemos algumas atividades em sala, até sermos liberados para a saída. Peguei minha mochila e ele me esperou. Não trocamos uma palavra até metade do caminho.
- O que achou da escola?
- É, bem, interessante.
- Eu não achei, para mim é bem comum, a única coisa interessante que vi até agora, é você.
Eu interessante?
-Interessante como?
-Sei lá, me lembra alguém
[Outro dia]
"Para celebrar o começo das aulas teremos um acampamento" era claramente apenas mais uma maneira de nos extorquir dinheiro, mesmo assim, todos se animaram.
Tivemos uma semana até o evento.
Seria em um sábado, assim sairíamos após o almoço, mas não pude dormir o tanto que desejava, logo minha mãe me acordou jogando malas e toda aquelas gritaria que eu já era acostumado, mas mesmo assim, me incomodava.
Minha cara de sono e desânimo passava completamente despercebida no meio de tantas crianças que pulavam e sorriam entorno do professor enquanto esperávamos o ônibus.
E pelo visto sentar em dupla com alguém naquela escola era o mesmo que assinar um contrato conjugal, assim, para não causar tumulto na hora de escolherem o lugar no ônibus, devíamos sentar com nossa dupla.
Ele ainda não havia chego, o que era de se estranhar para alguém tão animado, não que me importasse. O que me deixava sozinho no ônibus.
"Já vamos sair crianças!"
Realmente ele não vinha.
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