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História Desde sempre - Jikook - Capítulo 20


Escrita por: Bartholomeia

Capítulo 20 - Capítulo 20


Duas semanas se passaram do incidente, nos primeiros dias as coisas estavam meio estranhas, não nego, mas aos poucos fomos voltando ao de sempre. Nestas duas semanas não vimos a Nayeon na faculdade, eu poderia acreditar que ela estava nos evitando, mas por amigos dela que vinham falar com Jungkook procurando-a, eu soube que ela faltava a escola, não respondia o tefelone, e se estava em casa, não atendia ninguém.

Eu ainda não sabia o que sentir dela, a garota sempre me irritou muito, e eu devia estar furioso por ela ter o agarrado, mas eu ainda sentia um pouco de pena, eu não sei como é ter o coração realmente partido, mesmo que eu tenha me machucado algumas vezes, nunca foi para valer, então imagino que se a dor que eu senti já foi tamanha, a dela devia ser insuportável.

Era sexta feira da penúltima semana de aula antes das férias de meio do ano. Acordei com sua mão em meu rosto, ela já estava de pé e trazia o café da manhã.

-Jimin? Bom dia.

-Bom dia -Repondi entre um bocejo.

-O que acha de viajarmos para a casa da sua mãe esse fim de semana?

-Por que não fazemos isso nas férias?

-Ah, vamos amanhã, por favor... - ele pedia com um biquinho no rosto e se aproximando para destacar a expressão de fofura que buscava me convencer.

Era impossível dizer não, e bem, não era ruim ver minha mãe, mas ainda era estranho, por que era tão importante  que fôssemos amanhã?

A aula foi como em todos os outros duas, a Nayeon não apareceu, novamente.

Quando chegamos em casa logo ele pediu que eu preparasse minha mala, poderíamos viajar de tarde ou de noite, pelo visto ele preferiu de tarde. Por que ele estava tão apressado? 

Eu dormi o caminho todo deitado em seu ombro, ele por outro lado, trocava mensagens com alguém. Aquilo me deixou curioso, mas me importar com isso era, desnecessário.

Fomos recebidos quase que com uma festa por minha mãe, ele inevitavelmente foi visitar sua mãe, eu preferi não ir. A relação deles era complicada, a mãe nunca foi atenciosa ou carinhosa, mas ele preferiu continuar morando com ela do que com o pai, pelo fato deste ter uma amante e ele não achar certo. Mesmo com isso ela não mudou, continuou fria, aos poucos ficavam cada vez mais afastados, se tratavam como conhecidos, não como mãe e filho.

Como chegamos no sábado logo cedo, ele voltou da visita a sua mãe um pouco antes do almoço.

Depois do almoço fui convencido a sair com a minha mãe, Jungkook disse que estava muito cansado, não queria sair, o que era realmente incomum, eu teria decido ficar então, mas não pude sequer opinar que já fui arrastado  pela minha mãe. Passamos a tarde toda juntos, revendo cada ponto atrativo da cidade que eu ja conhecia. Quando voltamos para casa ja se passavam das 18h.

A frente da casa estava escura como se não tivesse ninguém lá, o que me deixava ainda mais confuso. Minha mãe deixou que eu fosse na frente para abrir a porta, assim fiz, porém quando me virei para trás para dar passagem a ela, não tinha ninguém. Minha mãe havia desaparecido e a casa onde Jungkook devia estar parecia igualmente só. Eu estava começando a me assustar.

Em um impulso rápido peguei meu celular buscando ligar para minha mãe, mas ninguém atendeu. Talvez eu ligasse para a polícia, mas apenas entrei na casa buscando por alguma ideia do que poderia estar acontecendo. Usando o celular para iluminar, rumei ao único ponto da casa que possuía iluminação, a escada.

Quando me aproximei, esta possuía velas que indicavam o caminho que eu acreditava dever seguir. Subi a escada e a partir do 3° degrau algumas pétalas estavam jogadas. O que antes era um perfeito cenário para um filme de terror logo se clariava em minha mente. Ele não faria isso, faria?

Conforme subia a quantidade de pétalas aumentava, o que indicava aquele ser o caminho certo a seguir. Quando a escada acabou, o corredor que levava a dois quartos e um banheiro estava escuro, o que destacava a luz que vinhas das frestas da porta do meu antigo quarto. Toquei a maçaneta com calma, e a movi com ainda mais cuidado.

Ele é realmente muito clichê.

Rosas por todo o quarto, enquanto um "Namora comigo?" Se formava nas velas colocadas no chão. Se eu fosse como qualquer outra garota apaixonada já estaria aos prantos. Era tudo realmente clichê e desnecessário. Um simples pedido casual teria o mesmo resultado: Sim.

Eu ainda não tinha o visto pelo quarto, era fácil se esconder com tudo tão mal iluminado. Até sentir suas mãos cobrindo meus olhos. Quando ele as retirou, dando aos meus olhos a visão de se seu rosto pouco iluminado pelas velas em minha frente. Nos aproximamos para um beijo, nos separando com um sorriso, onde pude dizer que sim, ganhando com isso, um novo beijo.

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Acordei no dia seguinte com os gritos da minha mãe pela casa anunciando sua chegada. Antes que eu pudesse abrir os olhos ela já estava no quarto e pulava sobre mim.

-E então?? Você aceitou não foi??

-Hã? Ah... Bom dia.

-Ai menino!! Levanta dessa cama, se anima, nem parece que foi pedido em namoro, credo!!!

Apenas resmunguei apertando os olhos e segui para o banheiro com passos arrastados.

Já dentro do banheiro, me olhei no espelho e não pude evitar um sorriso. Eu não estava acreditando no que acontecia.

Eu que acreditava jamais colocar meus sentimentos em algo ou alguém, estava sorrindo como um idiota por um pedido de namoro.

Voltando ao meu quarto, encontrei minha mãe jogada na pequena cama de solteiro com lençol cinza, sorrindo para o teto assim como eu sorria a pouco para o espelho.

Me joguei ao lado dela.

-Estou tão feliz filho.

-Hum - eu sorri

-Vocês são tudo para mim, é simplesmente... Perfeito. 

-Mae...

-Cuidem um do outro, ok?

Eu afirmei com a cabeça.

-Ah, ele saiu, deixou um bilhete para mim na cozinha. Nele dizia, vamos ver... - ela desdobrava o papel em sua mão e começava a ler num tom empolgado. - "Mãe, sai para resolver um ASSUNTO, preparei o café da manhã para vocês, então avise-o, já que acredito que ele não vá acordar tão cedo. Não volto tarde, mas cuide dele por enquanto, certo?" Como se ele precisasse me dizer para eu fazer isso...

-Continua mãe!

-Ok,ok "... Diga a ele também que eu o amo muito". Aahhhh Jimin!!- ela me batia com o papel. - Ele não é um doce??

-É sim.

-Ai garoto! Deixa de ser frio!! Agora vamos descer para comer.

Já havia passado do meio dia e ele não não havia chegado, eu passei a manhã com a minha mãe, não que ela seja ruim, mas já estava preocupado com ele.

Foi por volta das 16h que ouvimos um barulho na porta enquanto assistíamos TV. Me levantei depressa e destranquei a porta antes mesmo que ele colocasse suas chaves nela. Ele me olhou surpreso, mas logo sorriu, entrou tirando os sapatos mas não antes de me dar um pequeno beijo.

-Por que sumiu o dia todo?

-Ah, eu fiz falta?

-Nao é isso, só...

-Ahh, eu senti falta. - minha mãe interrompeu como se eu fosse falar algo que não devia.

-Tudo bem mãe. - ele a beijou na bochecha e sorriu, dando a entender que o que eu dissesse não iria afeta-lo.

-Você ainda não respondeu, por que sumiu o dia todo?

-Eu fui comprar uma coisinha, mas sendo um sábado e tão de última hora, acabou sendo bem difícil- ele dizia enquanto tirava algo do bolso do seu grande casaco.

-O que você foi...

Não pude terminar quando vi a caixinha com o formato único de uma caixinha de alianças.

-Eu acho que você devia ter ido junto mas, eu queria que fosse meio que surpresa então...

Dessa vez eu que o interrompia, com um beijo.

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Era domingo de tarde quando nos despediamos da minha mãe. Com sorte voltaríamos em tempo da aula.

O que não foi nossa sorte, chegamos tarde e acabamos por faltar. Foi um ótimo dia, eu não conseguia acreditar no que acontecia, olhava então para minha mão, onde via o anel e tinha certeza que era real.

Nos demais dias agimos como sempre na escola, o que então fazia com que ninguém pudesse notar que estávamos realmente juntos agora. Até a sexta-feira.

Chegamos bem adiantados naquele dia, o último dia até as férias de meio do ano, o que nos deu tempo de sentar no jardim da faculdade. Mesmo que nunca tínhamos escondido nossa relação, também nunca a colocamos à mostra. Talvez por timidez. Depois de sentados ele afastou as mochilas e acomou sua cabeça em meu colo. O sol da manhã era fraco e aconchegante, apesar de ser um pouco incômodo a grama em minhas pernas, o vento leve com cheiro de terra, assim como o de todo campo sem muitas flores, era reconfortante, além do mais, quando mudava de direção o vento trazia o cheiro do garoto em meu colo, essa brisa que se alternava entre o cheiro de terra, e o cheiro maravilhoso dele me fez fechar os olhos. 

De olhos fechados então, se não fosse pelo som da sua voz, sua presença teria passado despercebida por mim, Nayeon estava de volta na escola. Animada como sempre e rodeada de pessoas, ela parecia bem feliz.

Tão pouco pude aproveitar aquele momento para recuperar o sono se ter levantado as 6h da manhã, que o sinal para a entrada dos alunos tocou.

Me levantei depois dele e bati em minhas pernas com o intuito de retirar a sujeira que poderia estar lá. Quando levantei o rosto ele estava na minha frente, e estendia a mão, na qual era visível o anel, não entendi muito bem, mas acreditei que ele buscava minha mão, e o foi o que eu lhe dei, ele entrelaçou nossos dedos, o que me fez corar, e seguimos assim para dentro do prédio.







Notas Finais




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