História Desde sempre - Jikook - Capítulo 8

No dia seguinte, acordei com a luz que entrava pela janela, ele ainda me abraçava, o sol estava forte, foi quando olhei no relógio e notei que ja eram 12h, estava realmente tarde.

Me levantei com cuidado para não acorda-lo ele provavelmente teria muita dor de cabeça hoje, desci e encontrei minha mãe na cozinha.

-Bom dia, está tudo bem com o Jungkook?? Eu vi ele dormindo aqui e lembrei de você me pedindo o carro, o que aconteceu??

-Bom dia. -Eu disse irritado- Está tudo bem, ele apenas bebeu muito em uma festa.

-Mas você não me falou que ia em festa nenhuma.

-Eu não fui.

-Vocês brigaram?

-Não.

-uhum... Agora vá chama-lo para que possamos almoçar.

Me levantei e subi, entrei no quarto, ele realmente havia se tornado um garoto lindo, fazia minha barriga gelar, ele sempre me proporcionava sentimentos estranhos como esse que eu não entendia.

Me sentei do seu lado, e cutuquei seu rosto tentando acorda-lo. Eu me lembrava de tudo o que ele disse na noite passada, ele era tão estranho.

Ele abriu um olho, e depois o outro, usando a mão para tampar a claridade no rosto, assim que me viu ele sorriu, e me puxou para seu peito.

-Bom dia. - e beijou minha testa.

-Esta com dor de cabeça? - Eu perguntei me levantando.

-Um pouco.

-Vamos almoçar.- eu peguei sua mão e o levei para baixo.

-Prontinho meninos, podem comer.

Não conversamos durante o almoço, sabíamos que ele estaria com muita dor de cabeça agora 

-Quando terminar de comer tome outro remédio para dor de cabeça filho-ela disse retirando seu prato e beijando a testa dele.

-Ok, obrigado mãe. - Ele sorriu.

Assim que terminamos de comer eu tirei nossos pratos da mesa e ele foi atrás do remedio no armário da cozinha. Eu estava lavando a louça quando ele me abraçou por trás.

-Eu não lembro muito bem de ontem, mas devo ter te dado trabalho, desculpe - e beijou minha orelha.

-Tudo bem. - Involuntariamente eu me virei e o beijei, apenas um selinho e voltei a louça.

Ele se assustou, e afastou o rosto, mas não me soltou, eu não pude ver se ele havia corado mas imagino que sim.

-Ah... Ok... - ele disse sorrindo e surpreso enquanto se desprendia de mim.

Eu não sei para onde ele foi, mas muitas coisas passaram na minha cabeça enquanto lavava a louça, por que eu o beijei?

Quando terminei fui para a sala onde o encontrei, ele deu umas batidas no assento do sofá ao seu lado indicando que eu devia sentar lá. Me sentei e ele me envolveu com seus braços me deixando muito confortável. colocamos um filme.

-Aff, temos aula amanhã. 

-Ja está no fim do ano, nosso último ano.

-É... Nem acredito que vai acabar.

-Vocês vai mesmo fazer a faculdade?

-É... Eu sei que é em outra cidade, mas ainda podemos nos ver, apenas com menos frequência.

-É.

Ele me apertou ainda mais me seus braços e virou meu rosto, me beijando.Eu comecei a chorar, eu nem tinha um motivo, que desnecessário.

Ele me viu chorar e me apertou ainda mais, eu não queria sair do seu abraço, mas aos poucos as lágrimas foram cessando. Quando percebeu que eu não chorava mais me soltou e voltamos ao filme.

Por mais que eu pensasse, não entendia minhas ações, eu estava triste por ele ir embora? Ele seguiria sua vida, eu deveria estar feliz, e eu ainda o veria, chorar era desnecessário.

O meu curso seria para engenharia, faculdades com a matéria não faltavam, já medicina, que era o que cursaria, com um ensino realmente bom, somente em outra cidade.

Além do mais, o ano ainda não havia acabado, tínhamos alguns meses juntos. Eu até diria, é apenas uma pessoa a menos para me cansar, mas eu não podia mentir que ele era algo realmente especial, mas, afinal ele me beijou, eu nem havia me tocado nisso, quando percebi meu coração disparou, se ainda estivéssemos próximos como antes ele sentiria, mas agora, estava apenas com a cabeça em seu ombro, e seu braço contornava meu ombro.

Por algum motivo, pensei, ele sempre havia sido carinhoso comigo, desde pequenos, será que ele tratava todos ao seu redor assim, me beijar não era grande coisa então, pensar algo assim me irritou, não queria que outras pessoas ficassem próximas a ele como eu, olhei seu pescoço então, e deixei uma marca.

-Ai! - ele se assustou, me olhou, e passando a outra mão no pescoço agora marcado pela minha boca, sorriu.

Eu apoiei minha cabeça em seu ombro, e sorri orgulhoso do meu feito.