História Desde Sempre - EM REVISÃO - Capítulo Vinte e Dois

Justin Bieber POV

Medo.

Um sentimento que não sentia há anos, a última vez que o senti eu tinha dez anos e o motivo era o mesmo: Demi.

Eu estava com medo do que poderia acontecer com Demi e o bebê. E tudo era culpa minha, mas simplesmente não consegui evitar o sentimento que surgiu quando soube que ela estava com Dylan, eu não gostava dele, eu sentia ciúmes dele. A amizade que ambos tinham me deixava possesso.

Demi estava com quase seis meses, e nesses últimos meses tudo parecia estar perfeito. Finalmente estávamos felizes e juntos.

Não podia acabar assim.

- Justin se acalme – Chris falou – Ela vai ficar bem.

Fazia quase uma hora que Demi estava lá dentro e eu não conseguia me sentar, simplesmente o sentimento de culpa não me deixava raciocinar direito.

- Eu estou com medo – confessei.

- Todos estamos – Liza disse e vi que ela estava com os olhos marejados.

[...]

Mais meia hora.

Eu já estava preste a procurar a médica, quando ela apareceu, seu semblante não demonstrava nada, o que me deixou mais aflito.

- Como ela está? Como nosso bebê está?

- Eles estão bem Justin – ela disse me fazendo suspirar aliviado.

- Por que ela teve isso? – Ana perguntou.

- É o que eu disse para vocês na primeira consulta. Demi é nova, é a sua primeira gravidez e é certo que teria alguns riscos visto a idade dela, fico surpresa por ter ocorrido somente agora, o que indica que ela andou se preocupando e passando por muitas emoções, tenham cuidado ao falar as coisas para ela e também na parte do esforço.

Assenti.

É claro que Demi passou por um bolo de emoções nos últimos meses, Cheryl e eu, depois ficamos bem e depois eu comecei a incomodar sobre Dylan.

- Posso vê-la?

- Claro – falou – Já a medicamos e daqui uma hora poderá receber alta.

Assentimos.

- Vai você primeiro – Caitlin falou – Depois nós vamos.

- Já avisei aos pais de Demi que ela está bem – Ana disse – Eles e seus pais estão vindo vê-la.

- Ok.

- Venha por aqui – a médica disse.

Comecei a seguir ela.

- Lembre-se – ela disse antes de abrir a porta – Não a deixe preocupada.

Assenti.

Entrei no quarto fechando a porta logo em seguida. Demi estava deitada e me observava com um pequeno sorriso no rosto.

- Acho que demos o maior susto em vocês – ela falou.

- Você nem imagina o quanto – caminhei em sua direção – Me desculpa.

- Você não tem culpa – disse – Eu que sou muito frágil.

- Não, você não é – minhas mãos foram até sua bochecha, deixando um pequeno carinho na mesma – Olha por tudo que você já lutou sozinha, acho que nem eu teria coragem.

Falei me referindo ao início de anorexia que ela teve.

Ela sorriu.

- Sabe, para sua informação – começou – Dylan está apaixonada por uma garota e para sua total surpresa não sou eu, então poderia deixar ele em paz.

- Pelo menos não vou precisar bater nele.

- Justin – me repreendeu.

- Ok – me rendi – Talvez eu tente ter uma amizade com ele.

- Ótimo – disse – Tudo o que eu e nosso menino queremos é paz daqui para frente. Sem Cheryl, sem ciúmes e sem brigas.

- Apenas amor.

- Apenas amor – assentiu sorridente.

Não pude não retribuir o sorriso, me aproximei dela e selei seus lábios.

- Ah meu deus – fomos interrompidos por alguém entrando no quarto – Filha, meu amor – a mãe de Demi correu em nossa direção – Fiquei tão preocupada com você.

- Eu estou bem mãe – ela disse.

- Você nos deu o maior susto – Patrick também entrava no quarto e se aproximava de nós.

Alguns segundos depois, todos já estavam, inclusive meus pais e nossos amigos.

- Estou tão feliz que estejam bem – Pattie disse.

- Tudo está ótimo, comigo e com o bebê – Demi falou – Não precisava de toda essa preocupação.

- É claro que precisava – Liza disse – Você nem ousa se fazer de Srta. Não sou especial, porque ficamos sim preocupados com você Demetria.

Rimos.

- Ok Liza – disse – Acho que entendi o recado.

Então eu soube que daqui para frente seria apenas amor.

[...]

Três meses depois....

- Justin você tem que se acalmar – minha mãe disse pela terceira vez.

- Querido, tudo vai ficar bem – ouvi a mãe de Demi dizer.

Mais uma vez eu estava no hospital, só que dessa vez era por um bom motivo.

Fazia uma hora que Demi estava na sala de parto e eu estava angustiado, nesses três meses que passaram rapidamente, minha relação com Demi só teve melhoras, havíamos saído para comprar as coisas para o bebê, decoramos o quarto, e nos divertimos muito, e agora, ela estava ganhando o nosso pequeno garoto que ainda não tinha nome e eu estava morrendo de ansiedade.

- Eu sei – suspirei – Só acho que eu deveria ter entrado com ela.

- Justin ver um parto não e tão fácil assim – Meu pai comentou – Eu fiquei mais angustiado quando vi o seu parto do que você está agora.

- E outra que Demi quis assim – o pai dela disse – Daqui a pouco uma das enfermeiras ira vir aqui e deixara você entrar no berçário e ver ele

Assenti.

Chris, Ana, Chaz, Liza, Ryan, Caitlin e Dylan entraram e vieram até mim.

- Eu odeio o trânsito – Liza disse e bufou.

- Como ela está? – Ana e Dylan perguntaram juntos.

Podia dizer que minha relação com Dylan nesses três últimos meses havia progredido, ele não era tão ruim assim, mas ainda ficava com o pé atrás, só que Demi não sabia disso.

- Ela está na sala de parto – respondi.

- Por que você não está junto? – Caitlin perguntou confusa.

- Ela preferiu assim – disse

- Está nervoso cara? – Chaz perguntou

- Você nem imagina o quanto – respondi.

Chris bateu nos meus ombros de leve

- Vai dar tudo certo – ele disse

- Ele vai nascer com saúde e daqui alguns meses vai ser um garotão muito esperto – Ryan falou.

Assenti sorrindo.

- Não entendo porque não escolheram o nome ainda – Ana disse.

- Demi preferiu assim – falei – Ela quer olhar a carinha dele, antes de dar um nome.

- Faz sentido – Liza disse.

- Responsável por Demetria – ouvi a voz da enfermeira.

Me virei rapidamente e fui até ela.

- Como eles estão? – perguntei.

Ela sorriu

- Estão ótimos, o menino nasceu com três quilos, um ótimo peso e ele já está esperando a visita do pai – ela disse e eu sorri – Demi está sendo limpada, o parto ocorreu perfeitamente bem e ela já vai para o quarto daqui a pouco.

Me aliviei ao ouvir que eles estavam bem.

- Você pode entrar no berçário e o restante da família pode ver eles pelo espelho – ela continuou

Assenti.

- Me sigam – ela pediu

Seguimos ela até o berçário, e logo ela encaminhou minha família e meus amigos para frente do espelho e eu fui atrás dela que me mostrou onde era a entrada do berçário.

- É aquele ali – apontou.

Fui até ele e meu sorriso só se ampliou.

Ele era lindo, seus cabelinhos loirinhos levemente dourados assim como os meus, ele dormia, mas eu tinha quase toda a certeza que os olhos deveriam ser iguais aos da Demi.

Olhei minha família e amigos que me encaravam sorrindo como bobos.

Voltei meu olhar para o garotão e sorri novamente.

Ele era lindo.

Demi Lovato POV

As enfermeiras saíram do meu quarto depois que eu já estava deitada na cama macia e confortável.

Seria mentira se eu dissesse que o parto não havia doido, mas poder escutar aquele chorinho depois de todo o sacrifício, é uma imensa recompensa. Como eu queria ver ele.

No lado da minha cama tinha um berço de hospital e no outro lado do quarto tinha um sofá.

Ouvi a porta ser aberta e a enfermeira entrar com o meu filho no colo, Justin havia trazido algumas roupinhas das que havíamos comprado nesses últimos meses. E ele vestia uma delas.

- Hora do mama mamãe – a enfermeira disse sorrindo – Ele é lindo – ela elogiou.

Assenti sorrindo que nem boba.

Antes dela colocar no meu colo, levantei minha blusa e o peguei.

O cabelo com certeza era do Justin.

Acariciei suas mãos e levei seu rosto até um dos meus seios e ele logo começou a mamar.

Enquanto mamava suas pequenas mãozinhas seguravam o meu dedo.

Ele era o bebe mais lindo do mundo.

- O pai dele quer ver você – a enfermeira disse – Vou chama-lo.

Assenti.

Ela saiu e não levou dois minutos para Justin entrar, ele estava com o mesmo sorriso bobo que eu.

Ele veio até mim e me deu um selinho.

- Como você está? – ele perguntou

- Estou ótima, apesar de sentir um pouco de dor, mas a medica disse que é normal.

- Eu fiquei preocupado – ele disse – Com vocês dois

- Ocorreu tudo bem e valeu a pena, ele é perfeito.

- Ele é o motivo de nós estarmos juntos, ele é o nosso anjo, nosso pequeno cupido – ele alisou meus cabelos e com a outra mão acariciava nosso filho – Pensou em um nome?

Sorri.

- Ele tem cara de Jason – falei.

Justin assentiu.

- Seja bem-vindo Jason – falou e em seguida depositou um beijo em sua testinha.

[...]

- Ai que coisa mais linda do mundo – Liza disse olhando para Jason que dormia no berço ao meu lado.

- É um garotão – Chaz disse e sorriu – Parabéns cara – ele abraçou Justin de lado.

- Decidimos o nome – Justin anunciou – Ele se chama Jason.

- Ele tem cara de Jason – Liza falou – Vocês foram inteligentes em esperar ele nascer.

Assentimos.

Era horário de visita, podia entrar de dois em dois.

- Como foi? Doeu muito? – Liza perguntou curiosa.

- Doeu, mas valeu a pena – sorri.

Mamãe e papai entraram logo depois, mimaram um pouco, mas depois foi a vez de Pattie e Jeremy, depois Ana e Chris, Caitlin e Ryan, e por último Dylan.

Quando a noite chegou eles foram embora, mas Justin ficou como meu acompanhante, ele dormiria no sofá, depois de dar mama novamente para Jason, a enfermeira trouxe minha janta e a janta de Justin também.

No outro dia eu fiquei no hospital por causa dos primeiros exames de Jason e recebi mais visitas, mas na quarta de manhã eu já estava de alta indo para casa com Jason nos meus braços, colocamos ele direitinho no bebê conforto e ele dormia tranquilamente, nunca vi bebê mais calmo.

Sorri com meus pensamentos.

Quando chegamos no apartamento soltei um suspiro de alivio, era ótimo finalmente estar em casa.

A enfermeira havia ensinado eu e Justin como dar banho em Jason, devo dizer que era fácil, mas eu tinha um pouco de medo afinal ele era recém-nascido.

Como ele havia tomado banho antes de virmos para casa, coloquei ele deitado no seu berço em seu quarto que havíamos decorado nesses últimos meses.

Senti Justin me abraçar por trás e dar um beijo no topo da minha cabeça.

- Ele é tão calmo – ouvi ele dizer.

Assenti.

- Isso é bom – comentei – Mas com certeza quando ele crescer vai ser bem agitado – eu disse

Justin riu.

- Eu também acho.

Observei mais uma vez Jason.

Ele era a cópia pequena de Justin com uma mistura minha.

Era completamente lindo.

E ele tinha meus olhos.

Era o nosso anjo, e como Justin havia dito, nosso cupido.

Tudo estava ocorrendo tão bem, que as vezes eu pensava que estava sonhando. Um sonho maravilhoso em que em algum momento eu poderia acordar para realidade e tudo sumir.

Eu só não imaginava que esse dia estava perto de acontecer.