História Desejo (Hiatus) - (Parte 2) Desculpas

POV NARRADOR

- Por que a pressa? – Aquele olhar sobre si o assusta de cima a baixo – Temos muito que conversar...

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Sente o seu coração acelerar ao ouvir essas palavras.

Alex: O-olha Hunter. – Engole a seco – Eu realmente tenho que ir, já esta tarde demais. – Tenta mais uma vez se soltar da mão que lhe segurava fortemente.

Hunter: Não vai nem perguntar se eu estou bem ou o que eu vim fazer aqui? – Pelo o seu tom notava-se uma certa decepção.

Sabia e tinha ideia do quanto fez mal a Alex enquanto ainda eram namorados.

Foi um péssimo namorado, foi uma pessoa ruim para Alex. Quando se deu conta e já estava arrependido, já não tinha mais ele consigo. Quando fora atrás, soube que ele tinha voltado a Mirror Spring, a notícia foi como se uma faca tivesse adentrado em seu peito. Martirizou-se durante dias, se sentia cada vez mais péssimo.

Resolveu então, ir atrás de Alex. Precisava se desculpar por tudo de ruim que fez a ele, mesmo que não conseguisse ter ele de volta, mesmo que ele não aceitasse o seu perdão.

Hunter: Me desculpe... – Baixa a cabeça, soltando o braço de Alex.

Alex franze o cenho – Q-que? – Massageia o local onde fora fortemente apertado.

Hunter: Me desculpe por tudo que eu te fiz. – Pausa. Aquilo não seria fácil para si. Foi mais difícil ainda passar por cima do seu orgulho e ir atrás de Alex – Sei que minhas desculpas não serão o suficiente para sarar todas as feridas e magoas que eu fiz a você, apagar todas as memorias ruins que você teve comigo... Eu só... – Estava difícil continuar a falar. Olha o rosto de Alex, que estava totalmente paralisado.

Solta o ar pelo nariz. Ele estava mais lindo que antes. Aqueles seus olhos azuis de diferentes tonalidades, as mechas cinza em seu cabelo. Era uma rara condição que o fazia ser mais belo que qualquer um em sua opinião.

Ao olhar para ele assim se sentia um babaca, a pior pessoa do mundo nesse momento.

Alex: Me solta Hunter! Tá me machucando!– Exigia enquanto era arrastado pelo estacionamento do shopping.

Hunter: Cala a boca! – Esbraveja. Alex encolhe com o grito dado. Já vira Hunter assim antes, já sabia o quanto o mesmo tinha problemas para controlar a raiva e quando é domado por ela, poderia se tornar outra pessoa.

Os dois estariam fazendo alguns meses que estavam juntos e decidiram fazer então uma pequena programação juntos, por decisão do próprio Hunter. Alex estranhou a ideia, já que isso não era muito do estilo de Hunter, mas por fim aceitou.

Depois de uma tarde inteira, juntos, foram ao cinema do shopping.

Escolheram um filme leve, de comédia.

Enquanto Alex comprava os ingressos e esperava por Hunter perto da sala de cinema, o mesmo fora comprar pipocas.

Senta-se esperando por ele.

Olha discretamente para o lado vendo um garoto comentando algo no ouvido do outro, enquanto olhava para intensamente para si. Aquilo o deixou desconfortável. Conhecia um deles, o mesmo estudava no mesmo colégio que o seu. Ele sempre investia cantadas, mesmo namorando com o Hunter, o garoto parecia não ligar para isso.

Sabendo do jeito que Hunter é, Alex sempre tentava manter distancia do garoto, evitava toda vez de ficar sozinho.

Mas agora estava ali sozinho, mesmo rodeado de pessoas por perto.

Alex: Ah não... – Sussurra baixinho ao ver o garoto andando em sua direção.

- Oi Alex. – Lhe cumprimenta, sentando-se ao seu lado.

Alex: Ah, oi Mason. – Força um sorriso, dando mais espaço para o outro sentar. Era educado demais, e não recusaria isso.

Mason: O que faz sozinho aqui? – Pergunta curioso pegando na pequena mão de Alex, começando a acariciar com os dedos.

Alex puxa sua mão de volta, fechando-a em punho e colocando em sua coxa. Decide não responder a pergunta do outro, só esperava que Hunter não aparecesse ali agora.

Alex: É... Eu tenho que ir. Nos vemos depois! – Tenta se levantar, mas uma mão lhe puxa de volta.

Mason: Não precisa de pressa... – Sorri passando a mão pelas costas de Alex – Você não respondeu a minha pergunta.

Alex: Tenho certeza que você não vai querer se encontrar com o Hunter. – Sorri nervoso. Tudo o que mais queria é que ele lhe deixasse em paz.

Mason: Eu não ligo. – Responde. Sentia uma raiva e ódio de Hunter sem tamanho. O mesmo sempre se saia melhor que si em quase tudo, se conheciam desde a infância e se odiavam desde então. Era apaixonado por Alex desde que pôs seus olhos neles, mas Hunter como sempre saiu na frente e o roubou de si. Seu ódio aumentou mais ainda a ponto de quase perder a cabeça.

Prometeu então que iria tomar Alex e o faria seu, mas só causou problemas aos dois, brigas e desentendimentos. Hunter por ser tão possessivo, perdia a cabeça inúmeras vezes e sempre sobrava para Alex. O relacionamento chegou a ficar tão conturbado, e era isso que Mason queria.

Mason: Você está tão lindo hoje... Quer dizer sempre está lindo. – O elogia. Alex percebe a sinceridade em sua voz e cora.

Péssimo erro.

Hunter: Que merda é essa? – Joga a vasilha de pipoca ao chão, aproximando-se dos dois, puxando Mason pelo braço, em seguida o empurra pelos ombros – Já não disse para ficar longe dele? Quer voltar mais uma vez ao hospital? – Ameaça, trincando os dentes.

Mason sorri de lado – Estava o elogiando. – Diz – Realmente não entendo como você Alex consegue aguentar um ogro como esse cara. – Aponta para Hunter – Sou bem melhor que ele.

Hunter: Seu desgraçado! – Fecha fortemente os punhos, preparando para soca-lo no rosto.

Mason: Olha aí, está vendo? Não aguenta a verdade. – Provoca. Consegue a tempo se desviar do soco que iria levar – Que foi Hunter, perdeu a sua habilidade?

Alex sabia que isso não iria terminar bem, por isso resolveu intervir na briga, mesmo que saísse machucado – Hunter, por favor, pare! – Grita alto. Não soube de onde tirou tanta força para gritar.

Algumas pessoas ao redor param para olha-los.

Hunter se recompõe – Vou avisar pela última vez. Fique longe dele! – Vira-se puxando brutalmente Alex consigo.

Depois de alguns minutos, chegam ao estacionamento. Vieram de carro, Hunter mesmo com 17 anos poderia dirigir de acordo com a lei.

Alex: Me solta Hunter! Tá me machucando!– Exigia enquanto era arrastado pelo estacionamento do shopping.

Hunter: Cala a boca! – Esbraveja. Alex encolhe com o grito dado. Já vira Hunter assim antes, já sabia o quanto o mesmo tinha problemas para controlar a raiva e quando é domado por ela, poderia se tornar outra pessoa.

De uma força que não sabe de onde tirou, consegue puxar o seu braço de volta. Uma grande marca vermelha surgiu em seu antebraço – Eu não vou com você!

Hunter: Você não está no direito de decidir porra nenhuma! – Sua voz ecoa por todo o lugar vazio de gente – Entre no carro! – Diz ao chegar perto do carro de seu pai.

Alex: É sempre assim... Eu cansei Hunter... – Baixa os ombros – Não vou com você desse jeito, eu preciso de um tempo. – Diz.

Hunter: O que? Você quer dar um tempo? – Pergunta incrédulo.

Alex: Sim.

Hunter: Haha! – Rir tomado pelo nervosismo – Aposto que tá pedindo isso só para poder dar pro Mason, não é?

Alex não acreditava no que estava ouvindo. Saindo da boca do seu próprio namorado.

Alex: Numa coisa ele esta certo. – Afaste-se um pouco para trás – Não entendo como passei esse tempo todo aguentando um ogro como você!

Uma tapa.

Uma forte tapa é dada em seu rosto.

Alex cambaleia para trás. Tamanha a força aplicada em seu rosto.

Encosta-se ao carro atrás de si, pondo a mão na bochecha, que agora estava quente.

Ao recuperar sua visão pela tapa dada, olha tristemente para Hunter. Aquela foi uma atitude que jamais esperaria vindo dele.

Uma lágrima desce por seu delicado rosto, agora vermelho e doído.

Medo.

Era o que nesse exato momento sentia por Hunter.

Alex: Não... Por favor, não se aproxime. – Pede com a voz falha ao vê-lo dar alguns passos para frente.

Hunter nada pronuncia. Sentia um misto de emoções e sentimentos dentro de si. Ao invés de proteger e cuidar de Alex, estava ali... O machucou de forma muito covarde.

Alex ainda sentindo uma certa tontura, começou a caminhar lentamente de volta ao shopping.

Hunter ainda nada fazia. Apenas via o seu Alex, se afastando cada vez mais de si.

Ele não imaginava que aquela seria a última vez que iriam se ver, antes de Alex volta a sua cidade natal.

Dentre tantos, o mais trágico dia de sua vida.

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Alex o olha incrédulo – Você está perdendo o seu tempo se veio aqui para isso. – Pela sua voz também se notava uma decepção. Ainda se sentia marcado por ele, e isso o machucava internamente. E vê-lo fez alguns sentimentos surgirem. Odiava o fato de ainda gostar dele e não conseguir esquece-lo.

Hunter: Eu sei disso... Eu sei. – Pausa – Mas você não imagina o quanto eu me senti péssimo depois do que aconteceu... Eu...

Alex: Se você se sentiu péssimo, tente imaginar eu. – O interrompe – Eu não quero ouvir suas desculpas Hunter, esqueça tudo que aconteceu, esqueça que um dia nós fomos namorados. – Pede.

Hunter: Não tem como. – Prende um soluço. Nunca imaginaria que palavras pudessem machucar tanto como agora – Não peça algo que não temos como cumprir.

Alex: Diga por você! Já te esqueci faz tempo! – Solta de uma vez.

No fundo, no fundo, sabia que o que disse não era verdade. Era mais fácil mentir do que dizer o que sentia.

A última vez que tinha chorado foi quando cortou o dedo com seis anos, mas agora estava ali, tentando conter as lágrimas presas em seus olhos.

Hunter: E- eu não queria que as coisas fossem desse jeito... Eu queria te fazer a pessoa mais feliz e amada do mundo, mas eu errei, errei feio, pensei só em mim... Eu te devo desculpas, você não precisa aceita-las. – Afasta-se. Cinco passos os separavam.

Alex: Que bom que pelo menos você reconhece isso. – Toda a sua defesa vai embora ao escutar aquelas palavras, mas não poderia ceder, não conseguia.

Hunter: Só te dei valor quando eu vi que não tinha você mais por perto. – Agora era uma lágrima que descia por seu rosto – Me desculpe por tudo.

Alex não conseguia crer no que estava vendo. Nunca antes o viu chorar, por qualquer coisa que fosse.

Sente o seu coração se apertar. Um lado seu dizia para dar passos à frente e abraça-lo, mas outro dizia para permanecer onde estava.

“Olha aqui vocês dois, quem tem que decidir isso só eu, ok? Vazem!”

Nunca o viu tão acuado como agora.

Seus olhos também estavam lacrimejando. Era tão sentimental e dócil. No final sempre acabava perdoando os outros. Mas a situação em que estava agora era totalmente diferente.

Sem perceber, dá alguns passos para frente. Agora era só dois que os separavam.

Tentava olhar o rosto de Hunter, mas o mesmo estava de cabeça baixa, mesmo sendo vários centímetros menor que ele, não conseguia enxerga-lo por estarem numa parte um pouco escura da rua.

Dois passos, e nenhum mais os separavam.

Põe a mão em seu peito, sentindo como o seu coração estava acelerado. Sentia uma grande tensão vinda dele.

Alex: Hunter... – Chama baixinho por seu nome. Rapidamente Hunter olha em seus olhos. Assim pode confirmar que ele realmente estava chorando. Ambas as bochechas estavam molhadas. Levanta a mão esquerda tocando delicadamente ao redor do seu olho, na tentativa de secar – Nunca antes te vi chorando... – Mesmo após tudo, não conseguia sentir qualquer tipo de sentimento ruim em relação a Hunter. Seu coração e mente não tinha espaço para isso.

Hunter: Precisava extravasar. – Pela primeira vez em um tempo, sorria. Sentia-se mais leve, tirou um grande peso de suas costas. A caricia do outro, só o acalmou mais ainda – Isso quer dizer que você não me odeia ou algo assim?

Alex: Não, seu bobo. – Rir – Não te odeio não. – Olham-se nos olhos. Minutos se passaram e continuavam ali, sem nem se mexerem.

Hunter ainda acanhado, toca nos fios de seus cabelos, sentindo toda a sua maciez e suavidade. Alex aceita o carinho do outro – Aquilo que você me disse era verdade? Você realmente me esqueceu? – Pergunta com medo da resposta for sim.

Alex decide ser sincero – Eu tentei sim... Mas sempre falhava você ainda habita em boa parte de mim.

Sorri. Tamanha era a sua felicidade agora – Nem isso eu tentei, jamais conseguiria esquecer você. – Aproxima seu rosto de Alex, mas não na intenção de beija-lo. Sabia que seria um erro fazer isso.

“Caleb” pensa em seu nome. Tinha prometido de avisa-lo quando chegasse em casa, agora não sabia mais as horas.

Hunter: O que foi?

Alex: Eu prometi a uma pessoa que quando chegasse em casa a avisaria. – Decidiu ser sincero em tudo agora – E já deve estar tarde demais, sabe...

“Uma pessoa”, Hunter sente uma grande pontada de decepção – Só me diga uma coisa... Eu realmente te perdi e não tenho mais chance alguma? – Pergunta em grande expectativa.

Alex: E-eu não sei. – Gagueja – Eu tenho que ir agora. Tchau! – Rapidamente fica nas pontas dos pés e deposita um simples, mas significativo beijo em sua bochecha. Vira-se andando rapidamente, precisava chegar o mais rápido possível a sua casa.

Hunter ficou ali, até Alex desaparecer de sua vista.

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- Onde você estava em mocinho? – Sua mãe pergunta, assim que chega a cozinha para beber um pouco de água. Ainda estava muito nervoso pelo ocorrido.

Alex: Oi mãe, desculpa por não ter avisado nada. Eu estava com o Caleb na casa de um outro amigo! – Solta tudo num só folego.

- Alex, querido. Está tudo bem? – Aproxima-se lhe tocando no rosto, o mesmo parecia tenso.

Alex: Claro, estou ótimo! – Beba num gole só a água no copo.

- Não tente me enganar mocinho. O que aconteceu? Caleb fez algo com você? Não quero desculpas. – Exige.

Alex: Mãe, depois nós conversamos. Por favor! – Pede, só queria ir para o seu quarto e chorar o resto da noite.

- Certo, deixarei você ir. – Pega o copo de sua mão – Mas depois você me dirá tudo.

Alex: Prometo que digo! Ah, oi pai. – O cumprimenta assim que o viu entrar na casa – Tchau! – Sobe rapidamente as escadas. Trancando-se em seu quarto.

- Algo aconteceu? – Pergunta. Assim como a mãe, também era superprotetor em relação ao filho.

- Só saberemos quando ele sair do quarto...

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Deitado em sua cama apertando vários travesseiros contra si, chorava silenciosamente.

Era difícil não pensar em tudo o que Hunter já fez consigo. Poderia ter aceitado o seu perdão, mas ainda sim a magoa era grande.

Nem se dera conta do seu celular vibrando.

É então que acorda do seu transe.

Alex: Droga... Esqueci-me de dizer a Caleb que acabei de chegar... – Pega o seu celular desbloqueando a tela. Uma mensagem chegou a seu facebook.

Sabendo que poderia ser de Caleb, abre rapidamente a caixa de mensagens.

Sete eram as mensagens enviadas.

Espanta-se, o arrependimento logo bate em si ao com certeza deixar Caleb preocupado.

Lê uma por uma.

“Oi meu gatinho cinza, já chegou” – Enviada as 01h30min.

“Só vou dormir quando souber que você chegou seguro em casa” – Enviada as 01h40min.

“Alex me responde” – As 01h47min.

“Meu gatinho, você já chegou e quer me deixar preocupado á toa, não é”? – As 01h55min.

“Se não me responder, eu vou até aí” – As 02h00min.

“Eu não estou brincando Alex. Sua mãe com certeza vai adorar me ver” – As 02h07min.

“Eu já estou me preparando” – As 02h11min.

Alex olha rapidamente a hora em seu celular, vendo que ainda era duas e doze.

Suspira aliviado, digitando rapidamente.

“Eu já cheguei” – Envia.

“Desculpa pela demora, acabei esquecendo de dizer que cheguei” – Envia mais uma esperando uma resposta.

“Não faça mais isso, Alex. Eu realmente fiquei preocupado” – Agora imaginou ele dando um sermão, lhe repreendendo por ter errado.

“Desculpinha” – Envia.

“Certo, mas por que demorou tanto assim? Se eu te enviei várias mensagens”.

Alex: E agora... O que eu digo? – Força sua mente a pensar em algo.

“Alexx”.

“Foi a minha mãe, quando eu cheguei ela praticamente me interrogou” – O envia. Achando ser uma boa desculpa.

“Vou fingir que acredito”

“Segunda você vai levar uns bons tapas na bunda por isso”.

“Ah também nem é pra tanto né... Será que uns beijinhos não resolveria isso” – Envia sorrindo. Sabia que Caleb iria ceder.

“Se for mais que beijinhos sim” – Agora imaginou ele dando um daqueles sorrisos maliciosos.

“Farei tudo o que você quiser” – Com certeza se arrependeria mais tarde por ter enviado isso, mas agora já enviou, já era.

Alex: Aff!

“Eu queria muito poder continuar conversando, mas o sono não deixa”.

“Aliás, adorei os pegas de hoje que nós demos” – Cora ao ler a mensagem. Caleb o deixou cheio de marcas nos braços e no pescoço.

Alex: Ainda bem que os meus pais não viram. – Pensa alto.

“Não vou mentir, eu gostei muito... Mas da próxima vez não precisa me marcar tanto né” – Não era jujuba, para ter a pele chupada do jeito que foi.

“Difícil olhar para a sua carinha e não querer lhe marcar”.

Revira os olhos.

“Mas prometo que tentaria”.

“Bem que você poderia mandar um nude da sua bundinha agora”.

Alex: Olha o namorado que eu fui arranjar. – Balança a cabeça em negação. Espera namorado? Nem sabia se realmente estavam namorando.

“Vai dormir Caleb, pelo amor de deus” – Envia.

“Ok, ok... Eu vou dormir, até mais meu lindo gatinho <3”

Alex envia vários corações – “Vai mesmo”.

E ali encerram sua conversa.

Alex: Preciso tomar um banho...

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O fim de semana pareceu passar estranhamente lento para Luke. Talvez porque passavara um bom tempo perto de Andrew.

Aliás, os últimos dias vendo sendo uma maravilha para si.

Karen: Hum... Que carinha é essa, hein? – Sua mãe chega à cozinha. Também acabara de acordar.

Luke: Nossa mãe, sua cara tá toda amassada! – E realmente estava seu rosto marcado por linhas de todos os tamanhos.

Karen: Acabei dormindo em cima da minha sandália. – Responde – Não me olhe com essa cara. Não faço ideia de como ela veio parar na minha cama.

Luke: Nossa...

Um riso é ouvido pelos dois.

Robert: Desculpe amor, eu não resisti. – Seu pai chega à cozinha, rindo sem se conter da expressão que sua mãe fez.

Karen: Seu ordinário! – Bate sem força em seu braço – Agora eu vou para o trabalho, com a cara toda deformada!

Luke também não se contem e começa a rir.

Karen: Até você, Luke? – Pergunta ao filho – Quer apanhar também, moleque?

Luke: Passa uma maquiagem, mãe – Fala – Cinco quilos de pó resolve o seu problema.

Karen: Eu vou é embora dessa casa e deixar vocês, isso sim. – Sai pisando duro da cozinha.

Caleb: O que houve com a dona Karen? – Pergunta ao chegar à cozinha.

Robert: Eu vou lá, tentar acalma-la um pouco. – Deposita um beijo na testa de Luke, faz o mesmo com o Caleb.

Luke: Faz isso mesmo pai. – Bebe um pouco de achocolatado do seu copo.

Caleb: Gente estranha... É mesmo a minha família? – Senta-se perto de Luke.

Luke rir derramando o achocolatado na mesa – Olha o que você fez! – O acusa.

Caleb: Mas o que eu não fiz nada! – Se defende.

Luke: Você me fez fazer isso, agora vai ter que limpar! – Levanta-se pegando as suas coisas e saindo da cozinha.

Caleb: Não disse, é uma gente estranha...

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Lunna: Hoje mesmo sai o resultado das provas. – Comenta enquanto andavam até o colégio juntos.

Raven: Assim... Em química só pela glória de cristo que eu tiro uma nota boa. – Era péssima na matéria.

Luke: Nem me fala... – Seu celular vibra no bolso. O desbloqueia, vendo que uma nova mensagem chegou.

“Sabia que você está a cada dia mais lindo e atraente?”

Sorriria se soubesse que a mensagem fora enviada por Andrew, mas não, não era.

Há três dias que vem recebendo mensagens dizendo o quanto era lindo, sempre o elogiando, no começo achou que era Andrew, até chegou ao perguntar, mas o mesmo respondeu que não.

Lunna: De novo aquelas mensagens? – Pergunta.

Luke: Sim. – Bloqueia a tela do celular – Quem será que é? – Para olhando ao redor.

Estranha ao notar um carro preto parado perto dali. As janelas eram tão escuras quanto.

Mas decide por fim deixar isso de lado – Deve ser carro novo de algum dos vizinhos...

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