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História Desejo (Hiatus) - O Parque


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Oii de novo
Então esses que aparecem na capa do capítulo seria mais ou menos os personagens Luke e Andrew,
sendo o Luke<<<< o de cabelo escuro e Andrew>>>> o ruivo.

Capítulo 2 - O Parque


POV LUKE

Depois de torturantes horas dentro da sala de aula, o sinal finalmente toca para o intervalo. 

Eu esperei todos saírem, para não ter que acabar sendo empurrado ou até mesmo esmagado por essa gente toda. Percebi que eu não era o único que continuava sentado, mais umas três pessoas também estavam, além de mais uma que parecia ter caído num sono profundo (Parecia que estava morto mesmo).

Eu decido me levantar e desastrado como eu sou, tinha esquecido de fechar o bolso maior da minha mochila. Caderno, estojo, fone de ouvido, um monte de coisa caiu no chão de uma vez só. Bufo pensando no azar que eu tenho.

- Ai Jesus cristinho! Só espero que o fone ainda esteja pegando. – É incrível como não consigo passar mais de dois meses com o mesmo fone de ouvido sem quebrar.

Totalmente distraído pegando minhas coisas pelo chão, alguém de súbito aparece bem do meu lado.

- Acho que você precisa de ajuda  – Pela voz percebi que era um garoto, levanto minha cabeça e quase que tombo pra trás com a surpresa que eu levo. Era ele.

- Ohh-ohh, n-não, pre-ci-ci-as.  – Falo gaguejando sem parar. Que vontade de me bater. – Já peguei todas as minhas coisas – Dessa vez consigo falar sem gaguejar, ufa.

- Hm, e isso aqui por acaso é seu?  – Ele mostra uma correntinha de prata. 

 – Ah sim, é meu sim, muito obrigado. – Digo sentindo minhas bochechas esquentarem.

Levanto-me do chão com a mochila já nas minhas costas.

- Muito obrigado mesmo. – Agradeço de novo. 

Olhei para ele de baixo pra cima e me senti uma sementinha perto dele. Parecia um muro ambulante. Pude reparar melhor em seu físico por estar tão perto, e mesmo ele usando um moletom, o mesmo parecia bem apertado em seus braços, ombros bem largos, mãos gigantescas, e por um momento me peguei imaginando como seria ser apertado por elas. Ohh Minha Nossa... Pare com esses pensamentos pervertidos Luke. Eu não sou assim, não sou pervertido... Mas talvez só um pouquinho né.

Definitivamente ele era um deus grego, tão lindo. Senti-me totalmente sem jeito perto dele.

- Você já agradeceu duas vezes, não precisava. – Diz ele sorrindo de lado. Meu deus, que sorriso lindo, meu coração parece ter começado a palpitar, vou ter um ataque gente. Respiro pra não ter que gaguejar de novo.

- Ah claro, sim. – Digo nervoso, mas sem gaguejar. Aperto a alça da minha mochila.

- Então sei que você não é aluno novo, certo? – Diz ele, parecia até interessado em conversar comigo, ou é ilusão minha?

Pode ser a minha grande chance de me aproximar dele.

- Oh não eu era de outra sala, só que acabei sendo transferido para essa. – Digo tentando esconder minha tristeza. No fundo, ainda estava bastante triste, mesmo que agora eu fizesse parte da sala dele. Eram os meus melhores amigos que eu não poderia sentar mais junto durante a aula.

- Devo imaginar que foi contra a sua vontade, certo? – Nossa, parecia até que ele tinha lido a minha mente.

- Sim. – Digo criando coragem para olhar diretamente em seus olhos. Meu estomago começa a embrulhar. Ele olhava pra mim de uma forma que eu não conseguia explicar com simples palavras.

- Não precisa ficar tímido perto de mim. – Ele coloca sua mão esquerda na banca ao meu lado. Agora sim eu estou bem tenso  – Acho que você nem sabe o meu nome, não é? – É o que ele pensa, Haha  – Me chamo Andrew, e você?  – Essa voz forte dele está me deixando com as penas bambas.

Fiquei reparando em todos os seus movimentos.

- Lure - Digo sem nem prestar atenção no meu erro - Na-não, quer-quer dizer Luke me chamo Luke – Me xingo mentalmente de todas as forma possíveis, uuhh. Pareço até uma mininha virgem falando com a primeira paixão... Mas gente eu sou virgem mesmo, só digo isso por dizer mesmo, ai nem eu mesmo sei o que eu estou dizendo aqui.

Ele rir. Ele tá rindo de mim? Espera! Cadê um buraco para eu poder enfiar minha cabeça agora mesmo? Urgente!

O que será que ele vai pensar de mim?

- Bem Luke. – Percebi que destacou o meu nome pelo o seu tom de voz  – Foi bom te conhecer, você é divertido!  – Diz ele sorrindo mostrando seus dentes branquinhos. Aiii – Nós vemos depois. – Ahhh, ele quer me ver de novo, é isso?

- S-sim – Digo gaguejando de novo. Maldição.

Ele estica sua mão em minha direção. Ainda estou todo bobo e leso pelo o que ocorreu aqui, mas estico minha mão quase tremula a dele. Sinto como tivesse recebido um choque elétrico quando nossas mãos se encostam uma na outra. Ele aperta e balança a minha mão de uma forma lenta e um tanto cuidadosa, então a solta, dá um sorriso, se vira e vai embora. 

Nossa, o que foi isso? Tô com o coração nas mãos, literalmente.

--

Depois do ocorrido na sala de aula, saiu de lá a procura das meninas. As encontrei conversando perto de cantina. Acabei contando tudo para elas, do começo ao fim.

- Então, o que vocês acham disso, hein?  – Digo já nervoso pela essa demora de falarem alguma coisa.

- Nossa Luke realmente nunca te vi assim desse jeito por causa de um garoto. – Raven diz de forma sincera 

- Claro que nunca vimos, Luke vive fugindo de todo garoto que se aproxima dele. – Dessa vez é Lunna que fala. Ok, não é para tanto assim, não é...

– Você deve gostar bastante dele, devo imaginar.

Enquanto Raven falava, Lunna parecia pensativa.

- Sim, eu não posso negar isso. – Digo baixando a cabeça – Não sei o porquê disso, mas simplesmente aconteceu. 

- Então só deixe acontecer – Lunna finalmente se pronuncia  – Tente se aproximar mais dele e vai vendo no que vai dar.

- Ela está certa além de que o Andrew não é de se jogar fora né, um pedaço de mau caminho daquele, eu fazia...

- Tá! Não precisa continuar Raven.  – Digo já imaginando o que ela falaria.

- Gente, vocês viram o David? Ele anda meio sumido, nem nas redes sociais ele dá sinal de vida – Pergunto a elas. David chegou ano passado no colégio, acabamos nós tornando bastantes amigos.

- Pelo que eu soube, ele viajou para a Austrália. Em busca de um pouco de aventura, vocês sabem como ele sempre gostou de adrenalina – Lunna responde.

- Acho que isso foi uma desculpa para ele finalmente poder viver com os cangurus de lá. – Falo rindo, sendo acompanhando por elas.

- Verdade, ele mesmo já quis criar um canguru dentro de casa. - Raven diz. 

- Ele não é normal. – Diz Lunna rindo.

- Muito menos você, né.  – Rio da cara que ela fez.

O sinal toca. Hora de voltar à sala de aula, ahh.

--

Entro na sala de aula e ainda havia poucas pessoas, me sento no mesmo lugar de antes e espero o professor chegar. Sinto que alguma coisa me atingiu nas costas, me viro e vejo Charles sorrindo pra mim, não posso negar que ele tem um belo sorriso, que contagia bastante, sorrio de volta. Viro-me lentamente e me surpreendo com Andrew  olhando para mim com os braços cruzados. De repente sinto alguma coisa naquele seu olhar que não consigo decifrar. Dou um pequeno sorriso, mas ele continua permanecendo sério. Ué.

O professor chega, deixo isso de lado e tento me concentrar na aula, mas acaba sendo difícil com ele me olhando pelas costas. Sim, eu sei que ele está me olhando, e para ter certeza disso eu me viro um pouco e acabo tendo certeza do meu pensamento. Oh deus, o garoto pelo qual sou apaixonado desde o ano passado, finalmente me notando. É isso?

--

O sinal toca e é hora de larga. Finalmente. Raven teve que sair mais cedo por causa da sua mestruação (coitadinha, haha) e Lunna eu não sei, ela me deve uma explicação por sair assim sem nem me avisar. Acabei indo para casa ao lado de Lauren. Acabei fazendo amizade com ela durante a aula, rimos bastante das bobeiras que dissemos um ao outro, acabando de levar uma bronca do professor.

--

POV NARRADOR

Chegando a sua casa Luke se joga no sofá. Exausto, mesmo passando a maior parte do tempo sentado.

- Esse sedentarismo ainda vai acabar comigo, certeza. – Diz a si mesmo, pensando no quanto nem ele mesmo tinha forças para levantar do sofá. 

Um pouco distante dali. Andrew acaba de chegar em sua casa, sendo recebido por seu gato chamado Billy.

- Oi meninão, tá tão gordo – Diz esfregando seu nariz no nariz do gato. Põe ele no chão e vai direto ao seu quarto.

Com calor (o que era estranho, já que estava fazendo 18 graus) ele começa a tirar o seu moletom, chega num cesto e o joga lá. Retira o sapato e só permanece com a calça. Parando de frente ao espelho, começa a se analisar.

Era um rapaz muito atraente, ruivo, com um metro e noventa e um, um corpo atlético    chamava atenção por onde passava. Ele sabia, mas não ficava se gabando muito por isso (muito). Poderia ter quem quisesse aos seus pés, junto com o seu poder de sedução, deixava muitos babando por si. Desejo de mulheres e homens. Uma pena para elas, já que ele não curtia da fruta.

Nem todos sabiam da sua sexualidade, não que ele tivesse problemas para contar, so não via necessidade disso. Só os amigos mais próximos e os seus pais sabiam. Sua mãe ainda no começo não aceitava o fato do filho ser gay, era muito religiosa e uma seguidora fiel da igreja, diferente do seu pai que sempre foi mente mais aberta, e deu total apoio ao filho. Mas hoje em dia o seu relacionamento com a sua mãe mudou bastante, e os empecilhos que antes existiam foram embora. 

Andrew começa a caminhar em direção ao banheiro, precisava tomar um banho para tentar relaxar mais, sua mente estava a mil. Não parava de pensar naquele baixinho novato da sua sala. Já tinha reparado nele bem antes quando tinha mudado de colégio. O tinha achado lindo e muito fofo, se sentiu rapidamente atraído, pensou em chegar perto dele, mas achou melhor esquecer e manter uma distância. Foi uma surpresa para si quando soube que ele faria parte da sua sala.

- Será que eu devo tentar algo?  – Pensa enquanto tomava banho.

--

Depois de ter que arrumar toda a casa, e ainda ajeitar o seu guarda-roupa, Luke se sente mais acabado do que nunca.

- Péssima ideia que dei aos meus pais quando disse não precisávamos de emprega ou uma diarista – Diz suspirando. Mas orgulhoso do trabalho que fez.

Descansa um pouco. Checa o celular e vê que tem mensagens novas no seu menssager, mas decidi olhar depois. 

Depois de um longo e bom banho ele se sente renovado e mais leve. Vesti uma camisa branca de algodão de mangas curtas com um short colorido azul que chegava bem acima dos joelhos. – Nossa, a última vez que eu usei esse short, não parecia tão apertado assim. – Reclama do short que moldava totalmente o seu bumbum.

Nos últimos meses, ganhara uns quilos a mais. 

Desce as escadas.

- Será que ainda sobrou sorvete? Que vontade de comer sorvete  – Diz indo em direção a geladeira. Suspira vendo que acabou. – Tenho certeza que foi o Caleb que tomou meu sorvete, aquele aborto mal sucedido. – Suspira mais uma vez e decidi ir à padaria perto de sua casa, decidido a comprar alguns doces.

Sempre tivera um vicio por doces, isso lhe rendeu vários problemas na boca ainda na infância. Já com treze anos, já tinha a plena consciência que não podia consumir doce adoidado como antes fazia.

Pega as suas chaves, dinheiro e celular e sai em direção à porta.

Chegando a padaria, Luke compra um pedaço de bolo totalmente de chocolate, um pequeno pote de sorvete e uma barra de chocolate. Sorrindo, ele sai da padaria.

Tinha um grande parque com uma mediana fonte de água, com bastantes árvores ao redor e acentos onde poderia escolher em qual lugar sentar. Começando a caminhar em direção ao parque, Luke não percebia, mas, estava recebendo vários olhares de pessoas por perto, um garoto passa ao seu lado e olha descaradamente para as suas coxas e bunda.

Ainda era de certa forma, ingênuo.

Se sentando perto da fonte de água, Luke tira o celular de bolso, abri a sacola com os doces e decide começar pelo sorvete, sua maior paixão da face da terra.

--

Como estava com o dia livre, Andrew decide caminhar um pouco. Então vai ao parque mais próximo de sua casa. 

Desafiou a si mesmo a correr mais de cinco Quilômetros pelo parque, que era grande, mas nem tanto. E com pouco tempo já tinha corrido quase três quilômetros, decidiu então parar um pouco para poder descansar para a próxima rodada.

Enquanto andava para ir ao banheiro publico mais perto que tinha, ele avista quem menos esperava ver no dia. 

“Luke.”

Surpreso ele começa a andar em direção a ele.

POV Andrew

Fiquei bastante surpreso ao avistar a pessoa que mais surgiu e morava em meus pensamentos ultimamente. Fiquei dividido em ir falar com ele ou simplesmente continuar minha caminhada.

Mas decidido, fui até ele.

Ele parecia não me notar, estava tão distraído comendo aquele pedaço de bolo. “É lindo até comendo” Penso.

Decidido eu faço um barulho para chamar a sua atenção, ele finalmente me percebe parecendo ainda mais surpreso que eu. 

- An-andrew  – Ele gagueja. Já disse o quanto esse garoto é um fofo?

- Oi Luke, surpreso em ver você aqui. – Digo sorrindo de lado.

- Pois é, né. – Ele abaixa a cabeça, sua boca está um pouco suja de chocolate, tive uma vontade imensa de ir lá e limpar, e decidido é o que eu acabo fazendo 

– Olha, está um pouquinho sujo aqui, ô. – Aponto para a sua boca e ergo a minha mão e a limpo com o meu dedão. Limpo na minha camisa mesmo  (já estava suja mesmo ). Volto a olhar para os seus lábios finos, no momento eles pareciam tão convidativos. Controle-se Andrew.

- Obrigado! – Diz ele com as bochechas totalmente coradas, como ele pode ser tão fofo? Vontade de coloca-lo no meu colo e mimar como um bebê – Quer se sentar? – Ele me pergunta

- Claro! - Eu afirmo. Sento bem perto do seu lado, e começo então a reparar nele, e caramba! Que shorts era aquele? Bem justo, mostrava bem as suas coxas que não eram muito grossas, mas eram totalmente proporcionais ao seu corpo, tão brancas, queria apertá-las bem fortes e marcá-las com as minhas mãos. Percebi que não estava sendo nenhum pouco discreto e tento me desculpar com ele- Me desculpe por ser tão indiscreto, é que você tem belas coxas.  – Digo sem pensar, e bato na minha cabeça por isso – Me desculpe, me desculpe Luke eu...

- Tudo bem, não precisa se desculpar tanto assim – Diz ele sorrindo doce. Ah cara, como ele pode ser tão estuprável? Olha só essa carinha, esse corpo. Será que ele ainda é virgem? Tenho certeza que sim. Começo a ficar excitado pelo rumo dos meus pensamentos. Isso é errado, ele é tão puro. Ninguém nunca me deixou excitado tão rápido desse jeito. O que eu posso fazer? Dificilmente consigo controlar as minhas emoções.

- Certo – digo tentando controlar o volume que se forma no meio das minhas penas. Amiguinho se controla aí, por favor, não me faça passar vergonha logo agora. 

- Olha que folha bonita. – E pra piorar minha situação ele fica de joelhos sobre o acento para pegar uma folha da árvore bem ao seu lado, me dando total visão da sua parte de trás, sinto minha ereção aumentando cada vez mais, quase saindo da cueca, olho para a sua cintura que parecia ser fina e a bunda avantajada e quase tenho um orgasmo ali mesmo. Preciso fazer algo antes que ele perceba, não posso me levantar se não ele pode ver, e agora? – Veja, ela é linda né – Ele diz parecendo encantando por uma folha. Ouuh sério mesmo? Ele ficaria mais encantado ainda se olhasse o que eu tenho entre as pernas. “Andrew pare de pensar essas coisas!”

Enfim minha ereção aos poucos vai diminuindo e consigo voltar a uma posição normal.

- Uhum, é sim. – É o que eu apenas digo. 

Minha maior vontade agora é de amarrá-lo, colocá-lo sobre os meus ombros, o levar para a minha casa e abusá-lo de todas as formas possíveis. Mas tenho que ter calma e paciência. Coisa que eu nunca tive, sempre o meu lado impulsivo e impaciente dominava.

Depois do meu pequeno incidente, conversamos mais um pouco até que ele decidiu ir para casa, fiz questão acompanhá-lo. Até por que eu teria que saber onde o meu futuro namorado mora, quero saber tudo sobre ele. Ele ainda será meu.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, abraços


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