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História Desejo (Hiatus) - Segundo Desejo Realizado


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Desculpem pela demora de atualização t.t

OBS. O que os personagens estão vestindo, eu deixo por conta de cada um de vocês para imaginarem, mas as vezes posso deixar um detalhe ou outro.

Boa leitura ;)

Capítulo 21 - Segundo Desejo Realizado


Fanfic / Fanfiction Desejo (Hiatus) - Segundo Desejo Realizado

POV LUKE

Já era três da tarde, e já estava arrumado para me encontrar com Andrew.

Depois de ter revirado praticamente todo o meu guarda-roupa e ainda por cima ter que arrumar toda a bagunça de volta, eu consegui achar que me agradasse.

Mas não foi só isso que me aconteceu, acabei por ter também um sonho bastante estranho e um tanto inusitado... Sonhei com o novo enfermeiro do meu colégio... Não sei se posso chamar exatamente de sonho, por que nele eu estava preso, amarrado numa cama enquanto tinha o meu... Sentia mãos tocarem o meu corpo sem pudor nenhum, assim que o pano que cobria o meu rosto foi tirado, eu vi ele.

Acordei praticamente dando um enorme pulo da cama, tentando de todas as formas porque sonhei com isso...

- Vai que isso é um aviso? – Ah, preso de volta nos meus pensamentos tinha até esquecido que Raven estava aqui – Ei, Luke!

- Ah que... Aviso?

- Eu hein Luke, você anda mais distraído do que nunca. – Começa a gargalha da minha cara de confuso, de quem acabou de sair do mundo das luas.

- Sei disso e não tem graça nenhuma. Para de rir! – Devo estar seriamente com algum problema, como uma pessoa pode ser tão distraída como eu?

- Luke, você está uma gracinha com essa roupa... O Andrew com certeza quando te ver vai querer te morder todinho! – Solta mais uma de suas expressões maliciosas.

- Até que não seria uma má ideia... – Sussurro baixinho. Meu deus, desde quando me tornei uma pessoa safada?

- O que?

- Nada não! – Viro-me mais de vez de frente ao espelho.

- -

POV NARRADOR

Raven: Luke, não precisa disso. Essa calça está ótima em você! – Via mais uma vez o seu melhor amigo, trocando de calça – Todas que você usou até agora ficaram ótimas!

Luke: Mentira. – Bufa jogando mais uma calça sobre a cama – Aquela preta deixou as minhas pernas parecendo dois palitinhos!

Raven mais uma vez acena a cabeça negativamente. Seu amigo não poderia coxas muito grossas ou um bumbum grande, mas tinha tudo bem proporcional ao seu corpo e ao seu tamanho, mesmo dizendo várias vezes isso a ele, o mesmo insistia em dizer que não tinha corpo algum.

Raven: Isso não é verdade, só que ela estava realmente muito apertada em você...  Por que não usa essa aqui? – Pega uma azul-marinho e lhe entrega – Você tem um corpo bonito Luke, aceite isso!

Em sua mente achava-se muito magro, mas com as pessoas ao redor lhe dizendo ao contrario – Eu tenho uma cintura fina, não acho que ela vai ficar boa em mim.

Raven: Vai sim, acredita em mim! – Lhe pisca um olho.

Luke: Hm... E desde quando você entende tanto assim de roupa e moda? – Ergue divertidamente uma sobrancelha.

Raven: Você que eu amo e é o que eu pretendo cursar na faculdade! – Seus olhos chegavam a brilhar ao pensar cursando o curso que tanto amava, sem nem mesmo começar. Era o seu sonho que estava perto de se realizar.

Luke: Falando nisso... Ainda nem sei o que irei cursar na faculdade. – Com tão pouco tempo sobrando para o ensino médio terminar, ainda não tinha tomada uma real decisão sobre o que iria fazer no futuro.

De repente uma ideia passar por sua mente que a faz estalar os dedos – Já pensou em fazer fotografia, amigo? Não conheço ninguém mais que fotografe tão bem quanto você... Lembra-se de que no meu aniversario de 14 anos, você que fotografou praticamente tudo? Ainda com uma câmera de meia tigela, e mesmo assim saiu melhor que o esperado.

Luke: Nem me lembre disso. – Foi a partir dos 13 anos, que sua paixão por fotografar apareceu, tudo e qualquer coisa que aparecesse era motivo para fotografar... Talvez não fosse uma má ideia cursar fotografia, era algo que realmente amava – Irei pensar sobre isso. – Já devolve com um sorriso, entrando mais uma vez ao banheiro.

Raven: Ai, ai... Essa criança indecisa...

Luke: EU OUVI ISSO, RAVEN! – Grita já dentro do banheiro.

Raven: Ops...

- -

Luke: Qual o meu problema? Só compro calça apertada! – Depois de incessantes minutos tentando entrar na calça, conseguira com muito esforço.

Raven: Luke, que demora é essa? – Grita do lado de fora – Já te vi pelado antes, pode me deixar entrar, vai...

Cora. Mesmo após tantos anos de amizade, sua amiga ainda conseguia lhe constranger.

Abre a porta, dando espaço para Raven entrar.

Raven: Perfeito! Perfeito! Perfeito! – O puxa e assim os dois ficam de frente ao espelho – Tá lindo, tá gostoso, está perfeito! – Dá uma discreta tapa em sua bunda.

Luke: Raven! – Vira-se para não levar outro tapa – Não é para tanto... Essa calça esta praticamente estuprando a minha bunda. – Fora um grande esforço para a mesma passar por seus glúteos – Vou trocar!

Raven: Mas por quê? – Pergunta tentando fingir tristeza.

Luke: Vou sair com essa calça, vai parecer que eu estou indo fazer algum programa.

Raven: Mas não está? – Pergunta tentando conter um riso que acaba lhe escapando.

Luke: Você esta me chamando de prostituto? – Fecha os olhos pela metade.

Raven: Você poderia ficar rico indo trabalhar nesse ramo... – Põe o lábio superior sobre o inferior o analisando de cima para baixo.

Cora desviando o rosto – Tá bom, já chega... Me ajuda a tirar essa calça. – Senta sobre o vaso sanitário, levantando suas duas pernas.

Raven: Com o maior prazer...

- -

Raven: Minha nossa Luke, essa calça não quer sair mais de você! – Já se passaram minutos que estavam dentro do banheiro, na mesma posição e a calça ainda se encontrava pela metade.

Luke: Raven, pega um tesoura, chama a emergência, a ambulância sei lá, mas tira isso de MIM! – Grita desesperado. Sentia câimbras em seus pés, além de sentir a circulação sanguínea diminuindo cada vez mais. Seu desespero aumentava conforme o tempo ia passando, Andrew iria aparecer a qualquer minuto – Calma... Luke, calma... Mantenha a calma.

Raven: Calminha que eu já volto! – Sai do banheiro pisando sobre os próprios pés.

Luke: Vai logo! – Encosta-se a parede, tentado mesmo sozinho, tirar a maldita calça.

- -

Karen: Olá, Raven querida, não sabia que você estava aqui. – Acabara de se deparar com a mesmo procurando algo pelos armários da cozinha.

Raven: Oi tia. É ótimo também ver a senhora. – Volta a sua atenção para os armários.

Karen a olha curiosa – O que esta procurando? Cadê o Luke?

Raven: É... bem, é que eu... – A campainha toca – Parece que alguém veio visita-la.

Karen: Estranho, não estou esperando por ninguém. Já volto. – Caminha a pequenos e calmos passos até a porta – Andrew, querido. Entre!

Raven: Lascou!

- -

Já não fazia ideia que horas eram, passara tempo demais dentro do banheiro.

Raven: Luke! – A porta se abre num só movimento – Péssima noticia.

Luke: O que? – Pergunta já com receio da resposta.

Raven: Seu namorado acabou de chegar! – Fala num só folego.

Karen: Luke! O Andrew já chegou! – Ouve sua mãe dizer do outro lado da porta do quarto.

Luke: Ok mãe, avisa a ele que eu já estou indo! – Olha desesperado para Raven – Já era Raven, vou cancelar esse encontro. – O desespero deu lugar ao arrependimento por ter entrado naquela calça.

Raven: Vai não, você vai para esse encontro sim! – Se ajoelha ao chão, tentando mais uma vez tirar a calça que parecia estar colada ao corpo do outro.

Luke: Não adianta! – Seus olhos mostravam claramente que iria se iniciar um choro.

Queria apenas estar sem aquela maldita calça.

Raven o olha sem saber o que fazer ou ditar, não esperava que isso fosse acontecer.

Segundos passaram-se enquanto os dois trocavam olhares.

Luke: Raven! – A chama, em seguida fazendo esforço para se por de pé – Me ajude a subir essa calça! – Pede.

Raven: Tem certeza disso?

Luke: Sim!

- -

Andrew: Que gracinha... Sempre foi um fofo. – Olhava um grande álbum de fotos de quando Luke ainda era pequeno... Ou quando era mais jovem, já que em sua opinião o outro continuava pequeno.

Karen: Sim! Sim! Chegamos até achar que ele poderia ter algum problema nas bochechas por serem tão grandes, mas aí conforme ele foi crescendo as bochechas diminuíram de tamanho, mas até hoje ele odeia suas bochechas. Olhe essa foto! – Vira a página mostrando Luke sentando numa poltrona lambendo um pirulito – Ele tinha 10 anos, um fofo não é?

Por um segundo se pegou imaginando Luke lambendo uma outra coisa...

Andrew: Ah sim, com certeza... Muito lindo. – Volta sua atenção para o álbum de fotos, tentando ao máximo afastar qualquer pensamento pervertido em relação ao Luke. “Difícil” Pensa.

Já fora do quarto, no corredor, Luke espiava das escadas sua mãe e Andrew conversando.

Luke: Mas ela não perde oportunidade mesmo hein... – Fala se referindo ao álbum de fotos que os dois olhavam. Corava a cada segundo ao vê-lo rindo de algo que sua mãe dizia.

Raven: Vai ficar aí espiando os dois ou vai descer?

Luke: Shhh... – Põe a mão em sua boca – Fala mais baixo, sua louca. – Volta sua atenção ao outros dois.

Percebera então algo de diferente em Andrew.

Tenta focar sua visão melhor sobre ele.

Raven: Ainda me pergunto como você conseguiu fisgar um homem desses!

Luke a olha boquiaberto.

Luke: Eu não o fisguei, tá... E vê se controla esse fogo do teu traseiro! – Não era de dizer essas coisas, mas Raven às vezes parecia pedir.

Raven: Fazer o que, amigo... Já faz um tempinho que eu não dou uns beijinhos em alguém. – Lamenta – Pensando em vender o meu corpo...

Luke: Faça, eu te empresta até essa minha calça! – Sorrir, decidindo então descer degrau por degrau.

Raven: Luke! – O chama – O seu cadarço, esqueceu de amarr...

Mas já era tarde demais.

Karen: Ai meu deus! – Sai correndo em dispara ao seu filho – Filho, filho... Você está bem? Luke, diz alguma coisa! Pelo amor de deus! – Seu semblante torna-se desesperado – Alguém chama a emergência! – Grita.

Luke: Mãe, eu estou bem. – Na hora da queda fechara os olhos esperando pelo o pior – Ai!

Raven: Aonde dói? – Pergunta se agachando a sua frente.

Luke: Meu joelho! – Sentira uma forte pontada de dor no local, onde acariciava agora com a mão.

Andrew: Deixe-me ver! – Põe delicadamente sua mão sobre o joelho de Luke, o mesmo solta um baixo som de dor – Sempre desastrado, hein Luke... – Sabia que não era momento para isso, mas ria internamente da situação. Mas não se deixava de se preocupar.

Karen: Chamo a emergência? – O olha preocupada.

Luke: Não precisa. – Diz, pedindo em seguida para a mesma guardar o celular – A dor já esta passando.

Andrew se coloca ao seu lado e calmamente o coloca em seus braços.

Luke: O que está fazendo? – Fora pego de surpresa, e sabia que não adiantaria protestar que Andrew não o largaria de jeito algum.

Andrew: Vou te levar até o seu quarto. – Diz, acenando para as outras duas, e em seguida subindo as escadas.

Luke estava tão vermelho quanto um pimentão, acaba por tentar esconder a cabeça no peitoral do outro.

Seu namorado era leve, e não houve dificuldade em abrir a porta do quarto com Luke em seus braços.

Cuidadosamente põe Luke de costas na cama, o mesmo se encosta a cabeceira.

Luke: M-me desculpe por isso...

Andrew franze o cenho – Bebê, você não teve culpa alguma pelo o que aconteceu... – Acaricia a sua bochecha – Acho melhor ficarmos aqui mesmo...

Luke: O que?! E cancelar nosso encontro? – Senta na borda da cama – Nada disso, quero tomar sorvete!

Andrew: Mas é muito manhoso mesmo. – Aproxima-se selando os lábios, um beijo rápido, mas cheio de sentimento e carinho – Consegue andar?

Luke: Claro que sim! – Em um pulo se levanta da cama – Viu? – Da uma rápida virada.

Andrew: Estou vendo... – Morde um lábio pregando seus olhos sobre as pernas cobertas do outro – Esta irresistível nessa calça. – Sua vontade era de mordê-lo e aperta-lo em todos os lugares possíveis – Mas fica melhor sem. – Diz sorrindo safado.

Luke instantaneamente volta a se sentar, cobrindo as pernas com um travesseiro – Não precisa falar essas coisas... – “Por que tenho que ser tão tímido?”.

Andrew não consegue se segurar e começar a gargalhar – Só os deuses sabem o quanto eu ando me segurando para não ter...

Luke: Andrew! – O outro estava fazendo algum curso de como constrange-lo?

Andrew: Tem certeza que esta bem? – Vira o baque do outro e ficara realmente com medo de que Luke tivesse se machucado.

“Tirando essa calça, eu estou ótimo” – Já disse que sim. – No fundo ficara feliz por ver Andrew se preocupando consigo. Notava isso ainda mais por seu olhar e os seus gestos. – Não precisa se preocupa juro. – Entrelaça a sua mão a dele, e assim juntos saem do quarto.

Luke simplesmente amava sentir a mão de Andrew cobrindo a sua. Eram grandes e quentes, e apesar de parecerem um tanto rudes, conseguiam ser leves. Suas mãos se encaixavam perfeitamente.

Andrew: Não vai avisar a sua mãe que estamos indo? – Pergunta ao andarem direto a porta.

Luke: Se eu for, ela vai ficar me falando várias coisas. – Conhecia bem a sua mãe e sabia que ela iria encher sua cabeça de tanto falar.

Andrew: Percebi, é de família, não é? – Pergunta sorrindo divertido.

Luke: Eu nem falo tanto assim, tá? – “Só às vezes” – Ah sim! – Parece se lembrar de algo – O que houve para você sair daqui às pressas? Papai me disse.

Andrew: Emma foi assaltada. – Abre a porta, dando espaço para Luke sair primeiro.

Luke: Assaltada? – Pergunta preocupado. Emma poderia não ser uma amiga de longa data, mas se tornara importante para si.

Andrew: Sim. – Reafirma – Dentro do elevador do shopping, mas por sorte só levaram a bolsa dela.

Luke: Sorte... Nem tanto assim né – Fala baixinho para si mesmo – Mas e depois?

Andrew: Ela ficou sem nada... Celular, dinheiro, tudo foi levado. – Explica – Mas ela conseguiu se comunicar com a mamãe por um celular de uns dos funcionários de uma loja. Ela me explicou o que aconteceu e me pediu para buscar Emma... Sai apressado, fiquei realmente preocupado.

Luke: Entendo... – Por uns segundos fica pensativo – Também já fui assaltado, não é nada legal...

Andrew: Sério? – Era algo que ainda não sabia – E como foi?

Luke: Prefiro nem lembrar...

- -

Andrew: Fecha os olhinhos... – Pede a Luke.

Luke faz o que é pedido, fechando os olhos, mas tentando espiar o que o outro fazia por uma pequena abertura.

Andrew: Não pode expiar! – Bufa, fechando de vez os olhos – Isso mesmo. – Guia então uma colher de sorvete a boca de Luke – Agora abre a boquinha.

Luke abra a boca, sentindo o sorvete entrar e derreter em sua boca.

De repente sente um forte enjoo – Que gosto horrível, Andrew. – Abre os olhos – Ahh... Ahh... Que horror, pega água. – Acena desesperado com as mãos para alguém o atender.

Andrew: É um dos meus favoritos... – Recolhe a colher.

Luke: Nunca mais me faça tomar uma coisa horrível dessas! – Faz cara de nojo afastando o copo de sorvete de si.

Andrew: É de cajá, é bom.

Luke: Não é bom não! – Faz birra.

Andrew: Ué, não foi você que disse que amava todo tipo de sorvete?

Luke: Mas esse é muito ruim... Não acredito que gastou dinheiro nisso.

Andrew: Então qual é o sabor que o meu príncipe deseja? – Muda de cadeira sentando ao seu lado.

Luke: Hum... – Meche os dedos uns nos outros – Coco!

Andrew: Esse também é horrível. – Diz só para vê-lo ficando irritado.

Luke: É não! Você que é! – Na tentativa de se afastar do outro, Andrew é mais rápido e circula a sua cintura com um braço.

Andrew: Você é um bebê muito birrento, sabia? – Pega em seu queixo – Umas palmadinhas devem resolver o problema. – Fala bem perto de seu ouvido, só para vê-lo arrepiado.

Luke por mais que tentasse disfarçar, não conseguia. Não era imune ao outro, ele sabia bem como provoca-lo, sabia bem os seus pontos fracos.

Por sorte estava sentado, pois sentia suas pernas mais moles do que nunca. Andrew sabia como usar a voz consigo... E sempre acabava funcionando. Seu desejo por ele só aumentava cada vez mais.

Luke: Não vai pegar o meu sorvete? – Pergunta, tentando manter a voz estável.

Andrew: Certo, já volto. – Deposita um beijo perto de sua nuca.

Aquilo foi o bastante para fazê-lo se arrepiar mais uma vez.

Minutos se passam, Luke decide então se distrair jogando um jogo no celular. Acabara por não perceber uma pessoa chegar calmamente atrás de si.

Andrew aproveitou da distração do outro para roçar levemente sua barba por fazer em seu pescoço.

Luke involuntariamente solta um baixo gemido. Andrew não para por aí, aproveitando que estavam poucas pessoas por perto, sunga então fortemente a pele do local.

Luke prende mais um gemido, dessa voz de dor, Andrew ao vê-lo tentar se afastar, deposita o sorvete na mesa e circula por trás o corpo com os seus braços – Aonde pensa que vai? – Sussurra roucamente em sua sensível orelha.

Luke: P-para longe de v-você... – Tenta manter o controle de sua respiração – Pervertido!

O local onde sua pele foi sugada formava-se uma coloração vermelha, com certeza mais tarde lhe renderia uma boa e demorada marca. Andrew deposita vários beijinhos sobre o local a fim de amenizar a dor.

Luke: Mais uma para a coleção... – Sorri irônico, já não bastava as chupadas em seu ombro direito... Andrew nunca estava satisfeito, sempre queria lhe marca. Não entendia essa necessidade, sabia o quanto o outro era possessivo, mas parecia fazer aquilo mais por prazer mesmo. Suas coxas se encontravam cheias de marcas de dedos, por sorte poderia esconder, diferente do seu pescoço, que era praticamente estuprado pelo outro... E não conseguia para-lo, pois sempre se rendia.

                                                                Seu corpo já o pertencia.

Um toque era o suficiente para fazê-lo se render a Andrew. Até então não ia com a ideia de parecer submisso demais, mas o que fazer quando se já não tinha controle sobre si mesmo?

Andrew: Ainda nem chegamos à melhor parte. – Diz em seguida volta a se sentar em seu lado.

Luke ainda tentava se recuperar como o outro podia ter um poder tão grande sobre si? Ajeita-se sobre a cadeira, conseguindo então prestar atenção no rosto do outro – Cortou mais o cabelo? – Pende a cabeça para o lado. Só então percebera a mudança no outro.

Andrew: Fiz em casa...Gostou? – Pergunta. Poderia não transparecer, mas estava internamente pedindo para Luke gostar.

Se gostou?

Não tinha palavras para descrever o quanto Andrew estava hipnotizando com a sua beleza. O cabelo curto, a barba por fazer, já o deixavam com um ar tão maduro, sério, sexy... E tão másculo... Másculo, era a palavra perfeita para descrevê-lo agora.

Suspira, preparando a garganta para falar.

Luke: Você fica lindo de qualquer jeito... – Falava com enorme sinceridade. Não conseguia mais desviar os seus olhos do outro. O castanho encarava o azul. Sentia-se uma presa sobre o olhar penetrante do outro.

Andrew: Sei que estou parecendo uns dez anos mais anos. – Comenta rindo para descontrair mais o clima que ficou – Tenho algo para você... – Diz, entrando com a mão no bolso da calça.

Luke: O que é? – Desvia o olhar para o sorvete, sentia suas bochechas mais quentes que nunca.

Andrew: Ah, você vai ter que tentar abrir a minha mão. – Diz pondo o punho sobre a mesa.

Luke: Nenhuma dica, nem nada? – Pergunta colocando sua mão sobre o punho fechado do outro.

Andrew: Só tente abrir ela... – Luke afasta as mãos, estalando todos os dedos.

Luke: Ok. – Com o dedo mindinho tentar entrar nos dedos fechados do outro.

Andrew ria a cada tentativa falha do outro. Sua mão continuava fechada, enquanto Luke tentava a abrir com as duas mãos – Desisto! – Aquilo realmente o cansara.

Andrew: Nunca se deve desistir. – Incentiva.

Luke: Como se tivéssemos o mesmo nível de força, você também não facilita. – Comenta. Parecia que o seu namorado possuía uma mão de ferro – Vou pedir uma faca ao atendente.

Andrew: Então é melhor eu mostrar logo de uma vez. – Por fim decide abrir a mão, revelando então uma corrente.

Luke: Que isso? – Pergunta enquanto retirava da mão do outro a corrente, pondo a uma certa distancia dos seus olhos.

Andrew: Como é o nosso primeiro encontro... É... – Nervoso? Luke ergue uma sobrancelha – Decide comprar uma pequena lembrança para esse momento... Na verdade pedi para fazerem.

Luke automaticamente sorri – Uma corrente de sorvete?

Andrew: Sim, achei que combinaria totalmente com você... Gostou? – Pergunta tentando não parecer inseguro. Era a primeira vez que presenteava Luke... Era a primeira vez que presenteava alguém com amor... Esse amor que mal andava lhe cabendo no peito. Andrew nunca pensou que um dia poderia despertar um lado que fosse romântico. Primeiro de inúmeros outros presentes que daria ao seu Luke. 

Luke: É lindo, mas... Mas eu não trouxe nada para você. – Diz baixando a cabeça envergonhado.

Andrew: Seu sorriso para mim já é um grande presente, eu realmente amo você Luke... Quero e espero passar a minha vida ao seu lado. – Entrelaça sua mão na dele, já que Luke mal se mexia.

Luke não sabia o que dizer, uma explosão de sentimentos passava por sua mente agora – Eu... Eu, é... Co...

Andrew: Não precisa dizer nada... – Encosta a sua testa a dele. Sentia-se leve, soltou tudo o que tinha preso em sua garganta, esperava que não fosse rejeitado. Isso seria como uma adaga enfiada em seu peito.

Luke: Eu também te amo... – Aquele momento, aquele encontro, ficaria para sempre em sua memoria – Talvez até mais que sorvete...

 

 


Notas Finais


Até a próxima :


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