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História Desejo (Hiatus) - Intrigas Part.1


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Oiee gente linda :) Me desculpem mesmo por ter sumido assim, sem nem ter atualizado a fic nem nada... Era pra esse capítulo ter saído poucos dias depois que postei o 21, mas aí enrolei, enrolei, os dias se passaram e acabei deixando ele lá no fundo do poço, mas agora finalmente decidi tirar ele de lá :p Particularmente gostei muito de faze-lo, espero que vocês tbem gostem...
Vou compensar as semanas q passei sem atualizar a fic, postando o próximo capítulo no começo da próxima semana... Boa leitura.

Capítulo 22 - Intrigas Part.1


POV NARRADOR

Ouvia vozes ao fundo, mas não conseguia identificar ou reconhecer tais vozes.  

Seus olhos ardem ao tentar abri-los. Fecha-os de novo.

- Luke, Luke... Anjo. – Ouvia uma voz masculina sussurrando o seu nome. Uma pesada, mas suave mão se posta sobre a sua bochecha, a acariciando carinhosamente.

Tenta mais uma vez forçar a visão. Pisca os seus olhos repetidas vezes, até conseguir se acostumar com a claridade do ambiente.

- O que... – Sentia que não estava em sua casa, deitado em sua cama. Vira a cabeça deparando-se com Andrew que o olhava de forma preocupada e atenciosa.

Seus olhos se focam nos azuis dele.

Sente o seu rosto corar.

Mesmo que já fossem namorados, ainda sim não conseguia superar a sua timidez e insegurança.

- Andrew... – Sua saira de forma falhada, até mesmo o surpreendendo – O que aconteceu? Q-que lugar é esse? – Tinha muitas perguntas a fazer, mas a primeira era saber onde estava.

- Luke, você não se lembra? – Continuava lhe acariciar na bochecha, passando então a outra mão na sua perna.

Luke com a ajuda de Andrew se encosta na cabeceira da cama, podendo assim ter uma ampla visão das suas pernas.

Não usava nada, além de uma simples camisa branca que o cobria até os joelhos.

- Ai meu deus! – Se remexe na cama – Cadê minhas roupas, a minha calça, é...

- Suas calças foram cortadas. – O interrompe – A sua circulação sanguínea estava fraca demais por causa da calça apertada, na saída da sorveteria você acabou esbarrando num quadro da parede e bateu a cabeça com força... Por sorte nada de grave aconteceu.

Luke então se relembra que escolhera uma calça apertadamente apertada demais em si para o seu primeiro encontro com Andrew.

Fecha os punhos, se xingando mentalmente. Como tivera a coragem de sair com aquilo de casa? 

Andrew o olha de forma engraçada, ver Luke com uma expressão de descontentamento era mesmo fofo – Assim que você chegou aqui, um dos médicos prontamente nos atendeu, ele que cortou sua calça. – Explica detalhadamente.

- Quanto tempo eu fiquei desmaiado? – Pergunta hesitante com a resposta.

- Mais de meia hora. – Nem se lembrava mais qual fora a última vez que se preocupou tanto com alguém. Luke despertava em si o seu lado mais preocupado e protetor. Vê-lo acordado e bem, acalmou mais do que nunca o seu coração.

- Desculpa... – Luke murmura envergonhado escondendo seu rosto entre as suas duas mãos. Andrew prontamente retira as mãos de seu rosto corado, as cobrindo com a sua também numa forma de tentar aquece-lo do ambiente frio por causa do ar condicionado.

Senta na borda da cama trazendo Luke para si, o aconchegando em seus braços. 

Não o responde, não via motivos para o outro se desculpar, sendo que nem ele mesmo esperava que isso fosse ocorrer.

Luke fecha os olhos, aproveitando o calor que o corpo de Andrew proporcionava.

Em menos de 5 segundos volta a abrir os olhos.

- O colar! – Berra alto, assustando até mesmo Andrew – Ele... Eu perdi ele. – Não queria chorar, não na frente de Andrew, mas o colar já possuía um grande significado para si.

Andrew espera o surto do outro passar para poder se pronunciar – Não perdeu não, ele esta aqui comigo. – Abre um de suas mãos mostrando o colar para o alivio do outro – Amou tanto assim o meu presente? – Pergunta sorrindo pondo o colar de volta no pescoço de Luke.

- Ele apenas... Tem um grande significado para mim. – Diz tímido. Tivera a total certeza que suas bochechas estavam coradas nesse exato momento.

Andrew puxa o seu queixo para cima, dando um leve selar em seus lábios.

- Saiba então que o meu amor por você vai muito além do que esse colar que te dei.

Luke acena com a cabeça.

- Tá, mas mesmo assim não quero perde ele. – Diz tocando com os dedos o cordão em seu pescoço – Também te amo.

- Ata. – Diz com um bico nos lábios.

Luke não se conte e sorri. Agarra espontaneamente o mais velho, o abraçando pela cintura – Você me chama de fofo, mas mesmo com todo esse tamanho você consegue ser ainda mais. – Faz vozinha como se estivesse falando com um bebê.

Andrew não esperava por essa, alguém o chamando de fofo era realmente inédito. A última vez em que fora chamado por esse termo, foi justamente no seu aniversario de nove anos por sua mãe, quando o mesmo fazia birra por não ganhar o presente que queria.

Mais uma vez, Luke o fazia corar.

É tirado dos seus pensamentos quando ouve a suave voz de Luke entrando em seus ouvidos.

- Quando vou poder ir embora daqui?

- Quando os seus pais chegarem, achei melhor avisar sobre você. Eles quase surtaram, seu pai quase me fez ficar surdo com os gritos no celular.

Luke acena permanecendo em silencio aproveitando a companhia do outro. Se sua mãe se preocupava exageradamente consigo, seu pai conseguia ser dez vezes pior.

- Ainda quero entender como uma calça foi capaz de causa tudo isso... Quer dizer... - Luke então começa a tagarelar, algo que nunca antes agradou muito a Andrew, mas as fofas expressões de Luke, mas a forma como se enrolava com as palavras e como gesticulava com as mãos, tornava tudo tão divertido e descontraído para si.

Luke com certeza é o maior tesouro que encontrou em toda sua vida.

 

 

 

 

 - - -

Raven: Quero um colar desse para mim. –Forma um bico nos lábios enquanto tocava o colar de Luke.

Luke: Deixo até você fazer uma copia desse. – Sorri para a amiga enquanto calçava o seu allstar.

Raven: Obrigada, hein.

Luke: Te amo, amiga! – Pega gentilmente o colar das mãos de Raven – Coloca para mim? – Estende de volta o colar.

Raven preguiçosamente se levanta da borda da cama se postando atrás de Luke.

Luke na noite anterior a chamou para dormir em sua casa, ambos passaram quase a noite inteira conversando aleatoriamente sobre tudo, principalmente sobre o seu encontro inesquecível... Literalmente inesquecível.

Raven: Hoje tem aula de educação física. –Diz para o desespero de Luke – E é pratica.

Luke: Vou fingir dor no tornozelo...

Raven: Acha mesmo que o professor vai cair nessa de novo? – Balança a cabeça enquanto checava as horas em seu celular – Ainda bem que você mora perto.

Luke: Pensando em não ir... – Senta na cadeira que ficava de frente para o seu notebook.

Raven: Sua mãe não vai gostar nada de saber que o seu querido filho é o aluno que mais falta aula de educação física – Leva a mão a boca – Ops...

Luke: Opa, o que ainda estamos fazendo aqui? – Rapidamente se posta de pé – Vamos!

- - -

Caleb: Mãe, eu acho que estou gripado... – Um Caleb de cabelos descabelados e de rosto sonolento tentava arranjar uma desculpa para não ir ao colégio.

Karen vira-se colocando as mãos sobre a pia – Oh meu querido... – Diz fingindo preocupação – Não se preocupe nada que uma dipirona não resolva.

Caleb: Eu estou ótimo! – Sorri para a mãe – Não preciso mais, mãe. – Decide então ir se aprontar antes que ficasse encima da hora.

Karen revira os olhos voltando a fazer o café de manha.

Raven: Que cheirinho bom é esse? – Raven entra na cozinha acompanhada de Luke.

Karen: Oi querida, nem sabia que você estava aqui. – Aproxima-se da outra dando um rápido abraço – Fiz café, vai querer?

Raven acena positivamente, amava café de todos os tipos,

Sabendo que o seu filho odiava café, Karen encheu uma xicara com o liquido fazendo questão de passar perto de Luke.

Karen: Filhote me perdoe...

Luke: Mãe! – Se afasta tampando o nariz – Que cheiro horrível... Ai meu deus... Pega um desinfetante!

Raven: Qual é Luke, você vive cheirando acetona e ainda quer reclamar do cheiro de café. – Solta num tom de deboche.

Luke: Eu não cheiro acetona! – Cruz os braços indignado com a fala da outra.

Karen: Filho me desculpe, mas com 4,5 anos você vivia pegando acetona que eu usava para tirar esmalte e cheirava sem parar.

Luke sente o seu rosto ruborizar – Mãe!

Raven acaba por derrubar o copo de café na mesa. Leva à mão a boca tentando conter o riso – Essa eu não sabia. – Enxuga uma lágrima – Luke é mesmo uma caixinha de surpresas.

O mais jovem prende a respiração a soltando em seguida.

Luke: Vamos logo que já estamos em cima da hora.  –Pega a sua pesada mochila que continha dois grossos livros e dois cadernos e a joga sobre o seu ombro.

“Pensando bem é melhor eu levar um dos livros na mão”. Põe de volta a mochila na mesa, retirando o livro mais pesado.

Karen: Se comportem viu meninos. – Beija a bochecha de Luke, repetindo o ato com Raven. A mesma era como uma filha para si.

Raven: Eu entendi bem tia, Luke anda muito danadinho, vou tentar por ele na linha... – Sussurra no ouvido da mais velha para Luke não ouvir.

Karen gargalha chamando a atenção de Luke.

Luke: Fofocando sobre o que, hein? – Olha desconfiado para as duas.

Raven: Em como você está uma delicia nessa calça apertada. – Dá uma tapa nada discreta na nádega de Luke que da um pulo com o gesto. 

Já devera ter se acostumado com essas atitudes repentinas de Raven. “Me lembrei que tenho que começar a comprar calças mais folgadas”

Raven: Desculpinha, sei que o único que pode tocar aí é o Andrew. – Diz só para provoca-lo, e com sucesso conseguiu, vendo o outro bufar.

Luke vira de costas, caminhando a passos rápidos até a porta dos fundos.

Raven: Espera aí! – Pega apressada a sua mochila – Tchau tia!

Karen: Avisa ao Luke que amanhã de manha já estaria saindo de viagem com o seu pai! – Aumentava o tom, conforme a outra se afastava.

Raven: Avisarei! 

- - - -

Alex caminhava calmamente sobre a calçada, vez ou outra dava alguns pulinhos com a música que escutava nos fones de ouvido.

Não tinha ninguém por perto, então não via motivo para timidez.

Bem, era o que achava.

- Precisa de uma carona? – Da um pulo do chão, pondo a mão no peito – Me desculpe, não quis te assustar. – Hunter desliga a moto, retirando o capacete em seguida.

Alex: Tudo bem. – Diz tentando não fazer com que o seu olhar se encontrasse com o do outro – Eu morro de medo de motos, você sabe disso... – Tentava encontrar as palavras certas – Prefiro ir andando?

Hunter: Não confia em mim? – Olha tristemente para o de cabelos cinzas, baixando o olhar. 

Alex por um momento sente o seu coração dispara, não era sua intenção magoar o outro – Não... Não é isso... Eu...

Hunter: Estou brincando! – Sorri divertido com o embaraço de Alex, estende um outro capacete na direção do mesmo – Pega.

Ainda meia hesitante Alex decide aceitar. Tinha poucos minutos para o sinal tocar, e andando demoraria mais para chegar ao colégio.

Coloca o capacete, o mesmo ficara grande demais em si.

Alex: Não vai cair da minha cabeça não? – Pergunta segurando com uma das mãos.

Hunter o olhava pelo retrovisor da moto, não conseguia conter o grande sorriso que surgira em sua face – Não confia em mim? Então! – Liga a moto, o colocando em baixa velocidade para não assustar Alex. Sabia e tinha conhecimento do seu medo de motos.

Alex com medo de cair, circula os seus braços na cintura de Hunter. 

Esperava chegar vivo ao colégio.

- - - - -

 

Emma: Isso não tem graça! – Tentava não rir das bobagens que William falava.

Estranhamente se aproximou do outro nas últimas semanas, passavam maior parte do intervalo juntos. Não se lembrava mais da última vez que se interessou tanto por um garoto... Sim, estava interessada e era péssima em esconder isso.

Seus sorrisos, as olhadas quase sempre demoradas.

Era até um tanto estranho para si, William sendo o melhor amigo do seu irmão, jamais se imaginou nessa situação... Mas estava disposta a talvez arriscar.

Andam até pararem perto de alguns armários.

William: Bem... – Coça a cabeça tentando concentrar a visão em um dos armários, como se fosse à coisa mais interessante que já viu desde o começo do dia – Tenho que ir até a secretaria para...

Emma o interrompe antes de continuar – Pode ir, a gente se vê na sala de aula. – Pisca um olho de forma descontraída para William, virando em seguida deixando-o para trás. 

Várias perguntas sem respostas rondavam em sua mente.

“Será que ela sente algo por mim?”, nunca fora um garoto de ter relacionamentos duradouros, mas agora estava ali, quase apaixonado pela irmã do seu melhor amigo. “Depois penso nisso, agora tenho que ir a secretaria”.

Emma andava com um sorriso discreto em seu rosto, adentra na sala de aula a vendo com poucos alunos,

Caminha até o fundo vendo Luke sentando na cadeira, conversando com Raven que estava sentada sobre a banca a sua frente com Lunna ao seu lado.

 

Emma: Aconselho vocês descerem daí, porque se algum professor vir, já sabem... – Põe o seu material sobre a banca ao lado, encostando-se à mesma.

Raven vira o corpo sobre a banca, ficando de frente para Emma – O que tá rolando entre você e o William? Quero saber de tudo! – Conta animada, Lunna acena concordando.

Emma: Nada demais, ué. – Comenta fingindo desinteresse – Apenas nos tornamos amigos, qual o problema?

Lunna: Começa assim daqui a poucos vocês já estão se agarrando por aí nos corredores e levando suspensão. – Diz de forma tão espontânea e natural que fizera Emma até mesmo corar.

Emma: E vocês duas... O que estão fazendo aqui? Aula de história para vocês... A sala fica em outro corredor, ok... – Tenta mudar o mais rápido possível de assunto.

Luke: Os professores decidiram do nada fazer uma reunião de última hora então permitiram os alunos já esperarem dentro das salas, mas a maioria preferiu ficar fora.

Lunna: Não estamos gazeando aula. – Afirma – Até porque da última vez que fiz isso, fui parar detenção e passei horríveis horas lá, levando o meu celular escondida que descarregou... Fiquei d-e-s-e-s-p-e-r-a-d-a. – Solta, se lembrando da agonia que foi ficar dentro de uma sala totalmente fechada. Trauma de infância.

Raven e Luke já sabendo do seu trauma, acenam positivamente.

Emma: Mas então... – Retira um papel de dentro do seu caderno – Como ainda sou novata aqui, fui olhar alguns clubes, mas nenhum me interessou... Na minha antiga escola podíamos fazer parte da horta, eu simplesmente amava.

Lauren entra na classe, passando despercebida por todos torce a boca ao ver os quatros conversando, senta-se duas cadeiras a frente de Emma.

Luke toma o papel da sua mão – Emma, mas aqui também tem uma horta sabia? – Ergue uma sobrancelha.

Emma: Oh, não sabia... Então já quero me inscrever. – Anima-se. Amava plantas e flores, era um dos seus sonhos trabalhar na área.

Luke: Acabou de inaugurar, então também acho que vou me inscrever...

Com os ouvidos grudados na conversa alheia, um sorriso se forma em seu rosto. “Sendo assim também irei fazer parte... Iremos nós divertir muito”.

- - - - -

Alex em poucos minutos chegara ao colégio.

Ainda nervoso e tremendo as mãos com o fato de ficar tão perto do seu ex namorado. O perdoo, mas já deixou avisado que iriam ser apenas amigos.

Caminhava calmamente entre os corredores, estranhou o fato de ainda não ter tocado o sinal, mas decidiu deixar isso de lado.

De longe mesmo com tanta gente no corredor, avista Caleb andando com os seus fones de ouvido. 

Acena com a mão, Caleb o olha por alguns segundos enquanto continuava a andar, mas vira o rosto o ignorando totalmente.

Alex estranha, o outro jamais lhe ignorou, por que isso agora?

Assim que Caleb passa por si, aproveita da aproximação e agarra um dos seus braços.

Alex: Caleb, tá tudo bem com você? – Pergunta estranhamente ansioso.

Caleb: Tudo ótimo. – Devolve com um forçado sorriso. Iria se virar se o outro não o puxasse de volta.

Alex: Não é o que parece. – Tenta olhar nos olhos de Caleb que insistia em desviar a cada segundo. Bufando Caleb por fim baixa o olhar pousando em Alex – Está com raiva de mim? – Volta a perguntar, era péssimo para conseguir decifrar o que uma pessoa sentia apenas através do olhar, mas sentia um certo olhar de raiva direcionado a si.

Engole a seco.

Caleb: Quem era aquele garoto naquela moto que te trouxe até aqui? – Era nítido o tom de ciúmes em sua voz.

Assim que chegou, ficara ali mesmo perto do grande pátio a espera de Alex, para o seu desagrado viu o mesmo descer de uma moto, enquanto recebia um caloroso abraço de um garoto bem mais alto que si.

Fulminando de raiva, decidiu sair imediatamente do local. Tomando a decisão de ignorar o resto do dia Alex.

Alex sente ser pego de surpresa, tudo o que menos queria era que Caleb descobrisse sobre o seu ex-namorado – Bem... Bem – Limpa a garganta – Era só um p-primo que me trouxe... – Ergue o seu olhar vendo a expressão séria que tomava conta do rosto de Caleb, nunca antes vira o mesmo assim, sempre tão amigável e amoroso consigo. Aquele Caleb frio não combinava com ele.

Caleb: Acha que eu não percebi você corando enquanto ele te abraçava? – Cerra os dentes. Não conhecia o garoto, mas já o considerava como um inimigo que ameaçava entrar em seu território. Desde quando ficara tão territorial assim?

Olha de volta para Alex, que mordia nervosamente o seu lábio inferior.

Alex: Ele é o meu ex-namorado...

Caleb o puxa indelicado para um corredor mais vazio – Mas que porra! Então quer dizer que já volto de gracinha para o seu ex-namorado? Não basta querer um. – Ri sínico – Tem que querer dois.

Alex o olha boquiaberto. Recua um passo. Sentia-se ofendido e ao mesmo tempo magoado... Magoado por ouvir aquelas palavras vindas de quem menos esperava.

Sente uma pontada de arrependimento em seu peito ao ver o outro recuar, mas ainda estava tomado pelos ciúmes.

Caleb: Fique longe dele! – Tenta amenizar a voz, mas só piorou mais ainda a situação.

Alex: Você manda em mim por acaso agora? Se se quiser ver ele de novo, eu vejo! – Bate o pé no chão, numa forma de tentar descontar o que agora sentia – Você não é nada meu!

Já passou por isso antes, seu primeiro e último namorado, agia quase da mesma forma, não iria permitir que alguém o tratasse como um objeto de novo... Nem mesmo Caleb, a quem agora tinha tanta ligação. 

Caleb: Que bosta... - Range. Pela primeira vez Alex o tirava do sério – Esse é o meu jeito. – Volta a se aproximar do outro o encurralando entre a parede e o seu corpo – Acostume-se!

Empurrando-o pelo ombro, Alex foge do quase aperto – Não sou obrigado! – A passos largos some das vistas de Caleb.

Com raiva, aperta com força a alça da sua mochila... Imaginando que ali seria o pescoço do garoto que atreveu a abraçar Alex.

- Mocinho, o sinal já tocou. Já pra sala! – Um funcionário o tira dos seus devaneios.

- - - - -

- Quem essa velha desgraçada pensa que é? – Grunhia irritada pela advertência que levara da professora.

- Lauren, você sabe muito bem as regras da escola, nada de mexer no celular durante a aula. – Uma menina de grandes óculos redondos andava tentando acompanhar os passos apressados de Lauren. 

- Que se foda, Hani! – Explode parando no caminho, fazendo a outra bater o rosto contra o seu ombro – Essa velha safada me odeia, faz questão de sempre chamar minha atenção e qualquer deslize mesmo que bobo meu, ela me da à porra de uma advertência, me olha como se eu fosse um rato. – Nervosa pela raiva, prende os seus cabelos fazendo um coque.

- Claro, ela assim como você guarda rancor, ou se esqueceu que foi você que atropelou o cão dela? – Falava enquanto acariciava o nariz pelo impacto.

- Não foi minha culpa, se aquele bosta apareceu no estacionamento do inferno desse lugar, por que merda uma professora traria um cão pra cá?

- Não chame o cachorro de bosta. – A repreende, como ainda conseguia permanecer ao lado de alguém tão desprezível como Lauren? Infelizmente devia muito a ela.

- Mais uma vez foda-se, cansei dela. – De repente um sorriso surge em seu rosto...

- Tenho medo desse seu sorriso... 

Lauren olha para os corredores, não vendo nenhuma movimentação, se ajoelha no chão, retirando a bolsa do seu ombro.

- O que vai fazer? – A outra garota pergunta visivelmente nervosa. 

Sabia o quanto Lauren era capaz de qualquer coisa. Qualquer coisa que fosse.

Lauren retira uma pequena caixa da sua bolsa, seu sorriso dobra de tamanho.

Era o momento perfeito para usar aquela mesmo que pequena sua grande arma mortal.

Hani arregala os olhos.

- O-o que você... Por que trouxe esse escorpião na sua bolsa, Lauren? – Pergunta pasma. Lauren possuía não só um, mas vários escorpiões de estimação em seu quarto os criava escondida dos seus pais. Tamanho o fascínio que tinha por esses pequenos animais, decidiu por fim cria-los em sua própria casa.

- Lindo, né? – Pergunta sem desviar o olhar do pequeno animal dentro da caixa.

- Lauren guarda isso antes que alguém apareça. – Olhava alternando o seu olhar entre um corredor e outro.

- Você irá me fazer um pequeno favor... Hani. – Assusta-se da forma como fora pronunciado o seu nome – É melhor não recusar... – Pega a tampa da pequena caixa, a fechando.

Levanta-se ficando de frente para a outra.

- O-oque você quer de mim? – Sua garganta chegava a fechar, tamanho era o seu medo.

- - -  - -


Notas Finais


Aproveitem bastante esse natal para comerem muito rsrs, até a próxima semana


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