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História Desejo (Hiatus) - Festa Maldita


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Oiiiiii Gente!
Quanto tempo, né... Perdoem-me pela demora de atualizar essa fic, três meses se passaram e durante esse período, eu tentei criar novos capítulos, só que eu não conseguia. Posso chamar isso de "bloqueio mental"? Acho que sim, porque realmente estava difícil de finalizar esse capítulo, imagina outros. Três meses se passaram e o capítulo ficou "congelado" na metade. Mas finalmente decidi criar vergonha na cara e atualizar a fic.
Me desculpem por qualquer erro, gafe ou coisa assim, eu não dei uma revisada muito boa no começo do capítulo, só do meio pro final. Minha cabeça estava já girando tentando termina-lo. Com esforço consegui.
Boa leitura <3

Capítulo 28 - Festa Maldita


Fanfic / Fanfiction Desejo (Hiatus) - Festa Maldita

POV NARRADOR

- Haha... Para... – Luke diz ainda de olhos fechados enquanto sentia pequenas mordias em suas coxas.

Abre os olhos se deparando com um grande gato cinza se enroscando na sua perna – Angus! Ei! Sem arranhar. – Tenta se mexer, acabando por sentir um braço pesado em torno do seu corpo e em respiração calma batendo em sua nuca.

Com um grande esforço por sentir o seu corpo ainda fraco, retira o membro de Andrew de cima de si – Oh, fizemos mesmo... – Abre a boca em perfeito O se recordando do que fizeram momentos atrás.

Ao se sentar na beirada da cama sente uma grande ardência que o fez soltar um baixo gemido. Seu corpo doía em vários pontos.

- Bebê. – Seu corpo volta a ser rodeado por um par de braços. Um beijo carinhoso é dado em sua testa – Vem. – Andrew aninha o corpo de Luke ao seu e enchendo o seu rosto ruborizado de beijos o leva em seus braços até o banheiro.

O deposita no chão de frente ao espelho quadrado. Mancando Luke apoia as mãos sobre a pia branca, analisando o roxo em sua testa, este que já estava sumindo aos poucos.

Seus dedos passam por sua clavícula, indo aos mamilos, toda a região se encontrava marcada. Andrew não o poupou, sentia uma pequena ardência por todo o local.

Vira-se vendo Andrew revirar algo dentro do pequeno armário.

Queria lhe dizer algo, mas depois do que fizeram na cama, sua mente parecia não conseguir reformula uma frase bem feita. Ainda sentia-se envergonhado, mais ainda por estar nu de frente ao outro.

Será que da próxima vez será tão bom quanto?

É tirado dos seus devaneios por uma voz o chamando.

- Ainda pensando no que fizemos? – O ruivo gargalha o puxando para dentro do Box. Liga o registro e rapidamente a água cai por seus corpos – Não tenho palavras para descrever... Foi incrível, prazeroso... – Sussurrava cada palavra na sensível orelha do menor, o sentindo tremer em seus braços.

Sorri, esfregando o sabonete os seus mãos, em seguida se desgruda das costas de Luke, passeando suas grandes mãos pelas costas do mesmo.

Luke fecha os olhos aproveitando a gostosa sensação.  Alguns risos uma vez ou outra saia por seus lábios ao ser sentir ser apertado em devidos lugares – Andrew, para... Aí não... Haha... – Vira o corpo segurando as mãos de Andrew antes que continuasse. –Isso não é legal, ok? Eu estou muito machucado. Olha só a minha pele. – Diz fingindo certo drama.

- Own, eu machuquei meu bebê? – Volta a se aproximar ensaboando toda a barriga de Luke, ouvindo sonoras gargalhadas. Não se contem e acaba por partilharem os risos.

Depois de ter ensaboado todo o corpo do menor, mesmo levando algumas tapas por causa das dores, principalmente em suas nádegas, ligou o chuveiro. A água morna molhava os dois corpos, relaxando-os.

Sem malicia alguma os dois aproveitavam da proximidade.

Luke até se esquecera por um momento que tinha um Andrew pelado atrás de si com o membro roçando em suas costas.

- Minha vez. – Fala sorridente, tomando o sabonete das mãos de Andrew.

Amava morangos, o cheiro do sabonete em minutos espalhou-se por todo o banheiro.

Sentindo-se ainda meio acanhado, espalmou suas mãos por todo o peitoral do ruivo, o vendo fechar seus belos olhos azuis soltando um suspiro em aprovação.

Suas mãos deslizavam com grande facilidade pela pele. As aventurou pelos gominhos da barriga, sentindo com perfeição em suas palmas. Depois de finalizado o processo, rumou para as costas largas, ensaboou todo o local. Sentiu os seus braços cansaram por ter que os erguer para alcançar os ombros, desistindo, volta a ensaboar a si mesmo.

O ruivo abre os olhos assim que sente as mãos o abandonarem – Por que parou? – Vira-se com um bico nos lábios.

- Olha o seu tamanho, meus braços também cansam sabia? Tá achando que é de pano?

Andrew tenta segurar um riso com a forma que o outro falou. Fofo e ao mesmo tempo arisco.

- Vem cá. – Puxa-o pelo braço fazendo com que o sabonete caísse no chão molhado.

-Andre... – O ruivo toma posse da sua boca, não o dando brechas para protestar. Suas mãos seguravam delicadamente o rosto de Luke, enquanto as peles dos seus corpos se acariciavam.

Já sem ar nos pulmões, Luke tenta virar o rosto, mas estava preso nas mãos do outro.

Balbuciando, consegue se afastar, respirando como se sua vida há poucos segundos estivesse prestes a acabar. Andrew mais uma vez prende o seu rosto com as mãos, dando uma forte sugada em seu lábio inferior.

- Ahh... – Debata-se contra o corpo maior – E-eu nã me recuperei do que fizemos e você ainda quer mais?

- Sou insaciável, mas darei um pouco de descanso a você. – Diz desligando o chuveiro e pondo um dos pés para fora do box alcançando um das toalhas.

Luke o olha incrédulo se auto abraçando pelo repentino frio que sentira.

Mais uma vez Andrew se posta atrás de si, começando a o enxugar.

Não soube de onde tirou tanto autocontrole. Luke estava ali, nu em sua frente, sem defesa alguma, poderia ataca-lo a qualquer momento, mas estranhamente não sentia necessidade alguma disso. Apenas queria aproveitar o momento.

Juntos caminharam de volta até o quarto, Andrew fora ao guarda-roupa procurar algo para vesti. Luke olhou-se de frente ao grande espelho, podendo visualizar melhor as marcas nada discretas que o seu namorado deixou um si. Marcas de dedos se faziam presentes em suas coxas, em sua cintura elas se encontravam mais vermelhas ainda.

Não podia negar, até gostara das marcas, mas Andrew às vezes conseguia extrapolar.

- Aqui. Vista isso, deve caber. – O ruivo o entrega um suéter sem estampa.

- Pelo menos irá esconder todas essas marcas.

- Desculpa bebê, apenas sou muito territorial. – Não era exatamente territorial, mas bastou Luke entrar em sua vida, que aflorou essa parte sua.

- Território? – Seu cenho se franze – Por acaso é algum cão no cio agora?

- Haha...  Talvez sim porque nem o banho foi capaz de apag...

- Vamos comer? Que fome! – Muda de assunto, vestindo o suéter que ficara um pouco largo em si. Sorte que antes nas vezes que dormiu com Andrew já deixara algumas roupas intimas e alguns shorts.

- Antes tenho que ajeitar a bagunça desse quarto. – Luke acena dando um selinho em seu namorado antes de deixar o quarto.

 

- - - - - -

 

- Mas Ravi, eu essa conta não sei fazer. – Sua irmã mais nova diz cruzando os braços de frente ao corpo.

- Tenho horror à matemática, sai daqui criatura! – Diz alcançando o controle remoto jogado no sofá – Só programa chato.

- Irmãozinho, por favor... – Pede juntando as duas mãozinhas juntas.

Sacanagem” pensa. Ravi não resistia quando um dos seus irmãos o chamava de “irmãozinho” ainda mais fazendo uma carinha triste.

- Tá bom. – Se dar por vencido – Sorte que temos a calculadora.

Jennie senta-se ao seu lado no sofá, pondo o caderno sobre as pernas.

- Mas a professora disse que quer todos os cálculos feitos no caderno. – Balançava as pernas que mal alcançavam o chão.

- É só dizer que apagou sem querer os cálculos da folha.

- Belo exemplo que você está dando a sua irmã. – Artur aparece por trás do sofá.

- ‘Tô aqui para isso. – Balança a cabeça de um lado para outro – Sou um gênio da matemática.

- É mesmo? – Sua irmã pergunta – Quanto é 45 mais 45?

- Uns 120.

- Não, seu tolinho... É 90.

- 120.

- 90.

- Sei disso sua tolinha. – Aperta sua barriga, começando então uma guerra do cocegas.

Roger com muito esforço conseguiu separar os dois, levou a mais nova para estudar em seu quarto, enquanto pedira para Ravi o esperar na sala.

- Filho, você vai mesmo a essa festa? – O pergunta assim que se joga do seu lado no sofá.

- Irei por causa da Lisa, não quero decepciona-la. – Diz sincero – Ou levar uma bronca!

- Certo, encontrei com ela agora pouco... Bem apressada, me pediu para avisa-lo que o quer mais cedo no local da festa.

- Quê? – Checa o celular, atrás de alguma mensagem. – Caramba! 60 mensagens! – Olha acusador para os seus irmãos. Por conta de terem escondido a bateria, não pode responde-la.

- Só tome cuidado, ok? Irei leva-lo já que é longe demais.

- Certo pai. Eu já volto. – Ainda era seis da tarde, a festa provavelmente só começaria a noite. Entra em seu quarto, enchendo uma bolsa com algumas roupas e calçados.

Já pronto, desce as escadas, vendo o seu pai se despedir dos mais novos.

- Tome conta do seu irmãozinho, ok? – Jennie acena freneticamente puxando o mais novo consigo voltando a correr juntos pela casa – Acho que não vai ser uma boa ideia deixa-los sozinhos.

- Vamos logo Sr. Artur. – Diz agarrando um dos braços do pai e o arrastando até a garagem.

Foram exatos 45 minutos até chegarem ao local onde seria a festa de Elisabeth.

- Estamos no meio do nada? Só vejo árvore e mato! – O escuro do local de certo modo o arrepiou.

- Não querido, estamos no terreno dos Jones. Inclusive, Peter Jones, tio da Lisa, foi um dos meus primeiros chefes.

Ravi o encara interessado.

Juntos os dois saem do carro.

Ravi pode avista um grande muro feito de pedras cinzas.

- Ohh... – Boquiaberto olha para toda a estrutura a sua frente.

Uma mansão moderna que com certeza chamaria atenção de qualquer uma.

Pode ver algumas câmeras de seguranças.

Ravi acena.

- O que está fazendo? – Seu pai pergunta. Ravi sempre teve uma estranha mania de acenar para câmeras de segurança.

- Vou mandar uma mensagem para Lisa dizendo que já chegamos. – Rapidamente saca o seu celular da bolsa, não pretendia passar mais um minuto sequer naquele lugar um tanto estranho... Árvores para tudo quanto é canto, ao longe do outro lado da estrada de pedra conseguia ver uma trilha pequena por entre elas. Por que alguém construiria uma mansão logo ali?

- Filho, não vou poder ficar... Algo me diz que os seus irmãos aprontaram uma e tanto. – Beija sua testa despedindo-se em seguida.

- Pai, espera! – Mas já era tarde demais, numa velocidade surpreendente seu pai sumira de vista – Como eu vou voltar pra casa? – Não conhecia o caminho de volta, sequer sabia onde estava. Eu dou um jeito.

- Ravi! – Mãos lhe puxam para um abraço – Por que não respondeu minhas mensagens? Sorte que encontrei com o seu pai. – Afrouxa o aperto.

- Meus irmãos pegaram a bateria do meu celular e esconderam de mim.  – Eles sempre lhe aprontavam algo.

- Às vezes acho que eu tenho sorte de ser filha única. Vem!

- - - - -

- Esse blazer ficou ótimo em você! – Elisabeth o puxa para frente da penteadeira – Vista ele que já estamos bem em cima da hora! – Diz animada voltando a sentar-se na beirada da cama para calçar os saltos.

Ravi fez o que foi pedido, em seguida se senta ao lado de Elisabeth – Lisa, olh...

Um som de campainha é ouvido pelos dois.

- Os convidados começaram a chegar. Vamos!

- - - - -

O som alto se fazia presente em todo o ambiente.

Pessoas andavam de um lado para outro.

Ravi na tentativa de encontrar sua amiga acabou se perdendo. A mesma fora cumprimentar alguns convidados, deixando-o de lado.

- Sabia que seria uma péssima ideia vim. – Comentar baixinho encostando-se ao balcão da cozinha, fixando o olhar em um ponto qualquer do chão.

Pela milésima vez da noite, desbloqueia a tela do celular para ver a hora, mesmo já sabendo qual era.

- Ravi! Finalmente... Te procurei por tudo quanto é canto. Já estava ficando preocupada. – Lisa aparece já visivelmente afetada pelo álcool ingerido. Os cabelos lisos bagunçados e o batom borrado.

- Digo o mesmo, já estava quase indo embora. – Sentia-se chateado. Até que estava com boas expectativas para essa noite, mas acabou sendo exatamente igual a todas as outras vezes.

- Não faça essa carinha. – Diz risonha. No segundo seguinte Ravi nota um garoto de estatura alta ao lado de Elisabeth. Este, que lhe olhava de forma atenciosa, como se quisesse decorar todos os seus traços. – Ah quase que eu ia esquecendo, Ravi... Esse aqui é o Gabriel. Gabriel, esse é o Ravi. – A morena se aproxima com o outro em seu enlaço. – Se lembra do carinha que eu comentei mais cedo com você? Então é esse! Sorria! – Comenta perto do seu ouvido.

Com o rosto ruborizado, Ravi ergue a cabeça sorrindo de forma desajeitada para o outro.

Segundos se passaram com um encarando o outro e vice-versa. De forma mais exata, Ravi encarava as próprias mãos enquanto o outro não desprendia o olhar de si.

Impaciente por nenhum dos dois tomar iniciativa, Elisabeth os puxa para um local mais calmo, caminham até uma aconchegante e espaçosa sala de jogos, onde o som da música não se fazia muito presente.

- Não sejam tímidos. Aproveitem bastante aí que eu já volto. – Comenta, saindo rapidamente e deixando os dois sozinhos.

- Quer? – O mais alto lhe oferece um copo vermelho contendo bebida alcoólica dentro.

Ravi morde o lábio inferior indeciso – Sou bem fraco para bebidas. – Diz sentando-se em um puff o mais distante possível do outro.

Era lindo não podia negar. Sua amiga realmente estava certa quando lhe disse o quanto o tal “carinha” era gato. Mas ainda sim continuava a achar Michael mais bonito.

“Aquele embuste é bonito em que mundo?”. Odiava quando começava a pensar no mesmo, mas era inevitável. Estava com pouco de raiva, não conseguia definir direito o que sentia no momento, enquanto procurava por Elisabeth, viu uma cena que de certa forma o irritou. Já sabia que Michael estaria presente na festa, por isso tentou ao máximo se esconder para não ser notado, o que jamais iria adivinhar é que o encontraria sendo flertado por duas garotas.

De certa forma o machucou, pois no fundo sabia que gostava de Michael, mas tentava o tempo todo negar esse sentimento, sequer sabia de sua sexualidade. Vida amorosa não era o seu forte, nunca já chegou a namorar. Sua insegurança e inexperiência lhe atrapalhavam muito a ponto de desistir antes mesmo de algo acontecer.

Mas no momento sentia-se totalmente envergonhado para encarar o outro e prestar uma melhor atenção em sua beleza.

- Pode confiar em mim. Não é tão forte, tenho certeza que irá gostar. – Dando-se por vencido, Ravi aceita de bom grado o copo estendido em sua direção.

Encosta seus lábios no copo de plástico tomando um pequeno gole.

- Nossa... – Uma pequena careta se forma em seu rosto. Não era ruim como imaginou que seria, conseguiu sentir um forte gosto de menta presente na bebida.

- É bom, né? Pode tomar tudo.

- Obrigado. – Diz, em questões de segundos esvazie-a todo o copo. Sua garganta começara a lhe incomodar.

- É melhor ir com mais calma. – O carinha diz, para em seguida, se por de joelhos no chão de frente para si – Você é muito mais lindo pessoalmente, sabia?

- Ah, haha... Obrigado. – Lembrou-se de Elisabeth ter lhe dito que o outro lhe viu pela primeira vez pelo Facebook, afinal era a única rede social que possuía.

“Talvez não seja um monstro de sete cabeças ficar com alguém”.

Com quantas pessoas já ficou em toda sua vida? Nenhuma. Já que não era uma pessoa de apenas ficar. Gostava de pensar em namorar sério, mesmo sendo tão jovem, alguém para ficar ao lado em todos os momentos e situações... Talvez alguém que lhe completasse, que fizesse diferença.

- No que tanto pensa? – Ravi sente um pequeno afago em sua bochecha.

Sentia-se estranho e nervoso. O que poderia acontecer?

Talvez dessem alguns beijos, ou algo mais. O grande problema é que não era nenhum um pouco experiente nesse assunto.

- Nada demais. – Diz tímido. O outro estava perto demais de si. Suas mãos estavam começando a suar.

- Tão fofo... – Uma mão acaricia sua nuca – Me desculpe por estar sendo tão precipitado, mas estou louco para te beijar. – Ravi arregala os olhos ao sentir seus lábios sendo acariciados por outros. Estava tão perplexo que nem se dera conta quando sua boca fora aberta e uma língua quente e atrevida adentrou em sua cavidade.

Não fazia a mínima ideia do que fazer, tentava acompanhar os passos do outro, mas este era experiente e muito mais rápido.

Seus lábios voltam a ser atacados, desta vez de forma feroz e rápida, sentia-se ser sugado, fazendo então com que um baixo gemido escapasse por seus lábios.

O ar se fez necessário em seus pulmões, com esforço tentou afastar o outro de si agarrando em seus ombros, pedido esse que fora rapidamente acatado.

- Que maravilhoso, os inexperientes são os melhores... – Ravi sente ser puxado para frente, seu corpo se colide com o do outro, fazendo com que fosse parar em seu colo. Um pouco temeroso circula os seus braços nos ombros alheios.

Uma mão ousada levanta a barra de seu blazer, um arrepio passa por seu corpo ao sentir unhas arranharem suas costas.

- V-você gostou? – Pergunta com a respiração ainda agitada.

- Com certeza. Que tal pularmos para a próxima etapa? – Mais uma vez Ravi geme ao sentir um forte aperto em cintura e nádegas. Em seguida as mesmas mãos encontram o zíper de sua calça, e de forma rápida a abre, baixando até o meio das coxas, deixando visíveis suas coxas brancas e de poucos pelos.

- O que você está fazendo? – O mais novo se desespera ao notar aonde o outro queria chegar.

- Relaxa. Sei o que estou fazendo, fique quietinho... – Sem mais delongas, Gabriel o prensa contra o chão, segurando fortemente em suas duas mãos, enquanto a outra trabalhava para abaixar mais ainda a sua calça.

Ravi sente então uma forte tontura o afetar, bebera rápido demais e ainda por cima um copo cheio. Sentia que a qualquer momento colocaria tudo para fora.

- O-o que você c-colocou na minha bebida?

- Nada, você apenas bebeu rápido demais, gatinho... – Responde sacana, obtendo finalmente o que esperava. – Belas coxas. – Passeia sua mão por todo o local, sentindo o outro se arrepiar sobre o seu toque. Sorri satisfeito.

- Me largue! Se tentar algo contra a minha vontade será estupro! – Grita, mas sem a energia de antes.

- No começo terei que forçar, mas você não vai resistir e vai pedir por mais. – Sua barriga se embrulha ao ouvir tais palavras serem dirigidas a si.

- Desgraçado! – Os cantos dos seus olhos encham-se de lágrimas, jamais imaginaria que a sua primeira vez seria desse jeito.  Contra a sua vontade – Pare! – Em uma última tentativa de se salvar, reuni forças o suficiente para lhe chutar no joelho.

O ambiente é preenchido por um longo grito, Ravi com grande esforço sobe suas calçadas, pondo-se de pé, cambaleando de lado chega à saída, mas não antes de ouvir as últimas palavras ditas pelo outro.

- Isso não vai ficar assim, seu puto! – Suspira longamente, caminhando o mais rápido possível do local.

Atravessa uma grande e moderna porta de vidro, chegando aos fundos da casa, onde se encontrava a piscina principal. Avista um grande tobogã, e muitos, muitos gritos.

A festa estava exatamente do jeito que Elisabeth queria.

Luzes coloridas por todo canto o fez fechar fortemente os olhos.

Mais calmo por estar rodeado por pessoas, começa mais uma vez uma busca por Elisabeth.

Aperta as duas contra a barriga, um grande mal estar lhe atravessa.

Não conhecia bem a mansão, por isso continuou a caminhar distanciando-se da piscina e das pessoas.

Olhou em volta na esperança de encontrar Elisabeth.

O som alto da música eletrônica já começava a lhe incomodar.

Caminhou até que chegou à grande entrada da mansão que se encontrava aberta.

- Acho que não vai fazer mal andar um pouco sem rumo por aí. – Diz a si mesmo.

Caminha a curtos passos distanciando-se cada vez mais da entrada principal da mansão.

O clima já estava mais frio por estar de noite, o vento fazia com que as folhas das árvores mexessem e produzissem o característico som de sempre.

Aquilo estava o acalmando. Estar em contato com a natureza lhe fazia um imenso bem.

Mesmo sendo um ambiente bem assustador em sua opinião, a única iluminação provinha das luzes acesas da mansão e da lua.

Havia também carros de estacionados ao lado de fora da mansão.

Continuou o seu caminho pela estrada de pedra.

O vento soprando em seu rosto por alguns segundos o fez fechar os olhos, até o momento em que escutou som de passos atrás de si.

Olha rapidamente para trás com o coração em mãos, era muito assustada.

- Deve ser algum animal. – Virou-se voltando a caminhar. A ideia de ter algum animal solto por aí, o fez arrepiar-se por inteiro. E se fosse um animal agressivo? Ou que tentasse lhe atacar? Esse era um dos motivos por ter medo de florestas. Nunca se sabe o que se pode encontrar durante o caminho.

“É melhor eu voltar”.

- Ahh! – Berra andando de costas até tropeçar no próprio cadarço caindo direto ao chão.

Assim que ele se virou seus olhos captaram um vulto e de repente alguém se pondo rapidamente em sua frente.

Leva as mãos ao peito olhando raivoso para a pessoa em pé.

- S-seu babaca, acha engraçado chegar assim do nada? – Faz grande esforço para se levantar. Usou suas mãos para amortecer a queda. Agora as mesmas ardiam e doíam.

- Desculpa. Juro que não foi minha intenção. – Michael comenta rindo. A reação do outra fora imensamente engraçada. O garoto a sua frente assemelhava-se mais a um gatinho assustado procurando proteção.

Ravi queria xingar alto para o mundo todo ouvir seu descontentamento, mas a risada de Michael estava fazendo um grande efeito sobre seu corpo. Seu coração estava batendo tão forte e de forma descontrolada que cogitou a ideia de ter um ataque cardíaco.

De braços cruzados, com um biquinho no rosto e batendo os pés no chão, Ravi estava se controlando para não pular no pescoço do outro.

Percebendo que Michael não iria parar tão cedo de rir do seu susto, da de costas, apertando o passo.

- Ei! Aonde você vai? – Michael rapidamente o alcança puxando delicadamente o seu antebraço – Elisabeth está que nem louca procurando por você. – Diz. Talvez tivesse ido longe demais, Ravi se assustava de forma fácil, sabia disso. Mas não se controlou ao querer pregar um susto no mesmo. Mesmo a centímetros de distancia, percebeu o seu peito descendo e subindo rapidamente, juntando com a coloração avermelhada de sua face raivosa e assustada – Me desculpe pelo susto que eu te dei. – Diz, buscando as palavras certas para se redimir – Eu te vi saindo da festa e não hesitei em te seguir. – Confessa.

A festa o estava levando ao tédio, só fora porque recebeu o convite e também na expectativa de encontrar Ravi.

Apesar de seu temperamento forte, Ravi decidiu aceitar as desculpas do outro. Ele nasceu um babaca, que culpa tem?

- Tudo bem. – Diz – Só não faça mais isso. – Decide então criar coragem para olhar nos olhos do mais alto.

- Prometo. – Solta, mantendo fixo seu olhar em Ravi. Quem o visse jamais imaginaria, mas Michael também possuía um temperamento um tanto forte, o seu jeito sempre calmo, jamais o denunciava, mas com o tempo conseguiu lidar melhor consigo mesmo. E Ravi era a fonte do seu bom humor, era quase impossível para si detesta-lo, e irrita-lo já era um robe seu. O jeito do baixinho a sua frente foi lhe conquistando – O que veio fazer aqui fora? – Pergunta, querendo iniciar uma conversa tranquila.

- A festa estava um grande saco. – Desabafa – Só vim por causa da minha amiga. – Se pôs a voltar a andar, sendo acompanhado por Michael.

Michael sorri de lado. Ravi também era caseiro. – Estava mesmo... Sorte que encontrei você. – Diz olhando de lado para ver a reação do outro, segurando o sorriso ao ver uma pequena vermelhidão surgir da  bochecha a orelha – Além de passei maior parte do tempo sendo flertando, sabe que até pensei em ceder? – Conta.

Ravi entorta o lábio – E porque não ficou e lá e se agarrou com uma delas? – Pergunta tentando conter a rigidez em sua fala.

- Não estava no clima. – Tenta mostrar desinteresse. Fora paquerado por três garotas, as mesmas ficaram decepcionadas ao descobrir que Michael era gay. “Desperdício”, era o que sempre ouvia. Mas quem disse que mesmo que fosse hétero ficaria com uma delas? 

Quase nenhum garoto dava em cima de si, por que deduziam logo que era hétero. Pensava que Ravi deveria achar o mesmo, mas também o mesmo era meio bobinho e nunca percebia as altas cantadas que recebia.

- Sei... Também fui um pouco assediado hoje na festa. – Comenta sem emoção, como se não fosse nada demais, mas estava torcendo para que Michael reagisse.

O mais alto para no meio do caminho, fazendo com que Ravi batesse o ombro em suas costas por estar dois passos atrás.

Ravi leva outro susto, achando que algo aconteceu ao outro.

- O que foi?

- Nada não. – Range os dentes. Ao ouvir o que saiu da boca de Ravi, um outro lado seu despertou – E quem seria esse pessoa?

- Por que quer saber? – Pergunta, fixando os olhos em suas mãos juntas.

- Você ficou com essa pessoa? – Ignora a pergunta feita, fazendo outra no lugar. Estava com um imenso ciúme, não podia negar.

Vendo que a sua fala fez o efeito que desejava, Ravi despeja o resto – Ah sim, mas foi a Lisa que me empurrou pra ele. Ele quis avançar, mas eu interrompi. – Preferia manter o episodio de hoje lá no fundo, trancafiado em sua mente, talvez assim esquecesse que quase fora abusado.

- Ele? Ele quem? – Ergue uma das sobrancelhas, enciumado.

- Sim, qualquer cara que Lisa conhece, joga pra cima de mim. – Um dos pontos que odiava em sua amiga, era achar que por ser gay, ficaria com qualquer outro cara gay que ela lhe apresentasse. Sabia que ela não fazia isso com má intenção, sua amiga tinha vários “desejos”. Entre um deles, ver dois garotos se agarrando e fazendo sexo em sua frente. Mas a maioria dos garotos que conhecia, não valia tanto a pena. Tinha muito medo de se machucar.

- Que chato hein. – Comenta contente. Ravi dera um fora no garoto e continuava solteiro. Claro que iria investir.

Voltam a andar, dessa vez mais juntos. Michael aproveita da aproximação e passa o seu braço atrás de Ravi.

Ravi de primeiro hesita, mas cede e acaba se aconchegando mais no corpo maior.

Não se deram conta de quanto tempo estavam ali andando juntos, já estavam bastante longe da mansão.

- Acha melhor voltarmos. Não quero me perder. – Ravi não se da conta dos seus movimentos, quando percebeu estava com sua mão direita entrelaçada em outra, puxando Michael para que voltassem ao caminho para a mansão.

Baixa a cabeça tentando puxar sua mão de volta, mas a mesma é fortemente pega de volta.

- Tem razão. Vamos. – Michael toma partida puxando Ravi de volta para si.

Mesmo com o clima frio, Ravi sentia o seu corpo quente.

Minutos se passam e de repente os dois ouvem um barulho de carro se aproximando.

Os dois olham para trás a tempo de ver dois homens saindo juntos da caminhonete, segundos depois outro desce do carro.

Ravi imediatamente pressente que algo bom não é. Puxa de volta Michel, mas são rapidamente abordados pelos desconhecidos.

- Olha que lindinhos, Tyler. São namoradinhos. – O mais robusto comenta em seguida se ouve risadas.

O que deveria ser o líder do trio caminha a frente – Bem vestidos. – O homem os analisa de cima a baixo – O que estão fazendo aqui, jovens? Não tem medo do perigo? – Do bolso detrás da sua calça jeans retira uma pistola. – Passem tudo o que tem... Celular, dinheiro, objetos. Quero tudo! – Manda autoritário.

Ravi treme dos pés a cabeça, suas involuntariamente se agarram a jaqueta de couro de Michael.

- Anda! – Grita sem paciência.

- Calma, cara. Não vamos dar tudo o que você quiser. Só nos deixar ir embora depois. – Michael diz calmo, tentando passar segurança a Ravi, que não parava de tremer atrás de si.

Retira o seu relógio de marca do pulso, puxa o celular do bolso da cabeça, em outro bolso retira a carteira – Toma. – Joga os objetos no alto que são pegos rapidamente pelo assaltante.

- O seu namoradinho, mande ele me dar as suas coisas, ou eu atiro. – Ameaça.

Michael delicadamente se vira pegando fortemente as mãos tremulas de Ravi – Vamos ficar bem, ok? – Alisa a mão tremula – Me de suas coisas.

O menor suspira caçando em seu bolso o seu celular e uma quantia de dinheiro que havia deixado no mesmo. O resto dos seus objetos ficara tudo em sua bolsa na mansão.

- Aqui. – Michael os pega jogando mais uma vez para os bandidos.

- Agora nos deixem ir. – Pede, se colocando a frente de Ravi.

- Sua jaqueta. – O assaltante aponta para a veste, em uma ordem clara.

Michael bufa retirando a jaqueta jogando para o homem a frente.

- Vamos. – Vira-se pronto para entrar no carro.

- Espera, Tyler. Olha só para eles! – O baixinho rechonchudo diz. – Podemos lucrar bastante se levarmos eles juntos. Imagina a quantia que os pais podem pagar por eles.

- Mano, não acho que seja uma boa ideia. Vai acabar envolvendo a policia nisso. Não quero ser preso de novo. – O outro com cicatrizes no rosto diz visivelmente amedrontado.

- Caralho! Para de ser frouxo homem. Vamos levar eles sim, o que acha Tyler? – Pergunta olhando para o líder.

- É uma boa ideia, vamos sim levar eles. – Sorri sádico para os dois jovens.

- Não, eu imploro! Deixem-nos ir, por favor. – Seu tom já era desesperador, estava com medo mais por Ravi do que por si.

- Vítimas sempre imploram. Se vocês cooperarem e forem bonzinhos, podemos não machucá-los. – Os dois comparsas se aproximam puxando brutalmente os dois adolescentes.

Ravi sente seus olhos se encherem de água. Nunca em sua vida passou por isso, apesar de ter já presenciado assaltos, nunca fora uma vítima. Agora estava sendo sequestrado.

É com extremo horror que o menor ver sangue seco no capo do carro e duas marcas de bala ao lado.

Sua respiração trava, lágrimas começam a descer uma atrás da outra. De forma silenciosa chora.

Quando se dera conta é jogada dentro da caminhonete de quatro portas.

Agarra-se ao corpo de Michel, buscando ali conforto e segurança.

- Nós vamos sair desse, confie em mim. – Michael diz beijando o topo de sua cabeça. – Não deixaria com que eles te machuquem.

- Michael, nós estamos em desvantagens, eles podem fazer o que quiser com a gente. – Fala de forma tremula e assustada.

O mais novo suspira, não queria tomar aquilo como verdade absoluta, por mais que fosse. Iria tirar os dois dali.

O carro é ligado, dando a volta e se afastando do local onde a mansão se encontrava.

O líder dirigia o carro de forma tranquila pela estrada e assoviando, como se nada de errado estivesse acontecendo.

Aquilo só aumentava cada vez mais a ansiedade nos dois jovens.

Já não bastava um cara cheio de tatuagens e rosto marcado por cicatrizes olhando fixamente para os dois. O mesmo também estava sentado no banco ao lado.

Uma fumaça começa a surgir da frente do carro, fazendo com que caminhonete em segundos parasse.

- Mas que merda! – Furioso o homem diz. Os três saem do para tentar resolver o problema, enquanto deixa os outros dois presos dentro do carro.

A fumaça só aumenta, mal dando para ver algo de fora do carro.

Michael e Ravi trocam olhares significativos.

Nada mais precisava ser dito.

Bastava apenas agir.


Notas Finais


Tan Tan Tan... o que será q vai acontecer? Alguém vai se machucar? Ou até mesmo morrer? Agora só no próximo capítulo >,< Sou péssimo tentando fazer a linha terror (uma das propostas da fic era justamente essa) e a dificuldade em fazer o capítulo não cooperou, mas tá aí. Espero que tenham gostado mesmo, de verdade.
O próximo capítulo talvez saia próxima semana, tentarei ao máximo postar semanalmente, e se eu não conseguir postar, vou tentar me redimir, postado duas capítulos na mesma semana.
Vou trabalhar também numa nova sinopse, porque comecei a achar essa meio pombo (sinopse não é comigo, a primeira tava horrível, mudei, melhorou um pouco).
Um beijo e um abraço


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