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História Desejo (Hiatus) - Sumiço


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Oi de novo :) como prometido estou atualizando a fic mais uma vez. Sobre o título desse capítulo iria ser uma parte 2 da anterior, mas eu decidi mudar, achei que ficaria melhor.
E carambaaaaaaa tô muito feliz mesmo, o retorno da fic não ficou no negativo como eu imaginei que seria, foram mais de 200 visualizações que a fic recebeu em menos de um dia,
quero agradecer muito também a quem favoritou a fic, imensamente feliz por isso :)

Não se esqueçam das notas finais.

Capítulo 29 - Sumiço


Fanfic / Fanfiction Desejo (Hiatus) - Sumiço

POV NARRADOR

- Eu acabei perdendo ele de vista, mas como o conheço bem, deve ter se isolado em algum canto. – Diz Elisabeth do outro lado da linha enquanto conversava com a irmã da Ravi. A mesma tentava não mostrar indícios de que estava bêbada.

Sem mandar noticia nenhuma mensagem desde que sairá de casa, fora inevitável não se preocupar com o seu irmão mais novo. Raven como não queria deixar os pais preocupados, apenas disse aos mais velhos que Ravi mandou uma mensagem dizendo que estava bem e em perfeitas condições. Mas a verdade já era duas da manhã e Ravi não mostrou nenhum sinal de vida.

- Eu espero que sim. Ele não gosta muito de festas. – Mexia de forma nervosa o cabelo.

Elisabeth encerrou a ligação jurando a outra que iria continuar procurando por Ravi, e quando o achasse iria ligar de volta.

Com a ajuda de mais dois conhecidos, os três saíram à procura de Ravi pela mansão.

- Ravi! – Entra em um extenso corredor, abrindo todas as portas de todos os quartos e cômodos.

- Lisa! – Gira o corpo ao escutar uma voz atrás de si – Ela sabe onde o Ravi está!

- Na verdade não sei. – A garota com tranças no cabelo se coloca na entrada do cômodo – Apenas o vi saindo daqui pela entrada da casa.

- Ele saiu daqui? – Pergunta sentindo as batidas de o seu coração acelerar.

- Sim, mas vi Michael o seguindo segundos depois. – Elisabeth então suspira aliviada. Tinha pedido para o mesmo procurar por Ravi.

Imaginando que Ravi estivesse bem ao seu lado, Lisa sente-se mais sossegada. Talvez os dois estivessem se declarando um para o outro. Só um bobo não perceberia que entre os dois havia uma grande tensão, pondo em obvio que um era apaixonado pelo outro. Mas Ravi era uma cabeça oca que não se entregava de forma fácil.

Sorri imaginando que nesse exato momento talvez os dois estivessem aos beijos... Bem, torcia para que isso acontecesse.

Uma pena eu não estar presente para ver...

- - - - - -

Com os dedos suando mais que o normal, Ravi escuta atentamente o que Michael dizia.

- Eu preciso que você empurre a janela para baixo. – Aponta para o vidro que se encontrava fechado com apenas uma pequena abertura – Você precisa colocar bastante força porque está empurrada.

- M-mas porque você não faz isso? – Gagueja involuntariamente.

- Porque minha mão não vai conseguir passar, a sua sim. Eu vou lhe ajudar. – Michael olha cariosamente para o menino assustado ao seu lado. Estava tão assustado quanto.  Não queria perder outra pessoal especial para si. Sua tia fora exatamente morta em um assalto. Michael tinha apenas três anos. Era o dia em que sua tia iria lhe buscar na escola. Enquanto os dois andavam juntos conversando animadamente, um ladrão os abordou na rua. Sua tia tentou reagir, mas acabou por levar um tiro no pescoço. Depois do ocorrido, Michael entrou em uma profunda tristeza. Pensava que se talvez fosse mais velho e mais forte conseguiria ter salvado a sua tia.

Não permitiria que Ravi saísse machucado. Nem que tivesse que lutar.

- Mas que porra! Eu disse que deveríamos ter roubado aquele outro carro! – Os dois dentro do carro conseguiam ouvir vozes abafadas vindas do lado de fora.

Os sequestradores estavam discutindo.

- Ok. – Rapidamente o de cabelo vermelho troca de banco com Michael. Pondo então os seus dedos na pequena abertura da janela, tenta com esforço empurrar para baixo.

Solta um fraco resmungo por estar sentindo seus dedos doerem.

A discussão a fora continuava.

De repente uma forte batida vai de encontro ao carro.

Assustado, Ravi impõe mais força em seus dedos.

- Não vou seguir mais ordens de vocês. – Outra batida – Quero que se fodam! Vou querer a quantia certa do meu dinheiro, 25% como prometido.

As vozes a cada segundo se alteravam.

- Consegui. – Ravi comenta com o coração nas mãos. Michael sorri de lado para o garoto. Com a janela mais aberta, Michael coloca-se de joelhos no banco empurrando com os dedos o vidro para baixo.

- Ahh... – Fecha fortemente os olhos ao aplicar mais força em seus dedos.

- Você consegue. – Ravi incentiva, e mesmo com os dedos latejando, os põe de volta no vidro, assim ajudando Michael a abaixa-lo.

Já estavam na metade, Michael põe suas duas mãos sobre o vidro conseguindo a empurrar de vez para baixo.

Aliviado por acabar, joga as suas costas de encontro ao banco.

É com grande surpresa que sente um pequeno beijo ser depositado em seu maxilar.

Seus olhos se encontram com os brilhantes de Ravi.

-  E-eu... – O garoto tentava formular uma frase em sua mente, mas sua cabeça estava uma completa bagunça no momento – Esquece o que aconteceu, eu vou na frente. – Coloca a perna esquerda para o lado de fora impulsionando o corpo com a outra perna que estava pousada no banco.

Michael fez o mesmo.

Os dois encostam-se à porta do carro, procurando um lado que pudessem sair sem serem vistos.

- Você só fez o que foi mandado. 10% e nada mais. – O líder já estava furioso, e com um pequeno aceno de cabeça manda uma ordem silenciosa para o capanga ao seu lado.

- Eu não corri o risco de ser preso por tão pouco! – O bandido passa a mão por sua testa suada, sorrindo de modo irônico – Sabe que eu posso entregar vocês, não sabem? Não há nenhum prova contra a mim... Os dois Já estão bem sujos, só irei dar uma ajudada.

Atentos à discussão e a qualquer movimento, Ravi e Michael andavam a passos calmos e silenciosos para a direita.

Dando as costas aos dois, o homem é rapidamente pego de surpresa sendo esfaqueado em seu olho esquerdo.

Ravi tampa fortemente a boca ao ouvir o grito de dor entrar em seus ouvidos.

- Desgraçado... – O homem afasta-se tentando chuta-lo no joelho, mas é com terror que sente um outro canivete adentrar o meio do seu peito.

Um grito sufocante lhe escapa.

O sangue já jorrava em quantidades absurdas, os outros dois presentes assistiam tudo sem emoção alguma.

Não existia culpa, remorso algum.

O mundo do crime não qual estavam envolvidos não permitia isso.

Os faróis da caminhonete se apagam.

O ambiente volta a ser iluminado apenas pela luz da lua.

O clima sombrio e congelante voltam à tona.

A gasolina começa escapar, molhando e se espalhando por todo o asfalto da estrada.

Já o suficientemente longe do carro, os dois adolescentes entram na mata sumindo das vistas de qualquer um ali.

 

- - - - -

 

Luke tampa as orelhas com as duas mãos ao escutar gritos agudos preencher todo o seu quarto.

- Ainda estou chocada! – Lunna diz com um sorriso a rasgar sua face.

- Meu Lukezinho já não é mais virgem. – Raven comenta tomando um grande gole da garrafa de Coca-Cola.

Luke joga-se de costas na cama, já imaginando que essa seria a reação de suas amigas.

- Eu não consigo te imaginar fazendo essas coisas Luke. – Raven deita-se ao seu lado.

Depois da maravilhosa tarde que teve com o seu namorado, Luke decidiu ir para casa, por mais que Andrew insistisse para que ficasse ainda não conseguia absorver tudo o que aconteceu.

- Também não. – Diz de si mesmo, rindo.

- Não ia contar que perdeu a virgindade para os seus amigos, não é? – Lunna o olha sacana, as marcas evidentes e bem visíveis no corpo do mais novo não o livraram do interrogatório das suas amigas.

Era nove da noite quando as chamou para dormir em sua casa, no começo sentiu vergonha de contar para as mesmas, mas acabou sendo obrigado a contar.

Passaram então a noite inteira conversando sobre sexo, com Raven contando todas as suas experiências e Lunna rindo fazendo Luke querer se enfiar em um buraco.

- Mas ele foi carinhoso com você não foi? – Luke infla as bochechas com a pergunta de Raven – Usaram camisinha?

Acena negativamente.

- Ele não quis. – Olha sem jeito para as duas – Mas pra que eu vou mentir? Eu adorei, foi maravilhoso. – Não contem o sorriso que surge.

- Aí Luke...

- Não se preocupe. – Se aproxima a abraçando de lado – Eu era virgem, Andrew já fez testes, então tudo ok. A partir de agora iremos sempre tomar cuidado. Sempre.

- Ah, então quer dizer que vai rolar mais vezes? – Lunna junta às duas mãos simulando uma penetração.

- Sua safada! – Os três riem em conjunto.

Luke se levanta ligando de volta a Tv de plasma embutida na parede.

- Que filme vamos assistir? – O garoto pergunta enquanto procurava algo na netflix.

- Vamos assistir Vagina Dentada. – Lunna comenta empolgada.

Raven rola os olhos com o nível de animação da sua amiga.

Seus olhos pregam-se na tela do celular.

02h40min da madrugada e nenhuma ligação ou mensagem de Elisabeth.

Sua preocupação aumentava a cada minuto, passar esse tempo com os seus amigos não a livrou de pensamentos ruins.

O que diria aos seus pais?

- Raven. – Luke segura as suas duas mãos – Não se preocupe, ele deve estar bem. – Sorri fraco – Eu também já dei minhas escapadas, você também, Lunna também e estamos aqui muito bem e vivos. – Lunna concorda terminando a sua fala.

- Ele vai aparecer... No momento devemos apenas nos diverti. – Tenta levantar o seu austral – Eu vi uma receita bem legal em um site da internet. Que tal por em prática?

- Vai sujar toda a cozinha. – Luke balança a cabeça negando.

Talvez eles estivessem certos.

Estava mesmo se preocupando a toa.

- Topo!

 

- - - - -

 

Queria tanto que você estivesse aqui L”. Caleb manda ansioso a mensagem esperando uma resposta.

Nós já nos vemos quase todo dia”. Alex sorri, não pode evitar se sentir aquecido com o que leu. Seu coração a todo o momento palpitava.

“Escola não vale”. Caleb manda zangado, sempre que chamava Alex para passar um dia em sua casa, ou para sair para outro lugar, o mesmo dava um jeito de fugir.

O garoto fica sem saber o que responder. Gostava de Caleb, nutria um sentimento forte pelo moreno, mas forte ainda do que quando estava com Hunter...

Seu celular apita, anunciando outra mensagem.

- Ué. – Seu estomago se embrulha ao ler “Chris Hunter”.

Hesitante, Alex abre o chat visualizando duas mensagens.

“Oi”.

Vi que estava online, podemos conversar?”.

Alex morde o dedo nervoso.

- O que eu respondo? – Sentia-se dividido. A sua conversa com Caleb estava ótima e fluindo bem, tanto que passaram da noite a madrugada conversando.

“Porque o senhor ainda está acordado?”. Alex envia. A resposta surge em segundos.

“Insônia, e você?”. O celular apita três vezes anunciando novas mensagens. Alex desce a barra de notificação.

“Ei vai me responder mais não?”.

“ : ( “

“Manda um nude”.

Alex sorri enxugando os olhos que se enchem de água ao ler última mensagem.

Caleb sendo Caleb.

“Insônia também, qual o motivo da sua”? – Não queria mentir, mas acabou se vendo sem saída.

“É você, Alex”. Ao ler a mensagem Alex bloqueia a tela do celular. Sentia-se a pior pessoa do mundo por estar dando falsas esperanças a Hunter, mesmo que ainda tivesse sentimentos por ele, era Caleb por quem agora era perdidamente apaixonado.

Desbloqueando a tela do celular, Alex volta ao chat. “A minha eu já disse, e a sua?”.

Alex respira profundamente, digitando em seguida.

Só insônia mesmo. Desculpa, tenho que ir agora. Beijos.”.

Não espera uma resposta, logo em seguida desativa o bate papo.

Outro apito.

“Alex”.

“Tô aqui. O sono chegou, acho que vou dormir”. Tristeza de repente pinta em seu rosto. Não estava mais no clima para conversar.

“Ok, mas antes manda um áudio me dando boa noite”.

Alex coça o olho já imaginando que Caleb não sairia do seu pé tão fácil.

Boa noite quando se já é três da manha?”.

“Pelo menos manda um áudio desejando que eu durma com os anjinhos”. Alex finge tédio ao ler a mensagem.

“Ah não esqueci... Eu já estou conversando com um anjinho de mechas cinzas aqui”. Em sua cama, com o celular em mãos, Caleb sorri sacana.

Alex prende a boca antes que um sorriso aparecesse. Todas as cantadas que já recebera em sua vida, não chegavam perto das que recebia de Caleb em apenas uma conversa.

- Durma com os anjinhos, Caleb. – Após mandar o áudio um sorriso enorme toma conta de seu rosto. Por fim, joga o celular sobre a cama.

 

- - - - -

 

- Chefe, eles fugiram. – Tyler olha para o seu subordinado sem emoção – Devemos ir atrás deles?

- Deixe. – Encosta-se ao capo do carro – Estão no meio do nada, provavelmente morrerão de fome ou serão mortos por algum animal.

Não conseguiriam chegar muito longe.

 

- - - - -

 

Michael olha para Ravi, sentindo-se péssimo pelo seu estado.

Já não fazia mais ideia de quanto tempo estavam andando, nem que horas eram.

Apenas andavam sem rumo algum, desviando de galhos e plantas.

- Que barulho é esse? – Ravi pergunta dando um pulo para o lado de Michael.

- Provavelmente um sapo. – Na tentativa de tranquiliza-lo Michael rodeia uma mão em sua cintura – Vai ficar tudo bem, nós vamos sair daqui.

Ravi solta um baixo som pelo nariz.

- Nem sabemos onde estamos. Só árvores e mais árvores, nem sei mais se sairemos vivos daqui... – Estava cansando, seus pés doíam, estavam graus negativos, sentia que o seu corpo não iria suporta mais tanto frio.

Michael puxa as mãos do menor de encontro as suas, as fechando fortemente.

Os dois param de frente a uma árvore assustadoramente grande.

Sem mais palavras, Michael puxa o corpo de Ravi, fazendo com que cabeça alheia fosse encostada em seu peito. Seus braços rodeiam todo o corpo menor na procura de aquecê-lo do frio.

Ao som dos bichos que se encontravam por ali, os dois continuaram por longos minutos abraçados um ao outro.

Ravi mais sossegado ergue a cabeça, passando um dos seus dedos no queixo do mais alto. Queria o máximo de contato possível. Sentia-se necessitado disso.

Michael no momento sentia-se em paz. Só queria ficar eternamente abraçado a Ravi.

Suas duas mãos pousam em cada lado do rosto de seu rosto, molhando o lábio inferior antes de encosta-se aos de Ravi.

Os dois fecham os olhos.

Ravi sente seus lábios serem massageados por lábios quentes e carnudos, com um tocar sutil e carinhoso.

O beijo se prolonga, e Michael decide então tomar a iniciativa de avançar o toque. Com calma encosta as costas de Ravi a árvore, pedindo passagem com a língua.

Ravi sentindo-se vulnerável como nunca antes, abre a sua boca, permitindo que a carne vasculhasse de cima a baixo.

Deixava o outro comandar, pois era inexperiente e tinha medo de fazer algo que desagradasse Michael.

O beijo a cada segundo ganhava mais força, Ravi sentia seus pulmões esvaziarem, a língua não parava de acertava todos os cantos de sua boca.

Estava se sentindo fraco e molenga. Michael parecia estar disposto a não deixa-lo tomar ar, pois sua boca lhe devorava por inteiro.

Um fraco gemido escapa de seus lábios – M-michael. – Com esforço o empurra levemente para trás.

Seu peito descia e subia descontroladamente.

Michael sentia-se vitorioso por finalmente ter beijado o garoto resistente a sua frente.

Esse era só o começo, iria tomar esses lábios sempre que fosse possível.

- Precisamos continuar andando, não podemos parar. – Diz ofegante com as bochechas totalmente ruborizadas.

- Te aqueci? Agora se sente mais quente? – Pergunta tentando mais uma vez beijar os irresistíveis lábios de Ravi. Esse resiste e vira o rosto.

- Agora não. – Mentiria se dissesse que não queria continuar, se beijar era bom, beijar Michael era melhor ainda.

- Só um selinho. – Ravi não resiste ao biquinho formado.

- Tá bom, só um seli... – Sua boca mais uma vez é tomada com fome, de forma ágil e experiente. Ignorando o volume que crescia em sua calça, Michael segundos depois separa os lábios, segurando o menor com as suas duas mãos para que esse não fosse ao chão pelo choque.

Ravi sente pequenos tremores passar por todo o seu corpo.

Com esforço, tenta retorna a postura de antes.

- Quer que eu te leve no meu colo? – Michael alisa seu rostinho, o olhando docemente.

Uma ideia passa por sua mente – Aceito ser levado nas costas. – Depois do acontecido juntando com as dores em seu pé, Ravi sentia que não estava mais em condições de andar perfeitamente.

- Seu pedido é uma ordem. – Michael se ajoelha dando um claro sinal para que Ravi subisse em suas costas.

- Sério mesmo?

- Sim, sobe aí.

- Eu não estava falando sério, você deve estar bem cansado também.

- Nah, sou bem resistente. Aguento qualquer coisa.

- É mesmo? – Franze o cenho – Aguenta carregar nas costas cinquenta e sete quilos?

- Você tem isso? – Pergunta irônico – Achei que tivesse uns trinta.

Ravi sente-se ofendido e o chuta fraco nas costas – Então me carregue. – Subindo em suas costas, o vermelho enlaça os braços em seu pescoço como suporte para que não caísse.

Michael levanta-se ajeitando melhor a pequena carga em suas costas.

Sem se dar conta Ravi sorri com o fraco perfume que invade as suas narinas. Seu rosto se esfrega nos cachos, sentindo o quão são macios e sedosos eram.

- Tem cocegas?

- Na nuca. – No mesmo segundo Michael se arrepende de ter dito a resposta ao ter sua nuca atacada por dedos que iam de cima para baixo – Para! Vou te jogar no chão! – Mas Ravi continua a lhe dedilhar na nuca. – Já que é assim... – Leva então os seus longos dedos a coxa de Ravi que estava em sua cintura, depositando um forte aperto no local.

Ravi berra socando o seu ombro esquerdo.

- Eu sou sensível... – Diz fazendo uma expressão chorosa.

- Percebi...

Os dois continuaram com as suas brincadeiras e provocações, nem mesmo parecia que a momentos atrás estavam sendo sequestrados e ameaçados.

 

- - - -

 

- Acorda! Acorda! – Sente fracos empurrões em seu ombro exposto, mas seu estava tão cansado e exausto que voltara a posição fetal de antes.

Sonhava que estava em um bosque escuro sem ninguém por perto. Andava apressadamente, pois ouvia vozes estranhas atrás de si.

- Ravi! Acorda! – Em um pulo o garoto salta para o outro lado da cama.

Com as batidas de seu coração a mil, Ravi olha para todos os presentes ali.

- O-o que? – Uma expressão confusa toma conta do seu rosto. Como um flashback lembra-se de tudo o que ocorreu desde sua chegada a festa ao momento em que fora sequestrado – M-michael... Cadê ele?

- Calma Ravi. – Elisabeth se aproxima puxando uma de suas mãos para que sentasse na borda da cama ao seu lado – Você não se lembra de o que aconteceu?

Ravi suspira longamente antes de prosseguir – Sim eu me lembro de tudo, ou quase tudo... Me lembro do Michael me levando nas costas, mas depois disso acho que apaguei. – Ainda se recordava da maravilhosa sensação de ter tocado naqueles cachos e de seu aroma agradável.

- Apagou. Já eram seis da manhã e eu já estava angustiada com o sumiço dos dois. – Ravi a olha nos olhos vendo grandes e escuras olheiras debaixo dos seus olhos – Então eu e mais alguns amigos saímos a procura de vocês. Por sorte não estavam tão longe.

- E onde estávamos? – Pergunta confuso – Eu me lembro de...

- Estavam dormindo debaixo de uma árvore. – Conta – Acordei só o Michael. – Um semblante de culpa surge em seu rosto – Ele me contou tudo o que aconteceu, Ravi. Me desculpa por ter sido uma péssima amiga, eu devia ter ficado ao seu lado, eu...

- Ei, ei. Tudo bem. – O garoto a puxa para um abraço desajeitado – Eu estou bem, com dores pelo corpo todo, mas bem. – Separam-se trocando um rápido olhar.

- O Michael está no quarto ao lado. – Levantam-se juntos – Eu vou ver se tem alguma para comermos. – Ravi concorda, estava morrendo de fome. Lisa o beija na testa antes de deixar o quarto.

Ravi olha ao redor, em seguida olha para o seu próprio corpo vendo que estava com uma roupa diferente e um fraco cheiro de sabonete impregnado em sua pele.

- Não me lembro de ter tomado banho. – Pensou em ir atrás de Elisabeth, mas deixou para resolver isso em outro momento. Olha-se no grande espelho embutido na parede. Não usava lentes de contato azul e seus cabelos estavam mais secos que o normal.

Em curtos passos abre a porta de correr, visualizando o corredor de paredes brancas e sem decoração alguma. Seus olhos rapidamente olham para a porta ao lado.

Coragem, Ravi. Você precisa saber como ele está.

Seus dedos tocam a maçaneta a empurrando em seguida para que abrisse.

Entra no grande quarto, não estava com cabeça para reparar nos detalhes. Seu olhar cai sobre um corpo deitado de bruços na cama.

Anda vagarosamente até a borda da cama de casal.

Um pequeno sorriso surge em seus lábios finos. Até dias atrás “odiava” o garoto, e agora estava querendo o máximo de contato possível.

Seus dedos curtos acariciam as costas expostas.

A pele de um tom marrom estava com finas linhas vermelhas que o preocupou imediatamente.

- Não. Continua. – Estava tão distraído que não percebeu que Michael já se encontrava acordado.

- Você acordou? – Ravi coloca-se de joelhos na cama.

Michael vira o corpo, deitando-se de costas e suspirando pelo nariz.

Ravi acaba olhando para cima para não ter que reparar no corpo alheio.

- Você está bem? – Michael pergunta o pegando na mão para que ficasse mais perto de si.

- Me sinto bem melhor. – Seus olhos arregalam ao ser puxado de vez contra o colchão – O que está fazendo? – Pergunta afobado, tentando se levantar, mas falhando.

- Deita comigo. – Michael passeia suas atrevidas mãos por todo o corpo do garoto menor, que imediatamente reage o socando repetidas vezes no peito.

Ravi grita pedindo para o outro parar, mas seu pedido só incentivou para que Michael continuasse a mexer em seu corpo.

Risos e gritos preenchem todo o quarto.

- Esses panos estão atrapalhando muito. Vou tirar. – O cacheado anuncia ficando por cima e prendendo as mãos de Ravi que teimavam em lhe socar a todo estante – Credo sabe nem brincar. – Rir vendo o desespero tomar conta do rosto avermelhado do garoto abaixo de si. Com rapidez puxa-lhe a barra da camisa cinza para cima, se deparando com uma fina trilha de pelos abaixo do umbigo – Gostosinho. – Ravi fecha olhos desejando mentalmente que Michael sumisse da face da terra.

- Me solta!

- Não! – Michael belisca as gordurinhas da sua barriga

Ravi salta, tentando mais uma vez se soltar.

- Por favor!

- Solto, mas com uma condição. – O mostra o dedo indicador.

- Qual é?

- Quero que saia comigo. – Segundos se passam e Ravi não o responde. Michael decide então lhe arrancar a resposta de uma forma dolorosa.

- Ahh! – Outro beliscão dessa vez perigosamente perto da virilha – Tá bom! Eu aceito... Me solta.

- Assim que eu gosto.

Da pequena brecha da porta Elisabeth olhava com um sorriso a cena dos dois.

 

- - - - -

 

Com os seus fones no ouvido Luke adentrava o colégio para mais um dia de aula.

De longe avista Alex que estava conversando com dois colegas de classe.

Um acena para o outro.

Mesmo com fone no último volume, gritos vindos do corredor principal foram ouvidos por si.

Uma multidão surge fazendo um grande amontoado diante da cena a frente.

- Seu canalha desgraçado! – Uma mulher grita apontando o dedo para um homem que sussurrava para que se acalmasse – Nossa filha sumida há dias e você me traindo com uma vagabunda qualquer? – Seu grito histérico deixa todos paralisados.

- O que está acontecendo? –  Lunna se põe ao seu lado.

- Parece que a mãe de Hilary descobriu a traição do marido e veio cobrar uma resposta. – Raven responde surgindo em seguida.

- Calma, vamos conversar. – O homem mais uma vez tenta se aproximar.

- Conversar uma merda Will, fique com essa vadia aí. – A mulher aponta o dedo e imediatamente é advertida.

- Senhora, se você não se controlar teremos que expulsa-la. – O diretor tentar reverter à situação.

O sinal toca, mas ninguém ousa sair.

- Não sou vadia, coloca-se em seu lugar. – A atual psicóloga do colégio se defende – Sei me comportar, não sou tão baixa.

A mulher rir cinicamente – Estou acima de você, querida, pois eu não me rebaixo a ser prostituta particular de um canalha como este. – Abaixa-se pegando de volta sua bolsa do chão – Quando eu achar minha filha quero que você saia da nossa casa, pegue todas as suas coisas e suma das nossas vidas! – A passos pesadas a mulher deixa o local.

Um burburinho como a se espalhar.

- Todos para as salas. Vamos! – O coordenador com a ajuda de professores expulsa todos do local.

- Pegue todas as suas coisas e saia dessa escola! – O diretor é direto e claro ao ditar as palavras para a psicóloga, que indignada chuta o cesto de lixo.

 

- - - - - - -

 

O assunto continuava sendo como o mais comentado de toda a escola.

O outro era o sumiço de Hilary White.

- Perdi as esperanças. – Nayeon diz cabisbaixa – Os cartazes espalhados parecem não ter dado certo.

Os presentes a olham com pena.

Raven lamenta não muito diferente dos outros.

- Temos que continuar tentando, uma hora ela vai aparecer. – Luke acreditava fielmente nisso – Não é Emma? – A sacode tirando-lhe do seu transe.

- Ah sim é, devemos acreditar que vamos encontra-la. – Seu corpo estava ali, mas sua mente estava em outro lugar. Hani não dera nenhuma dica de qual era seu plano para desmascarar Lauren. Só esperava que tudo desse certo, e ela fosse parar atrás das grades por todas as suas crueldades feitas.

Seus olhos veem as duas entrando no refeitório conversando como se fossem grandes amigas. Mas não. Emma sabia que não.

O celular de Luke vibra em seu bolso.

“Essa calça apertada está te deixando irresistível, sabia?”.

Quem? Quem seria essa pessoa que vive enviando mensagens uma atrás da outra todos os dias? Lhe elogiando, sempre lhe exaltando. Sabia que não era Andrew, pois o mesmo estava cochilando com a cabeça em seu colo. Então quem seria?

Seus olhos olham ao redor, encontrando-se com os verdes do novo enfermeiro.

Um sorriso discreto e galanteador surgem em seus lábios, Luke ao invés de sorrir, acena de volta.

O homem da às costas e Luke volta a massagear a cabeça de Andrew.

Seu celular vibra novamente.

“Falta pouco para te ter só para mim”.

 

 

 


Notas Finais


Gente, deem uma olhada na nova fica que acabei de postar. Falso Sequestro: https://spiritfanfics.com/historia/falso-sequestro-8880223 Tem que divulgar né nom
Até o próximo capítulo <3


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