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História Desejo (Hiatus) - Enquanto Você Dormia...


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Olá, olá...
Me perdoem pela demora de atualizar a fic...
Tenham um boa leitura <3

Capítulo 31 - Enquanto Você Dormia...


Fanfic / Fanfiction Desejo (Hiatus) - Enquanto Você Dormia...

POV NARRADOR

O fogo já tomava conta de quase toda a horta e forte cheiro de queimado já estava deixando Emma zonza. A fumaça a impedia de olhar para frente.

Apenas seguiu os seus instintos.

Tampando o nariz com a barra da camisa e sacudindo o casaco contra a fumaça, Emma não fazia ideia para onde ia até que sentiu que não estava mais pisando em areia molhada, e sim em concreto.

Uma ventania fez com que a fumaça fosse para ao lado contrário de onde estava fazendo com que finalmente pudesse enxerga a entrada da horta.

Correndo desesperadamente consegue alcança-la.

- Socorro! – Seu pedido sai fraco ao não conseguir controlar a forte tosse que sai por sua boca.

Seus olhos mesmo irritados e marejados conseguem enxerga ao longe pessoas correndo apressadamente ao seu encontro.

- Leva ela para dentro, eu irei chamar o Corpo de Bombeiros. – Ouve uma voz masculina ditar, em seguida sente uma mão suave a tocar nas costas.

- Emma, minha querida, irá ficar tudo bem. Acompanhe-me. – Duas pessoas a levam para longe do incêndio.

Nos corredores uma agitação e uma curiosidade para saber o que estava acontecendo tomava conta de quase todos os presentes.

- Ouçam com atenção. Peço a todos os alunos que se retirem imediatamente da escola. Repito: Retirem-se imediatamente da escola. - O aviso imediato sai em todos os altos falantes chegando ao ouvido de todos ali.

Os corredores começam a se esvaziar, sendo os professores e funcionários do colégio os únicos a permanecerem no local.

Sentada em um banco perto da secretaria, Emma ainda sustentava a forte tosse.

- Isso aqui é soro fisiológico, irei passar um pano molhado em seu rosto. – A mesma é amparada por uma das coordenadoras – Não sou enfermeira, mas conheço algumas dicas que podem ajudar. – Passa o pano por toda a área, repetindo mais uma vez o ato – Eu irei ligar os seus pais, ok?- Emma assente – Se quiser você pode ir para o pátio tomar um pouco de ar limpo, mas não se distancie muito. – Alerta, entrando na secretaria deixando a ruiva sozinha.

- O que foi isso... – A tosse cessa aos poucos. Seu coração ainda encontrava-se bastante acelerado... Estava perto da morte. Viu as chamas queimar tudo ao seu alcance.

- Pronto, liguei para a sua mãe. – A mulher de antes aparece sentando-se ao seu lado – Ela se desesperou, mas consegui acalma-la. – Diz – A aconselhei a leva-la para o pronto-socorro.

- Não é necessário...

- É sim, você inalou muito fumaça, futuramente pode ser prejudicial para você. – Repreende para o próprio bem da ruiva – Por enquanto a espera aqui que eu irei checar se não há mais nenhum aluno na escola.

Retira-se do local, deixando Emma outra vez sozinha.

Minutos se passam e a ruiva escuta uma voz que faz seus olhos marejarem novamente.

- Emma... Minha filha. – Corre de encontro aos braços da mãe, sendo fortemente acolhida. Volta a chorar como se voltasse ter sete anos e tivesse levado um baque sendo amparada pela mãe em seguida – Está tudo bem agora, eu estou aqui...

Emma se desprende do abraço, puxando Andrew para o mesmo.

- Eu pensei que iria morrer...

- Não diga isso, Emma. – Andrew puxa o seu rosto enxugando suas lágrimas – Estamos aqui, iremos leva-la para casa e será mimada mais do que nunca.

Um sorriso amarelo toma conta da sua face.

Mais sossega a ruiva acena positivamente.

Sua família estava ali consigo.

- Papai em algumas horas estará de volta à cidade. – O ruivo avisa.

- Cadê a Avril? – Pergunta.

- Foi tentar coletar alguma informação. – A mãe anuncia – Falando nela...

As duas trocam um forte abraço – Obrigada por estar aqui... – A ruiva sussurra em seu ouvido.

- Sou a sua segunda mãe, esqueceu? – Diz sorridente – Os bombeiros acabaram de chegar e...

- E? – Incentivam.

- Eles encontraram um isqueiro depois de terem cessado o incêndio.

- Como assim?

- O isqueiro estava enrolado em uma pulseira. – Retira então do seu longo casaco, uma delicada pulseira com um coração com as iniciais do seu nome.

- Mas essa pulseira é minha. – Emma estranha olhando atentamente para cada detalhe da mesma – Faz uns dois meses que não a vejo.

- Por isso mesmo, Emma. – Avril olha penosa para si – Você irá ter que depor na delegacia.

A ruiva encosta-se a parede, tentando processar a informação dada.

- Mas eu fui vitima!

- Eu sei disso, querida. – Aproxima-se – Mas você é vista como a principal causadora de tudo isso. Você era a única que estava na horta no momento que o incêndio começou.

- Meu bebê jamais faria isso. – Elisa a defende – Quem fez isso usou de má-fé contra ela.

Emma engole a seco, ditando em seguida – Eu senti... Eu juro que senti alguma presença de outra pessoa antes do incêndio começar. Eu não estou mentindo! – Tampa o rosto com as mãos. Desesperada por sua mente estar uma bagunça.

- Ei! – Seu irmão a poxa novamente para um abraço – Independe do que aconteça, vamos estar ao seu lado... Eu não irei descansar até descobrir quem fez isso contra você.

- Você não tem culpa! Essa pessoa não irá sair em pune. – Avril afirma.

O medo pairava acima de todos ali.

A partir de agora tudo era incerto.

 

- - - - - - - -

 

- Desde pequena eu nutria um grande amor por animais, por isso pus todo o meu esforço para abrir uma clinica veterinária. – Karen contava animadamente para o seu novo convidado. – Tornei meu sonho realidade e hoje exerço um trabalho no qual dedico muito amor.

Luke olha com admiração sua mãe. Sua dedicação era fascinante por isso a admirava.

- E você, Luke? – Sean de repente pergunta para si – Pretende seguir o mesmo caminho que a sua mãe?

- Ah, eu... – Sua fala trava ao notar o intenso olhar dos olhos castanhos claros sobre si. Eles estranhamento exerciam um certo domínio sobre o seu corpo – Eu não escolhi a minha profissão. Ainda.

- Na duvida faça o mesmo que a sua mãe. – Karen rir baixo negando com a cabeça – Você é uma mulher incrível. – Sua fala tão convincente, seu olhar tão bondoso e descontraído fizera a mulher corar pela fala.

- Não é para tanto...

Os dois continuaram conversando sentados ao redor da mesa da cozinha, com Luke apenas a observar e rindo de uma coisa ou outra que a sua mãe falava e admirando mais a personalidade de Sean, que no começo mostrou-se frio e antipático, mas como o mesmo disse era apenas uma defesa sua contra pessoas com más intenções ou com segundos interesses.

Do outro lado, atrás da parede de entrada da cozinha, Alex tentava a todo custo escutar a conversa um tanto animada dos três.

- Alex, para com isso. Vamos voltar para o quarto. – Caleb mais uma vez tenta faze-lo mudar de ideia. Falhando novamente.

- Tem algo de estranho nesse homem, não duvido nunca da minha intuição! – Diz, grudando de volta o ouvido a parede.

- Da última vez sua intuição me fez comer um sanduiche envenenado! – O acusa.

- Não estava envenenado, você que não soube escolher o molho certo! – Rolo os olhos, voltando a prestar atenção na conversa alheia.

- Você que disse para eu escolher ele... “Vai Caleb, você vai gostar desse molho”. – Afina sua voz imitando-o a Alex.

- Eu só palpitei! – A contragosto o mais velho foca sua atenção no outro – Da próxima vez será realmente um molho com veneno.

Em seu limite de paciência, Caleb aproxima-se puxando seu corpo para cima jogando-o em seu ombro.

- Eu vou gritar! – Ameaça.

- Ué, mas não era você que queria total discrição para ouvir a conversa alheia?- Rir sacana, dando uma tapa no traseiro de Alex.

Mesmo implorando a todo instante Alex é levado contra a sua vontade.

- Não foi assim que eu o eduquei. – Caleb o coloca de volta ao chão virando-se para trancar a porta do quarto.

- Me educou? – Ergue a sobrancelha.

- Qual seria a punição mais adequada no momento? – Alex vacila sentando-se sem querer na borda da cama.

Caleb olha o seu movimento sorrindo de lado.

Aproxima-se, acariciando a maça de sua bochecha.

Estala um singelo beijo em sua testa lisa. Indo para o nariz, parando por cima de seus lábios, mas sem realmente tocar.

Esfrega de leve seus lábios carnudos, sentindo a respiração descompassada de Alex.

Com a sua mão, empurra Alex pelo ombro até bater as costas contra o colchão macio abaixo de si.

Por cima e com vantagem, Caleb inicia um calmo beijo que se estende por longos segundos.

Aos poucos, Alex se esquece do que até então pretendia fazer.

O beijo e a massagem atrás de sua cabeça estavam o levando a outro mundo. Uma sensação maravilhosa tomava conta de todo o seu corpo.

As bocas se separam, e apenas alguns fios de saliva os uniam.

- Eu... – A voz de Caleb é interrompida por um apito de celular – Alex...

- M-meu celular... – Sorri sem graça, retirando do bolso da calça seu telefone. Este apita novamente, anunciando outra mensagem.

Os olhos de Alex se arregalam.

- É ele, não é? – Não precisava perguntar, sabia que era Hunter o atrapalhando novamente.

- Sim... – Murmura sem graça – Desculpa.

- Tudo bem. – Caleb parecia decepcionado consigo novamente – Vou ao banheiro, já volto. – Rapidamente se retira do cômodo deixando Alex a sós.

- Que droga. – Joga-se de volta a cama.

Na cozinha a conversa continuava animada.

O ambiente totalmente descontraído e livre, deixando Sean à vontade para perguntar o que quisesse. Assim, conseguiu conhecer um pouco melhor Luke, que se tornara ainda mais fascinante para si.

Totalmente belo e inteligente.

Luke boceja tampando a boca com a mão.

- Querido, você pode subir, se quiser. – Sua mãe nota seus olhos cansados e pálpebras pesadas.

- Vocês não se importam? – Olha discretamente para Sean.

- Adoraria continuar conversando com você, mas sua mãe está certa. – Karen concorda batendo de leve em seu ombro.

- Vá dormir, qualquer coisa me chame. – Luke olha sem graça para a sua mãe tratando-o como se se ainda tivesse 10 anos.

- Tchau. – Sua mão passa de leve sobre o ombro de Sean que acena a cabeça para si.

A tranquilo passos, Luke sobe as escadas, adentrando o corredor, entrando em seu quarto escuro por conta das janelas fechadas com as cortinas um pouco entreabertas.

Retira seus sapatos, os deixando perto da borda da cama, para enfim abrir o guarda-roupa atrás de algum short leve e folgado.

Desabotoa sua calça skinny jogando-a numa cadeira ao lado para poder vestir o short.

Desliga o celular para se certificar que ninguém o ligaria.

“Te amo Andrew, mas agora darei espaço ao meu outro amor, o sono”.

Deita-se de bruços na cama de solteiro.

- Meow. – Sente um pequeno movimento perto dos seus pés – Meow.

Luke vira-se bufando pelo nariz.

- O que foi Angus? – O peludo gato cinza pula em sua barriga causando espontâneas cócegas – Angus!

Puxa o gato para o seu colo, apertando-o contra o peito.

- Que foi menino lindo? – Pega em sua patinha e a beija – Saudades de Andrew? – Pergunta. Alguns dias atrás Andrew trouxe o gato cinza para a sua casa, desde então o mesmo foge toda vez que o ruivo tenta pega-lo de volta – Ouwn, não se preocupe, ninguém vai nos separar. – Sorri abobalhado pela fofura do gato, deita-se de lado na cama na cama trazendo o gato para perto de seu peito.

Em questões de segundos o gato volta ao mundo do sono, levando Luke junto.

O telefone residencial toca.

Karen imediatamente atende.

- Alô?

Sean retira sua atenção da mulher, olhando atentamente toda a decoração da casa.

- Karen, eu adorei nossa conversa, mas agora tenho de ir. – Avisa sem a intenção de interrompe a conversa alheia.

- Fique mais um pouco. – Pede, mas sem sucesso.

- Eu adorei o seu bolo, com certeza irei vim mais vezes. – Diz sorrindo discreto – Só gostaria de me despedir do Luke.

- Ah sim, o quarto dele é a segunda porta do corredor, ao lado esquerdo. – Sorri amigável para si, voltando à conversa com a pessoa da outra linha.

Sean agradece subindo as escadas e seguindo as instruções dadas.

- Segunda porta a esquerda. – Seus olhos focam em uma porta branca de madeira, com alguns adesivos, como de costume em um quarto de adolescente.

Força a maçaneta, abrindo a porta deparando-se com um breu. Apenas uma fina luz que surgia da cortina entreaberta era vista no quarto.

Seus olhos passeiam por todo o quarto, até pousarem sobre a cama.

Caminha até a borda da mesma.

Um novo brilho surge em seus olhos.

Debruça-se sobre o colchão, enxergando com mais nitidez a sua obsessão.

- Luke. – O nome simplesmente saíra de forma automática dos seus lábios, suas mãos formigam na necessidade de toca-lo.

O gato cinza se remexe fazendo com que sua mão travasse no ar.

Rosna baixo aproximando seu polegar da face de Luke.

Suspira pesadamente ao sentir a pele quentinha em contato com a sua.

Com cautela, pousa toda a sua palma, cobrindo-lhe totalmente o rosto com a avantajada mão pesada.

Acaricia lentamente a pele, hipnotizado por sua textura macia.

Seu dedão passa pelos finos lábios, e uma vibração passa por seu corpo chegando com uma pontada em seu baixo ventre.

Curva-se sobre o delicado corpo deitado, afogando sua cabeça no pescoço de Luke, inspirando o fraco, mas delicioso aroma de sua pele.

Seu nariz esfrega-se no maxilar, indo parar na clavícula depositando um fraco beijo.

Sua mão passeia delicadamente pela coxa desnuda, sentindo o prazer de finalmente poder toca-la.

A ereção em sua calça já era evidente, com apenas o tocar, Luke o excitava sem limite algum.

A mão atrevida sobe parando abaixo da nádega.

- Tsc... – Resmunga querendo aprofundar seus toques.

Retira a mão, pondo-a no couro cabeludo alisando os cabelos lisos.

A maciez o fazia sentir sensações maravilhosas.

Maravilhosas por estar tocando Luke, seu garoto.

- Meu garoto... – Sussurra roucamente contra o rosto de Luke.

Sua grande mão afaga a mão de Luke, admirando a diferença de tamanho.

Luke possui uma delicadeza tão singela.

Sim, em sua mente Luke necessitava ser protegido de tudo e de todos.

Queria aninha-lo em seus braços, beija-lo, mima-lo, possui-lo por completo.

Era verdade, Luke precisava ser protegido, mas de si e de sua doentia obsessão.

Poderia passar horas apenas admirando a sua beleza enquanto dormia profundamente, mas precisava se despedir antes que a mãe do mesmo desconfiasse de sua demora.

- Nós vemos em breve, meu menino. – Sela um lento e demorado selinho em seus finos lábios entreabertos – Irei leva-lo ao meu local favorito. – Sorri... Um sorriso estranhamento acolhedor.

Sean deixa a cama admirando-o por uma última vez antes de deixar o quarto.

- Infelizmente não pude me despedir. – Ao chegar à sala de estar, Sean lamenta para a mulher.

- Quando Luke cai no sono, é assim mesmo. – Comenta o acompanhando até a porta – Espero vê-lo novamente, Sean.

- Com certeza nos veremos.

 

- - - - - - - -

 

Depois de longas e exaustas horas ao lado de Lauren para concluir um misero de um trabalho escolar, Hani finalmente pode descansar em sua cama.

Agora com provas em mãos não tinha mais o porquê de se esconder e a continuar a obedecer a Lauren e acoberta todos seus crimes.

- Vaca, seu grande momento chegou. – A mesma sorri com êxito. Retira a mochila das costas jogando-a na cama.

Depois de todo o ensino médio, que pareciam se prolongar por anos, finalmente estaria livre de Lauren, finalmente a veria no lugar que há tempos deveria estar. Atrás das grades ou internada em uma clinica psiquiátrica com uma camisa de força.

Louca, essa palavra a descrevia perfeitamente. Psicopata, sem remorso algum.

Fora pega em momento delicado e frágil de sua vida, fora incentivada a abortar seu próprio filho, recebeu uma lavagem cerebral que a fez ficar encurrala esses últimos anos nas mãos de Lauren. Constantes ameaças chegara até mesmo apanhar, aguentando calada cada tapa que levava. Via-se sozinha, com medo constante de abrir a boca. Logo da garota que dizia ser sua amiga. A mesma que a fez ir para o fundo do poço inúmeras vezes, sua alto estima, o pouco de amor próprio que tinha lhe restado, fora arrancados por palavras cruéis e pesadas. Aonde pensou que encontraria carinho e conforto, encontrou ódio e um grande sentimento de vingança.

Contra sua própria vontade, seus olhos começam a marejar.

- Não é momento para isso. – Enxuga bruscamente o rosto antes que qualquer lagrima caísse.

Para se certificar que o áudio gravado estava totalmente a salvo, Hani abre o zíper da mochila a procura do seu celular.

- Hum... – Estranha não o ter encontrado no bolso menor que fora onde justamente deixou – Não... Por favor, não... – Seu coração acelera-se. Com as mãos tremulas abre os outros bolsos a procura do seu telefone.

Nada.

Nenhum vestígio do seu telefone.

- Não pode ser... Não pode ser. – Repete a frase inúmeras vezes. Estava crente de que iria encontra-lo. Iria encontra-lo.

Sua garganta fecha e seus olhos piscam repetidas vezes.

- Como pode ter sumido?

Gritar.

Sua vontade era de gritar.

- Assim do nada... – Sua voz falha. Olha para todos os lados desesperada sem saber o que fazer.

- Eu preciso ir ao banheiro.

- Vá logo que os meus pais já estão chegando. – Lauren avisa enquanto ajeitava alguns papeis e livros da sua estante.

Hani confirma com a cabeça, subindo as escadas do porão para chegar ao banheiro que se encontrava no primeiro andar.

Olha-se no espelho enxergando suas olheiras que pareciam terem diminuído um pouco mais.

- Pelo menos isso. – Sentia-se horrível por estar debaixo do mesmo teto que uma assassina. A mesma mal esperava que a sua liberdade estivesse tão perto de acabar.

Antes de se sentar ao vaso sanitário, retira com cuidado seu celular do bolso, colocando-o encima da pia.

Por fim, lava as mãos, enxugando-as na própria calça enquanto se retirava o mais rápido possível do banheiro.

- Finalmente! – Lauren aparece estendo a mochila em sua direção – Toma!

Hani apanha dando um forçado Tchau enquanto caminhava para fora da residência.

- O banheiro. – Sua boca se abre automaticamente, como se o próprio queixo pesasse dez vezes mais.

- Hani. – Ouve batidas na porta – Tem um amigo seu a esperando lá embaixo. – Sua mãe dita do outro lado.

- Amigo?

- Sim, ele disse que precisava falar com você urgentemente. – A garota estranha, a única pessoa que lhe visitava era Lauren. Sendo raramente às vezes.

Recuperando-se do seu choque inicial, Hani recompôs a postura de antes, descendo as escadas encontrando a tal pessoa de costas para si.

-Oi. – Diz sem jeito.

- Oi, Hani. – O garoto vira-se sorrindo fraco para si.

- Você? – Pergunta sem entender o porquê de ele estar ali – Eu pensei que tinha deixado o país com o seu pai.

- Sim, mas isso não vem ao caso.

- Não entendo. Por que voltou, Charles?

- Você sabe muito bem o motivo de eu ter voltado.

- Lauren? – Pergunta sem muita segurança – Mas por quê? Ela não tinha lhe ameaçado para deixar o país?

Charles acena negativamente.

- Ela é o motivo de eu ter voltado não deixado. - Diz claro e obvio.

- E por que voltou por ela? – Seu semblante confuso estava cada vez mais nítido – De novo, não entendo, pensei que queria se livrar dela.

- Não quero apenas me livrar dela. Todos merecem ser livres dessa maldita. – Aproxima-se cauteloso – Eu continuei tendo contato com uma das vitimas de Lauren, e quando descobri  que você planejava desmascara-la, eu não perdi tempo e decidi voltar. Hani, você tem ideia de que era e é a única pessoa que realmente pode fazer isso? Eu esperei todo esse tempo para você finalmente poder despertar!

- E-eu...

- O momento é esse!

- Vamos com calma. – Respira antes de continuar – Você realmente quer me ajudar? Se fracassarmos não sei se...

- Não iremos falhar! – Afirmar – Eu voltei e não sairei daqui... Não antes de vê-la pagar por todos os seus crimes.

- Fala baixo. – Sussurra – Vamos para o meu quarto.

A determinação era perceptível em seus olhos.

Não descansaria até a justiça ser feita.

Hani abre espaço para Charles entrar em seu quarto para em seguida trancar sem que ninguém interrompa.

Mesmo exausta, Hani decide narrar tudo o que encontrara na casa de Lauren até mesmo a gravação perdida.

Mal o conhecia e estava se abrindo e contando detalhe por detalhe, mas sentia que poderia confiar no outro. Afinal ambos estavam interessados em desmascarar Lauren.

- Toda a confissão estava gravada nesse áudio.

- Eu posso recuperar!

- Recuperar como? Eu esqueci a droga do celular na droga daquele banheiro!

- Só confia em mim. – Levanta-se caminhando de um lado para o outro – Eu irei espiona-los, quando a casa estiver vazia eu entro e recupero o celular.

- Você não entender! – Diz incrédula – Alguém já pode ter achado e pegado o meu celular.

- Escuta. Se não arriscamos, não iremos chegar a lugar algum. – Responde contrariando-a – Eu irei até lá, você querendo ou não.

- Certo... Certo. – Se rende – Só tome cuidado.

- Darei um jeito de trazer esse celular de volta, mas em nenhuma circunstancia envolva alguém nisso... Não agora.

- Mas a Emma...

- Esqueça a Emma, no momento temos que focar nessa gravação. Apenas não a mostre para ninguém. Essa prova juntando com muitas outras serão o bastante para fazê-la pagar por cada crime cometido.

Hani estava se sentindo mais confiante quanto a isso...

Mas conhecia Lauren e sabia que a mesma poderia dar a volta por cima.

- Eu realmente espero que isso esteja perto de acabar...

 

 - - - - - -


Notas Finais


O capítulo tá meio mewww né?

Eu meio que estou com um bloqueio criativo e os últimos capítulos não veem saindo do modo que eu queria, mas espero que voces estejam gostando... Enfim, até amanhã que sai capítulo novo <3


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