História Desejo - Capítulo 11

Quando acordo na manhã seguinte vou para a sala de jantar tomar café com os rapazes e aproveito para falar sobre o que aconteceu.

- Reiji,quero que os rapazes e você saibam de uma coisa. - Ele me olha parecendo curioso. - Eu estou grávida.

- Há quanto tempo? - Pergunta desconfiado.

- Estou grávida a alguns dias. - Respondo sabendo que ele ainda não acreditava em mim. - E eu sei que o pai é o Laito.

- Laito,você afirma isso? - Ele assente com a cabeça.Reiji volta seu olhar para mim. - Quando se retirar me aguarde em meu laboratório. - Faço que sim com a cabeça e o obedeço. Quando termino de comer eu me levanto e vou para o laboratório.

- Você vai mesmo ter esse bebê? - Pergunta Reiji ao entrar no laboratório minutos depois - Sim. Laito merece a chance de ser feliz e de ser o pai que vocês não tiveram. - De repente, Reiji me lança um olhar irritado e percebo que falei algo que não havia lhe contado.

- Como você sabe da nossa vida? - Pergunta irritado me jogando contra a parede. - Responde! - Grita mais irritado ainda me encurralando.

- Sei de muita coisa sobre você e seus irmãos. - Respondo tentando parecer valente. - Não é engraçado que eu saiba tanto sobre vocês e vocês mal me conheçam? - Pergunto maliciosamente.Do nada, ele tira um bisturi do bolso e encaro a lâmina aterrorizada pensando no que ele faria em seguida.

- Ou você me conta ou o bebê morre! - Diz com ódio e desprezo.

- Se me soltar em conto. - Digo derrotada, ele me desencurrala e eu sento na poltrona enquanto ele fica de pé me encarando. - O que você quer saber sobre mim? - Pergunto de cabeça baixa.

- Quero a verdade, como chegou até aqui? - Pergunta me olhando bem nos olhos.Será que eu deveria mesmo contar que ele era o personagem mais sádico de um Anime?A solução era dar respostas que não resultasse em mais perguntas.

- Como eu já disse ao Laito,sou brasileira e a forma como os conheci não é algo da qual eu me lembre, mas lembro que quando ouvi sobre você e seus irmãos algo aqui me interessou e eu vim para cá na primeira oportunidade que tive.

- E que oportunidade foi essa? - Perguntou parecendo curioso.

- Quando foi meu aniversário, eu havia comprado passagens de avião em segredo e vim para cá, depois peguei um táxi e digitei o endereço no gps do motorista e foi assim que eu vim parar aqui.

- O que a fez se interessar por meus irmãos e eu?

- Não sei ao certo o quê fez isso, mas os achei pessoas interessantes e de personalidades complexas para serem estudadas e observadas. - Minha resposta pareceu surpreendê-lo.

- Como assim? - Pergunta.

- Quando eu atingir os dezoito anos Reiji, farei antropologia aqui no Japão e já pretendo inicia-la com uma pesquisa de tudo o que vi aqui, mas não precisa se irritar ou ao menos se preocupar com isso, seus nomes não serão usados e fiz questão de deixar isso bem claro.

- Então você está aqui por conta de uma faculdade idiota? - Pergunta irritado.

- Não só por isso, não posso dizer como, mas tenho muita simpatia por você e seus irmãos mesmo sabendo o que são e como são. - Me levanto da poltrona. - Posso me retirar? - Ele concorda com a cabeça.