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História Desejo mais infernal - O que ainda existe entre nós


Escrita por: Sophielouou

Notas do Autor


Hello tudo bem?
Eu prometi que não ia demorar e aqui estou
Espero que gostem deste capítulo
Boa leitura e me digam o que acharam.

Capítulo 14 - O que ainda existe entre nós


Fanfic / Fanfiction Desejo mais infernal - O que ainda existe entre nós

                 Cecília

             Connor e eu regressamos para casa. Eu pensei que a viagem me faria bem, mas não. Eu tinha esquecido Sebastian, mas Grace não. Grace era minha filha e eu ainda a amava, porém era impossível tirar da minha cabeça a imagem dela nua na cama com Sebastian. E ela parecia feliz.

             Ela ligou para mim hoje e não fui capaz de atender. Não queria falar com ela depois do que fez. Eu ainda não podia perdoá-la.

             Eu estava sozinha naquela casa e tinha saudades da minha filha. Ela era tão vulnerável e inocente! Parece que isso mudou quando conheceu Sebastian.

             Connor me falou que ela estava trabalhando com os Richardson. Fiquei orgulhosa pelo seu cargo tão importante, mas não podia dizer isso a ninguém. Eu ainda estava machucada.

              Ouvi a campainha e levantei. Era tarde demais para receber visitas, decidi. Ainda assim levantei e abri a porta.

           — Oi, Cece! — Ray entrou na minha casa.

              — O que você quer? — Virei para ele.

             Não me lembrava da última vez que o tinha visto tão atraente. Ray Mille tinha 41 e parecia mais jovem do que aparentava. Estava usando jeans e uma bela camisa branca. Os seus cabelos castanhos estavam penteados e eu me amaldiçoei por me sentir atraída.

             — Conversar. — Ele sentou no sofá.

             Passou um milhão de coisas na minha cabeça. — Você fez alguma coisa com Grace?

             — Não! Eu não me aproximei.

             — Então o que se passa?

             — Você está bem? — Ele perguntou.

            — Estou ótima.

            — Seu marido traiu você com a nossa filha e você está bem? — Ele falou. Nossa filha? Ray nunca falou "nossa filha". Ele sempre dizia como se Grace fosse apenas minha.

            — Eu estou bem. — Sentei ao seu lado. — Você disse que Grace é nossa filha?

            — Sim. Não sei se lembra, mas naquele dia chuvoso, eu estava com você.

            Revirei os olhos. — Você não muda, não é mesmo?

            — Eu acho que estou mudando.

            — E porquê você veio falar comigo?

            — Porquê você é a única que eu posso confiar. Cecília, eu não estou bem.

            — Eu sempre soube. Você machucou sua filha e sempre deu amor para o seu filho.

             Ele olhou para suas mãos como Grace fazia. — Você vai acreditar se eu disser que estou arrependido? Se eu disser que não tive mais ninguém depois de Hugh, e que doeu saber que você foi traída?

             — Não. — Fui sincera.

                Ele se aproximou. — Eu tive um sonho terrível há dias atrás. Nesse sonho, eu perdi Grace. E quando acordei, percebi que fui um pai horrível para ela. Você não sabe como me senti ao pensar que podia perdê-la. Eu não posso, mas eu acho que já a perdi. Só que de um jeito diferente. — Seus olhos estavam vermelhos. Nunca tinha visto ele daquele jeito.

              — Você a machucou durante 25 anos, mas ela continua amando você, só que você ainda a deixa assustada.

              — Eu não sei. Eu pensei e percebi que perdi tanta coisa! Fui muito cruel. Estou tão arrependido, Cece!

             Eu passei a mão pelas suas costas. — Eu acredito. Não entendo porquê você ficou triste por causa daquilo que Sebastian fez comigo.

             — Porque quando você seguiu em frente com Sebastian, eu... — Ele fechou os olhos. — Eu me apaixonei por você.

             Eu deixei de tocá-lo. Levantei e fui junto da janela. Não acreditava que ele estava dizendo aquelas coisas.

            — Eu te amei, Raymond, mas foi há vinte cinco anos. Você me enganou, lembra? Me machucou quando disse para abortar. Você não me amava.

            — Mas faço isso agora. — Ele levantou e se aproximou de mim. — Você sempre foi linda. Olha para você! Quando eu soube que Sebastian tirou você de mim... você não imagina!

              — Você está bêbado, Ray?

              — Não.

           — Você não me quis. Só quis uma noite comigo, lembra? A única coisa boa da nossa relação foi Grace. Eu entendo que os homens são imaturos na adolescência, mas você passou dos limites.

             — Desculpa. Eu estou muito arrependido. Eu perdi vocês duas.

             Olhei para seus olhos. Eram iguais aos de Grace. Verdes, claros e bonitos. Ray era bonito quando era adolescente e parece que com idade foi ficando cada vez mais.

              — Você perdeu sim. Eu lamento.

             Ele colocou suas mãos no meu rosto e olhei para cima para seus olhos. Ele me beijou sem me deixar dizer mais nada. Eu estava presa nos seus braços fortes e para minha surpresa, não tentei me soltar.

           Eu me lembrei dos beijos do Ray de dezesseis anos, mas numa versão melhor. Ele era quente e doce, e estava sendo carinhoso comigo pela primeira vez.

            Suas mãos deslizaram pelo meu corpo e senti algo maravilhoso. Não me sentia assim há muito tempo.

            Ele afastou no momento em que eu mais queria, mas foi para me colocar nos seus braços. Eu só olhava para aquele homem sexy que estava dentro do corpo de Ray. Ele subiu os degraus comigo nos seus braços e empurrou a porta do quarto com o pé.

               Ele me deitou na cama e começou a tirar a sua roupa sem tirar os olhos de mim. Primeiro tirou a camisa. Desabotoava lentamente e quando terminou jogou ela no chão. Eu estava sentindo excitação. Ele estava em forma e ainda mais sexy.

              Depois tirou os sapatos, a calça e a cueca boxer Calvin Klein. Meu estômago se contraiu e eu comi ele com os meus olhos. A Cecília de alguns anos atrás ficaria desiludida comigo.

             Ele ficou por cima de mim e me beijou novamente. Suas mãos tiravam o meu vestido e eu o ajudava, mas sabia que ia me arrepender depois.

            Tiramos toda a minha roupa e eu estava pronta para me entregar a ele. Eu estava pronta para tudo.

            — Você tem certeza que já esqueceu o idiota do Sebastian? Eu posso parar agora. — Ele disse.

            — Você está brincando, Ray? Você pergunta uma coisa dessas depois de tirar toda a minha roupa?

            — Me responda, Cece, por favor!

            — Eu já não sinto nada por Sebastian. Eu esqueço facilmente as pessoas que me machucam. Agora faça amor comigo! — Falei desesperada.

           — Eu te machuquei mais do que Sebastian, não é? — Perguntou.

           — Você sabe a resposta. Esqueça o passado. Se concentre em fazer amor comigo.

           — Faço se você prometer que vai pensar em me perdoar.

           — Tudo bem, tudo bem. — Falei.

          Ele finalmente se fundiu a mim. Eu fechei os olhos com a sensação. Eu estava transando com Ray. Estava mesmo, e ele dizia me amar.

           Eu queria que tudo aquilo fosse verdade mesmo que por pouco tempo. Ray estava sendo muito carinhoso comigo. Nem Sebastian alguma foi tão carinhoso assim. Mas eu não queria pensar em nenhum outro homem naquele momento.

             Ele me beijava no pescoço, no queixo e em quase toda parte do meu rosto. Dizia também palavras maravilhosas. Aquilo não podia ser verdade.

         [...]

         Estava nos braços de Ray quando acordei. Eram nove da manhã e eu não acreditava que tinha dormindo tanto tempo. Era a primeira vez que dormia com Ray.

            Fiquei sentada olhando para ele e cobri meu corpo com um lençol. Ele parecia outro homem. Estava calmo e em paz.

             Arrisquei e passei a mão pelo seu cabelo e o desarrumei ainda mais. Ele era lindo. Ainda mais lindo.

             — A gente estaria casados se você não tivesse me enganado. Possivelmente teríamos mais filhos mesmo que adotados, e Grace não estaria longe de mim. A gente seria feliz. — Sussurrei.

            Ele abriu os olhos e agarrou a minha mão para beijá-la. Eu fiquei olhando para ele sem me mover.

              — Bom dia.

              — Você não vai trabalhar? — Perguntei soltando a minha mão da sua.

             — Não.

             — Você já está indo? — Aquilo estava ficando estranho.

             — Não.

             — Deixa de ser tão monossilábico. Diz alguma coisa!

                Ele sentou na minha frente. — Eu gostei da nossa noite. Era isso que queria ouvir?

               — Ray, o que você disse ontem era verdade?

            — Sim, Cecília. Você acha que eu ia brincar com uma coisa dessas?

             — Você brincou tanto comigo que é difícil acreditar.

             Ele suspirou. — Parece que vou pedir perdão todos os dias.

              — Talvez.

              — Agora eu tenho algumas perguntas. — Ele falou.

              — Pode dizer.

              — Fui melhor que ele? — Eu quis rir, mas mordi o meu lábio. Claro que ele foi melhor que Sebastian.

             — Você quer que eu diga o que você quer ouvir ou o que você tem de ouvir?

              — A verdade, por favor!

              — Talvez você tenha sido melhor que ele.

             Ele sorriu. — Você acha que Grace vai me perdoar?

             — Descubra.

             Ele levantou da cama e começou a vestir suas roupas de volta. Eu continuava na cama olhando para o homem que tinha passado a noite comigo. Ele estava tão diferente!

            — Onde você vai? — Perguntei.

           — Vou para minha casa. Eu ainda pretendo reconquistar você. Não se preocupe.

           — Eu não estou preocupada com isso.

           — Vou fingir que acredito. — Ele terminou de vestir e me deu um beijo de despedida.

           — Você não precisa voltar. — Falei. No fundo, eu queria que ele voltasse.

           — No fundo você está rezando para que eu volte. — Ele saiu e deitei na cama tentando entender o que tinha acontecido ontem.

         [...]

            Passaram três semanas e eu continuava me encontrando com Ray. Ele estava mesmo tentando me reconquistar. Eu ia fazer ele sofrer um pouquinho antes de tentar.

             Era sábado e eu estava lendo na minha poltrona quando Ray entrou pela porta com o rosto alarmado. Eu tirei os óculos e observei ele sentando no sofá.

           — Olá!

           — O que aconteceu? — Perguntei.

           — Sebastian teve um acidente.

            — O quê? — Olhei para ele.

            — Isso mesmo. Grace está cuidando dele. Ele continua no hospital. Acho que não pode andar.

             — Como você soube? — Perguntei.

             — Um amigo. Você está assim por Sebastian ou por Grace? — Ele perguntou ciumento.

             — Eu já disse que não sinto minhas nada por Sebastian. Grace deve estar péssima.

            — Você não sabe como eu gostaria de poder consolá-la nesse momento.

             Eu não. Eu amava Grace, claro, mas ainda não podia perdoá-la. Era difícil saber que ela não se importou que estaria me machucando.

            — Então faça isso pela sua filha. — Falei.

            — Nossa. Eu vou fazer de tudo para vocês fazerem as pazes.

           — Você nem tem coragem de ligar para ela.

           — Eu tenho medo que ela me rejeite. Eu errei a sua vida inteira.

           — Com as duas.

           — Eu sei. Vou resolver isso. Acredite.

           Voltei a colocar meus óculos. — Lambert está vindo para cá para jantar.

            Ele ergueu a sobrancelha. — Você o convidou? — Perguntou.

            — Você está com ciúmes, senhor Mille? Saiba que a gente não está namorando. É apenas sexo.

            — Eu não acredito. Vou provar que é mais do que isso. — Sorriu. — Parece que eu vou ficar para jantar.

             — Por favor, ele tem 32 anos!

             — Oito anos mais novo que você.

             — Você não tem o direito de ficar ciumento!

             Ele levantou e se aproximou para me beijar. — Não acredito que perdi tanto tempo sendo idiota ao invés de ficar com vocês. Vou pedir perdão para sempre.

           — Eu sei, Ray. Você é o homem mais horrível do mundo.

          Ele riu. — E você ainda transa comigo?

          — Você acha que isso tem graça?

           — Desculpa. — Ele me beijou outra vez. — Eu posso ficar para jantar?

          — Vou pensar!

          — Claro. Eu vou para o quarto. — Ele me deixou sozinha na sala.

            Eu queria ligar para a minha Grace e saber como ela estava. Se ela realmente amava Sebastian, estava sofrendo muito. Esperava que ela podesse superar. Ela já sofreu demasiado.

          Também estava indecisa sobre Ray. Devia voltar para ele? Eu não sabia se tinha me apaixonado de novo ou se o amor que sentia não tinha acabado. Eu sabia que era forte o que eu sentia.

            Levantei do sofá e fui para o quarto. Não me arrependi da primeira vez, não sabia se ia mais me arrepender. Apenas sabia que ele estava me fazendo muito bem.


Notas Finais


Eu sei que querem saber de Sebastian. Talvez no próximo capítulo.


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