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História Desejo Oculto - O Início da Tentação


Escrita por: Dark_Siren4

Notas do Autor


Oi meus amores,
Bom, essa é minha primeira fanfic relacionada à essa série. Eu sou meio louca, então escrevo sobre tudo o que vejo e gosto. Achei impossível não me apaixonar pela Phoebe e o Max ♥

Espero que gostem da minha pequena fic ^-^

BOA LEITURA! o/

Capítulo 1 - O Início da Tentação


Fanfic / Fanfiction Desejo Oculto - O Início da Tentação

◆ MAX ◆°•


Em que momento eu comecei a sentir atração por minha irmã gêmea eu nem faço idéia.

Apenas sabia que tudo estava enraizado na forma como éramos desde pequenos: Phoebe sempre foi a parte boa de mim. Gentil, educada, divertida, a filha perfeita. Eu sempre fui... eu. O Max. O lado ruim da moeda dos gêmeos. Instável, descuidado, egoísta, com tendencias à vilania. E sempre aceitei isso. Não havia problemas em admitir o que eu era e o que queria. Embora, claro que no meio disso tudo, existia aquela pontinha de inveja de minha irmã.

Phoebe sempre era mais dedicada e inteligente. Então, somado à isso veio o orgulho de nossos pais e professores. E pra mim, só restavam as broncas e castigos. Por mais que eu quisesse odiá - la, não havia uma maneira de sentir isso por minha irmã. Nós crescemos juntos, desenvolvemos nossas habilidades e super poderes juntos.

Então, eu, de certa forma, admirava a pessoa que ela era.

No entanto, de alguma maneira, isso começou a crescer.

Subitamente, me pegava pensando em como ela era engraçada, inteligente, otimista e… bonita. Esse pensamento me veio quando a vi inclinar- se para pegar algo na mesa de centro da sala, enquanto eu assistia à um filme. Seus cabelos negros caíram sobre a pele mármorea de seu rosto, criando sombras sobre todo o relevo. O modo como seus olhos escuros brilhavam...

De súbito, a palavra veio como uma pequena explosão. Bonita. Phoebe é bonita. Rapidamente, tratei de lembrar de todas as vezes que ela me fez odiá-la por ser tão perfeitinha. Pelo simples fato de ser minha irmã e isso já ser o suficiente para que eu não pensasse em coisas assim.

Passei boa parte da tarde tentando afastar a lembrança dela se curvando na minha frente. Mas foi impossível parar de pensar nisso e me perguntar o que havia de errado comigo. Por semanas, isso havia simplesmente sumido de minha mente. Até que a vi a conversando com sua melhor amiga perto de seus armários da escola. O modo como ela sorria me fez parar de guardar meus livros. Apenas foquei nos lábios dela.

Um pensamento perturbador passou por minha cabeça. O de como seria a sensação de encostar minha boca na sua.

Bati o armário com tanta raiva e força que a tranca quebrou. Todos no corredor olharam para mim. Inclusive Phoebe. Mas eu já estava me afastando dali. Praticamente corri para os vestiários masculinos e me tranquei lá, sabendo que não haveria treino do time, porque eu, sem querer, explodi o encanamento dos chuveiros. OK. Não foi tão sem querer assim. Fiquei sentado durante horas, lá, no escuro, tentando afastar aquele pensamento nojento.

O que havia de errado comigo? Por que eu estava pensando coisas tão horríveis sobre minha irmã? Por que agora?

Me dei conta de que horas haviam passado quando o sinal da última aula tocou, sinalizando que era hora de ir embora.

- Eu não te vi o dia todo, Max - ela disse, quando caminhávamos para casa - Deu pra cabular aula, agora? Se a mamãe e o papai descobrem... - ameaçou com aquele sorrisinho sacana nos lábios.

Por um segundo, o pensamento passou de novo por minha mente. Minha boca na sua.

- Não é da sua conta o que eu faço - soei tão grosseiro que até Phoebe reparou.

Ela não disse nada durante todo o caminho. Provavelmente, tão desconcertada quanto eu.

As semanas que se seguiram foram um tremendo inferno.

Eu não conseguia parar de pensar em Phoebe e naquelas coisas nojentas que estavam passando por minha cabeça à cada vez que a via.

Vez ou outra, me entregava à eles, quando estava sozinho no meu quarto tarde da noite. Por mais vergonha que sentisse disso, eu não conseguia não imaginar como seria beijar Phoebe, sentir sua pele pálida e macia, sua respiração em total confusão com a minha. Estava ficando cada vez mais difícil negar o quanto a queria.

Era uma necessidade insuportável, mas eu estava resistindo bravamente, achando que fosse só uma idéia maluca. Talvez, uma fase estranha da adolescência de um super herói (ou super vilão, no meu caso). E ainda mais com aquela coisa de gêmeos. Minha ligação com Phoebe era muito estreita por mais que brigássemos feito cão e gato. Talvez, eu apenas estivesse confundindo o que eu sentia por ela. Trocando o amor fraternal por algo à mais. Algo que não existia e nem deveria existir.

Com esse pensamento feliz, eu me enganava, pegando no sono, apenas para vê-la em meus sonhos, tão tentadora e linda como antes. Eu acordava no meio da noite ansioso e angustiado. Procurando-a pelos lençóis de minha cama, mas ela não estava lá. Até que numa dessas noites, Phoebe realmente estava perto de mim.

Ela parecia preocupada comigo.

- Max, você está bem? - perguntou, sentada no colchão de minha cama, usando uma blusinha rosa de gatinhos com um short igualmente rosa - Eu escutei você gritando. Foi algum pesadelo?

Senti seus dedos afagando meus cabelos úmidos de suor.

- Não - murmurei, ainda ofegante e tentando ao máximo não olhar para o casto decote de sua blusa - Eu só... foi um daqueles pesadelos bobos em que o Colossus fica gigante e corre atrás de mim vestido de cenoura.

Isso a fez rir. Ri junto com ela, me esquecendo por um segundo do que rondava minha cabeça.

- Você precisa de alguma coisa? - perguntou um tempo depois.

Você, pensei, calando o pensamento quase que no mesmo segundo.

- Você está sendo legal comigo? - eu ri nervosamente - Quer alguma coisa em troca, por acaso?

- Bobo - ela sorriu, dando uma tapinha no meu ombro - Eu sou sua irmã, sabe. E às vezes... eu me preocupo com você.

- Agradeço pelo sarcasmo que me toca - assenti, tentando não pensar naquilo palavra. Irmã - E não, Phoebe, eu tô muito bem. Não preciso de nada. À menos que queira fazer o meu dever de casa.

- Boa tentativa - ela riu, ficando de pé.

E fiquei estranhamente triste de ela me deixar tão rápido.

- Phoebe?

- Sim? - ela se voltou para mim.

Puxei sua mão levemente, fazendo-a se inclinar sobre mim como se eu fosse contar um segredo à ela. E, subitamente, aquela proximidade me pareceu uma enorme tentação. Sua boca estava tão perto que eu podia beijá-la naquele exato momento.

Suspirei, resignado.

- Obrigado por cuidar de mim - falei, dando um beijo em sua bochecha.

Ela sorriu daquele jeito que fazia meu coração acelerar e as pernas tremerem um pouco. Mas não passou disso. Apenas um sorriso para o seu querido, amado e estúpido irmão.

- Que nada - ela bagunçou meu cabelo, ainda sorrindo - Você até que é legal quando não está destruindo as coisas ou desmontando meu notebook pra fazer suas geringonças de vilão.

E saiu do meu quarto.

Mesmo que ela tenha dito aquilo para, Max, seu irmão gêmeo, a outra parte de mim, o cara que tinha uma tremenda queda por ela, ficou feliz. E me senti culpado por isso.

Mais alguns dias se seguiram e tentei de todas as formas possíveis matar aquele sentimento horrível que crescia dentro de mim como um vulcão prestes a explodir. Até Colossus, meu coelho de estimação - que antes fora um vilão transformado em animal pelo meu pai - percebeu como eu estava distraído esses dias.

- Você está doente, Max? - questionou, roendo uma cenoura - Porque você anda tão aéreo esses dias. Esqueceu até de limpar minha gaiola.

- Não sei do que você tá falando, bola de pêlos com capa - resmunguei, terminando de guardar meu material na mochila, não queria me atrasar, pois queria ir junto com Phoebe - E não vou limpar a sua gaiola. Se vire.

E saí do quarto.

- Tô vendo que vou ter que pagar seus irmãos para fazerem isso, não?! - ouvi-o exclamar - Nora! Billy! Tem uma coisa pra vocês!!!

À menção de seus nomes, Billy, com sua hiper velocidade passou correndo por mim com Nora e um de seus famosos laços enormes na cabeça, em seu encalço, soltando faíscas de laser pelos olhos.

- Isso não vale, Billy!

- Não tenho culpa se você é muito lenta! - gritou, já no meu quarto.

- Não quebrem nada! - avisei, mas já estava atrasado demais e desci as escadas correndo.

Phoebe já estava de saída com sua amiga e eu quase a perco.

- Você? Chegando no horário, Max?- riu sua amiga.

- Hã... eu tenho que entregar... um trabalho de inglês - inventei na hora.

- O Max anda muito estranho - riu Phoebe, provocando - Será que está apaixonado por alguma garota?

Meu coração acelerou. Ela nem fazia idéia de que a única garota que eu queria, era ela. Minha própria irmã.

- Não enche, Phoebe - resmunguei, ficando vermelho.

No meio do caminho elas pararam na casa de um amigo, para ele ir conosco. Não me dei conta do que estava acontecendo até ver um garoto loiro de olhinhos azuis afetados. Ryan Truman.

Meus punhos cerraram tanto que senti meus dedos formigarem.

- Oi, Phoebe - cumprimentou, claramente flertando com minha irmã.

Se isso fosse à algum tempo atrás, eu não daria a mínima, mas agora, eu queria incinerá-lo vivo.

- Oi, Ryan - Phoebe sorriu, mexendo no cabelo escuro e comprido, claramente retribuindo o flerte daquele aguado.

Durante todo o caminho, tudo o que fiz foi contar até mil mentalmente. Tentando não usar meus poderes de telecinese naquele babaca.

Toda vez que ele tentava se aproximar de Phoebe eu ficava entre os dois, atrapalhando qualquer insinuação de alguma conversa Íntima. No fim das contas, eu fiquei bem feliz de ter acabado com aquele otário. Mas Phoebe não ficou nada feliz. Ela passou o dia todo me dando um gelo daqueles. Até mesmo quando chegamos em casa.

Mamãe até estranhou o silêncio, sem gritos e xingamentos de nossa parte, embora, não tenha dito nada quanto à isso. Ela estava ocupada demais, tentando descobrir quem havia matado Don Martin de Alvarez e qual das irmãs gêmeas, Analisa e Roberta, era do mal, em uma daquelas novelas mexicanas cafonas que ela gostava de assistir.

Fui para meu quarto me sentindo uma droga por ter atrapalhado a vida de Phoebe. Ainda mais por causa dessa atração nojenta que eu tinha por ela.

Colossus parecia muito feliz com sua gaiola limpa, comendo o que eu imaginava ser sua sétima cenoura naquele dia.

Tomei um banho e me joguei na cama sem me importar se tinha muito dever de casa para fazer. Eu não conseguia parar de pensar nela e no quanto estava aborrecida comigo.

- Droga - resmunguei, saindo de meu quarto e indo direto para a porta do seu.

- Phoebe - bati na porta.

- Vai embora, Max!

É, ela ainda estava brava.

- Não fica assim comigo, vai? - pedi, tentando fazer aquele ar fofo que ela não resistia - Eu não tenho culpa se não gosto daquele cara.

- O Ryan é o garoto mais legal que eu já conheci e você estragou isso! Ele ia me chamar pra sair!

Meus punhos ficaram apertados de novo.

- Você merece coisa melhor, Phoebe.

Será que ela percebeu o ódio contido em minha voz?

- E quem é você para escolher quem é melhor para mim ou não?! - resmungou.

Bufei, abrindo a porta de seu quarto de uma vez com minha telecinese. Phoebe estava deitada na cama, com um vestido vermelho lindo. Seus cabelos caíam sobre os olhos escuros, enquanto ela abraçava um bicho de pelúcia.

- Eu sou seu irmão - falei, fechando a porta atrás de mim.

- Sai do meu quarto - ela resmungou, sentando-se na cama.

- Ei - ergui as mãos em sinal de rendição - Calma, maninha. Eu vim em paz.

- Sai daqui, Max - ordenou de novo - Já não basta que tenha estragado minhas chances com o garoto mais lindo do colégio. Não quero olhar pra sua cara.

- Não seja tão dramática - murmurei, com sorrisinho - E ele nem é tudo isso.

Ela bateu as mãos sobre o urso de pelúcia.

- Eu não entendo - desabafou, indignada - Eu não atrapalho você com suas namoradas. Agora quando chega a minha vez, você sempre estraga tudo. Por que faz isso, Max? Gosta de me ver sofrer?

Ela estava à ponto de chorar. E por minha causa. Quis me dar um soco.

- Sabe que não é nada disso, Phoebe - murmurei - Eu só quero proteger você.

- Eu não preciso da porcaria da sua proteção - resmungou.

Suspirei, me rendendo totalmente.

- Eu e o idiota do Ryan temos aula de química juntos no segundo tempo - murmurei, ficando mais sombrio - Se quiser eu posso, sei lá... falar com ele.

Minha expressão ficava mais fechada à cada palavra.

- Você faria isso? - Phoebe sorriu, sua voz mais aguda.

Então me dei conta de que faria tudo por ela.

- Tá. Tanto faz - tentei soar despreocupado, para não deixar a raiva transparecer.

- Ei - ela disse, erguendo o punho fechado no ar - Toca aqui, Max.

Me recusei a olhar para ela, porém, insistiu, cantarolando: " Toca aqui, Max, toca aqui…" e rodopiando o punho cerrado no ar. Até que eu toquei, sorrindo para ela.

- Sua chata - resmunguei.

Subitamente, ela me abraçou.

- Obrigada, seu bobão. Você é o melhor irmão do mundo.

Meus braços cercaram sua cintura, a apertando contra mim. Seu perfume de lavanda estava em cada parte dela, mais presente nos cabelos e em sua pele. Eu não queria soltá-la nunca mais.

Dei um beijo em sua bochecha, ouvindo- a rir. Então, dei mais outro, e mais um, e outro e mais outro. Até que de alguma forma, encontrei o canto de sua boca. Phoebe enrijeceu em meus braços.

Aos poucos, um tanto envergonhada, ela tentou se afastar de mim, mas não quis soltá-la, completamente dominado pela miragem que sua boca era diante de mim. Então, me inclinei de novo e dei um selinho nela. Apenas um toque inocente, porém, que fez todo o meu corpo tremer.

- Max! O que você...?! - perguntou, me empurrando para longe dela bruscamente.

Seus dedos estavam nos lábios macios e rosados. Sua boca aberta em um pequeno "o". Aqueles olhos castanhos estavam pousados nos meus, ainda confusos demais pelo que tinha acontecido.

Eu mal podia me conter. A puxei para o meu colo e a beijei de novo. Mais intenso e quente que antes. Phoebe ficou chocada demais para fazer qualquer coisa. Deixei minha língua invadir sua boca, explorando cada parte dela. A culpa ferveu no canto de minha mente como ácido, no entanto, a ignorei, mais focado em sentir seus lábios macios contra os meus.

Tudo isso durou apenas um segundo, mas foi o suficiente para todo meu corpo arder em chamas. Isso nunca tinha acontecido com nenhuma outra garota.

Depois de alguns segundos de pura descrença, Phoebe me afastou com um outro empurrão e, dessa vez, me deu um tremendo tapa no rosto.

- Você ficou louco?! - gritou, empurrando o corpo para longe de mim, de modo que suas costas bateram contra a cabeceira da cama - O q-quê… você pensa que está fazendo, Max?!

- Phoebe... eu... eu - simplesmente não sabia o que dizer. Meu rosto estava pegando fogo, tanto pelo tapa, quanto pela vergonha do que eu havia feito - Phoebe...

Tentei me aproximar.

- Não! Sai de perto de mim!

- Phoebe, me desculpa...- sussurrei - Phoebe...

- Não! Saí do meu quarto, Max! Sai agora!

Nós dois tomamos um tremendo susto com a batida na porta.

- Phoebe? - era a mamãe - Você e seu irmão estão brigando?

Olhei para minha irmã, alarmado, vendo-a ter um belo debate interno entre contar tudo para nossa mãe ou engolir aquela vergonha. A garota me encarou por um segundo, vendo meu próprio desespero refletido em seus olhos castanhos.

- Não, mãe! - disse um tanto alto demais - Eu e Max estamos fazendo um trabalho juntos!

- Tudo bem - ela disse do outro lado da porta - Apenas não briguem, crianças.

Ela esperou mais alguns segundos para ter certeza de que nossa mãe havia ido embora, mesmo. Seus olhos me encararam com mágoa e raiva. Phoebe parecia à ponto de chorar.

- Eu quero você saia do meu quarto, Max - disse ríspida e pausadamente - Se você ousar tocar em mim desse jeito mais uma vez, eu juro que conto para a mamãe e o papai, entendeu?

Eu não disse nada, envergonhado demais de minha atitude.

- Sai daqui - ordenou.

E pela primeira vez na minha vida, eu a obedeci.



Notas Finais


Voltei \○/
Espero que tenham gostado desse capítulo. E se gostaram, por favor, comentem e favoritem :)

Beijos xxx. Até mais ^-^)/


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