História Desejo Proibido - Pegos

Ariana P.O.V

 Saio da cozinha às pressas, tentando assimilar tudo que havia acontecido dentro daquela cozinha. A voz do Lucas não saía de dentro da minha cabeça. E uma frase em especial me atordoava: "Não brinque comigo, Ariana." O que eu falei pra lhe causar aquela reação? Ele não parecia o Lucas de horas atrás, divertido e sorridente. Seu tom de voz, seu olhar, me fez ter medo dele.

 Quando chego no local da piscina, trato de colocar uma expressão mais leve no rosto. Sentados em um sofá, encontro Foquinha e Chris, a quatro almofadas de distância do outro. Quando Foquinha finalmente tira os olhos da tela do seu celular e me vê, vem apressada até mim, ansiando saber como meu celular estava.

— E aí? — ela pergunta, curiosa pra saber o estado do celular.

— Seu namorado é meu herói — digo, tentando disfarçar meu nervosismo.

Ela sorri, aliviada, colocando a mão sobre seu peito.

— E o Lucas? Cadê ele? — ela pergunta, fazendo eu me dar conta de que ele não me acompanhava. 

— Deve estar na cozinha — digo, dando de ombros.

— Vou ir lá agradecer ele por salvar seu celular — Foquinha diz.

— Eu já agradeci, não se preocupe — digo e vejo um sorriso se formar em seu rosto.

— Um tipo de agradecimento que só eu posso dar a ele — ela diz, sussurrando no meu ouvido. 

Só assim me dou conta do quanto fui inocente ao achar que era um simples agradecimento.

— Sexo — Chris diz, me fazendo lembrar da sua existência. 

— Obrigada, mister óbvio — Fernanda diz. — Amanhã falo com vocês.

Ela diz e sai, fazendo o mesmo trajeto que eu para chegar até a cozinha.

— É, já tá na nossa hora — digo para Chris, que concorda.

Depois de uns segundos em silêncio, faço uma pergunta que é muito simples, mas depois de tudo que aconteceu hoje, estávamos um pouco distantes.

— Quer uma carona? — pergunto, com um pouco de receio.

— Claro — Chris diz, com um sorriso amigável no rosto.

Pego as chaves de cima da mesa e as sacudo, chamando sua atenção para irmos embora. Eu esperava que ele simplesmente levantasse para irmos, mas como o Christian me conhece bem, ele me fez a última pergunta que eu queria ouvir hoje.

— Aconteceu alguma coisa lá dentro? — Chris pergunta, desconfiado.

— Claro que não — digo como se ele houvesse falado algo absurdo.

— Tem certeza? — ele pergunta, mas como se dissesse "eu sei que não". — Desde que você voltou da cozinha te achei meio... Distante.

— Eu tô com sono, só isso — digo, esperando que ele pare de tocar nesse assunto.

— Vou fingir que eu acredito, mas amanhã você vai me contar o que há de errado.

Foquinha P.O.V 

Chego na cozinha e encontro Lucas bebendo um copo d'água.

— Já tô indo — ele diz, colocando o copo vazio sobre a mesa.

— Não precisa se apressar, já dispensei eles — digo me aproximando dele e ficando na sua frente. Coloco minhas mãos em seus ombros, nos deixando mais próximos.

— Já? São só... — ele checa o relógio na parede — 22:40.

— A gente pode aproveitar a noite de outro jeito — digo alisando seu braço direito.

Vejo um sorriso se formar em seus lábios, finalmente entendendo o que eu queria com toda essa conversa. Lucas é um homem muito bonito, mas seu sorriso é o que eu mais gosto nele. Na primeira vez que o vi, soube que ele tinha que ser meu, e tudo que eu quero, eu consigo.

— Por que você não disse antes? — ele falou, com um sorriso malicioso no rosto. Senti suas mãos envolverem minha cintura, me puxando para mais perto de si.

Lucas P.O.V

Pego com firmeza na sua cintura e a puxo para mais perto de mim, fazendo que eu sinta seus seios.

— Espera aí — ela falou e se afastou, me irritando.

Ela vai até a porta da cozinha e estica o braço até encontrar o interruptor, desligando a luz. 

— Não podemos correr o risco — ela diz, voltando em longos passos e se sentando rapidamente na bancada onde Ariana estava sentada.

Ariana. A lembrança dela ali, sentada na minha frente, me faz sorrir um pouco.

— Sexo é engraçado pra você? — Fernanda me perguntou, me fazendo reprimir o sorriso no mesmo instante.

Chega de pensar na Ariana — por enquanto — e se concentra, pensei.

— Deita — ordenei e Fernanda obedeceu.

Aliso suas coxas para provoca-lá, e como resposta tenho alguns suspiros dela. Quando eu não aguento mais enrolar, pego suas pernas e as apoio em meus ombros, as deixando com centímetros de distância. Em segundos, vejo sua blusa desaparecer do seu corpo e ir parar ao seu lado, do avesso. A pego pela cintura de forma brusca, puxando seu corpo pra mais perto do meu. Estico o braço até alcançar seu seio esquerdo, o apertando suavemente. Quando estou prestes a abaixar sua calcinha, a luz é acesa, revelando Melissa, com cara de apavorada ao lado da porta.

— O que está acontecendo aqui? — ela diz, alternando seu olhar de mim a Fernanda.