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História Desejo Proibido - Novidades


Escrita por: LomaSant

Capítulo 19 - Novidades



Ariana P.O.V

— Que tal você parar de birra e me ajudar a arrumar essas coisas? — falei, me referindo ao monte de roupas que estavam jogadas em cima da minha cama. Desde que eu havia contado para Christian o que tinha acontecido com Maria e todo o resto, ele estava agindo de forma estranha comigo. 

— Não tô fazendo birra, só fico impressionado com a sua falta de capacidade em ouvir o próximo — Christian falou, finalmente olhando para mim.

— E eu fico impressionada com a sua capacidade de querer mandar nos outros! Chris, eu vou fazer algo e pronto! — falei, a fim de ter dado a palavra que encerraria a discussão. — Agora, será que você pode me ajudar a colocar essas roupas nas malas? — pedi, exausta por causa da pequena discussão — Por favor! — implorei, e ele acabou se rendendo. Chris praticamente arrastava seu corpo para chegar até a minha cama. 

— Tá, tanto faz — ele falou e eu revirei os olhos ao ver que ele ainda estava bravo.

— Ah, para com isso, vai — falei, a fim de fazê-lo rir. Comecei a apertar sua barriga com meu dedo indicador, e logo ele começou a dar pequenos risos. 

— Ariana, isso não vale! — ele falou, tirando minha mão de perto da sua barriga. 

— Então tira essa cara fechada e me dá um sorrisão — falei, querendo imitar o modo como uma tia fala com o sobrinho que é uma criança e que havia feito birra. Ele sorri, mas enquanto seus lábios se transformavam nesse sorriso, ele levantou o braço na minha direção e mostrou o dedo do meio, me fazendo rir. 

— Vamos arrumar essa bagunça logo. Pelo que eu tô vendo, há bastante coisa para ser feita — ele falou, dando uma olhada em cima da cama e se aproximando de mim. 

— Que bom que você está pensando assim, porque eu preciso procurar meus biquínis e você fica aí, guardado essa roupa — sorri e me levantei, indo em direção ao meu armário.

— Filha da mãe! — Chris disse com um tom de humor, sem acreditar no que eu havia lhe falado. 

Christian P.O.V 

Ariana estava quase dentro do armário quando falou algo que me colocou em uma situação meio constrangedora. 

— Ou você quer que eu nade pelada? — ela perguntou, claramente brincando. Mesmo que eu não soubesse o que se passa na cabeça dela, eu sabia que ela estava arrependida de ter a feito. 

Depois de uns segundos pensando no que responder, pensei em falar a verdade.

— Sinceramente, não seria nada mal — falei e ela se virou para mim.

— Idiota! — ela falou. Seu rosto estava vermelho de vergonha. Me senti meio mau por tê-la feito ficar constrangida, ainda mais que agora ela tem consciência de que eu gosto dela. Pareço um adolescente de 13 anos falando desse modo. Na verdade, Ariana faz eu me sentir adolescente novamente. O Christian inseguro e atrapalhado do colégio.

— Eu tô brincando! — falei, por mais que eu não estivesse. — Lembra do que eu falei antes? Em não tentar nenhuma gracinha? Sou um homem de palavra, Ariana Grande — falei, nos lembrando do dia da sorveteria.

— Só... continue arrumando as roupas — ela me orientou e eu assim o fiz, colocando as roupas dentro da mala rosa. 

Depois de um processo que me parecia infinito de pegar a roupa e colocar na parte certa, — elas se dividiam entre, segundo Ariana, roupas para ficar em casa, shorts, roupas de sair e pijamas. Ela fez questão de guardar suas próprias roupas íntimas. Quando eu estava quase fechando a mala, Ariana gritou por meu nome, me fazendo olhá-la rapidamente, e em sua mão, vi um objeto pequeno em uma moldura de madeira. Uma foto. 

— Olhe, é a gente! — ela falou, se aproximando de mim com a foto em mãos. 

A peguei de sua mão e a analisei por um tempo. Ariana ainda tinha os cabelos cacheados que eu gostava, e eu tinha os cabelos cacheados que ela odiava. "Você não combina com esse cabelo, Chris", ela costumava dizer. Eu estava ao seu lado, sentado na escada que ficava em frente ao portão de entrada da escola em que fizemos o ensino fundamental juntos. Ela estava com um lindo sorriso no rosto, e eu ao seu lado, extramente tímido. Nessa época eu já sabia que gostava dela. Não é que eu tenha gostado e sofrido pela Ariana por todos esses anos, mas ela sempre me fez sentir algo diferente, algo que outras garotas não haviam me proporcionado.

— O que achou? — ela perguntou, animada.

— Primeiro: sinto falta do seu cabelo cacheado. Segundo: ótimas lembranças. 

— Eu não lembrava da existência dessa foto — ela falou, se olhando na fotografia. 

— Se eu não me engano, essa foi a nossa primeira foto juntos — falei, me recordando um pouco do dia. 

Ela, sem falar nada, esticou seu braço até alcançar a cama, e de lá puxou seu celular. Depois de ver seus dedos dançarem pela tela, ela me mostra o que estava procurando. A nossa foto que eu havia tirado minutos atrás. 

— Nossa primeira foto juntos ao lado da nossa última foto juntos — ela falou, colocando o quadro ao lado do celular. Aquilo me fez sorrir, já que eu havia continuado amigo dela após todos esses anos. No dia em que a foto do quadro havia sido tirada, eu não imaginava as coisas que viriam a acontecer. 

Lucas P.O.V

— Amor, vou falar com a sua mãe — falei logo após Fernanda ter saído do banheiro, tendo seu corpo ainda enrolado pela toalha verde.

— Por quê? — ela me perguntou, fazendo uma careta. 

— Lembra do dia em que... bem, nos pegou quase transando na cozinha? — a lembrei, fazendo que uma ponta de decepção aparecesse em seu rosto. 

— Lembro, é claro — ela falou. — Desde esse dia nós não podemos mais dormir juntos, o que é ridículo, levando em conta que nós iremos viajar e ficaremos juntinhos! — ela falou, vindo até a cama me abraçar. 

— É claro que sim, mas eu preciso resolver as coisas com ela. Desde esse dia ela tem me tratado de uma maneira muito diferente — disse, lembrando do modo como ela havia me tratado durante os dias que se seguiram depois do episódio da cozinha. 

Eu não estava fazendo aquilo apenas para voltar a ser amiguinho da louca da Melissa. Era tudo parte do plano, assim como tudo que eu venho feito nos últimos meses. A confiança de Melissa era crucial para que as coisas dessem certo. 

— Fico feliz que você esteja disposto a encarar a dona Melissa por mim — Fernanda falou.

— Por nós — a corrigi, e tive que me segurar para não soltar uma risada das escandalosas. 

— Ah, meu amor! — ela falou, me abraçando mais apertado ainda.

                                                                                                             *** 

Quando saí no jardim, encontrei Melissa sentada em uma mesa enquanto tomava chá, acompanhando a bebida por algo que me parecia ser biscoito. Me aproximei dela com cautela, tentando pensar nas palavras certas para aborda-la. 

— Dona Melissa? — a chamei, fazendo ela tirar os olhos do chá e os volta-los para mim. 

— Sim? — ela perguntou, e quando me viu, voltou a prestar atenção no seu chá.

— Eu queria conversar com você sobre aquele dia extremamente desagradável em que você encontrou a Fernanda e eu... bem, naquelas condições — eu falava tão formalmente que parecia outra pessoa falando. Era o Lucas que eu havia inventado para ser nessa casa, não eu, o verdadeiro Lucas Olioti.

— Aquele dia em que vocês estavam quase transando na cozinha da minha casa? Se for esse, sim, eu me lembro bem — ela disse, destilando veneno. 

— Eu queria saber se há algo que eu possa fazer para me redimir. Eu realmente não queria que aquilo tivesse acontecido — falei, e ela colocou delicadamente sua xícara de chá em cima da mesa. Ela me olhava de uma maneira como se pudesse ver no fundo da minha alma. Simplesmente assustador. 

— O que você realmente quer com a minha filha, Lucas? Seja sincero — eu já sabia o que responder caso ouvisse essa pergunta, então me mantive calmo.

— Eu amo a sua filha, Melissa. Eu não passaria todo esse tempo com ela, sendo que moramos um tão longe do outro, se não fosse por puro amor — falei, olhando em seus olhos. Falei tão sério que, por um instante, até eu me convenci de que aquelas palavras eram verdadeiras. 

— Eu nunca confiei em você, Lucas. Nunca. Mas, por que eu confiaria? Um homem que eu conheci há pouco tempo que mantém um relacionamento há distância com a minha filha. Quase não sei nada sobre você. — ela falava e eu apenas concordava, fazendo "uhum". 

— Melissa, se Fernanda está comigo hoje, deve ter um bom motivo. Ela confia em mim, e eu, nela. Se você não confia em mim, é realmente uma pena, pois isso não fará Fernanda se distanciar de mim — falei. Eu poderia estar cometendo um grande erro falando com ela daquela maneira, mas é assim que uma pessoa como Melissa deve ser tratada.

Ela me analisou por alguns segundos, que, para mim, pareceram horas. Depois de dar um longo suspiro, ela finalmente falou.

— Eu deveria considerar isso como um desrespeito, mas não vou. Gosto de ver que estou realmente falando com um homem. Já não acho que você seja o otário que eu pensava, mas ainda não é o bastante para conquistar minha confiança. Talvez poderemos ser ótimos amigos, ou, o que eu gosto mais ainda, ótimos inimigos. Nada me dá mais prazer do que destruir alguém que se intrometeu no meu caminho — ela falava com a mesma tranquilidade que Cocielo havia usado para falar comigo, meses antes da nossa última ligação. Seu modo de falar comigo não havia me surpreendido. Eu lidei com gente desse tipo a vida toda.

— Eu vou te surpreender muito, Melissa — falei. Ah, e como eu iria.

— Agora que já conseguiu o que queria, por favor, saia; está atrapalhando o meu chá. 

Assenti com a cabeça e saí do jardim. Quando cheguei na cozinha, sem correr o risco de ainda estar em seu campo de visão, sorri, vitorioso. Claro que não havia sido o suficiente, mas já era algo. 

Na cozinha haviam várias funcionárias, a maioria delas se ajudavam no preparo do jantar. Cláudia cortava uma cebola, e quando me viu, deu um pequeno sorriso, mas que logo tratou de reprimir. 

— O senhor deseja algo, seu Lucas? — Cláudia perguntou. Como era sonsa. 

— Agora não, obrigada — recusei e quando estava quase saindo da cozinha, ouvi novamente sua voz me chamar.

—  O senhor tem certeza? O jantar vai demorar — ela falou, me olhando atentamente. E foi aí que eu entendi que ela tinha algo para me contar. 

— Um suco de manga seria ótimo, por favor — falei. — Leve em meu quarto quando estiver pronto — mandei e ela assentiu. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo. Era pra ser bem maior, mas eu achei melhor diminuir para não ser muita informação em um capítulo só. Prometo pra vocês que a viagem acontecerá no próximo capítulo. Ah, comentem mais, por favor!


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