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História Desejo Proibido - O outro lado de Lucas Olioti


Escrita por: LomaSant

Capítulo 28 - O outro lado de Lucas Olioti


                                            Lucas P.O.V

Após sair do novo quarto de Ariana, me certifiquei rapidamente se eu havia fechado bem a porta, virando um pouco o meu pescoço para que eu pudesse olhá-la. Estava completamente fechada. Dando passos largos e rápidos, eu me afastava cada vez mais do seu quarto e da sua presença.

Na tela do meu celular, o sobrenome "Nakada" parecia ficar cada vez maior a medida que os segundos passavam e eu não atendia sua ligação. Ainda andando, arrastei meu dedo pela tela do aparelho para aceitar a ligação.

— Achei que ia fingir que não ouviu o celular tocar — ouvi a voz do Mauro no outro lado da linha.

— Eu só precisava me afastar da Ariana — falei, sem pensar direito. Não fazia sentido falar sobre ela, já que ele obviamente não sabia quem Ariana era. 

— Ariana? Achei que o nome da garota fosse Fernanda — lembrou, confuso.

— Ariana é a melhor amiga da Fernanda, eu estava com ela — expliquei, mas me arrependi antes mesmo de terminar de falar. Eu sei que não parece ser algo com que eu deva me preocupar, mas tudo o que eu diga pode ser usado contra mim ou Maju. É uma situação de merda ter seu melhor amigo trabalhando para o cara que pode te matar. 

— Caralho Olioti, não me diz que você tá pegando a amiga! Cê não aguenta ficar com uma garota só? Você vai fod.. — Mauro começou a tirar conclusões, que me fizeram revirar os olhos enquanto ele gritava.

— Não, não é nada disso! Eu queria estar pegando ela? Sim, pra caralho, mas a verdade é que eu acabei dando uma de herói por aqui.

— Me explica isso — ele finalmente pareceu estar interessado em algo que eu tenho para falar.

                                                          ***

— Foda! — Nakada exclamou após eu ter terminado de contar toda a situação do acidente de Ariana no banheiro.

— Assim que nos viu, Fernanda ficou muito puta, mas quando entendeu o que tinha acontecido, ela me tratou como um Deus. Na verdade, ainda trata — me vangloriei.

— É, isso é bom — Mauro falou, já com o tom de voz mais sério. — Você deve gostar dessa Ariana, já que se machucou por ela — falou, me fazendo revirar os olhos.

— O quê? Não! — exclamei ao ouvir aquela ideia absurda — Na hora eu não pensei direito, precisava ajudar — respondi com sinceridade.

— Olioti ajudando sem querer algo em troca? Esses ricaços realmente te mudaram.

— Não acredito que um dia alguém conseguirá mudar quem eu sou. E será que eu preciso te lembrar que não sou um monstro? Eu tenho defeitos, vários deles, mas não sou ruim — desabafei. Preciso me convencer de que não sou uma má pessoa, apenas estou fazendo o que é necessário para viver.

— Conheço pessoas que discordariam desse seu discurso de boa pessoa — Mauro falou, fazendo o nome de todas essas pessoas surgirem na minha cabeça. O que me fez respirar fundo, como se essa ação fosse fazer tudo desaparecer. Não só os nomes, mas também as pessoas. — Sugiro que pare com a autopiedade e comece a agir, pois nós dois sabemos que o único meio de acabar com isso, é através do dinheiro.

— Você tá certo, completamente certo. Eu tenho fazer o que é preciso. — falei, finalmente tendo o choque de realidade que eu precisava. Ultimamente eu havia abaixado a guarda. Não posso me permitir ter qualquer tipo de sentimento por essas pessoas. Elas são apenas um caminho mais fácil de eu conseguir minha vida de volta, nada além.

— É isso aí, garoto. Você sabe que o Júlio não terá piedade de você, então não tenha piedade com eles.

— Sem piedade — falei, disposto a seguir aquelas palavras a risca. Eu faria tudo o que fosse necessário. 

— Amor, finalmente te achei! — ouvi a voz de Fernanda se aproximando, me irritando. 

— Cara, te ligo mais tarde. Foi ótimo falar com você — me despedi de Mauro, disfarçando.

— Apenas faça, Lucas — Mauro ordenou.

— Não se preocupe — falei e encerrei a ligação.

— Estava falando com quem? — Fernanda perguntou, olhando a tela do meu celular. Essa sua necessidade de saber tudo o que eu faço é uma das coisas que mais me irrita nela. Eu me sinto preso ao seu lado. 

Sinto cada vez mais falta de Maju me encorajando a fazer coisas que normalmente eu nunca teria coragem. Sempre coisas perigosas que tem noventa por cento de chance de acabar mal, mas eram essas ações que faziam eu me sentir tão vivo. Maju, menina idiota, como eu sinto sua falta.

— Um amigo — respondi, dando de ombros.

Fernanda me analisou por alguns segundos, me olhando de forma preocupada.

— Lucas, você tá bem? — perguntou, me fazendo abrir um sorriso. O mais falso que eu consegui colocar no rosto.

— Nunca estive melhor, meu amor.

Eu sou uma pessoa ruim, e não há como fugir de quem eu sou. Está na hora de começar a jogar. 


Notas Finais


Desculpem pela demora, espero que o capítulo esteja bom.


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