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História Desejo Proibido - Péssimo dia


Escrita por: LomaSant

Notas do Autor


A foto da Ariana que tá na capa do capítulo é como ela está na festa.

Capítulo 3 - Péssimo dia


Fanfic / Fanfiction Desejo Proibido - Péssimo dia


— Ariana, Lucas, preciso apresentar uns amigos meus para vocês — Foquinha diz, vindo do outro lado do salão. Eu, Lucas e Christian haviamos saído de nossos lugares porque eu já não aguentava mais ficar sentada. Ficamos no meio do salão, conversando. Ou melhor, Christian e Lucas conversavam e eu apenas fiquei ouvindo o que falavam, o que não passava de besteira de meninos. Uma vez ou outra Lucas perguntava se eu queria me juntar a eles na conversa, mas a única coisa que eu queria no momento era ir pra minha casa dormir, já que esse tipo de festa não tem nada a ver comigo e Fernanda estava muito ocupada com outros convidados.

Olho por cima do ombro da Foquinha e vejo dois rapazes e uma mulher loira que eu nunca havia visto antes. A mulher mantinha seu olhar em mim, e só parou de me analisar para cochichar algo para os homens ao seu lado. Os dois me olharam rapidamente e sorriram, fazendo a loira rir. Por conta da música e da distância, eu não conseguia entender o que era, mas com certeza não deveria ser um elogio. 

— Ariana, você ainda se encontra nesse planeta? — ouço Foquinha me chamar e estralar os dedos bem próximo ao meus olhos, me fazendo  prestar atenção nela. — Tá viajando de novo, só pra variar! — ela diz, irritada.

— Pode falar — digo, voltando minha atenção para ela.

— Lembra que viajei pra França no ano passado? — assenti — Então, conheci eles no hotel em que fiquei — ela diz e coloca sua mão nas minhas costas desnudas. Com sua mão direita, segurava na mão de Lucas. Ólho para trás rapidamente e vejo que ela havia deixado Christian ali, sozinho. 
Sinceramente, acho que Fernanda nunca gostou muito de Christian. Nós três nos conheçemos na 6° série e ela sempre achou ele muito estranho, com aquele cabelo cacheado que ele tinha na época. Ele só ainda tem contato com ela por minha causa, já que faço questão de levar ele para os nossos encontros. 

— Gente, esse é o Lucas, meu namorado — Foquinha disse, apresentando o Lucas a seus amigos assim que chegamos na mesa deles. 

Ele aperta a mão dos dois rapazes, e, quando chega na vez da mulher, vejo que seus olhos pousam por questão de segundos na altura dos seios da amiga de Fernanda, por mais que estivessem cobertos pelo tecido do vestido. Foi algo rápido, mas eu tinha certeza que ele havia olhado para os peitos dela. Foquinha não percebeu, mas pelo sorriso e olhar maliciosos que a sua amiga — entre aspas— havia lançado para o Lucas, ela com certeza havia notado. 

Eles estão flertando?, pensei. Com certeza vou ter que rever meus conceitos sobre o Lucas.

— Essa é a Ariana, amiga que eu falei pra vocês — Fernanda diz, me apresentando ao seus amigos. 

— Prazer — digo sem muito ânimo.

Os dois — a loira e um dos rapazes —  falham na tentativa de sorrir, já que seus sorrisos parecem mais um riso de deboche.
Afinal, qual é a piada?, pensei. A situação já estava me deixando sem graça e irritada. 

— Foi ela quem te ajudou a desenhar uns vestidos pra grife do seu pai? — a loira que antes me observava disse. Ela parecia ser mais velha, tendo quase uns trinta anos. Apesar de aparentar ter mais idade, era uma moça bonita, loira com  olhos castanhos. Como todas as outras mulheres ali, usava um vestido de tom escuro e recatado. Foquinha assentiu. — Engraçado. Você tem ótimo desenhos, mas não sabe se vestir para um evento importante, que pena. — ela disse enquanto me  analisava de cima abaixo. Dava pra perceber que ela havia dito aquilo com uma intenção de me deixar mal, mas ela não havia conseguido essa proeza.

Foquinha parecia surpresa, assim como Lucas e os outros dois rapazes.

— Adorei o seu colar — digo, sorrindo. Eu queria ter dito outra coisa, mas resolvi usar a educação que minha mãe havia me dado. 
—  Eu não posso dizer o mesmo que você, infelizmente — ela disse. Pela sua expressão, parecia que  estava com pena de mim. 

Eu estava mantendo a calma, mas quando ela abriu a boca para falar novamente, meu sangue ferveu e senti meu coração bater mais rápido.

— Olhe a sua volta, todas as mulheres aqui são damas muito bem vestidas, e você... Bem, você parece uma prostituta de luxo. — ela disse a última parte sussurando, para que ninguém mais além de nós escutasse. Enquanto falava, fazia questão de  apontar meu vestido, mexendo seu dedo de baixo pra cima, me analisando pela 3° vez. 

— Do que você me chamou? — digo entredentes. Respirei fundo para não perder a calma. Por mais que eu quisesse fazer um estrago na cara dessa mulher, eu jamais me rebaixaria. 

— Sua amiga tem algum problema de surdez? — ela perguntou para Foquinha, fingindo estar confusa. 

— Mariana, já deu! — Fernanda diz, finalmente se posicionando. Então a loira havia finalmente ganhado um nome.

— Olha Fernanda, sua festa está ótima, mas acho que pra mim já deu. —  digo me esforçando ao máximo para não deixar uma lágrima sequer escapar.  —  Feliz aniversário. 

Saio andando rapidamente, mas sinto alguém segurar meu braço e me puxar, me fazendo ficar de cara com Fernanda.

— Ariana, me desculpa por isso — ela diz. Eu sei que ela está realmente arrependinda, mas pra mim já deu. — Eu não imaginei que ela fosse ser baixa assim, me desculpa. 

— Eu ouvi isso! — Mariana disse, colocando a mão em seu peito e se fingindo de ofendida.

— Pelo o amor de Deus, dá pra você calar a boca? — Foquinha disse, se virando para Mariana, que realmente pareceu ficar ofendida com o comentário de Foquinha. Já eu, fiquei surpresa, pois era muito díficil ver Fernanda ser grossa com alguém, ainda mais em um evento como esse.

— Fica, por favor, eu mando ela ir embora — Fernanda diz, implorando. 

— Se quiser expulsar ela, eu acharia ótimo, mas não tenho — nunca tive, na verdade — clima pra ficar aqui. Até amanhã, Fê. — falei e vi ela fazer uma carinha de triste. Eram poucas as vezes em que eu a chamava assim. — Ah, diz pro Christian me encontrar lá fora em cinco minutos, senão, ele fica. — digo e saio do local. 

Passo por uns seguranças e chego ao estacionamento, e logo vejo meu carro na vaga em que deixei. Quando eu estava prestes a me sentar no banco do motorista, sinto alguém tocar em meu braço, me assustando um pouco. Sem me virar, dispenso a pessoa, que com certeza era a Fernanda.

— Não, eu não sou a Fernanda. — ouço uma voz masculina vindo de trás de mim e a reconheço como sendo a voz do Lucas.

— Ah, o que foi? — pergunto, encostada no carro. O desânimo estava presente tanto na minha expressão quanto na minha voz. 

— Fernanda quer saber se você pode ir lá na casa dela amanhã, às 17:00 da tarde. 

— Tudo bem, eu apareço lá — o desânimo era transparente na minha voz. Quando estou prestes a entrar no carro, Lucas me chama novamente.

— Olha, não liga pro que aquela mulher disse. Eu achei que você está ótima nesse vestido — ele disse, sorrindo. Com certeza minhas bochechas estavam coradas. Nunca sei reagir a elogios. 

— Obrigada — digo e dou um sorriso sem graça. Foi a única coisa que consegui fazer. Entro no carro e vejo ele se afastar, caminhando lentamente com as mãos nos bolsos da calça.

Enquanto ele se afastava, fiquei pensando nos minutos atrás em que flagrei ele olhando para os peitos da Mariana, e o modo que ela olhou pra ele. Nesses meses longe de Fernanda, será que ele já havia a traído?

Tenho meus pensamentos atrapalhados quando olho rapidamente para o retrovisor, e, por ele, consigo ver um homem alto segurando no braço de uma mulher vestida de preto, que logo reconheço como a Mariana. Ela batia nele com sua bolsa, que parecia não incomodar de forma alguma o segurança. A cena me fez rir tanto que minha barriga começou a doer. Não conseguia acreditar que a Fernanda havia realmente expulsado ela. Seus pais iriam odiar ver o nome deles relacionados a uma polêmica dessas. Isso deixou minha noite um pouco melhor, mas só um pouco.

Passado alguns minutos após o escândalo da Mariana, ouço umas batidas na janela do carro no lado do passageiro, e quando me viro para olhar, vejo Christian estreitando os olhos para ver se consegue me enxergar aqui dentro.

— Tá aberto, gênio — digo com a voz alta o suficiente para que ele me escutasse. Ele entra e se senta ao meu lado, colocando o cinto de segurança.

— Você tá bem? Fernanda me disse o que houve... — ele disse sendo cauteloso, como se qualquer discuido que ele cometesse ao falar comigo resultasse na explosão de uma bomba.

— Grande merda, não é mesmo? — digo, dando de ombros.

— Olha, eu achei você maravilhosa — Olho para Christian, estranhando sua maneira de falar. Nos últimos dias Christian anda estranho em relação a mim, me elogiando de mais.

— O que deu em você? Tá tão estranho esses dias — digo e dou partida, indo pelas ruas que me levariam até a casa do Chris. 

— Nada, só impressão sua... — ele diz e eu resolvo não insistir mais no assunto. 

— Amanhã eu vou na casa da Fernanda, acho que ela ainda vai querer falar da tal surpresa — digo.

— Depois me conta o que é, já que eu com certeza serei excluído. — Chris diz, fazendo cara de cachorro sem dono.

— Ai, meu Deus! Como você sofre, Chris — digo em meio aos risos. 

— Será que envolve o Lucas? — ele pergunta.

— Talvez, bem provável que sim — digo, sem dar muita importância. — O que você achou dele?

— Ele é legal — Chris diz. — Ele era tão misterioso pra mim que eu tava achando  que ele era um serial killer — Christian diz, em tom de piada. O húmor não é bem o seu forte.

Pra mim ele ainda é um mistério, pensei. Uma noite não bastou pra nada, nem sei o sobrenome dele. Não que isso seja importante, mas preciso conhecer mais esse homem.

 


Depois de uns minutos dirigindo de volta pra casa, eu finalmente havia chegado e me joguei em cima da cama, tirando apenas os saltos. Não demorou muito para que acontecesse a coisa que eu mais desejei durante o dia inteiro: dormir. 


Notas Finais


Reescrevi esse capítulo e tô um pouco mais feliz com ele. Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo ;)


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