Já fazem alguns dias que as aulas começaram, e sinceramente, estou adorando. Estou aprendendo várias coisas, logicamente começando do básico. Tem regras bem rígidas dentro da cozinha gastronômica aqui na faculdade, regras do tipo: É extremamente proibido unhas compridas, franja, cabelo solto e sem touca, os homens não podem ter barba... Enfim, tudo pela higiene sanitária do local. Já tenho alguns amigos de classe e meu professor é bem legal. Enfim, me focarei bastante, eu ainda não esqueci que quando conseguir chegar no meu objetivo, mostrar para a minha família que eles estavam errados sobre meu ramo.
Após alguns minutos ouço o sinal tocar, anunciando o final da aula. Eu marquei de me encontrar com a Maya no refeitório, sem enrolar, vou direto para lá.
Chegando lá, avisto ela sentada na nossa mesa de sempre. Vou me aproximando dela enquanto desvio dos alunos que estavam vindo contra mim para poderem sair da faculdade.
- Oi! - Me sento junto dela.
- Oi. E então, como estão indo suas aulas?
- Muito legais! E as suas?
- Não era o que eu imaginava por completo, mas estão legais também. - Maya bebe um gole d'água de sua garrafinha - O tempo está passando rápido né? Nem parece que as aulas começaram faz duas semanas...
- Tenho que concordar. - Suspirei contente.
- E sabe de uma coisa que nunca teve explicação dentre este tempo todo que passou até hoje?
- Não... O que? - Pergunto curiosa.
- O seu beijo com o Lay na festa de boas vindas! - Maya dizia num sussurro alto o suficiente para que eu pudesse ouvir, num tom onde parecia que ela estava me dando uma bronca.
- Ah eu não acredito... Já fazem duas semanas- - Maya me interrompe.
- Não me venha com desculpas! - Fechou os olhos, logo seguido de um sorriso - Vai, me conta. Com isso aconteceu?
- Bem, eu estava tentando arranjar alguém na pista de dança... E dois garotos, na mesma velocidade que vieram até mim, foram embora por culpa do Lay.
- Como é? - Soltou uma risada.
- Eu não sei, mas posso julgar que ele estava com ciúmes. - Sorri discretamente - Meio que acabamos discutindo, e ele me pegou pelo pulso e me levou à uma sala no andar de baixo de onde estava acontecendo a festa... - Arregalei um pouco os olhos - Você me fez lembrar! Ele queria me dizer algo, mas eu não deixei...
- Porque não?
- Por que eu estava ocupada demais reclamando dele para ele... - Soltei uma breve risada - Mas depois, para me fazer calar a boca, ele simplesmente me beijou... - Por um momento fiquei pensativa - Agora estou curiosa para saber o que ele iria me dizer...
- Olha, só sei que depois da festa, nunca mais vi vocês dois conversando... - Bufou - E também, já fazem duas semanas, é capaz dele nem lembrar o tinha para lhe dizer...
- Concordo... Mas não se preocupe, não paramos de nos falar. As aulas dele são muito extensas e duram bem mais do que as nossas. Medicina não é fácil. - Bufei - Só conseguimos nos falar um pouco nos finais de semana... Mas... Parecemos até estranhos, sabe?
- Olha, é bom que vocês dois voltem logo à se falar, se não eu partirei para o ataque.
- E com "ataque", o que você quer dizer? - Perguntei sorrindo, porém preocupada.
- Não se preocupe muito com isso. Aliás, é bom você aproveitar, pois hoje é sexta feira. - Maya se levantou e disse suas últimas palavras para mim antes de ir - Bom proveito. Quero as novidades quando nos reencontrarmos no nosso dormitório.
Antes que eu pudesse responder alguma coisa, Maya simplesmente se retira do local. Eu fico um tempo sozinha na mesa, observando a movimentação.
- E estou sozinha de novo... - Bufei - Só me resta andar por aí...
Logo me levantei e saí da faculdade. Respirei fundo do lado de fora e comecei a andar, olhando como à minha volta estava bem calmo. As ruas ficavam realmente mais vazias da tarde para a noite, pois a maioria das pessoas estavam trabalhando ou estudando.
Alguns passos à mais, sinto minha cintura vibrar, era alguém me ligando. Pego meu celular do bolso de minha calça e olho a tela. Parecia ser um número desconhecido, porém, eu atendi mesmo assim. Afinal, vai que era alguém da minha família finalmente me ligando após de eu ter chego aqui, em um celular novo ou de outra pessoa...
- Alô? - Soltei uma risada abafada - Já fazem três semanas que estou aqui, não acham que estão um pouco atrasados para me ligarem? - Fui andando para o lado para sair do meio da calçada, logo me sentei num banco que era virado para o rio onde passavam alguns barcos.
- ...
- Sem resposta. Deve ser a mamãe! - Bufei - Que tal uma desculpa? Enfim, estou gostando bastante da faculdade. - Espero alguma resposta - Alô? Tem alguém na linha?
- Menina insolente, não devia passar informações sem antes saber quem está do outro lado da linha.
- O que... - Afasto o celular do meu rosto e olho a tela, após alguns segundos coloco o celular em meu ouvido novamente - Quem está falando?
- Não importa quem esteja falando, apenas, fique longe do Yixing.
- Hã? - A voz parecia ser feminina - Por acaso você é alguma ex do Lay? Olha se for, fique relaxada, não temos nada, somos apenas amigos.
- Olha, eu não ligo para as pessoas com quem ele transa, ele apenas tem algo que é meu, e você está me atrapalhando.
- T-t-transa? Olha, você está distorcendo as coisas... E como eu estou te atrapalhando? Eu não estou fazendo nada!
- Apenas, sinta-se avisada. Se você for esperta, fará o que eu digo. Se você me obedecer, entrarei em contato novamente, e se me desobedecer, as coisas irão ficar ruins para o seu lado.
- Esper- - Logo ouço alguns "bips" vindo do celular. A pessoa da outra linha havia desligado - O que está acontecendo? Essa pessoa está me observando?
Olha para os lados um pouco assustada.
***
- Pronto senhor, fiz a ligação que me pediu para fazer.
- Eu ouvi. Foi... Um tanto convincente.
- Deseja mais alguma coisa? - Olhava para as costas da cadeira do homem que estava sentado.
- Relaxe. - Virou-se para a moça - Quando eu precisar novamente, eu lhe chamarei. Agora, antes que percebam que eu sumi da faculdade, entrarei no meu papel de novo. - Bufou - Você pode pegar o seu pagamento com o secretário Diego, no andar de baixo. Por ora, tenho que ir.
- Sim senhor. - Se curvou e se retirou da sala.
***
Na faculdade...
Entro e confirmo as horas no relógio na parede da entrada. Ainda são 22:57, tenho tempo. Me dirijo logo para o meu dormitório. Assim que abro a porta, entro e a tranco. Logo olho para frente e vejo Maya em seu notebook.
- Finalmente você voltou. - Disse Maya focada no que estava fazendo em seu computador.
- Ah... É... Eu fui dar uma volta. - Disse sem ânimo e cansada, logo me deitando na cama, ainda pensando naquela ligação estranha.
- Você não me parece bem. Aconteceu alguma coisa?
- Hã? - Olhei para Maya que me olhava também, pensando se eu falava o que havia acontecido - Não... Não aconteceu nada. Só estou um pouco cansada. Acabei andando demais.
- Sei... - Logo Maya fecha seu notebook e coloca ao seu lado, logo se sentando se virando em minha direção - Eu estava pensando, amanhã é sábado.
- Sim.
- Que tal se saíssemos com alguém? Dar uma volta por aí, ver um filme... Sei lá! Precisamos sair um pouco desta faculdade.
- Por mim, eu topo. Mas quem seria esse "alguém"?
- Bem... - Ela olha para o chão enquanto mexe seus dedos da mão em seu colchão - Eu estava pensando em ser eu, você, Chen e Lay.
- O que? Por que? Eles vão entender as coisas errado. Parece um encontro de casais!
- Mas não é. Vocês só vão também... Eu falei que eu atacaria se você não voltasse a falar com o Lay...
- Maya, olha, não vai dar...
- Por que não? - Ela perguntava num tom chateado.
Pode ter sido só um trote de alguma garota que deve gostar do Yixing...
- Certo. Vamos então. - Bufei - Mas se você e o Chen ficarem se pegando na nossa frente, será um pouco desconfortável...
- Tudo bem! Prometo que não será assim. - Sorriu - Boa noite, S/N.
- Boa noite.
Me viro para a parede, logo pensando se o que eu fiz foi certo. Realmente, a ligação foi bem estranha, mas como eu pensei antes, deve ter sido apenas um trote. De qualquer forma, tirarei as provas disso amanhã.
Não demorou muito para que eu adormecesse.
***
No dia seguinte...
Acordo com a luz do sol em meus olhos. Abro-os um pouco e me sento na cama. Esfregando os olhos, olho para Maya, que ainda estava dormindo. Para deixa-la descansar um pouco mais, vou tomar um banho, para acordar.
Após uns 15 minutos, saio do banho e vou na direção de Maya.
- Poxa, finalmente acordei primeiro que você... - Olho para ela, logo seguido de um sorriso diabólico - Como devo acordar você? Jogando água? Ligando o secador de cabelo no seu rosto? Ou que tal, uma música alta em seus ouvidos?
- Eu aconselho você a pensar nessas coisas um dia antes.
- Ah! - Olho para Maya que já estava sentada na cama - Um dia eu me vingarei de todas as vezes que você já me acordou nessa vida!
- Ha ha ha! Claro que vai... - Me olhou de novo - Vá se arrumar. Temos que nos encontrar com os meninos no metrô às onze.
- Tão cedo assim? - Pergunto surpresa.
- Sim, passaremos o dia inteiro fora.
- Uou, eu achei que fossemos só assistir à um filme!
- Você já aceitou, não vale mudar de ideia!
- Maya!
Obrigatoriamente me arrumei rápido. O clima estava meio frio e meio calor, então, vesti uma blusa rosa pastel, uma calça jeans claro, um tênis branco e uma jaqueta fina cinza, seu comprimento ia até abaixo de minha bunda. Não era lá o estilo mais chique do meu armário, mas dava para o gasto.
Maya logo me apressa e rapidamente vamos para o metrô, pois estávamos um pouco atrasadas para nos encontrarmos com os meninos no lugar marcado. Chegando lá, conseguimos finalmente encontra-los. Maya cumprimenta o Chen com um abraço e um beijo, enquanto eu e Lay desviávamos o olhar.
- Chega, parece que fazem anos que vocês não se vêem! - Lay da um toque para os dois pombinhos.
- Ah cara, se acostume, pois o dia inteiro será isso. - Eu encaro o Chen.
- É brincadeira. - Maya riu - Enfim, vamos?
Eu percebi algumas cestas nas mãos dos dois garotos.
- Para que são essas cestas?
- Não contou nada direito para ela, Maya? - Perguntou Chen.
- Ah, eu esqueci. S/N, nós vamos fazer um piquenique hoje e acamparemos no topo da montanha Haji.
- Maya, isso é completamente diferente do que você me disse que faríamos!
- Relaxa, vai ser legal! - Maya sorri para mim.
- Sim, aliás, hoje será o festival das estrelas. A cidade inteira apará suas luzes durante vinte minutos, para conseguirmos ver todas as estrelas. Estamos indo cedo assim, pois nesses dias, o pessoal costuma acampar cedo por lá, então estamos indo pegar o melhor lugar agora. - Explicou, Chen.
- Entendi... - O casal foi andando na frente, deixando o Lay e eu, seguindo-os logo atrás.
Ficamos um bom tempo sem nos falar.
- Então... - Lay puxou assunto - Como vão indo suas aulas? Está gostando?
- Ah, sim, sim. Estão sendo legais. - Fiquei um tempo em silêncio - E as suas?
- Estão um pouco difíceis...
- Bem, ser médico não é nada fácil mesmo...
- Eu já esperava por isso.
E novamente, um silêncio perturbador.
- Eu estava curioso aqui... - Lay olhou para mim, através de seus óculos escuros - Por que paramos de nos falar de repente?
- Hã? - O olhei.
- Sabe, depois da festa de boas vindas... Não nos falamos mais. Por que?
- E-eu não sei. Pensei que você estivesse ocupado demais e...
- E?
- E eu achei que nossa... Amizade? - Perguntei, logo continuei falando - Achei que nossa amizade estava meio conturbada.
- Conturbada?
- Você sabe que sempre brigávamos por coisas inúteis... E acabamos do jeito que acabamos na festa... Aliás, eu estava me perguntando uma coisa desde aquele dia...
Desçam pelo lado direito do trem na próxima estação.
- Sobre o que você estava se perguntando?
- Você estava tentando me dizer uma coisa naquele dia... O que era? - O olhei novamente.
- Ah, não era nada demais.
- Esse "nada demais" fez com que você me tratasse de um jeito que me deixou muito chateada.
- Bem, eram apenas alguns trotes idiotas, falando que ferraria com a vida das pessoas que eu conversava se eu não fizesse algo para a pessoa... Mas não é coisa séria.
- Você disse trotes?
- Sim, por que?
- Nada...
Descemos na estação em que Chen e Maya haviam descido. Logo chegamos no lugar para acamparmos, mas tinha que subir a montanha, ou a pé, ou pelo teleférico. Optamos por ir no teleférico, que era em dupla. O moço que manuseava a máquina, avisou para segurarmos bem as cestas, para evitar de caírem.
Após dez minutos de teleférico, finalmente chegamos ao topo da montanha. Ainda não estava cheia, parecia que a maioria dos turistas haviam aproveitado para irem no parque de diversões hoje, pois havia promoção por conta do festival das estrelas. Todos queriam um lugar bom da roda gigante.
Vimos Chen e Maya logo à frente. Enquanto eu e Maya tirávamos as comidas de dentro das cesta para colocarmos em cima do pano, os meninos montavam as barracas onde iríamos acampar.
- O sol está fraco hoje, então não precisaremos nos preocupar com protetores solar. - Mencionou, Maya.
- Isso é bom, detesto passar esse negócio. - Concluiu, Chen.
- Incrível como vocês se completam... - Falei para Maya com um pequeno sorriso no rosto.
- Sim. - El deu uma breve risada - Mas e você e o Lay? Eu vi vocês conversando... Estão bem?
- Estamos. Apenas não estávamos nos falando como antes... - Sinto meu celular vibrar - Com licença.
- Claro. - Maya continuava posicionando as comidas sobre o pano.
***
Antes de atender ao telefone, vejo o número. Parecia ser o mesmo número do trote de ontem. Respiro fundo e atendo.
- O que você quer? - Fui direto ao ponto.
- Eu avisei para você ficar longe do Yixing, não avisei?
- O que eu posso fazer? É uma saída de amigos! Se eu não fosse, pediriam uma explicação! Queria que eu respondesse um: "Ah, não posso ir por que tem umas pessoas babacas me passando trotes inúteis para ficar longe do Lay". É isso?!
- Continue falando neste tom comigo moça... As consequências dobrarão.
- Será que você apenas não pode procurar outra pessoa para passar trote? É sábado, eu só queria descansar...
- Você acha que estou brincando?
- Na verdade eu acho sim. - Soltei uma breve risada - Olha, se você é alguém da faculdade que gosta do Lay, apenas me diga, posso até te ajudar com ele, quem sabe podemos ser até amigas!
- S/N, eu sei que neste momento você está afastada de seus amigos conversando comigo, enquanto está encostada em uma árvore, com os braços cruzados.
Começo à olhar para os lados novamente, mas não vejo ninguém além de mim ao telefone.
- Como sabe meu nome?
- Se você quiser também que eu descreva o que pode acontecer com você se você não se afastar de Zhanng Yixing, não irá gostar nem um pouco do que pode ouvir.
- Por que quer tanto que eu me afaste dele?! Eu já lhe disse, não temos nada! Somos apenas amigos!
- Se você não vai me ajudar, apenas se afaste dele, que irá me poupar trabalho de acabar com alguém.
- O que você quer?!
- Quero que pegue uma corrente que ele sempre usa no pescoço. Mas novamente, se não quiser me ajudar, apenas não me atrapalhe.
- Eu não vou fazer isso! Não sei quem é você! Eu cheguei à uma conclusão. Se você está me ameaçando assim, então não deve ser uma boa pessoa para mim, principalmente para ele. Bom festival das estrelas!
Eu desliguei antes que essa pessoa pudesse dizer mais alguma coisa. Logo eu volto para o grupo onde eu estava.
- Nossa S/N, que demora foi essa? - Perguntou Maya me olhando, enquanto todos já estavam sentados comendo.
- Ah... Foi só... Uma ligação dos meus pais. Isso, uma ligação deles. - Sorri - Uau, essa comida parece deliciosa, se não se importam, vou me juntar à vocês. - Tentei ao máximo mudar de assunto.
Comemos e a noite foi caindo. Conseguimos ter belas visões da paisagem no topo da montanha. Eu não havia recebido mais nenhuma ligação desconhecida. Assim que deu meia noite, a cidade inteira ficou escura, porém o céu, completamente iluminado pelas luzes das estrelas. A visão era realmente incrível. Renderam bons momentos.
Após as luzes se ascenderem novamente, os que ficaram para acampar, entraram em suas barracas. Eu, como tenho uma amiga vacilona, tive que ficar na mesma barraca que o Lay, enquanto ela ficava com o Chen.
- Eu confesso, nunca vi nada igual à isso. - Dizia Lay entrando na barraca.
- Sim, foi lindo. - Sorri enquanto ascendia a luminária.
- Não ascenda isso!
- Por que?
- Essa luz fica direto na nossa cara. Vamos apenas deixa-la apagada e aproveitar a luz das cabanas vizinhas. - Dizia Lay fechando o zíper da "porta" da cabana.
- A-ah... Certo...
- Sabe... Eu sinto saudades.
- Saudades de que? - Pergunto curiosa.
- Daquela festa, realmente me fez lembrar do meu país de origem. - Olhou para mim sorrindo - E eu também ficava me perguntando uma coisa desde aquele dia.
- O que?
- Você gostou do beijo?
- Hã?! - Meu coração havia acelerado - S-sabe, esse tipo de pergunta, é um pouco...
- Está tímida? - Perguntou Lay com uma voz mais suave que o normal.
- É-é claro que eu estou! Que tipo de pergunta é essa?!
- Eu só queria uma resposta... - Dizia Lay se aproximando de meu rosto, enquanto sentia minhas bochechas queimarem.
- L-Lay...
- Com a luz apagada, ninguém do lado de fora pode ver o que estamos fazendo.
- E o que estamos f-fazendo?
- Eu diria que voltando um pouco no tempo...
Lay encostou um pouco seus lábios nos meus, mas parou assim que meu celular tocou. Por um momento eu agradeci pelo meu celular ter me salvado daquele momento em que eu não sabia se estava gostando ou não, mas por outro lado... Era o número desconhecido.
- Não vai atender? - Perguntou Lay pegando meu celular para me entregar, mas antes que fizesse isso, ele olhou o número - O que é isso?
- São apenas trotes que vêem me passando...
- À quanto tempo este número tem te ligado, S/N?
- Desde ontem... - Eu o olhei - Por que está agindo assim?
- Merda... - Olhou para o celular e o atendeu.
- Lay, o que está fazendo? - Tentei pegar meu celular dele, mas o mesmo se afastou.
- O que você acha que vai conseguir ligando para ela?! ME DIGA!
Eu olhei o Lay, e ele realmente parecia nervoso. Do mesmo jeito que estava nervoso após seu encontro com seu padastro no dia da biblioteca. Eu decidi não o interferir na ligação.
(Continua)
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