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História Desejos ocultos - Capítulo Único


Escrita por: Ryuu_bywhim

Notas do Autor


Utilizei a musica: "Undisclosed Desires" do MUSE ~
Espero que gostem, boa leitra :3

Capítulo 1 - Capítulo Único


“I want to reconcile the violence in your heart”, as caixas de som explodiam, “I want to recognize your beauty’s not just a mask”, eu procurei por ele na multidão de corpos pela pista de dança, “I want to exorcise the demons from your past” eu o encontrei encostado no bar com um copo do-que-quer-que-fosse na mão, os olhos fixos na multidão, procurando, “I want to satisfy the undisclosed desires in your heart”, os olhos dele me encontraram e ele sorriu torto e terminou a bebida, deixando algo sobre o balcão e se apressando para se misturar à multidão para dificultar minha caçada.

Eu me apressei para atravessar a pista de dança até o lugar no bar onde ele estivera e olhei ao redor, procurando com os olhos atentos treinados para reconhece-lo enquanto recolhia o papel que ele tinha deixado ao lado do copo vazio. “Me agrade”, ele tinha escrito com sua caligrafia elegante. Cerrei o maxilar e amassei o post it entre os dedos enquanto voltava a procura-lo, mas ali ele era como uma agulha no palheiro, em suas roupas escuras, com seus cabelos pretos, ele conseguia sumir entre os góticos. Um lobo disfarçado de ovelha.

- Senhorita. – o barman colocou um copinho de shot na minha frente, cheio até a boca com um liquido vermelho escuro que lembrava sangue.

- Eu não pedi nada. – gritei para ele.

Ele me passou mais um post it e eu reconheci a caligrafia elegante nele: “Me mostre como se faz” ele escreveu. E eu entendi a ironia. E senti raiva.

Eu olhei ao redor em mais uma tentativa de encontra-lo, mas não obtive sucesso. Baixei os olhos para a bebida e o bilhete, levei o copo aos lábios e o esvaziei com um só gole. Desceu pela minha garganta doce como xarope, queimando por causa do alto teor alcoólico.

A essa altura, a musica já tinha mudado. Joan Jet explodia nas caixas de som e a multidão pulava, gritava e dançavam ao som de “I love rock’n roll”. Era uma ótima musica. O clima do bar era atrativo tanto para a espécie dele quanto para a minha, mas ninguém ali tinha consciência do perigo. Aquele era o lugar onde eles podiam se esconder e matar sua fome ocultos na penumbra das luzes negras, confundidos na multidão de jaquetas de couro e rebites.

Aquela não era a primeira noite que o encontrava ali; era seu bar preferido e o frequentava ao menos uma vez na semana. E não era o único. Olhando para os cantos da boate, nos pontos mais escuros, podia identificar mais um ou dois da espécie dele com os lábios no pescoço de alguém e os olhos cheios de um maléfico brilho avermelhado. Minha mão procurou, instintivamente, pelo punhal enfeitiçado preso à calça justa na minha coxa. 

Ninguém sabia o nome dele, ninguém sabia da sua origem, ninguém sabia dos seus hábitos, mas seu rosto era popular entre os meus e havia um cartaz com uma recompensa por sua cabeça no “On the Road”, o bar onde só caçadores eram permitidos. Ele era um mistério. E ele sempre esteve lá, nos cantos de cada memória em minha vida, semioculto nas sombras, com seus casacos longos, sempre rodeado pela fumaça de seus cigarros e desaparecendo quando tentavam alcança-lo.

Me afastei do bar com um suspiro e segui em direção ao banheiro, trombando uma porção de góticas que me olharam torto quando passei. Parei apoiando as mãos na pia, estava começando a sentir que aquela seria mais uma noite desperdiçada quando algo em vermelho chamou minha atenção no espelho e eu ergui a cabeça; “Confie em mim” estava escrito com batom no vidro, naquela caligrafia elegante, na frente do meu próprio reflexo. Bufei, frustrada e irritada e sai do banheiro com pressa, forçando caminho entre a multidão até a saída.

Foi um alivio quando alcancei o lado de fora, quando a brisa fria da madrugada resfriou minha pele quente, afastando os fios escuros do meu rosto. Era suficiente para aquela noite. Ele não apareceria de novo.

Com esse pensamento em mente, puxei o casaco para perto do corpo e encolhi os ombros antes de caminhar até a rua, ignorando quando um dos motoqueiros do lado de fora tentou chamar minha atenção, me afastando do beco onde o “Nighmare” ficava, na parte mais isolada na cidade, indo em direção a rua movimentada para tomar um taxi para casa. Antes que chegasse até a confusão de luzes, no entanto, fui puxada como rapidez sobre-humana para um beco escuro onde a coisa chocou minhas costas contra a parede me segurando pelo pescoço e me ergueu até que meus pés não alcançassem mais o chão.

Agarrei seu pulso com força tentando me soltar enquanto engasgava com a falta de ar, mas ele fez apenas apertar os dedos, forçando meus ossos. E eu estava certa de que morreria quando uma sombra atrás dele o puxou me libertando.

A coisa grunhiu no escuro e desapareceu como um vulto saltando para cima do prédio, desaparecendo no céu.

Uma mão se estendeu na minha frente, dedos longos e pálidos e eu ergui os olhos para encarar os familiares olhos negros dele.

- Não há de quê. – Ele se adiantou com um sorriso.

Eu me levantei sozinha, ignorando sua mão estendida e puxei o punhal da coxa me preparando para lutar enquanto ele revirava os olhos e enfiava as mãos nos bolsos antes de me encarar.

- Sério? – ele inclinou a cabeça frustrado.

Eu não respondi, investindo na direção dele, mas ele apenas desviou com um passo para a direita, usou sua velocidade e me agarrou segurando meus pulsos juntos nas minhas costas com firmeza.

- I know you’ve suffered, but I don’t wanna you to hide. – ele cantarolou no meu ouvido, fazendo um arrepio descer pela minha nuca – It’s cold and loveless, I won’t let you be denied... – senti seus lábios abaixo na minha orelha, seu halito frio na minha pele – Soothing... – ele continuou roçando os lábios no meu pescoço, me abraçando pela cintura com a mão livre, me virando para encará-lo de frente – I’ll make you feel pure... – ele tocou meu rosto com delicadeza me acalmando e fazendo meu coração pulsar com mais força – Trust me – seus lábios roçaram os meus – you can be sure... – ele sorriu.

“Eu quero reconciliar a violência em seu coração”

A batida na música encheu minha mente quando ele me levantou nos braços e saltou, quase flutuando acima dos prédios, correndo numa velocidade sobre-humana, saltando de telhado em telhado com destreza felina.

“Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara”

Ele saltou para a sacada de um apartamento, o meu apartamento e me pôs no chão, tocando meu rosto, passando os dedos pelos meus cabelos compridos sem dizer nada, imerso em seus próprios pensamentos, me envolvendo em sua áurea misteriosa como se me hipnotizasse.

- Eu sempre olhei por você, Hinata. – ele sussurrou – Eu procurei por você através dos séculos. – ele engoliu em seco como se a lembrança fosse dolorosa demais – Eu não consigo esperar mais... – ele enfiou os dedos pelos fios dos meus cabelos para segurar minha cabeça e me beijou.

“Eu quero exorcizar os demônios do seu passado”

E eu me entreguei, correspondendo, sentindo e aproveitando a satisfação daquela conexão fosse ela qual fosse, porque a sensação dos seus lábios nos meus... eu não conhecia nada melhor e eu queria mais quando ele se afastou para olhar nos meus olhos.

- Você se lembra. – murmurou e sorriu, abrindo a porta de correr, me guiando para dentro, para os seus braços – Você me pertence. – ele sussurrou contra o meu pescoço me virando de costas pare ele – E eu não vou esperar mais nenhum segundo. – senti sua língua na minha pele.

“Eu quero satisfazer os desejos ocultos em seu coração”

Gemi quando suas presas penetraram a pele do meu pescoço. Ele me apertava com força pela cintura, pressionando seu corpo contra as minhas costas, com o outro braço passado pelo meu peito, os dedos correndo pelo meu ombro, descendo para os meus seios, arrancando minha blusa.

Eu suspirei, completamente relaxada quando ele se afastou do meu pescoço passando a língua pela ferida aberta da mordida e beijou meus ombros e ele me girou para ficarmos frente a frente.

- Hinata. – disse e meu nome era musica nos seus lábios – Você entende?

Eu ergui minha mão e toquei seu rosto.

- De algum jeito bagunçado... – confessei – Eu sinto. – passei meus dedos pelos seus cabelos – O que é isso? Quem é você?

Ele pegou minha mão, entrelaçou nossos dedos e depositou um beijo neles.

- Sabe o que eu sou. – ele disse.

- Sei.

- Sou mais velho do que seria capaz de contar. – admitiu – Eu a conheço de outro lugar, de outro mundo, de outra vida.

- Eu não me lembro... – confessei – Nem mesmo seu nome...

Ele aproximou nossos rostos.

- Sasuke. – sussurrou antes de colar seus lábios nos meus.

Sasuke, pensei e o nome soava familiar. Sasuke, eu podia me ouvir dizer em minha mente como numa memória antiga enquanto ele beijava meu pescoço. Sasuke, eu sussurrava na minha mente.

- Sasuke... – gemi quando ele beijou meus seios e desabotoava minha calça, descendo o tecido com facilidade enquanto se abaixava tocando cada extensão dos meus quadris, coxas e canelas, me jogando de costas na cama para passar a calça pelos meus pés, beijando a ponta dos meus dedos quando apoiou um joelho sobre o colchão.

“Você engana seus amores, dizendo que é cruel e divina”

Ele engatinhou por cima de mim, puxando minha blusa para cima, me deixando nua exceto pelas roupas intimas e afundou o rosto na curvado meu pescoço mais uma vez, inspirando meu cheiro enquanto sua mão esquerda explorava cada centímetro do meu corpo me dando arrepios, me fazendo gemer e suspirar de prazer.

Eu o abracei, arqueando o corpo para tocar o dele, subindo as mãos por sua camiseta úmida. Então, antes que eu pudesse tocá-lo direito, ele se afastou, saindo da cama para ficar de pé do outro lado do quarto como um animal acuado.

Eu me levantei para encará-lo confusa e me surpreendi com a expressão de dor que distorcia seu rosto perfeito.

- Hinata... – ele agarrou o próprio ombro.

- Sasuke... Tudo bem... – eu me levantei da cama e me aproximei, mas ele recuou – Eu sei o que você é...

Ele cerrou o maxilar, rígido.

- Não. Você não sabe. – me encarou e virou de costas para tirar a camisa.

Eu observei enquanto o tecido preto subia revelando os músculos de suas costas, revelando dois enormes cortes abertos sobre as omoplatas.

- Está ferido... – eu me aproximei.

Ele se virou de frente para mim e segurou minhas mãos.

- Não. São cortes antigos. – disse.

- Está sangrando... – tentei tocá-lo, mas ele apertou minhas mãos com mais força.

- Hinata... – ele disse cheio de dor e me olhou nos olhos – Esses cortes... são minha maldição. – explicou – Eles nunca se fecharão. – ele soltou minhas mãos e baixou os olhos.

“Você pode ser um pecador, mas sua inocência é minha”

A dor dele me atingiu como se fosse a minha própria e eu me aproximei a despeito de sua hesitação e toquei seu peito frio, a pele era sedosa, mas dura como marfim, pálida a ponto de poder enxergar o fraco azulado das veias por baixo da pele. Meus dedos subiram pelo seu ombro e ele se encolheu sob o toque, completamente vulnerável.

Eu aproximei nossos corpos numa tentativa de que o toque da minha pele na sua e o meu calor o acalmassem e ele pousou a mão na minha cintura e encostou a cabeça na minha, roçando o nariz em meu pescoço, relaxando os ombros como se me desse permissão e eu deixei minha mão escorregar para as suas costas até tocar a ferida.

Uma corrente elétrica percorreu todo meu corpo. Uma porção de flashes de memória encheu minha mente.

Sasuke de joelhos numa clareira com belíssimas asas de penas brancas saindo das suas costas, a expressão de dor em seu rosto quando olhou pra mim, estendendo sua mão na minha direção enquanto o homem com asas platinadas agarrava suas asas, empurrando suas costas com os pés. Ele gritou enquanto suas asas eram arrancadas, gritou sem se importar, e suas penas brancas queimaram nas mãos do outro, queimaram até suas costas quando ele as arrancou e Sasuke caiu com o rosto contra a terra, as costas sujas de fuligem e sangue, o par de feridas abertas, inflamadas, queimadas onde um dia suas asas estavam.

Eu me lembrava. Eu me lembrava de tudo. E minha mão escorregou pelos seus braços enquanto lagrimas escapavam dos meus olhos, minhas pernas tremiam e ele me segurou de pé, apertando nossos corpos.

Eu me lembrava de seu sacrifício agora, me lembrava da dor, me lembrava de cada segundo daquela vida, de cada toque, de cada pecado e do preço que havíamos pagado por eles.

- Por minha causa... – chorei – Você perdeu suas asas...

Ele me abraço e me levou para a cama.

- Shh... – sussurrou no meu ouvido – Não foi culpa sua... – ele disse – Eu paguei pelos meus pecados e você pagou pelos seus, mas estamos juntos agora. Você está aqui.

Eu joguei meus braços em volta de seu pescoço.

- Nós estamos. – inspirei seu cheiro amadeirado – Eu pertenço a você.

Ele beijou meu pescoço de novo e eu gemi.

- Fique comigo dessa vez. – ele implorou – Fique para sempre.

Eu arqueei meu corpo na direção dele, agarrando seus cabelos pretos.

- Faça. – permiti.

Ele respirou fundo, passou a língua pelo meu pescoço antes de me morder e eu suspirei enquanto ele bebia, enquanto me sentia cada vez mais sua.

Antes que eu desmaiasse, ele se afastou abriu um corte no próprio pulso e me ofereceu seu sangue. Eu lambi sua pele, enchendo a boca com o gosto doce levemente metálico que seu sangue tinha me sentindo cada vez mais forte. Eu afastei seu braço e girei sobre ele na cama colocando um joelho de cada lado de seu corpo, sentindo sua intimidade encostando na minha e afundei o rosto da curva de seu pescoço, beijando, lambendo e então, finalmente, sedenta, mordendo, rasgando sua pele para obter mais daquele sangue doce. E ele gemeu e suspirou deixando suas mãos correrem pelas minhas costas me dando arrepios, desprendendo o sutiã e libertando meus seios.

Eu lambi a ferida quando terminei de beber e desci a boca até sua clavícula por todo seu abdômen, desabotoando sua calça enquanto ele respirava entrecortado.

“Me satisfaça”

Ele gemeu quando o toquei com a língua, colocando-o todo na minha boca, circulando-o com a língua, descendo e subindo enquanto ele arfava e arqueava as costas de prazer.

“Me mostre como se faz”

Ele gemeu alto e eu subi por seu corpo, tocando-o com os lábios e a língua em toda extensão de seu abdômen esguio e definido, tocando-o com as mãos, sentindo a tensão e o movimento de cada músculo dele. Quando finalmente alcancei seus lábios ele me agarrou e girou para ficar por cima me beijando com volúpia, uma luxúria que nós dois não tínhamos há muito tempo.

“Me provoque”

Ele tocou minha intimidade depois de arrancar minha roupa intima e eu reprimi um grito agarrando seus cabelos enquanto ele beijava e mordia meu pescoço.

“Você é a única”

Ele se posicionou entre as minhas pernas e meu corpo estremeceu de desejo enquanto nossos corpos se tocavam, encaixando-se como se fossem partes perdidas da mesma coisa. E eu gemi alto quando ele me penetrou e continuei quando ele se movimentou aumentando nosso prazer. Ele sussurrava e gemia no meu ouvido entre beijos e mordidas, tocando todo meu corpo. Aumentou a velocidade e eu prendi minhas pernas ao se redor quando senti o clímax se aproximar, nossos corpos se fundindo, nossas vozes em uníssono.

“Eu quero reconciliar a violência em seu coração;

Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara;

Eu quero exorcizar os demônios do seu passado;

Eu quero satisfazer seus desejos ocultos...”

Nossos corpos se arquearam no clímax, nossos gemidos eram como um só.

Ele deixou seu corpo cair sobre o meu ainda encaixados.

- Eu pertenço a você. – ele sussurrou com a voz rouca de prazer.

Eu envolvi seu pescoço com os braços.

- Eu pertenço a você. – repeti – Eu amo você, Sasuke.

Ele sorriu e me beijou.

- Para sempre.


Notas Finais


É claro que a parte mais intensa não ficou "tudo aquilo" que poderia ser, mas eu espero que tenham gostado.
Eu pretendo fazer uma long fic baseada neste oneshot, espero que tenham gostado. Comentem!


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