1. Spirit Fanfics >
  2. Desejos Secretos >
  3. A Centelha

História Desejos Secretos - A Centelha


Escrita por: ValentinaEli

Capítulo 21 - A Centelha


Fanfic / Fanfiction Desejos Secretos - A Centelha

Narrado por Igor

Acordei com a sensação maravilhosa de tê-la em meus braços. Sorri ao ver que estava deitado com a cabeça repousando entre os seios da Madame e com a perna direita por cima das suas. Ergui meu olhar para seus seios fartos, aproximei minha boca de um deles e esfreguei meus lábios sobre a pele, chupando o mesmo gostosamente. Apertava o outro e mordiscava o bico duro que estava em minha boca. Aos poucos ela se remexeu na cama e sorriu ainda de olhos fechados. – Humm – gemeu emaranhando seus dedos em meus cabelos. Subi os beijos por seu pescoço, sugando avidamente a carne, e percorri o caminho de sua boca. 

– Bom dia! – falei subindo por cima dela e seus braços me envolveram. 

– Bom dia, Igor – falou sonolenta e observei suas feições ao natural. Belíssimas.

– Deixa eu ver esses olhos lindos – pedi para que ela os abrisse, forçou os cílios e devagar, abriu os olhos, dando-me a visão do verde mais intenso e brilhante que já vi. 

– Não me olha assim, estou horrível! Acabei de acordar – balbuciou as palavras e me diverti com elas. Tampou o rosto com as mãos para esconder o semblante de sono, mas tirei e prendi seus braços contra os travesseiros – Você é linda dormindo, acordando... É de todo o jeito – dei selinhos em seus lábios e suspirei quando libertou suas mãos, subindo e descendo as unhas por minhas costas, causando arrepios deliciosos. – Posso te fazer um pedido? – falou agarrando-se em meu pescoço. 

– Todos os que você quiser – sussurrei em seu ouvido, dando a ela carta branca. Cheirei seus cabelos e rocei minha barba por sua bochecha. – Vamos passar alguns dias em Lisboa. Eu estou com saudades de lá – a encarei fixamente. – Lisboa? – indaguei deitando ao seu lado. Puxei-a para junto de mim e ela disse – Sim, Lisboa – fez sotaque português e ri achando sexy. 

– Eu vou para onde você for – sorri e ela se animou. – Mas só podemos ir daqui nove dias, porque o novo neurocirurgião vai chegar e tenho que auxiliá-lo – passei a mão por meu rosto e lembrei que ela disse que ia embora. – Temos que ver sua situação, ainda dá tempo de dispensar o novo médico e pegar seu emprego de volta – dei a solução e ela ficou pensativa. – Eu não sei se quero trabalhar mais no Santo Ângelo – disse acariciando meu braço. – Eu preciso de algo novo, um projeto diferente – entendi seu ponto de vista. Assim como ela, eu também preciso recomeçar. Aprender a caminhar novamente. Não tenho mais minha filhinha e não posso sucumbir a uma terrível depressão. 

Por todos os lados que olho só tem lembranças dela. Nós viemos poucas vezes a esta casa, mas a outra está repleta de imagens e fotografias da Patrícia. Ouço a voz da minha doce garotinha a todo o momento e não consigo mais passar em frente à escola onde estudava, muito menos no parque que adorava brincar. A única coisa que carrego comigo são alguns de seus desenhos e uma foto em minha carteira. É doloroso olhar o álbum com nossos melhores momentos e todas as vezes que vejo a bonequinha ruiva, relembro o dia fatídico. Talvez partir para Lisboa não seja uma má ideia. Depois de tudo o que aconteceu em minha vida, um pouco de amor de verdade e paz são tudo o que eu mais quero. 

– Você ama esse lugar, não é? – perguntei. – Amo sim. Passei boa parte da minha vida morando em Lisboa. É um lugar especial. Muito Tranquilo e nos faz esquecer muita coisa ruim – enrosquei meus dedos em seus cachos e brinquei com eles. 

– Você tem mesmo vontade de voltar a morar lá? – ela ficou sem jeito. – Igor, porque está me perguntando isso? Ontem mesmo eu disse que se você me quisesse eu não iria embora – fez uma pergunta ao invés de responder, percebo que ficou confusa. – Eu quero muito fazer essa viagem, conhecer o seu paraíso secreto – falei misterioso e rimos juntos. – Eu já estive em Coimbra há uns dois anos. Quem sabe não tenho um novo olhar sobre Portugal. Quem sabe até não nos mudamos para lá – Susana sentou-se rapidamente na cama e ajeitou os cabelos. 

– Não brinca, não quero ter falsas esperanças – ri divertido. Ela ainda não perdeu a pose de mulher durona e quando fala firme sua voz tem empoderamento. 

– Não é brincadeira e você é muito durona, sabia? – ela assentiu. – É algo com que você vai ter que aprender a se acostumar – concordei e também sentei ao seu lado.

– Quando te conheci você era durona e é assim que vou continuar gostando – ela mordeu o lábio inferior e nos beijamos. Depois tomamos um banho rápido e um café reforçado. Ela foi para o hospital de taxi, pois não queria que nos expuséssemos agora. Seu carro ainda está na oficina. Então, fiquei em casa resolvendo algumas coisas por telefone. Falei com Vivian sobre minha reconciliação com Elinór e ela ficou feliz. Informou-me sobre a investigação e troquei duas palavras com Soniér a respeito de minha conta no banco, incluindo o seguro de vida. Após essa conversa liguei para o meu gerente e este me informou que estava tudo nos conformes. Nenhum centavo havia sido tirado do cofre. As suspeitas iniciais sobre o interesse de Eduarda em meu patrimônio, agora se desmancham diante de mim e só ficou o rastro da traição. Sobre isso ela me fez um favor, eu não teria conhecido Madame Elinór se não fosse por ocasião de minhas suspeitas.

Narrado por Elinór

Nas primeiras horas da manhã no hospital peguei um gravíssimo caso de aneurisma e fiquei durante horas no centro cirúrgico. Quando fui para a minha sala já havia passado do horário do almoço. Estou faminta. Meus passos estão um pouco fracos pelo bom tempo que permaneci em pé com as mãos dentro do cérebro de minha paciente. Antes de entrar, vi doutor Edgar andando um pouco atordoado pelo corredor e falando ao telefone. Gesticulava irritado e posteriormente caminhou para o andar da plástica. Quando o perdi de vista decidi entrar. Peguei meu celular e vi uma mensagem de Igor. "Diz pra mim que é verdade tudo o que aconteceu ontem?" Sorri encantada ao ler. Eu ainda não sei bem como lidar com este relacionamento, mas sei que ele me ensinará a descobrir as coisas boas. Não tardei a responder. "Verdade plena." Enviei e depois guardei o celular dentro de minha bolsa. Remexi em algumas coisas espalhadas dentro dela e reparei que ainda guardava comigo o gravador e a escuta. Como num raio de luz, lembrei do ponto que havia deixado na sala de Edgar assim que o conheci. Mesmo cansada e com fome, sentei para matar a curiosidade. Posso estar longe do caso, contudo não tenho como conter meu instinto. Liguei os aparelhos, acomodei-me na poltrona e coloquei o ponto de escuta no ouvido, já que o meu está conectado ao dele. Acho que peguei uma conversa pela metade, mas consegui ouvir frases estranhas, porém, soltas. "Eduarda eu não tenho coragem suficiente pra fazer isso.” Pausou e depois prosseguiu. "Eu já disse que não vou fazer. Sinceramente você é muito fria. Lá embaixo é uma caixa forte. Não tem como sair" Parou de falar. Estou pensativa a respeito do que ouvi. O que será que ele quis dizer? O que Eduarda está aprontando dessa vez? Fiquei mais alguns segundos tentando ouvir alguma coisa, entretanto ele começou a atender um paciente. Guardei tudo e liguei para Vivian. Convidei-a para um almoço e marcamos de nos encontrar em um restaurante próximo ao hospital. Peguei minhas coisas e saí a pé mesmo. Cheguei primeiro e esperei por ela, não tardou muito e a vi entrar pela porta principal. Levantei e a abracei, não nos vemos há dias. 

– Estou sabendo das novidades! – disse feliz e segurou minhas mãos por cima da mesa. – Sabe como? – fui curiosa. – Ele ligou hoje para saber sobre o caso e estava todo feliz. Disse que te encontrou ontem e que vocês tinham se acertado – sorri para ela. 

– Acho que cansei de lutar contra isso, eu gosto demais dele – ela assentiu. 

– Já estava na hora disso acontecer, Elinór. Você merece ser feliz, e acima de tudo, sem ficar tão dependente do seu pai – falou séria. Respirei fundo ao escutar a verdade. 

– Eu preciso ter uma vida só minha. Vai ser difícil para o Igor aceitar meu trabalho e esse meu gênio complicado, mas eu quero tentar e meu pai não vai estragar isso – categorizei e em seguida escolhemos nossos pedidos e enquanto não chegava, eu contei como tudo aconteceu e da volta inacreditável de Fernando. Pouco tempo depois, o almoço chegou e comemos tranquilamente. Pagamos por nosso consumo e nos retiramos do estabelecimento. – Eu sei que tinha pedido para não mandar mais notícias do caso, mas agora é diferente. Ele não comentou nada ontem, tenho que saber como as andam as coisas – ela me olhou com ares de poucas novidades. – Elinór, não há informação nenhuma e sinceramente, estamos prestes a encerrar o caso – a encarei estupefata. 

– Eu pensei que fosse demorar mais um pouco – preocupei-me. 

– Não há nenhum vestígio conclusivo. Aquilo que doutor Edgar nos disse na festa sobre ela ter uma conta no banco não vale de muita coisa. Já vasculharam o apartamento onde ela mora, já reviraram tudo! A ficha criminal dela é limpa e se realmente, ela está por trás da morte da menina, ela é uma assassina invisível e realizou o crime perfeito. Eles podem ter um caso, mas acredito que ele não sabe mais nada – neguei. 

– Eu não tenho tanta certeza disso, no início eu coloquei um ponto de escuta na sala dele e hoje ouvi uma conversa muito estranha – tirei o equipamento da bolsa quando nos aproximamos do carro dela. Entramos e coloquei para tocar. Vivian ouviu as curtas frases atentamente. Repassei duas vezes e no final ela disse. – É estranho, mas é solto. Não liga nada, Elinór – me desesperei. 

– Então pelo amor de Deus, me explica como aquela menina morreu daquele jeito – meu coração acelerou e senti raiva. 

– Nada foi tirado daquela casa, absolutamente nada! Aquelas pessoas mortas. Aquelas pistas todas para nada? Vocês não podem encerrar o caso agora, ainda é muito cedo – esbravejei e respirei fundo, buscando autocontrole. 

– Há muitos loucos espalhados por aí, psicopatas que matam por puro prazer. Já encontramos alguns tipos assim, você sabe – nada do que ela fala consegue atingir minha consciência, nada faz sentido. 

– Então por que eles escreveriam na parede “Ela vai pagar por você sua vagabunda” – ela me olhou repreensiva. 

– Eu sei aonde quer chegar, mas nenhum detalhe foi desperdiçado. Excepcionalmente tudo foi levado em consideração – tomou fôlego. 

– Há investigadores na cola deles vinte e quatro horas por dia, vivendo como sombras. O que mais você acha que falta? – perguntou irritada e me reservei ao direito de ficar calada, pois ela tem razão. 

– Olha pra mim – olhei para ela tentando de alguma forma, resignar-me. 

– As investigações não irão cessar, mas a nossa equipe está com outros casos para resolver. A polícia aqui vai dar continuidade. Madame, nada vai trazer a criança de volta – fiz um esforço sobre-humano tentando me controlar, porém não aguentei, chorei diante dela. – Eles não vão descobrir nada, Vivian. Como uma coisa daquelas acontece a uma criança? Quem faria aquilo sem chantagear a família ou sequer roubar objetos caros? Só levaram um carro que foi incendiado. Foi ela, eu tenho certeza! Mas com que propósito eu não sei. Eu não vou conseguir olhar na cara dela quando ela voltar para aquele hospital – as palavras saem rápidas de minha boca e me sinto sem ar. – Se fosse ela, aposto que manteria a criança viva em algum lugar para pedir resgate ou vender para tráfico de órgãos ou infantil. Porém, não aconteceu nada disso – Vivian tenta me explicar. 

– Aposto que ela ia fazer isso, mas simplesmente alguma coisa deu errada dentro daquele carro – completei. 

– São só hipóteses. Eu sinto muito – conversamos mais alguns detalhes sobre as fotos que vimos no álbum e que demonstram sutilmente a falta de carinho de Eduarda tinha pela filha e Vivian me contou como havia sido o enterro. – Ela estava inconsolável no enterro da filha, parecia muito real o sofrimento dela. Talvez Eduarda sentiu o peso de nunca ter amado a menina naquele momento – ouvi e rebati. 

– Se você não ama alguém durante sete anos de vida, não vai amar depois da morte – ela me olhou rendendo-se à explicação. 

– Eu sei disso, mas Soniér quer deixar tudo aqui nas mãos do Rony. Somos detetives, ficamos um tempo e depois vamos embora. É assim que funciona. Não podemos nos apegar aos nossos clientes como se eles fossem as únicas pessoas do mundo a necessitarem de ajuda – eu não posso acreditar no que estou ouvindo, meu pai nunca desistiria tão fácil, porém nunca pegamos um caso tão controverso. 

– Isso tudo é um grande pesadelo – exclamei. – É hora de acalmar os ânimos, tudo o que precisava ser feito, já foi feito – apertou minha mão dando-me coragem. 

– O Igor precisa de você, é tudo com que deve se preocupar agora. Há coisas na vida que jamais vamos entender. Segue em frente – fiquei calada processando o que ela disse. – De qualquer forma, até o ultimo dia em que vocês estiverem no caso, peço que dêem o seu sangue. Prestem atenção nos detalhes, por favor – supliquei e Vivian assentiu. – Você nos conhece – declarou e sorri contida. – Você ainda vai voltar para o hospital? – questionou. – Não, era só pela manhã mesmo. Você me leva até a casa do Igor? – pedi. – Claro, onde fica? – expliquei o caminho e durante o trajeto falamos sobre essa nova fase da minha vida e sobre a futura viagem para Lisboa. Minutos mais tarde eu já estava em frente à casa. 

– Quer dizer que a Madame agora é uma mulher dedicada ao lar – falou ironicamente a olhei com desdém, porém rimos juntas. – Não exagera Vivian. Eu não moro com ele – apontei. – É só uma questão de tempo – sorriu travessa como sempre foi. – A boa esposa portuguesa. A rainha de Lisboa – ri de seu comentário. 

– Eu sabia que tinha que deixar ele roubar você daquele Gogo Boy – completou. 

– Igor e eu estamos nos conhecendo de verdade agora e você sabe muito bem que sou espanhola – desci do carro e ela gargalhou. 

– E sobre o dançarino você ainda me paga! Sua hora vai chegar – anunciei e ela se calou. 

– Não está mais aqui quem falou – rimos juntas. Nos despedimos e entrei na casa.

Narrado por Igor

Os dias se passaram depressa, o novo cirurgião chegou ao hospital de Santo Ângelo e tudo estava bastante corrido para ela. Susana ainda não veio morar comigo, apesar de minha insistência e entendo que exigir isso agora é mentalmente exaustivo. Porém, nesse curto espaço de tempo, estamos nos conhecendo e encontrando um lugar em nossas vidas para encaixar os defeitos e as qualidades um do outro. Vemo-nos com bastante frequência e preservamos a nossa individualidade. Quando finalmente seu trabalho no hospital terminar, voltaremos a conversar sobre morar juntos. Estou afastado do hospital por tudo o que aconteceu e ainda tenho um tempo razoável para espairecer e colocar aos poucos minha vida no lugar, antes de voltar à rotina. Estou apostando todas as minhas fichas nessa viagem e por isso decidi fazer uma surpresa para ela. Já era fim de tarde quando ouvi sua voz vinda da sala e fui ao seu encontro. 

– Que bom que você chegou – ela está parada próxima ao sofá e ao me ver, caminhou em minha direção. 

– Como eu queria te ver hoje – abraçou-me e pude sentir seu cansaço. 

– Como foi com o novo neurocirurgião? – perguntei caminhando com ela até o meu quarto. – Ele é excelente, mas apareceram tantos casos complicados que mal tivemos tempo para conversar e amanhã tenho que correr contra o tempo para mostrar tudo – explicou e a abracei, envolvendo sua cintura. – Vamos relaxar um pouquinho? – indaguei sugestivo. Mordisquei a pele de seu pescoço e ela apertou minha nuca. 

– Uhum – sussurrou baixinho. 

– Eu preparei um banho bem gostoso para você – apontei para o banheiro e a Madame sorriu aliviada ao encontrar a banheira cheia, com o perfume dos sais exalando dela. – Me ajuda a tirar – ficou de frente para mim e comecei a tirar sua blusa, depois seu sutiã. Visualizei seus seios convidativos e os massageei olhando para ela. – Esse teu corpo gostoso – tomei seus lábios puxando os bicos entre meus dedos. Ela segura meus braços e tenta puxar minha camisa. – Pronto – tirei, deixando meu peitoral livre. Abri o botão de sua calça e desci o tecido justo por suas pernas junto com a calcinha. Não me contive, ajoelhei diante dela e beijei suas coxas, subindo os beijos até encontrar sua intimidade. Apoiei sua perna esquerda na beirada da banheira que é cercada por granito. 

– Ain Igor – gemeu quando passei minha língua por sua umidade. Suguei seu ponto de prazer e dei leves batidas com minha língua. Sinto seu corpo perder aos poucos o equilíbrio e ela busca sustento repuxando meus cabelos. Apertei suas nádegas, mordi suas coxas e abdome, depois voltei a torturá-la. – Eu espero por isso o dia inteiro, Madame – olhei para ela que parecia estar perdendo a consciência. 

– Gosto ter você como meu homem – mordiquei seu ponto cheio de nervos e ela arfou, puxando o ar para dentro dos pulmões. – Gosta? – perguntei penetrando-a com dois dedos. – Aahh – gemeu flexionando a perna que esta apoiada no chão – Gosto muito, Igor – confessou e aumentei o ritmo de meus dedos entrando em sua intimidade apertada. – Mais rápido – ela pede desesperada e cada vez que sugo com mais voracidade, seu liquido doce escorre por meus dedos. Chupo com imenso prazer tudo o que sai dela. Movimento minha língua de baixo para cima e não desvio o olhar dela. 

– Goza... Eu quero tudo para mim – ordenei autoritário, concentrando toda a minha ação em seu ponto mais sensível. E ao sentir seu sexo contrair-se em minha boca, ela relaxou o corpo gemendo alto. 

– Oohh – Tomei todo seu gozo que escorreu pela parte interna de suas coxas e chupei toda a extensão que estava bastante inchada. Ela respira como se tivesse emergido de águas profundas e finalmente quando afrouxou os apertões que dava em meus cabelos, me ergui do chão e avancei contra seus lábios. Ela está enfraquecida em meus braços e percebo que posso dominá-la do jeito que eu quiser.

– É perfeito sentir meu gosto em sua boca – enlouqueci com a declaração. 

– Você é perfeita para mim – finalizei nosso beijo e ela sorriu. 

– Eu estava tão tensa – suspirou. 

– Você pode ter isso todo o dia se quiser – falei sexy e rouco. – É uma ótima proposta, doutor – sorriu lascivamente. 

– Vamos entrar – retirei minhas roupas com a ajuda dela e a puxei para dentro da banheira. Sentei apoiando-me na borda e ela deitou entre minhas pernas, recostando as costas em meu peito. Suas mãos acariciam minhas coxas dentro da água e faço massagens em seu ombro, aproveitando para cheirar seus cabelos. – Eu adoro quando você me pega, doutor e me deixa sem saída – falou maliciosa depois de instantes em silêncio. – Não me provoca, senhorita – apertei seus ombros e ela encolheu-se. 

– Você se lembra da vez em que me deu o livro do Kama Sutra? – riu baixinho. 

– Lembro – respondeu. – Se lembra do que disse para mim naquele dia? – ela pensou por alguns segundos. – Não – afastei os cabelos de seu ouvido e murmurei. 

– Que toda mulher gosta de uma pegada mais quente, de alguém que as domine – ela balançou a cabeça e afastou as costas de mim, engatinhando até a borda da banheira, oposta à que estou. Ficou de quatro e bateu na própria bunda sensualmente e logo massageou o local que havia ficado vermelho. – É verdade, e disse também que do jeito que eu gosto, homem nenhum foi capaz de fazer – me senti desafiado e me aproximei dela. – Nenhum homem? – bati contra as laterais de suas coxas. – Nenhum – protestou alto e grunhindo. Repuxei seus cabelos para trás e esfreguei meu membro em suas nádegas, depois desci até sua intimidade, roçando o mesmo contra ela. 

– Tem certeza? – instiguei provocando sua entrada. Percebo que toda a vez que vou entrar, mas retiro-me, ela se revolta e crava as mãos na borda da banheira. 

– Prova para mim que eu estou errada – falou altivamente e me posicionei em sua entrada. – Muito errada – alertei e a invadi num só ato, sem dó e nem piedade. 

– Aahh – fiz força contra ela e aumentei ainda mais o ritmo, apreciando a mais bela mulher que já vi totalmente ao meu dispor. Estou de joelhos atrás dela e a água morna aquece nossas pernas dentro da água. 

– Não sou homem de deixar a desejar, tudo o que eu faço é gostoso – segurei sua cintura e tirei um de meus joelhos apoiados no fundo, deixando o mesmo flexionado fora d’água e o pé firmando no fundo. Com isso tive mais equilíbrio e me afundei nela de um jeito avassalador. Levei minha mão esquerda em seu clitóris e mexi no ritmo de minhas investidas. – Igor – clamou por mim batendo de punho fechado na parede à sua frente. 

– É só você... Só você faz do jeito que eu gosto – avancei mordendo suas costas e ouvi seus gemidos fazerem eco no banheiro. Meus movimentos sacodem tanto seu corpo que a água faz um barulho pelo atrito de nossos corpos. – Que tesão você é – conclui já ensandecido com a situação. – Senta aqui – sai de dentro dela e sentei na banheira, de forma rápida ela veio para cima de mim e passou a cavalgar num ritmo alucinante. Minhas mãos percorrem suas costas e ela morde meus ombros, meu pescoço e passa as mãos por meu rosto, tomando meus lábios com volúpia. Tomo posse de seus seios e os vejo subirem e descerem à medida que ela senta com pressão. 

– Humm – gemeu revirando os olhos, pois a empurrei para baixo e segurei-a parada por um tempo para que pudesse ir literalmente até o fundo. Soltei seu corpo reclinei minha cabeça na borda da banheira, um de meus braços está esticado na borda e o outro está nos cabelos dela. 

– Senta gostoso... Isso – imploro e ela obedece de imediato, liberando seu lado mais erótico e selvagem. Às vezes penso que tudo isso é um grande sonho e estou prestes a acordar. Tê-la comigo é tão surreal, mas ao mesmo tempo é adrenalina pulsante em minhas veias. Agarrei-me fortemente em seu corpo, enquanto ela friccionava seu ponto de prazer. Algo libidinoso sobe por minha espinha e se envolve em meu ventre para me deixar hipnotizado por ela. Vejo seu rosto rubro mostrar tudo o que está sentido e seu belo corpo se contorce em cima de mim. O nó em meu estomago está prestes a explodir e já sinto minhas pernas adormecerem dentro da água. Ela segurou meu pulso e o levou até sua intimidade, esfreguei meus dedos com força e entendi que o ápice estava chegando para ela, pois seu orgasmo veio acompanhado de ondas de tremores pelo corpo inteiro e de um gemido estrondoso grave. – Aahh Igor – desesperado, abracei seu corpo e cheguei ao meu máximo de nossa loucura. – Madame! – ela rebolou ao ouvir o próprio nome e mesmo dentro da água, meu liquido escapou pelas pernas dela, lambuzando meu membro. A água ainda estava em turbulência, mas aos poucos foi se acalmando junto conosco. Encaramos-nos ela encostou a testa na minha. 

– Linda – elogiei. 

– De quem você gosta mais, da Madame Elinór ou da Susana? – interrogou-me e a olhei de lado. 

– São duas mulheres incríveis – respondi. – É sério Igor – balançou meu queixo. – Com quem eu estava agora? – perguntei. – Acho que com a Madame – ri e ela fez o mesmo. – E quando vou poder me encontrar com a Susana? – ela pensou e logo tornou a dizer. 

– Acho que a Susana só aparece quando estamos bem calmos – concordei. – Então a Madame é a sua loucura? – ela assentiu positiva. – Vou adorar ter as duas comigo – falei num tom malicioso e ela gargalhou gostosamente. 

– Safado – concordei. 

– Você me deixa assim – anunciei. Finalizamos nosso banho sem pressa e nos dirigimos ao quarto. Separei um espaço no closet para ela e sempre que vem para cá, algumas peças de roupa acabam ficando por aqui. Abri uma gaveta do criado mudo e peguei a surpresa para ela. Elinór já está sentada na cama com as costas apoiadas na cabeceira. – Fecha os olhos – parei na beirada da cama e com a mão para trás. 

– Igor eu não sou boa com surpresas – advertiu e se aproximou de mim ajoelhada na cama. – Fala o que é – tentou puxar meu braço, porém não permiti. – Não, só se fechar os olhos – não tendo outra opção ela os fechou. Tirei meu braço de trás e coloquei o que estava em minha mão em frente ao meu rosto. – Agora pode abrir. 

– Eu não acredito nisso, Igor – pulou em meu pescoço e peguei-a em meu colo, ela flexionou as pernas para trás e a girei, rodando várias vezes. Depois a coloquei no chão. – Quando você comprou as passagens? – entreguei a ela que olhou atentamente. – Hoje de manhã, eu esperei por você o dia inteiro para fazer essa surpresa – a doutora me retribuiu com um abraço apertado. – Obrigada – agradeceu carinhosa. – Te amo, doutor Igor – selei nossos lábios ou ouvir. – Eu também, muito – fiz carinho em sua face. – Eu quero entrar de cabeça nessa nova fase da minha vida, quero fazer tudo diferente desta vez – falei e ela sorriu. 

– Eu quero estar ao seu lado sempre – afagou minha barba. 

– Do passado só quero levar as coisas boas, o resto eu quero esquecer. Quero começar do zero – fui categórico. 

– E você é o meu maior recomeço – beijei sua fronte. – Eu me sinto honrada por isso – me encarou. – A honra é toda minha – sorrimos um para o outro e em seguida ela se acomodou na cama, enquanto eu guardava as passagens. Preparei-me para deitar quando ouvi meu celular tocar, eu estava tão agitado pelo frisson da viagem que não olhei direito para o visor, apenas atendi a chamada. 

– Alô! – falei e a linha estava muda. 

– Alô – falei novamente, mas dessa vez ouvi um chiado do outro lado da linha. Olhei para Susana e li seus lábios perguntando quem era e simplesmente gesticulei mostrando que não sabia. O olhar dela está apreensivo e decidi ameaçar.

– Olha se for para fazer algum tipo de brincadeira... – a ligação está péssima por conta dos chiados, entretanto cortei a frase ao meio ao ouvir lá no fundo uma voz muito baixa e chorosa. 

– Quem está falando? – indaguei rispidamente e sentindo uma agonia ferrenha. 

– Papai – paralisei de corpo e alma. Não tive mais forças para segurar o telefone, o mesmo caiu e perdi totalmente o chão.


Notas Finais


Obrigado por ler até aqui 😍
Espero que tenha gostado 😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...