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História Desejos Secretos - A Infiel


Escrita por: ValentinaEli

Notas do Autor


"Mulher, um dia terás o que mereces!
Não haverá mais ninguém em tuas noites solitárias. Vai desejar alguém que amará a boca de outra."

Capítulo 5 - A Infiel


Fanfic / Fanfiction Desejos Secretos - A Infiel

Depois de fazer minhas análises primárias sobre Eduarda, que por sinal foram bem interessantes, saí do auditório e me dirigi ao RH para acertar os últimos detalhes de minha admissão, a palestra se estenderia por mais um tempo e eu precisava dar os primeiros passos. Já eram quase dez horas da manhã quando recebi a chave de um dos armários que fica na sala dos médicos, assim poderia guardar o uniforme do centro cirúrgico e alguns instrumentos de trabalho.

Uma semana se passou desde que Igor procurou por Soniér, imediatamente após seu contato fui informada de que havia um servicinho especial para mim. Minha vida em Lisboa estava um pouco entediante, o que me animava era apenas meu trabalho, ainda que eu amasse Portugal, sentia falta do Brasil. Apesar de que, sempre ganhava os casos especiais indicados por Soniér, que mesmo aqui do Brasil, mantinha uma pequena filial por assim dizer, em Lisboa. Então, desde aquele dia minha vinda para o Brasil foi acertada, inclusive minha vaga neste hospital, logo, algumas coisas já estavam bem adiantadas, Dimitri entrou em contato com um velho amigo, que providenciou tudo.

Cheguei ao RH e fui extremamente bem recepcionada, assinei alguns papéis e peguei meu jaleco. Uma coisa que eu amo é ver alguém vestido com jaleco, além de muita formalidade chega a ser sensual. Enfim, fiz o que tinha que fazer e resolvi dar uma volta pelo hospital para me familiarizar com alguns setores, principalmente o centro cirúrgico. 

Ao caminhar senti que alguns olhares se voltavam para mim à medida em que eu andava e até ouvi um "que gostosa" quando passei perto da sala de descanso do andar da Urologia - revirei os olhos - Hum - foi a única coisa que saiu de minha boca, esse tipo de elogio vago é tão deprimente, continuei a caminhar pelos corredores de forma altiva, com certeza a fala veio de um homem frouxo. Quero ver mesmo é coragem. Mas pelo sim e pelo não, inflamou meu ego.

Olhei para meu relógio de pulso, um Rolex prateado, que já marcava 11hs, então, mudei a direção de meus passos e voltei calmamente para o auditório, provavelmente a palestra de Eduarda já acabou e ela está se retirando. Tem que ser agora! Quando cheguei à porta, vi que um último ouvinte se despedia dela, e finalmente ao sair, comecei a caminhar lentamente em sua direção. Ela estava guardando algumas coisas dentro da bolsa, ergueu a cabeça ao ouvir os passos, olhou direto para mim e deu seu pequeno sorriso gentil.

- Olá! Veio pegar a ficha de inscrição para o próximo simpósio? - Na verdade não! - ela só me olhava, me aproximei e estendi a mão para cumprimentá-la - Um pena que só pude acompanhar o final, me interesso muito pelo assunto. Meus parabéns, uma organização impecável! - ela amigavelmente apertou minha mão e sorriu 

- Prazer, sou a doutora Susana Altman! - Igualmente. Eduarda Sarmento. - desfizemos o aperto de mão e sorrimos uma para a outra - De qual hospital você veio? - perguntou curiosa. Deve conhecer praticamente todos os médicos do Santo Ângelo - Deste mesmo - respondi de forma carinhosa. Ela precisa sentir que sou amistosa. Quando disse que era do mesmo hospital que ela, me olhou estranhamente - Me deculpe - sorriu um pouco sem graça com a situação - Mas, não me lembro de você, acho que me lembraria, tão elegante! Bonita! - me olhou disfarçadamente de cima a baixo. Pensei comigo: "olha mesmo querida, pra nunca mais esquecer."

 - É muita gentileza sua. Sou a nova Neurocirurgiã, seu colega César vai para França não é mesmo! Recebi o convite inesperado mas maravilhoso de me juntar a vocês. - Ah! Mas que coisa boa, seja muito bem vinda! - veio me abraçando e me recepcionou com dois beijos na face, aquele beijo bochecha a bochecha, como toda mulher faz - Muito obrigada, estou honrada com o convite. Espero fazer muitos colegas aqui - Vai fazer sim, sem sombra de dúvidas - Eu tenho que me estender um pouco no assunto, não posso ficar presa à mera apresentação, ela precisa ter uma doce e encantadora impressão de sua nova colega de trabalho. De forma muito rápida reparei que usava uma mandala no pescoço. Decidi bajular. - Que lindo mandala! - ela segurou o pingente em sua mão - Obrigada, foi um presente do meu marido e de minha filha - Me aproximei para ver melhor o que estava escrito e havia o nome dos dois no pequeno objeto - Adoro mandalas! Eles são considerados símbolo de integração e harmonia. - Nossa, Interessante! Meu marido faz questão dessas delicadezas. Eu confesso que sou meio desligada dessas coisas. - Ela conversa comigo de forma leve e agradável, vai ser fácil me aproximar dela. Pelo visto faz o papel de esposa relapsa. Ele deve lamber o chão que ela pisa - Então, quer me acompanhar em café ou suco? Não vou almoçar tão cedo hoje... - Claro que sim, aceito o convite.

Saímos do auditório e começamos a andar pelos corredores batendo um bom papo sobre medicina. Quando passamos pelo corredor central do primeiro andar, Igor vinha pelo lado esquerdo, da ala do Pronto Socorro, Eduarda nem notou que o marido passava por alí, me contava sobre o simpósio e se distraía com isso. Percebi quando ele parou de repente e derrubou os papéis que tinha na mão, na certa quase teve uma síncope ao me ver caminhar ao lado de sua esposa. Apenas sorri de canto de boca para ele, que ficou lá, paralisado. 

Chegamos à lanchonete do hospital, o local estava um pouco vazio e aproveitamos para sentar em uma mesa perto da enorme parede de vidro que nos dava uma bela visão do mar. De fato, era um ambiente bem luxuoso, o Santo Ângelo era considerado como o hospital privado de maior prestígio do Rio de Janeiro. O atendente, sem demora, veio anotar nossos pedidos.

- Bom dia! O que desejam? - disse de forma simpática - Eu vou querer um suco de abacaxi com hortelã e uma porção pequena de salada de frutas - Eduarda fez o pedido e reparei que parecia aquelas bonequinhas de luxo, o movimento de suas finas e delicadas mãos, o jeito que mechia no cabelo cor de mel enquanto falava, as unhas à francesinha e até o sotaque era de mulher dondoca, um tanto fresca por assim dizer. Devia ser bem fútil! Olhava para ela e me lembrava do deus grego que era o seu marido, bem que eles fazem um belo casal. Internamente o fato de saber que aquele homem estava sendo traído me fez sentir vontade de dar na cara dela alí mesmo. Odeio adultério. Realmente ela deve ser só uma puta querendo se tornar mais puta ainda e milionária. Mas se dinheiro é o motivo da suposta traição, não faz muito sentido, pelas informações que levantei eles são riquíssimos. É óbvio que ela não está interessada apenas no dinheiro

 - E a senhora, o que vai querer? - o rapaz simpático me tirou de meus pensamentos rápidos - Bem, eu vou querer uma vitamina de morango com leite sem lactose e pode colocar umas raspinhas de gengibre por favor. E pode me trazer também, uma salada de frutas, vou acompanhá-la - disse olhando para ela que assentiu. O bom moço se retirou e enquanto esperávamos nossos pedidos aproveitei para conquistar sua amizade definitivamente

- Fico tão feliz em conhecer uma pessoa bacana assim como você em meu quase primeiro dia. É difícil encontrar um lugar onde os novatos sejam tão bem recebidos - ela se agradou com o elogio - Que isso, nós mulheres temos que nos unir - ela sorriu como se falasse de uma gangue feminina - Agradeço desde já!

- Mas me conta, você trabalhava aonde antes de vir para cá? - Bem, eu trabalhava em Lisboa, Hospital dos Lusíadas. Adorava aquele lugar, peguei excelentes casos por lá e foi através destes que escrevi meus artigos em Estudos de Ondas Cerebrais - Ela me fitava fascinante e ouvia atentamente tudo o que eu dizia.

- Ah! Portugal é um lugar delicioso mesmo, estive lá a uns dois anos, levei minha filha em Portugal dos Pequenitos, uma pequena vila toda construída com edificações bem pequenas, do tamanho deles.

- Conheço! Adoro Portugal! Mas - confessei. - Eu, se pudesse, me mandava deste país, moraria em Montreal, mas Igor, meu marido, só quer saber das belezas cariocas. Praia, sol... não suporto esse calorão que faz por aqui - disse fazendo uma cara antipática. Teria que aturar as frescuras dessa mulherzinha. Ossos do Ofício! Decidi mudar de assunto pra variar.

- Então, você tem uma filha! - Tenho, a Patrícia, Paty como costumamos chamá-la - sorriu sem mostrar muito os dentes. Que mãe que não se gaba demasiadamente de sua cria? Ela, entretanto, não falou com entusiasmo. - Quantos anos ela tem? - Tem sete anos - Que maravilha! A maternidade deve fazer muito bem a uma mulher, não é mesmo? - Fazer até faz, mas é algo tão cansativo! Filho suga toda nossa energia sabia! - Ela passou a mão no rosto e suspirou, realmente não aprecia muito o fato de ser mãe. Fiquei instigada e resolvi me aprofundar. - Não queria ter filhos? - apoiou o cotovelo na mesa e inclinou um pouco a cabeça repousando o queixo sobre a mão - Você se surpreenderia com o que somos capazes de fazer por um marido! Mas amo minha filha! - as palavras diziam uma coisa e sua feição, outra. De certa, engravidou por insistência do trouxa do marido ou para prender o homem. 

Olhou para a minha mão e percebendo que eu não usava aliança já tratou logo de perguntar - Mas e você, não se casou? - acariciei minha mão no lugar onde devia ter uma aliança. Suspirei - Não me casei, acho que prezei demais pela profissão. Acabei sozinha, meu consolo é a cirurgia, casei-me com ela, sei que ela nunca vai me trair - rimos de minha fala irônica. Tomamos nossos sucos e saboreamos as frutas, o papo rendeu por quase uma hora. Vi que já eram quase meio dia - A hora passou tão depressa! Adorei nosso papo - disse como quem precisa ir embora - Oh, minha querida, nossa, foi um enorme prazer. Parece que te conheço a anos - ela falava entre risos. Isso me deixou mais do que satisfeita, estava aos poucos ganhando sua confiança 

- Preciso ir finalmente para minha casa, cheguei de viagem e vim direto para a reunião - Imagino, deve estar muito cansada! - Estou exausta, primeiro de Lisboa para São Paulo e depois de São Paulo pra cá. Quando eu cair na cama só vou acordar amanhã. Nos levantamos e nos despedimos formalmente - Obrigada pelo prazer de sua companhia! - disse sorrindo para ela - O prazer foi todo meu. Nos vemos amanhã, literalmente no seu primeiro dia - Não vejo a hora! Acenei com os dedos dizendo tchau, Eduarda ainda ficou lá. 

Fui em direção ao banheiro da sala dos médicos, precisava retocar a maquiagem e me arrumar um pouco. O ambiente estava vazio e muito silencioso. Entrei no banheiro, na verdade, era um grande vestiário feminino, tudo de muito requinte, espelhos enormes, pias de mármore e torneiras com sensor de movimento. Mechia um pouco nas mechas de meus cabelos quando escutei vozes vindo da sala. Reconheci, era Eduarda e estava acompanhada de outra mulher. Pareciam vir para o banheiro, repidamente entrei em um box e em silêncio escutei a conversa.

- Sinceramente Duda, do jeito que você fala, não sei como ainda aguenta o Igor - Ai Júlia, o Igor é um grude, as vezes da uma vontade de dar um choque de realidade nele. Só que ainda não é a hora de me separar - Mas ele é romântico Duda, é o jeito dele! É seu marido. Ele morre se você for embora - Ju, ele é muito previsível, nossos momentos íntimos são um desastre, ele é convencional, tudo "papai e mamae", entende! - Você já conversou com ele? - Pra que? Dúvido muito que ele me surpreenda! - As duas se divertiam com a situação, e o marido traído era apenas um homem sem muito "sangue nas veias". Preciso alertá-lo! Mulher feliz na cama é mais fácil de investigar. Quando as duas finalmente saíram, fiquei mais alguns minutos só para me certificar que não tinha perigo.

Me retirei da sala dos médicos e segui para fazer uma coisa que ainda não tinha feito. Fui até a galeria de onde todos os médicos podiam assistir às cirurgias, quando entrei vi que Igor estava operando, nessas galerias costumam haver sistemas de áudio, ouvimos e vemos em tempo real uma operação apenas através de uma película de vidro. Ele estava com capote cirúrgico e uma touca verde. Pelo vídeomonitoramento vi que estava fazendo a troca de Válvula Mitral. Parecia ser muito habilidoso com as mãos e seu traje de centro cirúrgico o deixava muito sexy. Mas não fiquei até o fim, agora que dei um passo lento e cauteloso tinha que ir para casa descansar. 

Como ainda não estive no apartamento que Soniér reservou para mim e estou sem carro pois o mesmo está na garagem do condomínio, vou ter que chamar um táxi. Estava prestes a sair quando meu celular começou a tocar, olhei para o visor, vi que era doutor Henrique.

- Henrique! - sorri ao dizer - Oi minha querida, venha até minha sala, preciso lhe entregar algo - Ok! - respondi e prontamente segui até a sala próxima à diretoria. Ao chegar, bati levemente na porta e entrei. Henrique estava sentado em sua poltrona e me olhou sorrindo - Entre! - Sentei-me na cadeira à sua frente - O que está achando de nosso hospital? É do seu agrado? - Henrique, você me conhece o suficiente para saber que sim - esbocei um sorriso para que ele percebesse minha satisfação - Conheceu a dita cuja? - perguntou de uma vez - Acabei de tomar um suco com ela - Mas já? Você é rápida hein! - sorrimos com sua fala - O que achou? - Calminha, estou me aproximando aos poucos, mas é óbvio, ela trai o marido, só tenho que descobrir com quem. Os olhos dela não brilham enquanto ela fala do esposo e é desanimada ao falar da filha e por favor, parece uma bonequinha de porcelana inquebrável! Essa vai ser dura de aturar, me parece extremamente supérflua - Ele ouvia atentamente minhas conclusões prévias sobre Eduarda e balançava a cabeça positivamente concordando com minhas afirmações.

  - Mas e o Igor? - Perguntou malicioso - O que achou dele? É uma pena que esteja passando por isso, é o cara mais sensacional que eu conheço - Pra mim não passa de um bebê chorão - falei revirando os olhos - Fica se rastejando aos pés daquele projeto de barbie. E é medroso, acho que ele não não dá conta do serviço. A mulher teve que procurar outro - Opa! calma querida, não subestime seu colega - Henrique me repreendeu, devia saber de mais coisas sobre Igor - Foi o que ele me disse antes que eu saísse de sua sala

 - Conheço Igor desde que era meu residente e ele é médico a mais de quinze anos. Sempre foi o garanhão desse hospital - Como é que é? - não acreditei no que estava ouvindo. Como assim? Aquele homem que me pareceu tão fraco e inocente? - Mas a sete anos ele conheceu Eduarda, se apaixonou perdidamente, ela engravidou muito rápido. Casaram às pressas - Na Igreja? - perguntei curiosa, esses casamentos são difíceis de anular, mas com a prova da traição nas mãos seria mais fácil - Eles se casaram no civil, ela não quis casar no religioso, mas se dependesse dele ela teria casamento de rainha - Que mulher não quer um belo casamento, ela parece do tipo que necessita sair em todas as colunas sociais, muito estranho! Tenho que descobrir logo.

- O que você sentiu quando viu o Igor? - descaradamente ele teve que fazer esta pergunta - Senti? - perguntei tentando ganhar tempo - Uhum! Te conheço bem, menina! Eu me lembro bem do que já te aconteceu - Henrique sempre teve o dom de alfinetar a ferida - Fique tranquilo, aquilo foi a muito tempo, ele não era médico e nem era cliente de Soniér - Sei! - ele disse sarcástico - Parou por aqui né! - ele se inclinou da poltrona em direção à mesa - Você como sempre é inflexível e durona - Tá pra nascer homem que vai me dobrar! - Se você está dizendo! - o olhei reprovativa. Ele então abriu uma gaveta e retirou duas chaves que logo me entregou - As chaves do teu apartamento e do carro. Dimitri me entregou ontem - Que eficiência hein! É por isso que gosto de vocês! - lancei um beijinho no ar e ele sorriu.

Conversamos bastante e Henrique decidiu me dar uma carona até o endereço de minha nova residência. Estava ansiosa para ver o que me esperava, minha casa em Lisboa era lindíssima e cheia de empregados, Soniér tinha muito bom gosto e sabia me agradar. Ao chegarmos em frente ao prédio não pude conter a sensação de felicidade e fiquei boquiaberta - Uau, Soniér caprichou hein - Henrique disse olhando o belo condomínio onde eu me instalaria. Nos despedimos e desci do carro, andei um direção à recepção e prontamente me identifiquei - Esperava mesmo a senhora - o moço gentil me entregou um envelope lacrado com a senha do alarme e me desejou boa tarde. 

Apertei o botão do elevador e subi até a cobertura, cheguei junto à porta e vagamente abri, logo um sorriso me invadiu ao ver a maravilhosa decoração do dúplex. É perfeito para mim! Entrei e olhei milimetricamente todo o local, muito moderno, porém, com alguns móveis bem rústicos do jeito que eu gosto. Na sala havia uma enorme estante de mogno bem bonita e reparei em algumas estátuas gregas que com certeza foram ideias de Soniér. Quando Dimitri me levou até o hospital esta manhã fez questão de trazer minhas malas e acertar um último detalhe, que pelo que percebo está em cima da mesa mesa de centro. Uma linda caixa marrom. Me aproximei, abri e minha face de aprovação foi instantânea. Nesse momento recebi uma mensagem em meu celular, era um número que eu não conhecia ainda, o texto dizia:

"Preciso muito falar com você e tem que ser esta noite." Igor.


Notas Finais


Obrigada por lerem até aqui😘😘😘
Espero que tenham gostado💜


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