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História Desejos Secretos - A briga


Escrita por: ValentinaEli

Notas do Autor


Me perdoem se ficou muito extenso! Espero que gostem😘😘😘

Capítulo 7 - A briga


Fanfic / Fanfiction Desejos Secretos - A briga

Narrado por Elinór

No dia seguinte às minhas dicas para Igor, acordei antes das seis da manhã. Cheguei cedo ao hospital, fui a primeira a entrar na sala dos médicos, como o local era bem espaçoso, sentei em uma das cadeiras da grande mesa em formato oval que ficava ao centro. Pouco tempo depois vi que a porta se abriu, era o doutor de quem Igor suspeitava, Edgar, era ainda por cima, mais bonito pessoalmente do que na foto. Eduarda era uma puta com bom gosto! Tive que admitir. Ao me ver, fez uma cara do tipo "quem é você"? Se aproximou de mim e gentilmente foi logo se apresentando com um ar de muita sedução. 

- Olá! - sua voz soou um tanto quanto sexy. Estendi minha mão que prontamente ele segurou e deu um leve beijo sem desviar seus olhos de mim. - Qual o seu nome? - perguntou sorrindo. - Susana. - E o seu? - Edgar. A seu dispor. - Muito prazer, você é muito gentil. - sorri maliciosamente. Sem demora, sentou-se na cadeira que estava ao meu lado e continuou o assunto. - Estive fora por tão pouco tempo e quando chego encontro uma mulher tão linda como você aqui! - sorri timidamente. - Hoje é meu primeiro dia. Você elogia assim todas as novas médicas? - Não, só as belas. - já vi que esse diz o que pensa, pelo menos tem coragem, um ponto a seu favor, mas é amante, dois pontos a menos, logo saldo negativo. - Hum! - seu sorriso era lindo e seu porte muito elegante. - Obrigada pelo elogio! - enclinei a cabeça e mexi no cabelo só para provocar. - Posso te levar por um tour pelo hospital, te apresentar o ambiente. - Ah! Vou adorar! - Foi mais fácil me aproximar dele do que imaginava.

Aos poucos, os demais médicos começaram a preencher o recinto, conversavam, tomavam café, mas Edgar não saía de perto de mim. Um pouco antes das sete da manhã Igor e Eduarda apareceram de mãos dadas, extremamente sorridentes, quando ele me olhou não pude conter a sensação de dever cumprido, ele havia feito como o combinado. Fez a lição direitinho! Pelo olhar dela vi que estava mansa. Pronta para a captura. Entretanto, assim que me viu com Edgar sua feição mudou, então, eu, como boa "nova amiga", simpaticamente acenei. Por dentro ela devia estar se corroendo com a cena, pois Edgar estava muito próximo de mim e não percebeu sua chegada.

- Eduarda! Que bom vê-la novamente. Adorei nosso café de ontem! - ao ouvir o nome Edgar se assustou nitidamente. Ela disfarçou e o fuzilou com os olhos, já Igor me fitou como quem diz "você acertou em cheio!" - Ai querida, eu que agradeço sua companhia! Que você tenha um ótimo primeiro dia de trabalho! - me abraçou ao dizer. - Esse é o Igor, meu marido. - Nós nos conhecemos ontem pela manhã, doutor Henrique nos apresentou. - É bom revê-la doutora. - Igor apertou forte minha mão. - Edgar, está de volta? Como foi de viagem? - Igor perguntou só para disfarçar sua vontade de esbofeteá-lo alí mesmo por conta da desconfiança. - Grande Igor! - Edgar foi ao encontro de seu colega e deu um abraço com tapinhas nas costas. - Foi excelente, o médico austríaco é mesmo o deus da plástica! - conversávamos amigavelmente até que cada um dos que alí estavam começou a seguir para seu respectivo setor. Edgar foi o primeiro a nos deixar e Eduarda foi em seguida por conta de um chamado em seu pager. Ficamos sozinhos na sala, Igor e eu. Ao ver que não havia mais ninguém, ele, subitamente agiu de forma peculiar.

- Elinór! - sorriu em êxtase e me deu um abraço inesesperado, me erguendo do chão. - Igor me põe no chão! - sem me obedecer, girou duas vezes comigo no colo. - Igor, me obedeça! Alguém pode entrar - falei séria dando tapinhas em seus ombros até que me pusesse no chão - Você é incrível sábia! Eduarda amou a surpresa. - o olhei incrédula. - Ei, espero que não tenha esquecido de que o presente foi só para amansar Eduarda, ela ainda te trai. Eu vou provar! - disse sussurrando com medo de alguém entrar na sala. Ele me olhou desapontado. - Mas ela esteve comigo ontem como nunca. - senti tristeza em sua voz. - Foi sexo Igor, apenas sexo. Mulher gosta disso! - me olhou reprovativo - Você não sabe de nada, não me conhece. - disse irritado. - Conheço o suficiente. - me aproximei dele. - É melhor tratar essa situação de forma racional antes que se arrependa e atrapalhe meus planos. Quer por tudo a perder? - mal terminei de falar e senti meu pager vibrar e o de Igor vibrou ao mesmo tempo. Nos olhamos e rapidamente saímos os dois correndo pelos corredores do hospital até a emergência. Fomos recepcionados com aventais e as luvas de procedimento que foram entregues por dois enfermeiros. Chegamos à porta de entrada para esperar uma ambulância que estava prestes a entrar no estacionamento do Pronto Socorro e dois residentes cirúrgicos estavam de prontidão.

- Qual é o caso? - perguntei a um deles. - O paramédico nos informou por telefone, homem, 36 anos, lesão por arma de fogo no hemitórax esquerdo e um possível traumatismo craniano. O paciente também apresenta uma infecção por conta de um canal dentário. Ele assaltou uma moça que ao conseguir se esquivar, o empurrou do terceiro andar do apartamento dela. - nessas horas, mesmo que o ódio invada nossas mentes temos que fazer de tudo para manter o paciente vivo, seja ele quem for. Minutos depois, ao fundo, escutamos o barulho da sirene, a ambulância estava entrando no estacionamento, a adrenalina já está dando seus primeiros indícios em nossos corpos e tentamos respirar nesse momento, aguardando o paciente que deposita toda confiança em nossas mãos, estando ele consciente ou não.

Recepcionamos a ambulância e logo as portas se abriram, os paramédicos já empurravam a maca para fora do veículo e passavam os primeiros sinais vitais. Levamos a maca às pressas para uma sala da emergência e fizemos os primeiros procedimentos. Sem sombra de dúvidas, Igor é um excelente médico, a forma como trata o doente e suas mãos talentosas me fazem admirá-lo. Mas algumas divergências entre nós profissionais, são comuns e conosco não foi diferente. A certa altura ela apareceu - Doutora Altman, a questão não é essa! Eu preciso controlar a infecção, se eu não operar ele morre de septicemia. - aumentou o tom de voz para me contrariar - Se o ventrículo cerebral se romper vai ser catastrófico, ele morre na sua frente. Eu não vou deixar isso acontecer! - não posso permitir que ele passe à frente de minha decisão. Os residentes e as dois enfermeiros olhavam boquiabertos a situação, dois médicos brigando por um ponto de vista, enquanto o paciente estava deitado na maca à nossa frente. 

- Precisamos da opinião de um terceiro médico. - Doutor Fábio, chame o doutor Henrique aqui agora. - Sim senhor! - antes que o residente pudesse sair, Henrique entrou na sala. - Soube desse caso agora e decidir ver como estão se saíndo. - Doutor Henrique ela não pode tocar no meu paciente. - Como não posso? - já sentia uma irritação pelo modo como Igor me travava, estava negligenciando minhas opiniões médicas. - Doutor Igor me passe o caso! - Doutor Henrique, o paciente foi baleado no tórax e apresenta uma infecção grave que eu preciso controlar, antes que pare o coração, os pulmões e todos os orgãos. - Doutora Altman, prossiga com seu prognóstico. - Se ele operar, o paciente sai com morte cerebral. Olhe as tomografias - apontei para o aparelho onde estavam várias delas - Há um grande abcesso comprimindo o ventriculo podendo causar edema cerebral significativo e uma meningite grave.

- Os dois estão certos, mas estão com um bomba relógio nas mãos. Vão ter que operar juntos, e na hora saberão o que priorizar. Levem esse paciente para a sala de cirurgia, eu estarei lá. - olhei para Igor e minha admiração deu lugar a uma raiva que tentei com muita força controlar. Nos direcionamos até o lavatório e fizemos nossa lavagem de mãos cirúrgica enquanto o paciente estava sendo preparado na sala à nossa frente, olhávamos por uma parede de vídro e um grande silêncio estava no meio de nós, mas percebi que enquanto eu fazia a desinfecção das mãos ele me olhava de lado, e ficou assim por um bom tempo. Quando percebeu que eu me incomodei com situação saiu do meu lado e entrou na sala, passando por uma porta automática. Sem demora, fui atrás e começamos os procedimentos.

Enquanto eu operava o cérebro tentando não deixar que o mesmo erniasse, ele estava com as mãos dentro do tórax do paciente. - Doutora Susana, como estamos indo por aí? - perguntou sem desviar os olhos de sua função. - A pressão intracraniana está diminuindo, só preciso de mais alguns minutos. - Droga, droga! - ele ficou nervoso. Olhamos para o monitor e os batimentos cardíacos estavam despencando. - Há um sangramento enorme na aorta e a infecção está se espalhando muito rápido - apesar de nossas diferenças a minutos atrás, ele tomava decisões rápidas na mesa de operação, tinha um olhar clínico impecável. - Ele parou! - disse em alto bom som. - Carreguem as pás! - Doutor Igor não ouse chocar o paciente agora, estou com as pinças dentro do cérebro dele. - Não dá pra esperar! - as pás já estavam em suas mãos e seu autoritarismo está me matando. - Espera um segundo! - sem ao menos me ouvir, ele colocou as pás ao redor do coração - Tire suas mãos deste paciente agora Altman - Doutor Igor, não! - Carregue em 30.... - retirarei rapidamente as pinças antes que eu fosse atingida pela descarga elétrica. - Ele chocou o paciente e praticamente todo meu trabalho foi por água abaixo.

- Muito bem doutor Igor, agora, por sua ansiedade em não esperar um segundo teremos um paciente com algum dano cerebral que só vamos descobrir quando ele acordar, se ele acordar. - Mas ele está vivo, doutora. É isso o que importa! - falou com arrogância me deixando furiosa. - A que preço doutor Igor? - a tensão estava forte e sem dar mais uma palavra, terminamos de suturar nosso paciente e os residentes o encaminharam para a UTI. Me dirigi até o lavatório para higienizar minhas mãos. Deixei a água escorrer pelas mesmas e fechei os olhos tentando me acalmar.

- Elinór! - escutei sua voz rouca próxima de mim - Se usar esse nome mais uma vez eu juro que parto você em tirinhas. - Desculpa! Eu não queria agir daquele jeito lá dentro. - enquanto ele lavava as mãos, me encostei na parede o observando. Respirei fundo antes de dizer o que estava entalado em minha garganta desde o início da manhã. - Escutei bem o que eu vou lhe dizer, não confunda as coisas. Nunca mais fale comigo naquele tom! Sou tão médica quanto você. O que você fez foi me desmoralizar na frente daquelas pessoas. - Eu só estava fazendo meu trabalho. - sua feição ficava cada vez mais bela enquanto se enraivecia. - O seu trabalho? Tem certeza? - Espero que você fique mais calma, eu te pago pra isso. - sua fala irônica me tirou do sério. - Como é que é? Me paga?...por isso não! Você não me paga para ser médica. Logo percebi que você não sabe separar as coisas. - Se não sabe trabalhar em equipe, fale logo, assim você sai desse hospital e trabalha só como detetive ou posso simplesmente dispensar seus serviços. - falou bem alto e se aproximou, me encurralando na parede, senti um calafrio imenso quando seu corpo encostou no meu. - Você é patético! Você não é meu dono, e aqui dentro eu não respondo a você. Meu trabalho é sigiloso. Se quer desistir a hora é agora! - Ele apenas me encarou atentamente sem dizer uma palavra sequer, por fim, saiu da sala. Esperei um pouco para me acalmar e fui logo e seguida.

Me dirigi ao vestiário para tomar um banho. Me senti cansada daquela situação e da cirurgia em si e depois do banho decidi dormir um pouco na sala de sobreaviso. Me desliguei um pouco de Eduarda e dele também. Por umas três horas adormeci tranquilamente, ninguém me chamou na emergência, e minhas consultas estavam reservadas para o início da tarde. Ao acordar, fiquei uns instantes na cama olhando para o teto do quarto, fechei os olhos por um segundo relembrando o abraço de Igor. Seus braços me envolveram de uma forma tão maravilhosa, era mais alto do que eu, logo me perdi envolvida em seu corpo. Senti na hora seu perfume, pois o mesmo tomou conta do meu jaleco, impregnando o tecido. Ao pensar nisso um riso brotou em meus lábios sem que eu percebesse, mas ao recobrar a consciência, respirei fundo tentando não pensar nele, sou muito profissional, não posso me envolver com um cliente.

Levantei e me arrumei de forma rápida, tinha que fazer uma visita ao doutor Edgar sedutor. Pelo visto, Eduarda além trair também era traída, porque pelo jeito que ele me tratou hoje era só estalar os dedos. Ao sair da sala de sobreaviso fui em direção à sala dele. O andar da plástica ficava em cima da Neurologia, um lugar muito bem equipado, havia um centro de tratamento para queimados, um laboratório para confecção de enxertos e um trabalho excelentíssimo para pacientes bariátricos. Parei em frente à sua porta, bati discretamente, em menos de um minuto ele veio me receber. - Doutora Susana, mas que honra! Entre! - Segurou minha mão e conduziu-me até o interior da sala. - Obrigada! - Então, como está sendo seu primeiro dia? - Ótimo! - tentei disfarçar minha pequena raiva de Igor. Sente-se! - e como um bom homem, puxou a cadeira para que eu sentasse. Esperei que ele desse a volta em sua mesa para que discretamente levasse minha mão por debaixo da mesma. Coloquei um pequeno botao preto bem no canto. Era um pequeno ponto de escuta. Eles não iam me esconder nada.

Conversamos um pouco de forma bem descontraída quando ouvimos batidinhas na porta e logo depois vimos Eduarda entrar na sala. Edgar tentou disfarçar a saia justa e se remexeu na cadeira. - Susana, você aqui! - ela deu um sorriso falso e aproveitei para provocá-la. - Eduarda, querida! Doutor Edgar está sendo um perfeito cavalheiro, vai me mostrar algumas coisas aqui no hospital que ainda não conheço. - Ah! Sim, que bom. - eles se olharam de forma tensa e eu, adorei a situação, uma briguinha entre os dois pode ser o que eu preciso para reunir as provas da traição, pelo visto tudo ocorrerá de forma rápida. - Bom, já que está aqui, aproveito para lhe convidar para um jantar em minha casa esta noite, às 20hs. Aqui está um papel com o endereço e meu telefone - me levantei e sorri para ela. - Vai ser um grande prazer. Preciso mesmo me socializar! - O senhor também está convidado, doutor Edgar. - Obrigado Duda...Eduarda. - ele cometeu um ato falho ao chamá-la muito intimamente. Ela o encarou sem graça. - Aceito seu convite, estarei lá. - Bom, eu preciso ir, tenho que organizar umas coisas em minha sala, finalmente vou me instalar. - queria sair logo dalí, precisava escutar a conversa. Me despedi dos dois e me retirei do recinto, só esperei fechar a porta para apertar um minúsculo botão de um outro ponto que coloquei na orelha, os cachos de meus cabelos cobriam perfeitamente o pequeno objeto. Caminhei lentamente até minha sala ouvindo a conversa:

- Você estava muito animado com ela não acha não? - Duda que isso! Eu só quis ser gentil! - O inferno está cheio de gentilezas. - Eduarda! amor, você sabe que te eu amo. - Ela é legal sabia, deixa ela em paz, você é bem safadinho, te conheço de outros carnavais. - Vem cá delícia...ta gostosa hoje! - Sai! - Não faz assim... você sabe que não resisto...

Eduarda vadia! Não terminei de ouvir tudo porque tinha outras coisas para fazer, além de avaliar o pós-operário do meu paciente de hoje cedo. Tudo ficaria gravado, agora só preciso de fotos.

O restante do dia foi bem agradável, minhas consultas foram bem tranquilas. Agora preciso me organizar para a festa. Fui para a casa e descansei um pouco antes de me arrumar. Quando o despertador tocou levantei para me preparar, tomei um banho delicioso e demorado. Saí de toalha mesmo pelo quarto, fui até meu closet e escolhi uma lingerie cor vinho e de renda. Coloquei um vestido azul marinho de comprimento acima dos joelhos e decote em coração com uma alça média. Calcei um scarpin meia pata vermelho e optei por uma maquiagem leve, porém valorizei bastante a área dos olhos e um batom com cor bem discreta. Peguei uma pequena bolsa de mão e segui para a mansão dos Sarmentos.

Ao chegar à propriedade, vi que a mesma ocupava praticamente uma quadra inteira. O segurança autorizou minha entrada, então, segui pelo caminho que levava até a mansão, que era de uma beleza extraordinária. Muitas árvores e um jardim sem igual, havia uma fonte próxima à entrada e rapidamente um manobrista veio ao meu encontro para estacionar o carro no lugar adequado. Caminhei em direção à entrada e fui surpreendida por uma criança. Uma menina muito linda com os olhos bem azuis. - Oi! - disse simpaticamente. - Oi boneca, você é a filha da Eduarda? - a menina esboçou um sorriso imenso e segurou minha mão. - Sim! Vem, vamos entrar, minha mãe está lá dentro. - segurei sua mão pequenina e seguimos para o interior da casa. Estou ansiosa para ver o que este jantar me reserva.

Havia muitos médicos, alguns dos quais já tinha conversado de ontem para hoje. Dei um giro com meu olhar pelo ambiente e senti um pequeno frio na barriga quando reparei que Igor vinha em minha direção. - Pelo visto a mocinha aqui fez as honras da casa! - disse pegando a filha no colo. - Patrícia, essa é a nova médica do hospital. Susana, essa é a Patrícia, minha filha. - Sua filha é um encanto. - Obrigado. Paty, a Rita está te procurando, lembra o que a gente conversou. Vai brincar lá em cima com ela. - ele colocou a criança no chão que prontamente fez o que o pai pediu. Seu olhar se deteve em mim por um pequeno espaço de tempo - Está linda! - Obrigada! - Sorri tentando não demonstrar o arrepio que senti ao ouvir elogio. - Me deculpa por hoje! - Tá tudo bem Igor, vamos deixar os assuntos do hospital no hospital. - ele assentiu e em seguida Eduarda veio ao meu encontro. O jantar foi maravilhoso, de muito requinte e bom gosto. Após nos deliciarmos com o banquete, foi servido champagne e caviar. Todos se confraternizavam como grandes amigos e eu tentei de me enturmar com todos. Edgar estava um pouco arredio e apenas me olhava, falou muito pouco comigo, de certo, a adúltera lhe pôs contra a parede.

À certa altura do jantar, não vi mais Igor em lugar nenhum, fazia tempo até demais, porém achei que podia estar com os outros homens em um grande escritório para onde se dirigiram muitos dos médicos, para tratarem de negócios. Então decidi que estava na hora de partir. Me despedi de Eduarda e dos demais convidados e finalmente saí da mansão. Seguia em direção à minha casa pela avenida Vieira Souto, na praia de Ipanema mesmo. Já era quase meia noite, estava calmamente olhando o calçadão, o trecho onde passei estava vazio, exceto por um homem bêbado que estava sentado na calçada com uma garrafa de bebida nas mãos.

Freei bruscamente o carro quando espantosamente percebi que o homem que estava alí era Igor. Saí de forma rápida do carro olhando para ver se ninguém observava a situação, mas não havia ninguém alí naquela hora. Me aproximei dele, o mesmo não percebeu minha chegada pois estava embriagado. Me abaixei ficando à sua altura - Igor? O que está fazendo aqui? Como foi que você saiu do jantar? - segurei seu rosto para que ele pudesse me olhar. - Elinór? - perguntou olhando diretamente para mim. - Vai embora daqui! - Mas é claro que eu não vou embora! Você está ficando louco? As pessoas podem te ver nesse estado! - Danem-se todas elas! - Olha pra mim, olha! - ele reluta em me olhar, deve estar envergonhado. - Vamos embora daqui.

Fiz um esforço sobrenatural para levantá-lo do chão e mesmo com sua ajuda é difícil, pois é muito alto e não se equilibrava direito por causa dos efeitos da bebida. Depois de muita luta consegui colocá-lo dentro do carro no banco de trás. Entrei no mesmo e olhei para ele que já estava deitado. - Pra onde eu vou te levar? Igor, acorda! - não respondeu a nenhuma de minhas perguntas. Então, depois de um tempo tentando achar uma solução, decidi fazer o impensável, levá-lo para meu apartamento.

Assim que cheguei, entrei na garagem e fiz o segundo esforço sobrenatural para tirar aquele homem enorme do meu carro. Vou subir pelo elevador de serviços para não ser vista com ele desse jeito. Conseguimos chegar até o elevador e apertei o botão da cobertura. - Madame! - Fala Igor. - Eu sou tão ruim assim? - Igor, fica quieto! - o cheiro de bebida exalava por todo o elevador. - Eu sou feio? - Que? - Olha pra mim! - ele segurou no meu rosto. - Igor, você bebeu demais. - começou a rir descontroladamente. - Aposto que você está apaixonada por mim. - Nem se eu estivesse morta, Doutor. - graças a Deus o elevador chegou.

Entrarmos com muito custo em meu apartamento e querendo me aliviar de seu peso, o joguei em cima do sofá. - Fica aí! Vou arrumar o quarto de hóspedes aqui em baixo. - ele me olhava como se estivesse arrependido, triste, desolado. Fui em direção ao quarto, era uma suíte. Acendi as luzes do banheiro e quase dei um pulo de susto ao escutar o barulho de Igor caindo na cama atrás de mim.

- Igor! Não, não...Levanta daí, tá sujando meu lençol! - Ah! Que mulher chata, para de reclamar. - Igor, é sério, me dá sua mão. - com força fiz ele se sentar na cama. - O banheiro tá alí, vai tomar um banho. - Não quero não. - Não é questão de querer ou não. Vai tomar banho sim, tá imundo e fedendo a sarjeta! - ele começou a levantar, mas logo cambaleou, segurei firme para que não caísse. - Me ajuda né, você é pesado. - Você não é a menina super poderosa, madame, detetive, xerife, boazuda, que sabe tudo, me ajuda então. - sua voz entrecortada soava de forma engraçada. Estava muito bêbado. Entramos no banheiro e liguei o chuveiro enquanto ele se apoiava na parede. - Vou sair e você toma seu banho. - Claro Madame! - subitamente ele entrou no box com roupa e tudo. - Igor, pelo amor de Deus, você está de roupa no meu box, tira primeiro né.... vai acabar com meu banheiro, to vendo! - inútil falar qualquer coisas ele já está totalmente molhado.

Tentei segurar sua mão e bruscamente ele me puxou para junto de si. - Não, tá me molhado! - literalmente gritei com a situação. - O que eu faço agora? - ri com sua fala. - Não consigo me equilibrar. - Claro, de tanto que bebeu. - tive que me humilhar, nunca em toda a minha vida tive que fazer isso. Jamais dei banho em criança quem dirá num adulto como ele. Comecei a despi-lo, tirei primeiro o blazer e depois desabotoei a camisa onde tive a visão de um belo peitoral, farto e grande. Comecei a ficar sem graça pelo jeito com que ele me encarava. - Para de me olhar assim! - Não dá, você é muito linda! - o encarei. - Coragem de bêbado não vale! Quero só ver quando a sobriedade chegar.

O ajudei a tirar a calça e finalmente, quando tive que tirar sua cueca box, deslizei a peça até conseguir tirá-la pelos pés, o olhei de baixo para cima e seus olhos acompanhavam o movimento. Parei por um segundo, respirei fundo, tive que processar a imagem porque senti minha boca literalmente salivar. Seu membro era muito avantajado, fiquei em estado de transe ao olhar. Ele está tão fora de si que não digere a situação. Coloquei pouco de sabonete líquido em suas mãos e ele passava em seu corpo. - Se esfrega. - Passa nas minhas costas. - Igor você vai me pagar por isso. - Eu sou rico. - Calado!. - tive que lavar suas costas. Minha mão massageava a mesma e Igor, cara de pau, não perdeu a oportunidade. - Tá gostoso? - Oi? - Você tá adorando cuidar de mim! - Mais uma palavra e te levo de volta pra sarjeta. - a água deslizava abundante e eu já estava encharcada. - Passa o shampoo. - joguei um pequena porção em sua cabeça, quase pulei para conseguir alcançar. - Meu olho sua louca. Tá ardendo! - minhas mãos se detinham em seus braços tentando não deixá-lo cair. Graças a Deus tomou banho.

 - Igor, toma aqui a toalha! - Não quero me secar. - Ah! vai sim, nem pensar que você vai molhar o quarto todo. - Ele pegou a toalha e mal passou em algumas partes, ficando as costas e o peitoral molhados. - Vem eu te ajudo. Se apoia em mim. - Calma eu vou cair! - Já estamos chegando, a cama está bem alí. - Cama? - Sim. Quer dormir no chão? - Você vai dormir aqui. - não segurei o riso. - É óbvio que não! - Poxa! - Igor, cala essa boca antes que eu me arrependa de ter te trago pra cá, devia ter te deixado daquele jeito! - ele se jogou na cama. - Se cobre. - joguei o lençol por cima dele. - Não, tá calor - reclamou - Por favor, se cobre! - Não! - tive que deixá-lo alí. Dormiu instantaneamente. 

Peguei uma toalha e me sequei como pude. Sentei numa poltrona ao lado da cama, coloquei meus cotovelos apoiados nos joelhos e repousei meu queixo em minhas mãos. Olhei para ele, estava dormindo nú em minha frente, seu corpo era esplêndido e minha cabeça começou a dar mil voltas, fechei os olhos tentando apagar os pensamentos, mas eles vinham com muita força. Que homem é esse? O que está acontecendo comigo?


Notas Finais


Obrigada por ler até aqui!😘😘😘
Aceito sugestões😍😍😍


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