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História Désiré - Muitas escolhas aos 16


Escrita por: ickokim

Notas do Autor


Eu demorei um pouquinho mais que o comum para postar esse capítulo por conta de uns imprevistos, mas espero que gostem!

Capítulo 5 - Muitas escolhas aos 16


Capítulo V

Muitas escolhas aos 16

 

Naquele ano em que Whee In era fã de A-Pink – que havia debutado quatro dias antes de seu aniversário - e eu de Block B – que debutara dois dias antes de seu aniversário - ela estava completando seus 16 anos e, mais alguns meses e nós completaríamos dois anos de amizade.

Durante semanas nós compartilhávamos nossa ansiedade para o lançamento dos respectivos grupos e para a volta do nosso ainda grupo preferido, F(x). Que, para aquecer ainda mais a semana, teriam sua volta um dia após o aniversário de Jung.

Ela não saíra da minha casa naquela semana. Era assim praticamente todas as semanas, mas aquela essencialmente. Os sorrisos mais belos se esboçavam incessantemente em sua bela face que agora acompanha fios loiros, dos mesmos tons que os meus.  Contava todos os planejamentos para a sua festa que ocorreria no dia seguinte da viagem de seus tios, com o consentimento destes para a utilização da casa. Lembrando que os pais da mais nova nem se quer enviaram um presente para ela.

Não havia dito aos responsáveis – o qual acabara sendo eu, a mais velha da casa – que haveria bebida e, ela muito menos sabia. O novo colégio tinha lhe proporcionado novas amizades, inclusive pessoas do último ano – um acima do seu – que, mesmo que a minoria possuísse a minha idade, acabaram trazendo as bebidas alcóolicas. Eu era a única maior de dezoito naquele local, ou melhor, só completaria dezenove no final do ano. Se algo desse errado, isso mesmo, eu me ferraria e só fui descobrir isto, junto com a nova loira, quando a casa que morava com os tios começara a lotar de faces desconhecidas.

Eu não conhecia Hye Jin e, Whee In nunca me mostrou se quer uma foto dela. Acabei bebendo, tomando vodka que serviam por ali e ficando, sim, mais contente. Com auxilio de toda a comida que não havia ingerido, meu corpo trazia rápidas reações.

A loira já não era mais vista. Andava de um lado para o outro cumprimentando os conhecidos e eu, por sorte e auxílio de álcool, consegui me envolver com todos aquelas garotas e garotos mais novos, que andavam por ai sem muito rumo. Até que a garota de largos quadris, fios curtos e escuros e maquiagem relativamente forte me chamara atenção. Parecia mais velha, mas o que a maquiagem não poderia fazer, não é mesmo?

Acabamos iniciando uma conversa e ela se apresentara como Hwasa, dissera que era assim que lhe chamavam. Seu tom de voz tinha de se aumentar todo o momento, assim como o meu, já que tentávamos nos comunicar em meio ao estralar alto das músicas.

E eu não sei precisamente descrever como, já que no dia seguinte nem todas as informações me eram fieis do dia anterior. A bebida que ardia o meu interior transformara a minha memória em um filme com defeito, em que curtas cenas se faltavam. Aquela era, de fato uma. Tudo que eu me lembro de é que depois de poucas conversas e apresentações, Hwasa estava contra uma parede e eu a sua frente e, ambas estávamos envolvidas em um ósculo intenso.

Tinha prometido para Jung que dormiria na sua casa e lhe ajudaria a arrumar as coisas no final da festa e sei que essa promessa não fora cumprida, já que acordei jogada em seu sofá com garrafas reviradas sobre a mesa. Eu suspirei.

Ergui-me do acolchoado e alcancei o meu casaco, que surpreendentemente encontrava-se no mesmo lugar desde o início da festa – uma poltrona bege -, vesti-o por mais que o cheiro não fosse o melhor. As janelas que foram esquecidas abertas acabavam tornando o ambiente frio.

Sem muitas pronuncias e com os olhos pesados e singelamente fechados passei a recolher garrafa por garrafa, lixo por lixo e guardando-os em seus devidos lugares. Não escutava a voz da mais nova e não fazia questão de ir atrás desta já que esperava que estivesse em um sono profundo.

Fora quando terminava de passar um pano no chão de sua sala que ela aparecera enrolada em um roupão, com poucas roupas aparentes por debaixo deste. Cara fechada e sem saudação alguma. O clima estava estranho e sentia que eu havia feito algo de errado. Só me faltava ser mais um momento esquecido na minha mente.

— Bom dia – Pronunciei em tom rouco, mas acompanhado de sorrisos, com meu olhar ainda fixo no chão imundo e minhas mãos tentando comandar a vassoura, que em seu final possuía um pano por cima, tentando tirar as marcas do álcool e as gordurosas fatias de comidas que foram contra o chão.

Sem resposta, apenas um murmúrio. Sem dúvidas algo tinha acontecido e eu, tola, preferi não correr atrás de saber o que era e o porquê antes de terminar de arrumar a casa. Afinal, havia prometido ficar aqui para lhe ajudar a arrumar e eu não voltava contra as minhas palavras.

E enquanto eu arrumava a sala pude escutar o barulho da torneira, sinal de que a outra loira limpava as coisas na cozinha.

Limpei o chão, arrumei os sofás e poltronas, limpei as mesas, levei o lixo para fora e ainda passei uma essência, para que a sala perdesse um pouco do insistente cheiro alcoólico, com auxílio – também – das janelas abertas.

Quando tudo estava limpo eu decidi enfrentar a fera. Qual, na verdade, nunca tinha presenciado em tal estado. Meus passos calmos me direcionaram até a cozinha, onde ela estava apoiada ao balcão, com os braços bem juntos segurando a caneca em mãos.

— O que houve? – Cruzei meus braços após guardar a vassoura, posicionando-me na parede a frente e fitando-lhe – Por que está com essa cara toda fechada e não fala comigo.

— Não acordei de bom humor – Ela deu um profundo suspiro e deu mais um gole na bebida em mãos – Acho que não foi o melhor aniversário que eu já tive.

— Por quê? Você parecia tão alegre! – Um tênue sorriso formou-se em meus lábios e um bico no alheio.

— E eu estava... Até... – E as mãos um tanto descontroladas apertavam mais a caneca em suas mãos – Eu não achei que doesse tanto assim gostar de alguém, agora eu entendo o que os outros falavam.

— Você não me disse que estava gostando de alguém – Acariciava meu braço com a mão oposta enquanto lhe fitava – E, por que você esta dizendo isso?

— Quando a festa começou a minha melhor amiga me puxou para um canto e se declarou para mim, mas eu não gostava dela e ela... Disse ter entendido – Ela mordeu o lábio inferior, tendo a respiração um tanto descompassada e perceptível – E se ela entendeu... Por que ela estava beijando a garota que eu gosto?

— Como assim? Beijando a garota que você gosta? – E naquele momento, senti meu coração saltar. A menor então gostava de pessoas dos mesmos sexos, assim como eu e, por mais que isso me deixasse esperançosa, eu sabia que não era a garota que gostava. Eu não havia beijado a sua melhor amiga.

— Eu te odeio Moon Byul Yi – Ela bufou, acompanhado de um riso soprado, virando-se para a pia e colocando a caneca sobre o balcão – Não seja tão burra! Já não está tão na cara? – Mordera o lábio inferior mais uma vez, virando-se novamente para mim – Você beijou Hye Jin! Você beijou a minha melhor amiga...

— E... Eu? – E talvez esta tenha sido uma das poucas vezes em que eu tenha gaguejado na frente da menor, cujas pronuncias me atingiram profundamente – Mas eu não beijei a Hye Jin... Eu beijei a Hwa...

— Hwasa – Ela suspirou – É o apelido da Hye Jin – Seu rosto fora abaixado e seus braços apoiados no balcão – Eu cheguei a pensar que pudesse ser algo reciproco, mas sempre pensei que estava sonhando longe, você era só uma amiga mais velha... Aquela que eu recusava dizer ser minha melhor amiga por que eu saberia que não ia conseguir desse lugar, friendzone, né? – Soprou um riso baixo, em tom decepcionado – Eu sei que sou totalmente inexperiente, mas sei um pouco sobre tudo isso. Desde aquela vez que dançamos eu acho que me entreguei a aceitar que eu gostava de outra garota, por mais que essa ideia não passasse muito pela minha cabeça antes. E você disse para eu seguir meu coração e eu segui, esperei e esperava ter o primeiro beijo com você – Desta vez, seu riso fora mais de constrangimento – Por que era com você que eu queria isso e eu não pensava em mais ninguém, nem cogitava beijar ou imaginar estar beijando outra pessoa  e por achar que você também sentia algo por mim, seria a mesma coisa e na hora que vi você beijando a minha melhor amiga eu...

Suas pronúncias eram de se aquecer por completo meu corpo, arrepiando cada fio que eu possuísse, mas eram tão dolorosas. A forma como ela se abria e eu tinha apenas de escutar, sem poder pronunciar já que provavelmente seria repreendida. Não suportava vê-la cabisbaixa e, em pouco tempo aproximei-me, erguendo seu rosto com a destra e selando seus lábios. Um selar sutil, sem intenção se intensifica-lo no momento.

— Eu... Senti-me um lixo e pensei em desistir – Ela sussurrou, sem necessidade de tons altos pela proximidade. Seus olhos fitavam os meus e os meus faziam o mesmo – Ainda bem que eu não desisti – E o sorriso que se formou em seus lábios era o sorriso que eu desejava ver.

Selei seus lábios mais uma vez, desta chupando seu lábio inferior antes de tornar em um ósculo mais profundo, robusto de verdadeiros sentimentos.


Notas Finais


[Encontrou algum erro durante o texto? Informe-me! Eu sou uma pessoa deveras desatenta, não importe quanto eu reveja o texto. Eu não trabalho com betas, então espero que compreendam!]

Esse é, na verdade, o penúltimo capítulo e o último saíra amanhã ou depois de amanhã. Sei que não irei demorar muito mais para postar.
Espero que tenham gostado até então e sei que é curto, mas é por que é uma shortfic mesmo asjifknas.
Enfim, até o próximo amorecas.


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