O olhar da loira se chocou a figura na qual menos esperava encontrar.
Mary a olhava dos pés a cabeça, até que soltou palavras a sua filha de ultra jeitos duros e frios.
-Emma – Sorriu irônica. – Veja só como o mundo é pequeno. – Branca falava ainda parada a porta.
-M-mãe... – Sussurrou estática, sentindo um nó se atar em sua garganta. – O’que está fazendo aqui? – A loira não conseguia esconder seu semblante de surpresa.
-Bom... – A mulher desviou o olhar ao interior do pequeno apartamento, repousando à vista por alguns segundos no garoto que estendia-se atras da mãe. – Não vai me convidar para entrar filha? – Falou retomando seu olhar a Emma, que completamente desconcertada abriu espaço para a mesma adentrar o local.
Assim que Mary entrará, Swan apontou para o sofá, indicando que a Sra. Charming poderia ficar a vontade para sentar-se.
Já sentada, a assistente social puxou uma pasta azul de sua bolsa.
-Minha vinda aqui será extremamente profissional, que isso fique claro. – Ergueu uma sobrancelha elevando o olhar a sua filha. - E você deve ser o Henry. – Ela sorriu cínica ao fixar os olhos na criança, que por sua vez, Ainda estava de pé próximo a porta. – Será que eu posso conversar com ele antes de passar o relatiorio?
-Isso tudo é realmente necessário?! – A mecânica falava olhando para o relógio em seu pulso. – Digo, não fui avisada da visita e tenho uma reunião às onze.
-Acha mesmo que eu perderia meu tempo vindo até este lugar medíocre se não fosse necessário? Você já foi mais inteligente. – Disse com hostilidade. – Podemos começar ?
Henry estava sonolento, e olhava para ambas sem entender o contextos das conversas. Emma afim de acabar logo com aquilo se aproximou do garoto e sussurrou para ele.
-Filho, está é a Mary Margareth. – Disse apontando sutilmente a mulher. – Ela irá conversar com você rapidinho enquanto eu pego suas roupas para a gente sair. – Ela sorriu fraco e passou a mão nos cabelos do pequeno. – Pode fazer isso para mim?
-Sim mamãe! – Falou já se animando. – Eu faço ! – Sorriu o garoto ao caminhar para perto da morena.
Emma olhou fixamente para Mary, ela mal podia crer que depois de alguns anos afastadas sua mãe estava ali. Mas aquilo não mudaria o fato de que Swan Ainda estava atrasada, então em direção ao quarto soltou palavras ligeiras para sua mãe.
-Seja breve. – Foi tudo o que se deu para ouvir antes da loira adentrar o outro cômodo.
Enquanto q conversa entre a assistente e o menino acontecia na sala, a mecânica não pensou duas vezes antes de ligar para a dona da empresa na qual trabalhava, Regina.
-Licorne, você fala com a Martinez, no que posso te ajudar? – Soou a voz na linha.
-Emma Swan, gostaria por gentileza de falar com a Sra.Mills. – Ela fora sutil nas palavras.
-Claro, me de apenas um minuto que irei transferi-lá. – Falou já apertando o botão.
Regina esperava Robin assinar o documento quando foi interrompida pelos agudos sons do telefone.
-Dra. Mills. – A morena disse ao atender sua secretária.
-Emma Swan está na linha. Devo transferi-la? – Disse sutil.
-Senhorita Swan?! – Sorriu hostil. – Certamente Martinez.
A ligação foi diretamente transferida. Enquanto Robin mantinha os olhos fixos ao documento em suas mãos.
-Mills na ligação. O que a senhorita deseja? – Sua voz soou claramente cínica.
-Mills... – A voz de Emma já indicada temor. – E-eu não tenho certeza se conseguirei chegar a tempo... Estou com alguns proble- Ela pretendia terminar a frase quando escutou a voz rouca de Regina ecoar.
-Não me importo com seus assusto pessoais senhorita Swan, temos um horário, e ele não será alterado por sua irresponsabilidade. De seu jeito e esteja aqui as onze. – Foram suas últimas palavras antes de desligar sem deixar espaço para loira argumentar.
A empresária colocou o telefone sobre a mesa, andando em passos lentos, rodeou a mesa. Ficando atrás de Robin, passou seus dedos pelo o ombro do homem e ressaltou.
-Vamos lá Locksley... – Não é tão difícil assinar um papel. – Sorriu maliciosa.
-Regina... Você não tem que fazer isso... não tem que abrir mão de tudo.. eu sei que te machuquei.. sei que te magoei.. – Robin suspirou. – Mas podemos mudar as coisas. Podemos recomeçar. – Ele foi interrompido pelo nervosismo que tomou seu corpo ao sentir a morena tão próxima de sua boca.
-Nunca. – ela soprou a palavra contra os lábios do homem – Robin... hoje com toda certeza eu posso te dizer. – Ela continuava soprando quente a ele. – o único sentimento que me restara por você ... foi o nojo! - ela Sorriu mordendo os próprios lábios. – Eu tenho nojo de você.
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-Minha barriga tá dodói. – Falou manhoso demonstrando dor.
-Ah é?! Por que? Você se machucou? – Mary conduzia a conversa com Henry.
-Não... – Ele a olhava nos olhos. – Eu estou com fome
-Por que não come? – Ela era seca nas palavras.
-Por que a mamãe não tem dinheiro pra gastar com papa. – Ele parecia naturalizado com a situação pelo jeito que falava.
-O-o que? – Ela suspirou um sorriso, admitindo se contentar com a situação. – Bom... acho que já podemos chamar sua mãe querido. – Mary disse se levantando. – Emma. – Chamou em alto tom para que a mesma pudesse escutar.
-Estou aqui... – Disse Emma adentrando o local com ambas mãos no bolso de sua jaqueta vermelha.
-Preciso fazer uma revisão nos armários da cozinha antes de ir. Ver a alimentação diária da criança e ter certeza de que não há nada que esteja interferindo em seu processo de crescimento. – Falava com sua pasta em mãos.
Emma engoliu a seco... puts.
-Este é um procedimento padrão? – A mecânica sabia que a assistente encontraria incríveis nadas dentro dos armários e da geladeira.
-Óbvio. Como já citei, não estou aqui para perder meu tempo. – Falou a olhando. – Então... sugiro que se apresse. Não estava atrasada para algo?
-Tudo bem ... – Swan se virou em direção a cozinha. – É por aqui. – Falou entrando. – Fique a vontade. – Falou ao apontar para os armários.
Mary abriu armário por armário, até a geladeira, fazendo vista grossa. Ver todos aqueles compartimentos vazios era paisagem para seus olhos.
-Já vi o necessário. – Sorriu cínica. – O C.T (conselho tutelar) entrará em contato em breve, esteja bem apronta. – Falou já se virando a saída, e encarando a loira disse. – Não vai abrir a porta para eu sair?
-A-ah ... claro. – Emma falou saindo do transe em que estava nos seus pensamentos.
-Boa sorte garoto. – Foi tudo o que a assistente social disse ao deixar o local.
Emma, após a saída de sua mãe, precisava correr contra o tempo para chegar na reunião. Não se havia mais tempo para deixar henry com Ruby, então decidiu levá-lo consigo.
Apenas de pijama o garoto entrou no carro, que logo partiu em direção a Licorne.
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-Você Ainda vai se arrepender disso Regina, tenho certeza que vai. – Falou tirando a tampa da caneta com certa agressividade e assinando os documento, que logo após jogou sobre a mesa.
-Cuidado com as palavras Locksley... – Sorriu sarcástica. – Sou muito boa quando se trata de usá-las contra você. –terminando a frase ouviu-se alguém bater na porta. – Entre. – Regina disse se afastando completamente de Robin.
-Emma Swan a aguarda. – Martinez disse suave.
-Mande- a entrar. – Falou sentando-se em sua poltrona.
Robin não deixou a sala, Ainda não. A mecânica que deixará seu filho no carro adentrou a sala sem confiança, e se pegou surpresa ao ver que não estava sozinha com sua chefe.
-Bom dia Dra. Mills. – a loira disse baixo.
-Sente- se por favor. – Ela virou o olhar a Robin e indagou. – Saia da sala, agora. – Sua voz era firme, porém normalizada.
-Isso ainda não acabou . – Falou Locksley jogando a caneta sobre a mesa e virando as costas, em direção a recepção.
Emma notara o clima entre ambos, mas certamente não ousaria comentar. Sentou-se como a morenas pediu, esperando ouvir o acordo... Embora precisasse de foco completo para o que viria a seguir, sua mente estava ligada à Henry.
-Vejo que conseguiu driblar deus problemas e chegar a tempo. – Mills era cínica a cada palavra. – Gosto dessa característica em você. – Sorriu irônica.
-Horários são horários. – Swan respondeu sutil.
-Sabe o motivo de estar aqui?- perguntou.
-Creio que para entrarmos em um acordo já que não me demitiu. – Olhou a morena nos olhos ao responder.
-Até que para uma mecânica ... tem
Inteligência. – Regina não tinha temor algum em ser hostil. – Você está com sorte, me pegou em um dia de bom humor. – Prosseguiu. – Vou deixar você escolher o que quer fazer ...
-C-como assim? – Emma perguntou sem entender.
-Te farei duas opções senhorita Swan, basta escolher qual das duas irá querer. – falava grossa. – opção 1 ... você pega todas as suas coisas e deixa a Licorne, sem remuneração já que sua demissão seria por justa causa... – sorriu. – ou ... – continuou. – Opção 2 ... você continua na fabrica... trabalha o dobro, e tem o salário cortado até pagar pelo o que seu filho destruiu... – encarava a loira enquanto mordia a ponta da caneta.
-E- eu não posso perder este emprego, é tudo o que eu tenho. – Já se percebia o desespero na voz da moça.
-Não é simples Swan ? ... – Tom rude. – Basta escolher a opção que quer ! – Desta vez aumentou o tom de voz e levantando-se bateu com o punho na mesa. – ESCOLHA MISS SWAN!
-Eu não vou sair da empresa senhora, eu não poderia. – os olhos de Emma já estavam cheios de lágrimas, lágrimas que ela lutava para não derrubar.
Regina riu e sentou-se novamente, cruzando as pernas puxou o computador e teclando, arrumou os óculos de leitura em sua face... Ainda com os olhos na tela, sorriu de canto e levantou uma de suas sobrancelhas.
-12 meses Swan... 12 meses de salário cortado completamente poderiam pagar pela porta do carro... – Regina estava deixando a mecânica sem saída... era insano trabalhar de graça. – O máximo que posso fazer por você é lhe ceder um vale refeição+400 dólares mensais.
Emma sabia que isso seria insanidade... mas não podia abrir mão do emprego, não com Mary Margareth a sua espreita. Ela suspirou e deixou algumas lágrimas silenciosas correrem sua face. Embora Mills gostasse daquela situação, não fazia ideia de que a loira a sua frente passara tanta dificuldade em razão a problemas financeiros.
-Tudo bem... – Falou secando as lagrimas. – Eu aceito a segunda opção.
Regina Gargalhou.
-Menina tola! – Riu. – Já que assim preferes... seu desejo é uma ordem. Quero que vá para seu setor desde agora. – disse levantando-se.
-Agora ? – arregalou os olhos. – M-mas – foi interrompida pela morena.
-Já está criando argumentos Miss Swan? – a olhou fixamente.
-N-não... claro que não. – Ela não podia dizer que deixou seu filho no carro... isso só a acrescentaria mais uma vez como irresponsável.
-Presumo que deva se apressar. – Regina falou pegando sua bolsa, indicando que também estara de partida, e com a mão fez sinal para que a loira saísse, o que a mesma fez.
Emma enquanto caminhava para o setor da fabrica, suava frio. Sabia que henry estava sozinho... sua cabeça explodia em preocupações... mas ela não tinha outra escolha... ela precisava daquele emprego.
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-E então ? Como foi? – David perguntou ao ver Branca adentrar o carro.
-ótimo... – Ela já havia arquitetado tudo em sua mente. – Apenas Mais um casal pobre que decidiu adotar. Vamos ter que ficar na cidade por mais tempo do que eu planejara... Tenho assuntos a tratar no C.T.
-Claro... sem problemas. – Falou ligando o motor do carro e dando partida.
Mary deu as coordenada para que David dirigisse até o C.T, onde ela certamente planejava conversar com seu supervisor a respeito de Henry.
Emma sabia dos riscos que correria caso alguém descobrisse que ela deixou o garoto no carro, sem contar com os armários vazios de casa, Snow não deixaria barato... A cada segundou que passava a loira sentia seu coração se apertar e o medo de que algo acontecesse a atormentar.
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Regina Mills saiu da Licorne e entrou em seu carro, antes de ir para a próxima reunião, ela decidiu passar para pegar um café, o que já era de costume da morena.
A mesma estacionou atras de um fusca amarelo, que por algum motivo chamava sua atenção. Regina sempre foi fascinada por carros, desde pequena tinha os vintages como sua paixão.
Desligando o motor a empresária desceu do carro e seguiu até a cafeteria logo a fronte.
-Um expresso com whisky por amabilidade. – Mills pediu a uma velhinha que se pusera no caixa.
-Claro, sai em um minuto. 7 dólares. – respondeu já puxando a notinha fiscal que sairá da máquina e entregando a pose feminina a sua frente.
Mills pagou pelo café e antes de sair da loja, riu ao se lembrar da cena com a loira o mesmo local... algo naquela mulher despertava o ódio em Regina, acho que o termo “os santos não bateram” cairia perfeitamente na situação.
Sem mais prolongar sua face cínica, a empresária deixou o local, como sempre, com ar de superioridade, e foi seguindo firmemente até seu carro. Ela raramente tinha tempo para parar e simplesmente apreciar o local, mas desta vez se fez diferente. A morena se recostou em seu carro e deu um gole no café, amargo... exatamente como ela gostava. Podendo sentir a brisa gelada bater contra seu rosto e balançar seus cabelos... Seu olhar era perdido... até o momento em que ela avistara duas mãos, que batiam de dentro das janelas do fusca.
A princípio se assustou, mas não exigiu em se aproximar... Apertando os olhos para enxergar através dos vidros soados, pode ver uma criança que lutava para conseguir algum ar, para que o garoto perdesse o ar completamente e morresse não faltaria muito. Regina Instintivamente bateu com seu cotovelo contra o vidro da frente.
Assim que seus olhos se conectaram com os do menino. Ela soltou o ar e franziu a testa.
-Henry? – sua voz, sutil, demonstrava preocupação.
O silêncio nos olhos de ambos evidenciou a cena.
Nem os olhares curiosos que tentavam descobrir o que acontecia incomodavam- a ... O garoto havia despertado um sentimento na morena ...
O sentimento de humanidade ...
“Maybe all we need’s a little time... a little time to desire.”
-Melissa Henz
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