História Desire - Não conte à ninguém

Capitulo IX

Assim que sai da sala e me direcionei à ala hospitalar, fui atendida instantaneamente por uma moça mais alta do que eu e com uma expressão caridosa. -Olá menina, conte-me o que houve.- Ela se aproximava, já me examinando com o olhar, passou suas mãos sob meus ombros me conduzindo à uma maca. -Era só um pouco de dor de cabeça, mas acho que a vinda até aqui ajudou a melhorar. -Menti. -Que beleza! Quer beber alguma coisa? Quem sabe um suco ou uma água?- Ofereceu de bom grado. -Não precisa, muito obrigada, Maryanne. - Agradeci, sutil lendo seu nome no crachá. Ela por sua vez, riu. -Ah, deixe de ser tão educada, menina. Vou pegar um suco para você e alguma coisa para comer também. - Terminou de falar e entrou em uma saleta azul. Ela tinha razão, eu estava com fome e não queria dizer nada em prol da educação, como dissera. Ou ela era mesmo muito boa em adivinhar o que os pacientes queriam, ou parecia estar realmente morrendo de fome. Em alguns minutos Maryanne ressurgiu segurando uma bandeja repleta de lanches e guloseimas. -Maryanne, não precisava. - Pôs a bandeja em cima de uma mesa. - Eu sei que você está com fome, pare de show. - Disse após me ver devorando os alimentos com os olhos. -Obrigada! Me chamo Melissa,maços queira anotar nas reclamações que dou fim nos estoques de comida. -Ela soltou uma gargalhada muito reconfortante. -Me chame de Mary, querida! Melissa tá o nome da minha filha. - Ao dizer aquelas palavras, ela ficou cabisbaixa. Então logo percebi como o assunto deveria ser delicado e não quis tocar mais em sua ferida, mas como sempre a maldita curiosidade falava mais alto. -Como assim era? O que aconteceu?- Indaguei suavemente. Até que meus olhos e os de Tyler, que estava encostado na porta, se encontraram.

-Desculpe, eu.... Estou atrapalhando algo? - Falou com deslocamento em sua voz. Como se não soubesse se portar diante de uma conversa feminina. - De forma alguma senhor White. Entre e obrigue essa menina a comer, por favor. -Ela brincou, arrancando nossas gargalhadas. - Com licença.- Ela saiu, e me deu uma piscadela. Nos deixando a sós. Corei com seu gesto. Será que ela pensava que havia algo entre nós? Quer dizer, havia, mas hanoveriano para ninguém saber exatamente. -Como você está? -Aproximou-se invadindo meus pensamentos. -Bem, com fome. -Ele sorriu mais uma vez. Aquele sorriso era a fórmula dele controlar 70% do meu tesão por ele.  -Fiquei preocupado quando disse que não estava bem.m- Sua expressão era intimorata. -Obrigada pela preocupação, mas não saí por causa disso, antes fosse. -emendei. Ele pareceu estático. -Não estou entendendo. O que houve?- Hesitei por um instante, contendo as palavras e pensando em um modo menos agressivo e impactante de revelar. -Melissa, o que houve?- Requisitou urgindo.  - É que..- trastejei. Droga. - Conhece uma menina... Summer?- Ele afirmou com a cabeça. - Ela suspeitou de algo.- Seus olhos ficaram em um tom verde escuro, persuadia desespero. A expressão letárgica estampava seu rosto de forma avassaladora. Ele estava diante de mim e ficou tenso. - O que você disse à ela?- Soltou em sílabas estridentes, Em uma tentativa falhada de parecer calmo. -Falei que ela era louca. Óbvio. Ela nunca nem falou comigo. Não nos conhecemos. - Ele me observou pasmo. - Você disse que ela era louca? Isso só aumenta as suspeitas, Melissa. Puta que pariu. Podia ter rido ou sei lá. - Ele levantou e andou de um lado para o outro. - O que você queria que eu dissesse? " A gente se pega loucamente mas nada que seja da sua conta." - Disparei, com sangue fervendo. Não acreditei como tive coragem de dizer aquilo. Pensar era uma coisa mas falar em voz alta não era para qualquer um. Ela se aproximou de mim e sentou novamente ao meu lado. ele suspirou aliviado. Ele me olhou fixamente, enquanto eu fazia o mesmo e me perdia cada vez mais no verde profundo de seus olhos. -Melissa, tem que me prometer que não vai contar para ninguém sobre nós. Nem mesmo para Julie.- pegou minhas mãos acariciando meus dedos. As palavras " sobre nós" ecoavam em minha mente causando euforia com meu mix de sentimentos. O que " nós" significava? Só havíamos ficado uma vez  e já bastava para mim. Ou talvez não. Tyler era incrível, mas era meu professor é isso não dava para simplesmente ignorar. Ele se aproximou e me deu um selinho com seus lábios macios e quentes de que tanto gostava.-Julie vai sair hoje. - comentei. - Por acaso sabe para onde ela vai? - Ele parou para refletir . -Não.- sorriu.  - Normalmente nunca sei. - sorri. - E você? O que está pretendendo fazer hoje? - Redigiu a pergunta à mim, lacônico. - Estudar e quem sabe ver algumas séries. Por que?- Ele riu, o que tirou um sorriso da minha boca ao ouvir aquela risada harmoniosa. -Trocaria séries e estudo por um jantar na praia com o Sr. White?- Soou formal. Ri. - Não sei. E se virem a gente? - indaguei absorta, entrando na brincadeira . -Conheço um lugar onde nem elefantes decorariam o caminho. Fique tranquila  que o local é o restaurante é por minha conta. - Olhei para ele admirada. Haviam caras que me bajulavam, mas nunca liguei. Acho que eles só precisava, ser como Tyler para eu dar alguma chance. Ele era gentil, encantador. Isso eu havia de admitir. -E então?- Propôs novamente. -Tudo bem, você venceu. Mas é só porque eu não consigo resisitir à esse sorriso. - Passei minha mão pelo seu rosto, acariciando seus traços tão lindos. Ele sorriu e apeoximou mais ainda nossos corpos. - Gostei de saber que você não resiste ao meu sorriso. Agora para te convencer a fazer qualquer coisa é só usar essa maravilhosa arma biológica bem aqui.- Ele abriu um sorriso enorme. Afastei seu rosto com a palma da mão de brincadeira e nós caímos na risada.

Tyler pegou meu celular que estava em cima da mesa de cabeceira  e começou a digitar.- Ei! O que você está fazendo?- Ele riu, se divertindo com meu incomôdo ao vê-lo xeretar meu objeto tecnológico. - Anotando meu número caso tenha que tirar alguma dúvida, Srta. Lyons. - Que cretino. Ele sabia como me deixar boba. Imaginei quais dúvidas tiraria com ele mais tarde. Acho que todo dia teria uma dúvida diferente. -  Me ligue às 19:00. - Deu uma piscadela, levantou-se e antes que eu pudesse perguntar, ele já estava pronto para dar a sua resposta. - Tenho uma reunião daqui à dez minutos. Tenho que ir. Não sinta tanto a minha falta.- Ri alto. Quando ele se aproximou lhe puxei para um beijo intenso e profundo. O desejo nos consumia, sentia seu volume enrijecer apenas com meu toque. Gostava da sensação de lhe dar prazer tanto quanto ele me dava. Nosso beijo era repleto de erotismo e vulgaridade. Pude sentir a adrenalina percorrendo meu corpo. Quando o desvencilhei estávamos completament ofegantes. Passei o nariz pelo seu pescoço e pude sentir uma fragrância deliciosa. Nos entreolhamos e sorrimos. Ele passou a língua entre os lábios. - Mal posso esperar por esse jantar. - Olhou para cima como se fosse uma criança sonhadora esperando ganhar um presente que tanto queria. Achei graça daquela atitude. Ele segurou meu queixo de leve e me deu um beijo breve. -Até mais tarde.- Saiu, chamado a porta sem fazer muito barulho. Soltei um suspiro. Peguei meu celular e fiquei ali, observando o número de Tyler salvo em meus contatos. Aposto que muitas garotas queria estar em meu lugar naquele momento. Devolvi ele de volta à pequena mesa e comi um mousse de chocolate que estava na bandeja que Mary havia trago à uns minutos atrás. Peguei minha bolsa e tirei um bloco de anotações. Neles escrevi: " Obrigada pela preocupação e amparos. lhe devo uma." - Estava levando a carta ao balcão, mas  dei conta de que  faltava algo, então acrescentei. "Obs1: Este Mousse está ótimo. Obs2: Temos que terminar aquela conversa!!" Por fim, deixei a carta em cima da bandeja e voltei para o meu quarto .