História Desire - Tentativa de seguir em frente

Um mês passou desde aquela noite de chuva. Eu comecei a ter sonhos cada vez mais frequentes com ele me usando... Em todos, ele é o dominador e eu a submissa... Todos com elementos tão perfeitamente ligados à realidade que eu achava que eram reais... Mas claro, me mantive na realidade e aceitei o fato de nunca poder tê-lo como meu namorado...
-Ah!! Ei, Kureha! Porque foi que condenaram o Rei da França?-Natsu, irmão gêmeo de Sakura perguntou coçando a cabeça com o lápis... Me pergunto porque ele tava usando um cachecol sendo que nem tava frio.
-Ah... Por ele ter secretamente forjado uma aliança com a Prússia pra invadir a França e por ter tentado fugir vestido de mulher.
-Háháhá!! Nossa, eram contra Okamas naquela época?-o bobalhão de cabelo preto, olhos castanhos e chapéu de palha riu.
-Eram contra qualquer coisa naquela época, Luffy. -Naruto disse.
-Mesmo?!-Luffy perguntou surpreso.
-Sim!!-Naruto disse. -Aquilo ali era a Revolução Francesa seu idiota!
-Ah é! Háháhá!!
-AH!! Eu não to acreditando nisso!-Natsu falou irritado se jogando pra trás.
-Já venho, vou no banheiro...-falei me levantando...
Eu saí e fui no banheiro como falei que ia. Mas quando voltei, fiquei só ouvindo pela porta...
-Você tem que contar de uma vez pra ela, cara!-Naruto disse.
-Cala a boca!! Não vou falar coisa nenhuma!!-Natsu disse. Ele parecia constrangido.
-Háháhá! Natsu e Kureha sentados numa árvores se B-E-I-J-A-A-A-A-A-A-A-N-D-O!!-Luffy cantou desgrenhadamente.
-É muito "a" pra beijando!-Natsu falou.
-É porque estão se beijando há muito tempo!!
-VAI SE FERRAR!!
-Mas sério... Sakura me falou que ela ficou com um cara numa festa lá e ela disse que gostou muito mesmo dele...-Natsu disse triste... -Ela disse que Kureha está sofrendo bastante por estar praticamente apaixonada por ele e... Nem pode falar com ele por causa de alguma razão idiota que a Sakura não me falou.
-Hum...-Naruto falou. -Mas "ficou" de beijar ou?...
-"Se a Sakura falou a verdade eu mato ela!!"-pensei assustada.
-Beijar. -Natsu disse.
-"Aleluia..."-pensei aliviada.
-Quem diria que ela é de ir em festas...-Naruto disse surpreso.
-Segundo Sakura, Samari arrastou ela pra lá.
-Ah bom!-Naruto E Luffy falaram isso.
-Mas ainda assim... Que inveja!! Alguma cara sortudo beijou a Kureha... E eu aqui... Encalhado... Querendo beijar ela, mas... Sem a coragem que se precisa...
-"Natsu..."-tadinho...
-Ela é bonita demais pra mim... Não acho que iria ficar comigo...
-Ah, vai! Só tenta!-Luffy insistiu.
-ESQUECE!! Aposto que ela gosta de outro... Eu só estaria atrapalhando se eu falasse algo do tipo pra ela...-Natsu... Tadinho...
Eu abri a porta e olhei Natsu. Eu não tenho um futuro com Madara. Por mais que eu ache que ele quer algo comigo... Ele não vai ficar comigo. Por isso... Pra seguir em frente...
-Natsu, vamos sair amanhã. -falei decidida.
-Tá... Onde quer ir? As gurias vão junto?
-Você decide e vamos ir só nós dois.
-Ok...-Natsu ainda não entendeu... -Vamos num parque de diversões.
-Tá!-falei determinada. Me sentei.
Naruto e Luffy olharam Natsu abismados. Acho que até o Luffy sacou o que eu quis dizer.
-Natsu ela te chamou pra um encontro!-Naruto disse.
-Eu sei. -Natsu disse.
-Ih!! Ele pifou!-Luffy disse.
-Pifei sim. -Natsu falou rindo.
-Como assim?-perguntei.
-Eu explico amanhã. -ele falou ainda rindo. Ele claramente não tava bem.
-... Ok. Vamos acabar o trabalho então...-falei.
É. Acabei por optar sair com Natsu amanhã... Assim que terminamos o trabalho, os três foram embora. Tudo o que eu pensava era sobre o amanhã... Natsu tem minha idade, é bonito, gosta das mesmas coisas que eu... É uma ótima pessoa... E que eu seja sincera... O jeito que Madara tem agido comigo... É como se o que eu sinto fosse só um joguinho divertido pra ele... Não quero me sentir só um brinquedinho de alguém. Natsu gosta de mim pra valer... Eu não tenho lá grandes coisas de sentimento, sempre o vi mais como um irmão, mas... É nesse caso que o Gato de Schrödinger se aplica. Só saberei o que sinto depois do encontro.
O dia seguinte chegou, me arrumei o melhor que consegui... Recém era uma da tarde e o Natsu já tava na minha porta.
-Oi!-ele falou animado como sempre. Estava usando uma camisa preta, jeans azul marinho, tênis preto, o típico cachecol dele...
-Oi, tá bonitão, hein!-falei brincando.
-E você? Virou Katy Perry?-ele perguntou rindo.
Concordei com ele. Eu usava um vestido vermelho delicado de mangas fofas que ia até os joelhos, sapatilhas pretas com meias brancas, uma tiara fina prateada nam minha cabeça e uns brincos que eu gostava e só usava muito de vez em quando pra não fechar os buracos da orelha. E pra "melhorar" eu precisava fazer chapinha no cabelo pra manter o penteado de Garnet, senão meu cabelo iria ficar um pouco "Katy Perry" da vida.
-É. Virei uma diva pop!
-Não, diva pop é a Lady Gaga mesmo!-ele me repreendeu.
-Desde quando gosta de pop?
-Não gosto! É  a besta da minha irmã que é apaixonada por essa gente!!
-Afe!-falei rindo.
-Eu sei!!
A gente foi conversando animado pro parque de diversões. Fomos em vários... Bem, eu fui em vários, ele tem um sério enjoo de transportes e não consegue aproveitar nada, mas ele falou que tirou várias fotos de mim e que já era suficiente pra ele... Só saímos do parque às seis da tarde. Optamos por andar pelo centro...
*Madara P.O.V ON*
Durante esse mês inteiro mantive distância de Kureha. Desde a noite de chuva, não sei o que me deu. Ela é minha aluna e eu simplesmente... Proclamei que ela um dia seria minha... Não havia noção naquilo. Sou realmente um idiota... Falo coisas daquela e nem posso ter aquela garota... Droga... Eu realmente gosto dela... Quero ela pra mim, mas... Ora. Eu tenho mais é que deixar isso de lado... Hum? É... Ela? E-ela está... Saindo com... O Dragneel? Ela me notou... Estava me olhando assustada... Ela estava linda com aquelas roupas tão meninocas... Deu um charme infantil e... Inocente nela...
-Madara-sensei...-ela falou quando se aproximaram.
-... Kureha. Natsu. -falei simplesmente, precisava manter a compostura.
-O que faz por aqui?...-ela me perguntou sorrindo... Todos na turma sabem que ela e eu conversamos de boa...
-Bem...-eu abri um sorriso falso. -Eu tinha que comprar umas coisas... E vocês?
-Hehe! Estamos num encontro!-Natsu disse...
-Ah... Num encontro, é?
-Sim!
-Então devo manter os olhos pros namoradinhos não se beijarem durante minha aula?-eu estava sorrindo... Mas... Pra ser sincero aquilo me incomodou e muito...
-Er... É um pouco cedo pra pensar isso...-ela disse rindo. -Bem... Vamos indo?-ela puxou Natsu...
-Ok!-ele falou seguindo ela...
Eu tentei ignorar isso... Fui pra minha casa de uma vez... Joguei o que tinha em mãos em qualquer lugar e peguei meu telefone... Apertei o número cinco na discagem rápida...
-Alô?-ela atendeu.
-Preciso de você hoje.
-Hum... Bom saber, já estava com saudade... O mesmo de sempre?
-Não. Hoje pode cobrar a mais. Quero fazer algo especial...
-Você quem manda, queridinho. Ah e eu te faço um desconto se usar aquele seu terno chique, o que valoriza seu corpo.
-Agradeço a oferta, mas não tenho paciência pra ficar me arrumando. Apenas venha e faça seu trabalho de uma vez.
-Hum, alguém está mandão hoje. Que houve?
-Te conto se você se der ao trabalho de vir aqui fazer de uma vez o que você escolheu como profissão, madame. -falei já impaciente.
-Háhá... Está bem, "chefinho". Precisa que eu leve algo?
-Algo que você vai cobrar a mais. Anote aí...
Eu dei as instruções a ela, desliguei e fui pra minha estante, na porta debaixo. Peguei meu melhor uísque, um cigarro cubano e me sentei no sofá tentando me manter em controle... Não tirava de jeito nenhum a lembrança daquela noite com ela... A nossa primeira noite juntos... Falei com ela por mais ou menos uma, talvez duas horas, mas eu realmente me senti conectado a ela... Conheci ela por completo... A conhecia como minha aluna, mas aquela única noite de puro sexo... Me fez vê-la de uma forma totalmente diferente. Não como uma boa aluna, mas... Como uma mulher atraente e que me fazia delirar... Mesmo que não fosse intenção dela ou que fosse algo banal... Eu não conseguia resistir à tentação de levar pro lado mais malicioso e começar a tocá-la e despi-la na minha mente... Quando imagino isso, lembro direto do toque do corpo nela no meu quando penso na nossa noite juntos... Foi a transa mais intensa e quente que eu já tive na minha vida inteira... Enquanto me lembrava de todas as sensações daquela noite, eu podia sentir nitidamente meu sangue percorrer meu corpo e se alojar no meu membro, enrijecendo-o. Não resisti e comecei a me tocar... Eu ouvi baterem na porta. Quando olhei o relógio, vi que fiquei uns vinte e cinco minutos só me masturbando... Eu me levantei e atendi. A morena de olhos castanhos me olhava animada, a mesma usava roupas "despojadas" de sempre. Uma mulher que gostava de ser dirigida como uma mulher "vulgar".
-Ai, ai, é o meu cliente mais saboroso... E nunca liga...
-Sou um homem bem grandinho, posso muito bem me "acalmar ".
-E porque me ligou?
-Estou com raiva de uma mulher.
-Que surpresa...-ela falou irônica.
-Vista as coisas que mandei.
-Está bem.
Eu coloquei o charuto no cinzeiro e botei o uísque na mesa e me fui pro quarto. Tirei as roupas me permitindo ficar só com a cueca. Logo ela entrou no quarto... Usando o mesmo vestido, penteado, até máscara, naquela noite...
-Perfeito. -falei sorrindo praquela visão que me atiçou a memória.
-M-Madara... E-estou com medo...-ela se aproximou de mim e começou a me encoxar. -N-nunca fiz isso antes... V-vai doer?
-... Se deite na cama e comece a se masturbar.
-Hum...-ela se deitou na cama, ergueu a saia e fez o que mandei...
Admito, mesmo que não fosse a garota que eu amava, não podia negar que como homem, eu me toquei enquanto eu olhava aquela mulher obter prazer por conta própria... Quando ela ficou perto do orgasmo, eu fiquei por cima dela e a usei. Não quero narrar o que fiz, pois tenho nojo disso. Chegava a ser doentio. Eu fiz uma prostituta se vestir como Kureha se vestiu na noite em que transamos... Achei que fazendo uma mulher se vestir como ela, eu iria me satisfazer, mas... Simplesmente não é a mesma coisa. Com Kureha é mais intenso. É mais erótico. Com uma mulher qualquer, é o que? Um mero orgasmo momentâneo e que sequer é lá essas coisas. Humpf. Não vale a pena.
-Você é incrível. -ela falou sorrindo.
-Quem dera eu pudesse dizer o mesmo. -falei irônico.
-Hã?
-... Nada.
Eu apenas me levantei e me vesti. Eu a olhei. Ela estava confusa.
-Se vista e vá pra casa.
-Só isso?
-É. Quanto é?
-4000 Ienes...
Paguei ela, esperei ela se vestir, coisa que eu devia ter feito na primeira vez, porque eu acho que ela tinha surrupiado uma antiguidade valiosa. Na realidade, era da minha ex-mulher, por isso não dei a mínima... Sim, eu fui casado. Infelizmente acabamos nos distanciando muito um pelo outro, começamos a brigar e por fim, nos separamos... Me foi deprimente no começo, mas... Ironicamente, quem me animou... Foi Kureha. Ela falou...
-De que adianta ficar com alguém que não ama? Estava machucando a ela e a si mesmo, agora...-ela me deu um tapa na cara. -Recomponha-se, homem! Você é um homem adulto, pra ser sincera o senhor não é nada feio, ainda vai encontrar o amor!-ela me disse com o sorriso mais sincero possível...
-Duvido. E está enganada, minha aparência é uma porcaria. Tenho olheiras desde os quinze anos, se me olharem de raspão acham que eu sou um Shinigami, olha os meus cabelos, longos em demasiado e ainda por cima, eu não dava a mínima pra eles, por isso duvido que tenha concerto...-ela me deu outro tapa.
-Para de ser mulherzinha. Você é um homem lindo que é tudo o que uma mulher quer, então SE RECOMPONHA!!
Aquela havia sido a primeira vez que ela me chamou de lindo. Ela não ficou constrangida nem nada, só admitiu com o tipico "barraco" que eu já vi ela armar várias vezes por irritação...
-Tchau!-ela gritou pra mim.
-Ah... Tchau. -falei acordando pra realidade.
Logo que ela saiu, voltei a beber o uísque e a fumar o charuto. Por mais que eu quisesse negar... Não conseguia... Ver Kureha saindo com Dragneel me deixou abalado... Idiota... Porque fui gostar justo dela...? Não. Ela ia ser minha... Ela VAI ser minha.