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História Desire: Weakness - Teste


Escrita por: shtcouldbeworse

Capítulo 3 - Teste


Fanfic / Fanfiction Desire: Weakness - Teste

Foi um saco ouvir o despertador tocar às seis da manhã e descobrir que é sábado, mal consegui dormir pensando na briga que tive com Chris ontem a noite, queria que isso não tivesse acontecido. Rolei um pouco na cama até finalmente ter coragem de levantar e meu estômago acaba de me alertar que não como nada desde ontem à tarde, até porque nada fica no meu estômago há quase uma semana. Fui até o quarto de Thomas e encontrei Henry vestido em um paletó cinza encarando o menino dormindo no berço, ele está se despedindo do filho.

— Está pensando em perder o vôo de novo?— perguntei.

— Oh, merda. É verdade… bom, eu estou indo, não exite em ligar se precisar de mim, okay?

— Tudo bem.

— Ah, não foi nada confortável dividir a cama com Chris, por que o expulsou do quarto?

— Eu não expulsei ninguém, okay?!— tentei sussurrar.— Ele está puto comigo, é isso.

— Resolva essa merda, e pelo amor de Deus, faça logo o teste de gravidez.

— Henry, não viaja. Eu já te disse que não estou grávida!

— Como pode ter tanta certeza? Ah, dane-se, eu não vou discutir com você. Eu tenho que ir.

Henry beijou minha testa e bagunçou meu cabelo antes de deixar o quarto, ultimamente ele está agindo como se fosse meu pai e isso é tão irritante… e esquisito.

Ajeitei o cobertor de Thomie mais uma vez antes de sair do quarto e dar de cara com Christopher na cozinha, ele parecia meio sonâmbulo enquanto devorava o sanduíche que ele mesmo acabara de fazer, ele sempre age feito um zumbi pela manhã e nem se lembra do que comeu meia hora depois. Segui pela cozinha avaliando o perímetro como se estivesse prestes a pisar num campo minado, não sei o que falar nem como agir com ele numa situação dessas já que é raro nós dois brigarmos. Nós estamos no começo do relacionamento, cadê as flores, os chocolates, os “eu te amo” e o sexo matinal? Acho que fomos obrigados a pular essa parte.

— Chris… bom dia.

— Bom dia.

Okay, puxar assunto não vai dar certo, quase nem respondeu meu bom dia, ele está realmente bravo comigo. O cheiro da pasta de amendoim se espalhou pela cozinha e meu estômago deu sinal de vida, estou morrendo de fome e sedenta por pasta de amendoim.

— Você quer?— ele perguntou.

— Hmrm, quero…

— Vou preparar um para você.— ele disse.

— Eu posso comer com você, se importa?

Ele pareceu confuso por alguns segundos até finalmente dar de ombros para mostrar que não se importava, rapidamente tirei uma de suas mãos que estava apoiada na mesa para que eu pudesse passar e sentar em seu colo, peguei uma das partes do sanduíche e comi como se não houvesse amanhã, eu realmente preciso disso. Ele pareceu assustado e até ofereceu a outra metade que obviamente comi, isso é tipo o manjar dos deuses para mim agora.

— Você está bem?— ele perguntou.

— Só estou com fome, desculpe. Onde está o pote?

— Geladeira.

Corri imediatamente e agarrei o tal pote, acabei fazendo um estrago naquilo e não faço ideia do porquê, Chris ainda parece bravo o bastante para ignorar o que estou fazendo e isso é bom, porque estou começando a achar que estou finalmente louca.

— Nós podemos conversar?

— Largue essa droga, eu vou tomar um banho… você é muito esquisita.

             •••

— Você não pode admitir que está errada apenas uma vez?! Por que tem que ser tão arrogante?

— Eu não sou arrogante, você que está sendo um babaca!

— Já chega, estou cansado de discutir com você.

— Onde você pensa que vai?! Chris, espera… Christopher!

A porta bateu e o silêncio na casa pareceu ensurdecedor, Diana apareceu um pouco assustada, por um segundo esqueci que ela estava aqui.

— A senhora… precisa de alguma coisa? Um chá? Eu sei fazer chá.

— Eu descobri hoje que odeio chá, mas obrigada assim mesmo. E, Diana… me chame de você.

— Você está chorando?— ela perguntou.

— Talvez. Thomas está dormindo?

— Como um anjo.— ela sorriu.— Tem certeza que não precisa de nada?

— Não querida, obrigada. Eu estou no meu quarto se precisar de algo.

— Ok…

Eu deveria estar terminando o designer de um apartamento porque terei que entregar isso na segunda feira quando na verdade estou aqui chorando feito idiota há quase meia hora. Eu não gosto de brigar com ninguém muito menos com Chris, ele não merece ser tratado com meu atual status da arrogância. Ele deveria estar em LA trabalhando mas largou tudo pra vir me ver, o pior de tudo é que não faço idéia pelo que estamos brigando. Talvez seja a minha ausência no relacionamento, ou talvez porque ele tenha ficado uma semana sem atender meus telefonemas… sinceramente, não importa mais. Eu não queria, mas a única coisa que está martelando na minha cabeça agora são as palavras de Henry, talvez seja por isso que estou chorando e meu subconsciente não quer admitir. Bom, vamos logo acabar com essa dúvida.

                     •••

— Aqui está.

Hannah desamarrou a sacola gigante e espalhou dezenas de testes de gravidez em cima da minha cama, minha única reação foi correr e trancar a porta do quarto, não queremos que meu namorado entre aqui e saia traumatizado.

— Mas o que… você… não era pra comprar isso, Hannah!

— Você precisa tirar logo essa dúvida!

— Tá, mas não precisava comprar a farmácia inteira! Quantos tem aí?

— 13, eu acho.— ela deu de ombros.— Perdi a conta depois do décimo… ande logo!

— Okay! Droga… qual eu uso?

— Bom, a Farmacêutica disse que aqueles dão a informação exata, tipo quantos meses você está e tal… e esses só dizem se você está ou não. Nunca fez isso? Como foi com Thomie?

— Foi com teste de farmácia mas isso já faz quase três anos! Ah, vamos começar com o mais simples.

Me esforcei para agarrar o máximo de caixas que consegui e corri para o banheiro. Fiz uns 7 testes de uma vez e agora é só esperar.

Ouvi o barulho da chave e imediatamente atirei todos no lixo, era óbvio que Chris acabara de chegar e não vai ser nada legal dar de cara com isso.

— E aí?

— Eu não sei!— sussurrei.— Ouviu ele me chamar?

— Não, na verdade ele passou direto… acho que está no quarto de hóspedes.

— Ótimo, ele me odeia.— choraminguei.

— Tá, chega de drama.

— Onde vai?

— Catar o destino da sua vida do lixo.

           •••

Segunda feira é um dia horrível, as pessoas deviam organizar um protesto contra esse dia ou sei lá, ninguém nunca está feliz em trabalhar na segunda, se disser que sim com certeza está mentindo. Aqui estou eu bebendo (ou tentando) mais um copo d’água  essa tarde, pelo menos o último para sair daqui sem tentar vomitar novamente.

Ajeitei minha bolsa e segui para o elevador, me encostando na parede enquanto apertava o botão para o térreo que por sinal já havia sido apertado pela mulher ao lado. Espera… ah, ótimo, é ela.

— Oh, você deve ser a nova funcionária.

Alta, cabelos escuros, enorme pares de seios e olhos azuis… é a tal Eva.

— Lily Collins.— respondi.

— Prazer, eu sou…

— Eva, eu sei quem você é.

Talvez eu esteja sendo grosseira? Dane-se, ela roubou meu projeto e não merece minha gentileza.

— Eu queria me desculpar pelo projeto, eu realmente precisava tê-lo de volta. Acredita que um dos proprietários me chamou pra jantar? Claro, eu não podia perder essa oportunidade.

— Deixa eu ver se entendi… Você só queria a obra para ficar com o proprietário?!

— Basicamente, sim. Você já viu o Richard pessoalmente? Ele é muito gostoso e normalmente eu tenho o que quero. Me desculpe, não quero que pense que é algo pessoal.

O elevador parou e a garota finalmente saiu, sendo parada por um dos funcionários para conversar enquanto eu permaneço congelada no elevador por alguns segundos refletindo no que acabo de ouvir. Essa vadia tirou meu trabalho por um macho?! Definitivamente preferia que fosse algo realmente pessoal.

Saí ainda abalada do elevador e encontrei Christopher recostado num jeep preto na garagem, finalmente uma coisa boa para mim hoje.

— Que bom ver você. Está aí há muito tempo? Onde está Thomas?

— Aqui no carro. Jantar fora ou pedir japonês?

— Japonês, por favor.— implorei.

— Okay, você liga no caminho. Bem que podíamos… Lily, quem é aquela mulher?

Olhei para trás e notei que Eva se aproximava, por uma maldita coincidência seu carro estava estacionado ao lado do nosso.

— Ah, aquela é…

— Eva?!

— Oh meu Deus, Christopher.


Notas Finais


O que acharam do capítulo?


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