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História Desired Death - O Plano - Parte II


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Que rumo essa fic tá tomando, god Ezarel...
Sorry a demora, fiz aniversário e bateu aquela bad, sabe? Não quero envelhecer :v
Capítulo saindo do forno, não tá essas coisas, mas acho q tá ficando interessante~
Será que vcs conseguem criar teorias por esse capítulos (tá, autora, para de falar coisas confusas e vai escrever o próximo).
Boa leitura ~

Capítulo 11 - O Plano - Parte II


O som de chuva caindo era ouvido através das janelas abertas do apartamento de Kagami. Kise estava começando a contar o plano, quando foi interrompido pelo ruivo que correu para fechar as janelas e evitar que a água molhasse sua sala de estar.

— Parece minha mãe quando ela vai pegar a roupa do varal — comentou Aomine e o resto riu. Isso era bom, um pouco de humor naquele clima pesado. — E o plano?

— Bem, como eu estava dizendo, Momoicchi deu uma “pesquisada” e descobriu algumas coisas.

— Como o quê, por exemplo? — perguntou Kagami.

— Eu descobri que o médico que está responsável por cuidar do Sei-chan se chama Seiji Takano, um homem de vinte e oito anos que é conhecido por ser extremamente talentoso. Ele se formou com apenas dezenove anos e já ganhou diversos prêmios de pesquisas importantes, inclusive de curas de várias doenças. O pai dele, que também segue a mesma profissão, é médico da família Akashi.

— E… e como isso vai nos ajudar? — dessa vez, Kuroko que interrompeu, pois não achava necessário aquelas informações.

— Bem, Tetsu-kun, Sei-chan está nas mãos de uma boa pessoa… profissionalmente.

— Como assim? — indagou Murasakibara.

— Apesar de ter essa fama toda e ser um homem muito respeitado, ele tem vários segredos. E eu descobri todos, hehe! — falou sorrindo e fazendo um sinal de vitória com a mão.

— E isso vai nos ajudar com o plano, não é? — Kise complementou.

— Sim, e muito! Ele é o médico chefe e tem acesso a tudo, podemos persuadi-lo para conseguirmos o que quisermos.

— Eu fiquei um pouco curioso, que segredos são esses? — Kagami se manifestou, levantando a mão enquanto coçava a barriga por debaixo da blusa.

Momoi olhou para o ruivo que estava sentado no chão ao lado de Aomine, dessa vez com uma expressão séria, abrindo a boca para falar depois de respirar profundamente. Os outros ficaram mais atentos para ouvir o que a rosada ia falar.

— Aos treze anos de idade, Seiji-san entrou na universidade e iniciou uma nova vida como “o jovem gênio”. Ele surpreendeu muitas pessoas pela sua facilidade em aprender e memorizar coisas. Mas desde pequeno, quando ele tinha consultas em psicólogos, constataram que ele não sabia diferenciar o certo do errado… — ela pausou, passou os olhos pela sala e continuou. — com quinze anos de idade, ele estuprou uma garota de cinco anos.

Todos arregalaram os olhos ao ouvir aquilo.

— Espera, se ele tem problemas mentais, por que tá vivendo em sociedade? — perguntou Kagami.

— Isso vai incluir a influência da família dele, Kagamicchi — respondeu Kise. — Por ser de uma família com grande poder, todos os podres dele foram escondidos para não manchar o sobrenome.

— Além de ele ser um gênio também… isso ajuda a esconder mais ainda. — completou Aomine.

— Isso mesmo, Dai-chan, e não foi só isso que ele fez. Há boatos de já ter se envolvido com tráfico de órgãos, forçado relacionamento com garotos menores de idade e ter obrigado eles a se prostituírem.

— Puta que pariu, que cara escroto — xingou Aomine.

— E como vamos ao menos conseguir falar com ele? Parece que é intocável, já que faz todo esse tipo de coisa e não é punido. — disse Kagami, arrumando os cabelos.

Nesse momento, Murasakibara deixou cair um pocky da boca e olhou Momoi.

— Não me diga que…

— Sim, vamos usar Tetsu-kun como isca!

— O quê?! — gritaram Aomine e Kagami juntos. Kuroko apenas abaixou a cabeça.

— E-Ei, Momoicchi, isso não é ir muito longe? Digo, Kurokocchi não aceitaria…

— Não se preocupa, não vai acontecer nada com o Tetsu-kun! Iremos observá-lo escondidos e se ele tentar algo, interferimos. — explicou. — De nós todos, apenas ele pode fazer isso. Ele não tem mostrado interesse em garotas e tirando o Tetsu-kun, vocês parecem mais adultos que adolescentes.

— M-Mas…

— Eu irei fazer isso, Momoi-san — Kuroko a fitou com um olhar determinado.

— Kurokocchi…

— Então está decidido! — Satsuki bateu as duas mãos e pegou o celular, digitando algumas coisas.

— Como vamos falar com ele? — Kagami perguntou.

— Já falei. Hoje, às 19:00, no hotel da família dele.

— Que rápida… — Aomine comentou. — Como consegue tudo isso em tão pouco tempo?

— Bem, eu nem dormi essa noite e tenho muitos contatos, se vocês não sabem. Consegui a palavra-chave com um conhecido dele e por isso ele confiou em se encontrar “comigo”, que na verdade me passei pelo Tetsu-kun. Mandei algumas fotos também — ela disse, mostrando algumas fotos de Kuroko trocando de roupa na época da Teiko, outras dele dormindo e algumas poucas (muito poucas mesmo) dele sorrindo.

— Momoicchi, por favor me passa essas fotos!! — Kise implorou em seus pés enquanto a menina negava.

— Não, são meus tesouros, teehee! — mostrou língua.

Enquanto a bagunça começava novamente, Kuroko se levantou e caminhou até o banheiro, abrindo a porta e se olhando no espelho. Viu as olheiras e lavou o rosto, enxugando na toalha ao lado. Virou-se para sair e deu de cara com Kagami.

— Está tudo bem em fazer isso?

— Sim…

— Não está com medo?

Kuroko ficou em silêncio e desviou o olhar, apertando o punho. Kagami suspirou e colocou a mão na cabeça do menor, afagando os cabelos azulados em um gesto carinhoso.

— Não se preocupe, vou estar lá caso ele tente alguma coisa. Confie em mim — pediu.

O garoto apenas confirmou e saiu, sendo seguido pelo maior. Chegando na sala, Momoi o olhou e o chamou.

— Ah, Tetsu-kun, para convencer ele que você sabe dos segredos, fiz cópia de alguns laudos médicos que constatam a loucura dele. Vou te mandar por email, assim você mostra a ele pelo celular.

— Certo.

Enquanto os dois trocavam emails com os celulares em mãos, Aomine e Kagami conversavam entre si.

— Cara, não sei se isso vai dar certo não — falou o moreno.

— Não temos muito tempo e eu acho que é melhor do que entrar disfarçado no hospital.

— Nisso eu tenho que concordar.

— Tenho certeza que vocês ficariam ótimos vestidos de enfermeira — Kise chegou por trás e se meteu na conversa, pondo os dois braços ao redor do pescoço de cada um.

— Tua bunda, tu que deve ter esse desejo escondido — Aomine ficou zangado e se livrou do braço do loiro.

— Awn, Aominecchi ficou bravo~

O moreno estava quase batendo em Kise quando Murasakibara o segurou.

— Minechin, sem confusão… — o gigante falou preguiçosamente.

Enquanto isso, Satsuki terminou de passar as imagens para Tetsuya.

— Pronto, basta você mostrar isso para ele quando estiverem a sós. Mande uma mensagem minutos antes de colocar o plano em ação, estaremos na porta prontos para entrar caso algo aconteça. Qualquer coisa, diga que se algo acontecer a você, você tem amigos que sabem disso também e que eles irão espalhar para a mídia.

— Certo… — confirmou e guardou o celular.

— Bom, agora são 16:37, temos tempo até lá. Eu estou vendo que você não está com uma aparência muito bem cuidada, claro, você é lindo de qualquer jeito, mas me deixa dar um jeito nisso — a garota falou e o puxou para o banheiro, levando uma bolsa com ela. Tirou alguns produtos da bolsa, tentando disfarçar as olheiras com maquiagem, penteou os cabelos bagunçados e o entregou uma muda de roupas.

— Aqui, vou esperar do lado de fora — saiu e fechou a porta, esperando ele se trocar.

Minutos depois, o azulado saiu, vestindo um moletom azul bebê frouxo, com as mangas que ficavam na metade das mãos e com um capuz de orelhas de gatinho, uma calça jeans com alguns rasgos na coxa e um tênis allstar branco. A garota tampou o nariz para evitar uma possível hemorragia nasal e fez um sinal de “okay”.

— T-Tetsu-kun, você está maravilhoso — falou, quase que babando.

Quando os outros viram, pararam o que estavam fazendo e olharam para o garoto sem expressão. O primeiro a reagir foi Kise.

— Kurokocchiiiii, que fofoooo — gritou e se agarrou a ele, esfregando sua bochecha com a dele — desse jeito eu fico com ciúmes.

— Espera, vai bagunçar o cabelo dele!! — falou Momoi e puxou o loiro para longe.

— Me sinto mal por isso… — Aomine disse.

— Eu também… — Kagami concordou.

— Aqui, Kurochin — Atsushi deu um pocky para ele, colocando em sua boca e o fazendo parecer mais fofo, o que fez Momoi e Kise começarem a bater milhares de fotos.

Até que a paciência de Kuroko esgotou.

— Já chega… — ele fez uma cara de bravo, mas só o deixou mais fofo por causa da roupa, piorando a sessão de fotos.

Algumas fotos depois, o grupo já se preparava para sair do apartamento. Faltava cerca de uma hora para o encontro combinado e Satsuki queria se certificar de que tudo iria dar certo.

Pegaram o táxi e cerca de vinte minutos depois, chegaram no local: um enorme prédio luxuoso e que aparentava andar apenas pessoas de elite. Saíram com guarda-chuvas para evitar se molharem. 

— Mano, com o dinheiro que usaram pra fazer isso aqui, dá pra comprar hambúrgueres pra vida toda — Kagami olhou para cima.

— Não é à toa que ele consegue esconder as merdas que faz — disse Daiki.

— Verdade… — Kise concordou e olhou para Satsuki que iria falar alguma coisa.

— Bem, falta meia hora e para não sermos suspeitos, aluguei um quarto…

— Puta que pariu, Satsuki, gastou toda sua herança por acaso?

— E se eu te disser que eu não gastei um iene, Dai-chan? — ela sorriu.

— Assustadora… — Kise, Daiki e Taiga falaram ao mesmo tempo.

— Vamos logo. Tetsu-kun, você espera aqui na frente, certo? Seria suspeito você entrar com a gente. Quando ele chegar, mande uma mensagem e o acompanhe. O quarto que estaremos fica no mesmo andar. Ah, e eu dei um nome falso pra ele, então não se assuste se ele não disser seu nome, ok? — ela explicou e o azulado assentiu, vendo o grupo entrar e desaparecer no elevador depois de falar com a recepcionista.

Respirou fundo e contou até dez, sentindo as mãos começarem a suar frio. Estava começando a sentir nervosismo e queria sair dali o mais rápido possível, pois havia aceitado e entrado no plano porque no momento estava “anestesiado”, então nem havia pensado direito.

“Certo, não é nada demais, é pelo Akashi-kun… pelo… Akashi… kun…” pensou e apertou as mãos, suando e relembrando as horríveis cenas que não conseguia esquecer e que insistiam em atormentar seus pensamentos. Por que estava fazendo aquilo exatamente? Sua vontade era de não se envolver com aquela pessoa… Mas que pessoa? Os pensamentos já estavam tão confusos que ele nem mesmo sabia quem Akashi era, para ele.

Sua atenção foi chamada por um carro preto que parou na frente do hotel. De lá, saiu um homem bem vestido com um terno preto, cabelos penteados para trás e olhos escuros, muito bonito por sinal. Ele olhou para Tetsuya e sorriu, um sorriso amigavelmente predador.

Com passos firmes, porém, calmos, foi se aproximando lentamente do azulado e parou em sua frente, o olhando de cima com uma expressão de desejo.

— Olá, você deve ser Kurota Hiro. Eu sou Seiji Takano, prazer em conhecê-lo. Vamos nos divertir muito esta noite. — e sorriu.









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