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História Desired Death - Brincadeira sem limite


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Como prometi, capítulos com mais frequências!
Boa leitura 😀

Capítulo 13 - Brincadeira sem limite


— Como?! — Kagami e Aomine gritaram ao mesmo tempo, tentando se soltar dos dois seguranças que os imobilizavam.

— O-O que está dizendo? Ficou maluco?! Tetsu-kun não vai aceitar isso! — Momoi gritou.

— Acho que esse cara tá querendo virar farelo de salgadinho — Murasakibara, até então calado, se pronunciou e, ao dar um passo à frente, foi encarado por um segurança que tinha sua altura. Estavam quase se socando ali mesmo.

— Não vou deixar que você toque no Kurokocchi!! — Kise se agarrou ao azulado, como se estivesse protegendo-o.

Tudo ali estava sendo divertido para Seiji, que em momento nenhum tirava o sorriso cínico da cara, enquanto acariciava agora uma das pernas do garoto sentado em seu colo.

— Pelo que sei, quem vai responder isso é Tetsuya, não vocês — respondeu.

Todos olharam para o menor. Ele estava de cabeça baixa, atordoado. Não sabia o que fazer e os pensamentos estavam todos bagunçados. Imaginou que Akashi estivesse em perigo naquele momento, imaginou um mundo sem ele. Mas, com aquelas cenas, as memórias daquele dia se misturavam a tudo, deixando-o quase louco. Foi então que, as lágrimas que tanto se segurou até aquele momento, começaram a rolar pelo rosto pálido, demonstrando toda sua frustração e desespero.

— Kurokocchi… — Kise não se conteve e começou a chorar junto, apertando mais ainda o menor.

— Você é ridículo, sabia!? — Satsuki gritou com a voz embargada, segurando o choro, revoltada com tudo aquilo que estava acontecendo. Ela jurava que o plano iria dar certo, mas não percebeu que estava apenas dançando na palma da mão do médico gênio.

— Sim, obrigado — ele sorriu, aceitando o xingamento como um elogio. — por que está tão alterada? Quer ficar no lugar dele, por acaso? Você até que tem um belo corpo, mocinha. Sorte sua que não tenho interesse em garotas.

Momoi estremeceu com aquele comentário, apenas cerrando os punhos.

— Filha da puta! Se eu te pegar, tu já era!! — Kagami gritou, tentando se levantar e se soltar do segurança três vezes maior do que ele.

— J-já chega, Kagami-kun… — Kuroko interrompeu, quase soluçando, chamando a atenção de todos. Olhou para o homem à sua frente, que lhe abriu um grande sorriso. Ele se separou de Kise, que tentou impedi-lo mas foi interrompido por um braço do segurança que foi posto na sua frente, e foi andando lentamente até Seiji, que lhe estendeu a mão.

— Para, Tetsu!

— Não faça o que ele quer, para!!

— Kurokocchi?!

Todos começaram a gritar, mas o menor sequer prestava atenção nas palavras. Foi levantando lentamente a mão, com a intenção de aceitar a proposta do homem. Já quase encostando na mão dele, a porta do quarto se abriu e todos olharam em sua direção.

— Já chega, Takano. Você passou dos limites. — Midorima o fitou com um olhar ameaçador, ajeitando os óculos e guardando um cartão no bolso.

— Midorima! — Kagami o chamou, surpreso em vê-lo.

— Tsc, eu peço para vocês não arrumarem mais problemas e vocês fazem o quê? Isso mesmo, pioram tudo.

— Shinzinho! A quanto tempo, não é mesmo? — o médico o cumprimentou abaixando a mão. No mesmo momento, Kise aproveitou para desviar do segurança com sua agilidade e afastar Kuroko de Seiji.

— Não achei que fosse descer a esse nível, Takano. Você costumava ser mais normal.

— Haha, você me conhece bem.

— Hã? Peraí Midorima, tu conhece esse cara? — Aomine perguntou, confuso, e foi solto pelo segurança que se afastou dele e de Kagami quando o arremessador fez um sinal com as mãos.

— Esse idiota é meu primo — ele comentou, fazendo todos gritarem surpresos.

— O quê?!

— Não sabia que vocês conheciam o Shinzinho, se soubesse tinha dado um desconto — Seiji riu na cara de pau.

— Shin-chan, espera, eu não estou entendendo nada — Momoi se pronunciou — Você sabe as coisas que ele faz?! Como sabia que estávamos aqui?!

— Vocês são mesmo uns idiotas — suspirou. — Tá na cara que ele não tem o que fazer e está brincando com vocês. Provavelmente deve ter inventado uma história absurda sobre ele mesmo e agora tá se divertindo às custas do sofrimento dos outros.

— E-então a história do estupro é mentira? E sobre ele sair com garotinhos também? — Kise perguntou, aliviado.

— Bem, a do estupro sim, agora a segunda eu não sei, nanodayo.

Todos olharam o homem que não parava de rir, se divertindo com todas aquela situação.

— Calma ae, Shinzinho, desse jeito você suja a minha imagem. Eu só gosto de pessoas mais novas do que eu, mas nada absurdo como sair com um garotinho do colegial — ele olhou para Kuroko, dando uma piscada.

O azulado, que até agora estava incrédulo, se ajoelhou no chão, sentindo um grande alívio que o deixou sem forças. Por um momento, achou que teria que desistir dele mesmo para proteger a uma pessoa que era o motivo de seu sofrimento.

E, assim como ele, todos ali relaxaram, começando a sentir toda adrenalina passar.

— Puta que pariu, isso foi muita filha da putagem hein — Aomine xingou, ajeitando a roupa amassada. Os seguranças saíram do quarto junto do garotinho albino, deixando-os sozinhos.

— Desculpa, Shiro comentou que alguém o havia procurado para pedir informações sobre mim, eu não pude evitar me divertir um pouco — Takano falou, com um expressão brincalhona. — Peço desculpas se isso tiver realmente aborrecido vocês.

— Não desculpo não, minha vontade era de te esfaquear — Momoi reclamou, com uma mão no peito, sentindo a sensação de alívio.

Midorima, até então na porta do quarto, foi andando pelo cômodo e direcionando a atenção de todos, sentando-se na cama. Kagami ia falar, mas se calou quando viu que Midorima abriu a boca.

— Tenho notícias de Akashi.

Todos ficaram atentos e Kuroko sentiu seu coração falhar uma batida.

— Sua situação não é das melhores. Soube que Seiji fez a cirurgia de emergência — ele olhou para o primo, que  só confirmou, e prosseguiu — porém, quem está responsável por ele é um médico da família de Akashi. Então, Momoi, — ele olhou com um olhar repreendedor para a garota — não seria muito eficaz tentar persuadir esse idiota.

Ela engoliu seco, abaixando a cabeça.

— E ele está bem? — Kise perguntou.

— Está em coma.

Eles arregalaram os olhos, sentindo o peso das palavras.

— Então é grave, Midorima-kun?! — dessa vez foi Kuroko quem indagou, se levantando do chão e olhando para o esverdeado. Sua expressão deixava transparecer seus sentimentos e demonstrava o quão preocupado estava.

— Bem, é fato que ele corre risco de morte. Mas o coma é induzido, então quer dizer que eles o colocaram nessa situação para estabilizar o estado dele.

Todos sentiram um pequeno alívio, mesmo que fosse só um pouco. Akashi tinha chances de sobreviver, isso era bom.

— E nós vamos poder vê-lo? — Kise questionou.

— Creio que não. O pai dele está muito irritado, graças a um certo “alguém” — deu ênfase à última palavra, olhando para Kagami que apenas desviou o olhar para outro canto. — Vamos esperar Akashi acordar, é o melhor a se fazer.

— Ei — Seiji chamou a atenção, apoiando a bochecha na palma da mão — Se quiserem, posso dar um jeito de deixá-los ver o ruivinho suicida — sorriu. Ao mesmo tempo que abriu um raio de esperança em todos, recebeu alguns olhares de raiva por estar fazendo piada. —  não me olhem assim, estava brincando. Mas é sério, posso conseguir o que tanto querem.

— Como assim? — Momoi perguntou.

— Eu sou muito importante no hospital, vocês perceberam. Posso conseguir com que vejam Akashi facilmente, só preciso me certificar que o pai dele não esteja presente.

— Faria isso mesmo? — Aomine perguntou, sério.

— Claro — afirmou. — Mas não vai sair barato.

— O que você quer? — Midorima já começou a desconfiar, se estava vindo de seu primo, coisa boa não era.

— Quero que façam um pequeno trabalho para mim.

— Isso não tá me cheirando bem — Kagami reclamou, também desconfiando.

— Calma, não é tãaaao ruim assim não — ele ironizou, levantando e pegando o celular do bolso. — Preciso apenas que sequestrem uma pessoa pra mim.

— Quê?! — todos gritaram ao mesmo tempo.

— Opa, calma mesmo, gente. É só um cara que eu dormi com ele e quando eu acordei no dia seguinte, estava sem roupas, sem nada.

— Resumindo, você foi roubado — Kise falou.

— Se fosse só a carteira ou o celular, não me importaria muito, mas ele levou todas as minhas roupas e me deixou no motel sem ter como sair.

Kagami e Aomine começaram a rir da estupidez de Seiji.

— Ei, não riam!

— Sinto muito, Takano, mas isso é um problema pessoal seu. Não precisamos nos submeter a isso, não depois dessa palhaçada toda que aprontou. — Midorima o repreendeu. Não tinha mais paciência para brincadeirinhas e já estava tarde. — Eu já disse que é melhor esperar Akashi acordar, depois disso nós iremos ver o que podemos fazer para vê-lo. Por enquanto, não façam nada sem me consultar. Irei contatá-los quando for necessário. — dizendo isso saiu do quarto, e os outros começaram a fazer o mesmo enquanto Seiji estalou a língua e viu que tinha passado dos limites. Observou Kagami sair depois de Midorima, seguido de Aomine, Kise, Murasakibara e Momoi. Por último, Kuroko, que quando estava saindo, sentiu uma mão em seu ombro.

— Ei, Tetsu — o homem o chamou, sério — Desculpe por aquilo. Imagino que se estava prestes a aceitar, é porque Akashi é muito importante para você.

O menor nada respondeu. Seiji suspirou e tirou a mão, se voltando para frente.

— Fique tranquilo, ele não vai morrer. Está nas mãos de um dos melhores médicos de Tóquio. — piscou, bagunçando seus cabelos. Em seguida, saiu na direção contrária da geração milagrosa, observado pelo azulado, que foi chamado pelos outros, apressando os passos.

Finalmente, depois de tantas lágrimas, um sorriso surgiu em seu rosto. 


Notas Finais


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troslei


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