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História Desired Death - Descobertas


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Oi
Mais um capítulo
Desculpem a demora ;-;
Eu não sei mais como continuar a fic, tenho as ideias, mas não sei desenvolver, help.

Capítulo 17 - Descobertas


— Bom dia… — cumprimentou Kagami para os seus companheiros de time, reunidos em frente à escola Seirin, apresentando uma expressão de cansaço.

Mais uma vez, a ansiedade do ruivo não o deixou dormir durante a noite para o jogo do dia seguinte. Era apenas um amistoso e o coração dele parecia que ia sair pela boca a qualquer momento, as mãos suavam de nervosismo e a empolgação tomava conta de seu corpo. Novamente, teria o desafio de derrotar Aomine, e isto era o suficiente para deixá-lo contente.

— Bom dia, Kagami-kun… — respondeu a treinadora, segurando uma prancheta na mão.

— E Kuroko? Ainda não chegou? — perguntou Teppei.

— Eu tô aqui… — o garoto apareceu atrás dele, levantando a mão direita como se tivesse respondendo à uma chamada. O time inteiro se assustou com o menino, que manteve o rosto inexpressivo de sempre.

Quando Kagami o viu, abriu a boca para falar algo, mas se calou ao ver que o azulado se afastou. Naquela hora, sentiu uma pontada de tristeza, não sabendo como agir diante do amigo. Ele sabia que Kuroko estava com raiva, ou até mesmo com medo de suas atitudes. Por isso, resolveu esperar as coisas se acalmarem.

— Estão todos aqui, certo? — perguntou Rika, passando os olhos por todos do time e ouvindo uma confirmação em conjunto.

Foi questão de alguns minutos para o ônibus chegar e todos subirem, acomodando-se em seus locais. Kagami sentou na primeira poltrona que viu, ao lado da janela, quando viu Tetsuya passar direto e ir sentar em um assento mais afastado. Suspirou, meio triste, mas se contentou em ficar vendo a paisagem, enquanto escutava música.

Um tempo depois, todos já se encontravam na escola Touou. Alguns alunos da escola passavam cochichando e olhando para o time, alguns surpresos e outros animados. Afinal, estava ali o time que conseguiu derrubar a hierarquia dos jogos interescolares, que permaneceu durante alguns anos. Uma nova lenda, com toda certeza.

— Bem, hoje é um amistoso, mas gostaria que jogassem todos a sério. É um dos últimos jogos… — comentou Riko, dando um leve sorriso triste enquanto olhava para os terceiranistas. — Vamos aproveitar ao máximo! Já vencemos uma vez, tenho certeza que podemos demonstrar nossa força novamente!

— Sim!

Todos responderam animados, sentindo a adrenalina correr pelas veias. Eram como se estivessem prestes a jogar uma final de campeonato: um sentimento de nervosismo, mas ao mesmo tempo misturado com determinação.

— Certo! Hoje eu esmago aquele cara! — falou Kagami, apertando os pulsos e dando o sorriso desafiador. — Não é, Kuro… — interrompeu a fala, olhando para o lado e vendo o garoto calado, que nem sequer se deu ao trabalho de encará-lo e saiu andando na frente. Calou-se, então, acompanhando o resto do time que já se dirigia para a quadra.

O som de bolas ecoava no local, junto ao atrito das basqueteiras com o chão brilhante. Uma linda melodia para os amantes de basquete. O time da Touou já estava aquecendo, extremamente organizado. Surpreendentemente, Aomine estava no meio, e, em fração de segundos, ao ver a Seirin chegar, pegou uma bola que estava indo em direção a um colega e enterrou, olhando para os adversários e sorrindo. Estava claramente desafiando eles e Kagami devolveu o sorriso, sarcástico, dirigindo-se para o vestiário com os companheiros.

Assim que todos se trocaram, saíram e se dirigiram para a quadra, com exceção de Kuroko que aproveitou sua invisibilidade para esperar os outros saírem e começar a se trocar. Não queria que ninguém visse os hematomas que teimavam em permanecer em seu corpo. Ele tirou o moletom do uniforme que vestia, em seguida a calça. O corpo alvo estava coberto de hematomas, meio roxos ainda. A sua sorte era que alguns do pescoço e dos braços já haviam quase sumido e não eram mais visíveis, mas alguns no tórax e nas costas ainda insistiam em permanecer.

Por tal motivo, era doloroso se olhar no espelho toda vez que ia tomar banho.

Quando acabou de colocar o uniforme preto e as munhequeiras que sempre usava no pulso, guardou as coisas na bolsa e saiu imediatamente, procurando o time que provavelmente ainda não tinha se dado conta do seu sumiço. Chegando à quadra, viu que todos arremessavam algumas bolas, aquecendo-se, e logo começou a se alongar. Por infortúnio, sentiu como se houvesse um peso em cima dele. A vontade de jogar era zero.

— Resta um minuto — avisou uma assistente da Touou, indicando que logo a partida começaria.

— Certo — respondeu Riko, chamando o time para se reunir. — Bem, não tenho muito o que falar. Façam como eu disse no último treino: defesa firme e ataque bem trabalhado. — repassou, olhando para os meninos que já estavam um pouco suados.

— Sim, treinadora! — todos responderam.

Não demorou para que todos já estivessem posicionados para o começo do jogo. Um árbitro, convidado pelo treinador da Touou, segurava a bola nas mãos, enquanto esperava os jogadores terminarem de se cumprimentar.

— E aí, preparado para perder? — Kagami lançou um sorriso desafiador para Aomine, e este apenas ignorou, procurando Kuroko.

— Onde está Tetsu?

— Kuroko? Ele está… — ele olhou ao redor, vendo que Kuroko não estava no time inicial. Dirigiu o olhar para o banco, vendo o garoto sentado um pouco afastado dos outros. — Ali… — mencionou, vendo  Daiki olhar na direção e se decepcionar com a ausência da sua antiga sombra. Estava ansioso para jogar contra a sombra e a luz da Seirin.

— Que pena, não vai demorar muito para a diferença ser de dois dígitos… — provocou, afastando-se do ruivo, que apenas soltou alguns xingamentos baixinhos.

Todos se posicionaram e o árbitro deu início à partida, jogando a bola para cima. A posse de bola foi para o time da Touou, que logo pontuou dois pontos.

Enquanto o jogo prosseguia, algumas figuras apareceram na porta da quadra. Midorima entrou, acompanhado de Kise e Murasakibara, segurando em suas mãos uma colher. Os três se dirigiram para a pequena arquibancada na parte de cima, assistindo o jogo.

— Midorimacchi, veja veja, já começaram! — Kise balançava o garoto, empolgado, que se irritou e o empurrou.

— Eu não sou cego, nanodayo. — reclamou.

— Kisechin parece estar animado… — comentou Murasakibara, comendo um doce.

— É claro que estou… Esses dias foram muito estressantes. Finalmente algo assim está acontecendo para abaixar toda essa tensão.

— Embora a tensão não esteja baixando nem um pouco — falou o esverdeado, observando Kagami e Aomine brigarem em um mano a mano e ignorando o resto dos times.

O primeiro quarto acabou e Kuroko ainda não havia entrado. Não porque a treinadora o deixou de fora, o pedido para não entrar em quadra havia partido dele mesmo, usando a desculpa que ainda não estava muito bem do resfriado. Aida apenas concordou em deixá-lo no banco, mesmo que agora a diferença no placar aumentava, com vantagem para a Touou. Com certeza, Kagami não era páreo para Aomine se Kuroko não estivesse ao seu lado.

O ruivo sentou no banco, sem fôlego, bebendo água e ouvindo alguns colegas reclamarem da sua fome contra Aomine. Ele não passava a bola e estava sempre tentando ganhar do moreno no mano a mano, perdendo a bola na maioria das vezes. Isso estava prejudicando o time inteiro, e a tendência era a diferença de pontos continuar a aumentar.

— Kagami, passa mais a bola… — Teppei falou, enxugando o rosto na toalha.

— Ei, seu desgraçado… — Hyuga o chamou, fazendo uma cara assustadora e fazendo Kagami tremer de medo. — para de achar que é dono do mundo, somos um time, sabia?!

— D-desculpa, s-s-senpai! — desculpou-se, logo ficando sério novamente. Ele sabia que tinha que usar o trabalho em equipe, inclusive só havia conseguido ganhar da Rakuzan daquela maneira. Mas, ao ver que Kuroko não estava ali e Aomine era seu adversário, esquecia as pessoas ao redor e ia para cima do adversário. Estava mais do que desconcentrado.

— Kuroko, já pode entrar? — Aida perguntou ao garoto, que até agora só observava, recebendo uma confirmação. Ela sorriu, sentindo que as coisas começariam a esquentar. — Então vá lá e guie aquele idiota — falou, e o azulado apenas se levantou, andando em direção à quadra com passos arrastados. Sentia-se desanimado e sua tranquilidade durou pouco, já que queria ao menos permanecer mais alguns minutos mk banco.

Já estava para começar o segundo quarto.

— Finalmente, hein… — disse Aomine, sorrindo ao ver sombra e luz reunidas e ficando animado.

Da arquibancada, os três visitantes assistiam. Kise sorriu ao ver Tetsuya entrar na quadra, gritando seu nome e acenando, recebendo olhares de várias direções. Midorima apenas saiu de perto, seguido de Murasakibara, que não queriam ser associados àquela criatura de cabelos loiros.

— Então eles vieram… — sussurrou Kagami, com uma gota na cabeça.

Novamente, já estavam Daiki e Taiga a se enfrentarem, mas, desta vez, o ruivo passou a bola para Kuroko, que devolveu o passe e possibilitou que Kagami fizesse uma enterrada.

O amistoso prosseguiu sem problema algum. Não houve jogadores na zona, mas a vontade de ambas as equipes de ganhar era visível. Um jogo com falhas e acertos, alguns pequenos desentendimentos, mas, no fim, um prato cheio para os amantes daquele esporte.

Seirin perdera pela diferença de dois pontos, vacilo feito por Kuroko que errou um passe no último momento quando Teppei o pediu para a passar a bola, mas acabou passando para Taiga que tinha duas pessoas na sua marcação. Não era a primeira vez que errava durante o jogo, o que lhe rendeu um belo xingamento de Kagami, que estava alterado pelo sentimento de derrota.

— Que droga, Kuroko! — gritou ao ver Aomine enterrar a última cesta com a bola roubada, assustando o menor. Este se desculpou, baixinho.

— Hey, acalme-se. Não há motivos para gritar com ele. — Teppei pegou no ombro do ruivo, repreendendo-o. — Já acabou.

— A-Ah… — Taiga percebeu que havia gritado sem necessidade, desculpando-se com o azulado em seguida, que abaixou a cabeça e saiu de perto. Ele ainda fez menção de ir atrás, mas recebeu um olhar de desaprovação de Aomine.

— Foi isso…? Eles nem entraram na zona! — Kise reclamou, esperando mais daquele amistoso, que ainda tinha sido um enorme jogo.

— Kisechin, é só um amistoso…

Midorima estava calado, com uma expressão séria ao observar o comportamento de Tetsuya durante toda a partida. A falta de atenção, os erros de iniciante e a ausência de vontade de jogar não passaram despercebidos pelo arremessador da Shutoku. Algo estava errado. Muito errado.

Os jogadores se cumprimentaram, sem deixar passar as pequenas provocações entre Kagami e Aomine. Novamente, ambos os times foram ao vestiário, e, mais um vez, Kuroko esperou todos saírem para começar a se trocar. Quando achou que estava sozinho, despiu-se, ficando apenas de roupa íntima. De frente para o armário, apoiou o corpo com uma mão e abaixou a cabeça, pensando no dia horrível que estava tendo. Não era apenas a culpa de ter feito o time perder, mas sim que ele se sentia como um fardo para todos. Por que estava ali mesmo? Deveria ter apenas faltado, como fez a dois dias atrás.

O time todo estava indo se reunir na frente da escola. Kagami, o último a acompanhar os outros, parou e olhou para trás, voltando e parando em frente à porta do vestiário. Ele tinha se dado conta que o azulado não estava ali, sentindo-se culpado pelo grito de mais cedo. Não queria ter brigado com o garoto, apenas tinha se deixado levar pelo momento e se deixado descontrolar.

Abriu, então, a porta, entrando no vestiário. Kuroko estava começando a se vestir, com a blusa em mãos. O corpo magro estava exposto e deixava visível os hematomas roxos feitos por Akashi há quase duas semanas.

O olhar do ruivo dirigiu-se exatamente para as marcas, ficando chocado. Kuroko apenas tentou se cobrir com a blusa, assustando-se com o aparecimento repentino do amigo.

— Kagami-kun…!?

— Quem…? — o maior perguntou, trêmulo, aproximando-se a passos lentos enquanto mantinha o olhar fixo.

O menor não respondeu, com os olhos arregalados e a voz falhando, encolhendo-se pelo medo que o outro estava provocando. Havia sido pego de surpresa.

— Quem fez isso?! — gritou, pegando no pulso frágil do garoto e o encarando, esperando uma resposta.











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