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História Desired Death - Reencontro


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Se preparem, pq nesse aqui vcs vão sentir um pouco de tudo...
Boa leitura!

Capítulo 19 - Reencontro


Dias se passaram após o amistoso entre Touou e Seirin, com a derrota da última e a frustração de seus jogadores.

Akashi continuava em coma, e todos os dias seu pai ia visitá-lo, mesmo que passasse apenas cinco minutos na companhia do filho. Ele estava sempre impaciente sobre sua situação, tomando medidas para que se recuperasse o mais rápido possível. Perder seu único herdeiro estava fora de cogitação.

Enquanto isso, os componentes da geração de milagres seguiam suas vidas. Midorima estava, como de costume, ocupando-se em enfaixar os dedos e arranjar seus objetos da sorte diária, ouvindo o horóscopo todos os dias.

Na Touou, Aomine sempre era visto pelo telhado da escola, matando aula com alguma revista pornográfica, sendo repreendido por Momoi.

Kise constantemente saía com alguns amigos e garotas da sua sala, aproveitando-se da popularidade, isto é, quando não tinha algum trabalho para fazer como modelo. Estava sendo uma época muito difícil para o loiro, que estava confuso com os pensamentos da adolescência, e agora toda a situação de Akashi o preocupava ainda mais.

Já Murasakibara não perdia a chance de estar se enchendo de doces e salgadinhos. Era quase possível encontrá-lo em qualquer loja de conveniência, comprando algumas besteiras. Não seria difícil reconhecer um gigante de cabelos roxos com alguns doces na mão.

Todos estavam seguindo suas rotinas normais, ou pelos menos estavam tentando, com exceção de duas pessoas. Kuroko e Kagami não se falaram durante os dias que se seguiram, já que o menor estava sempre o evitando e o ruivo tinha medo de acabar sendo ignorado. O clima entre os dois pesava, e nem mesmo os treinos que, de alguma forma, uniam os dois, estavam acontecendo, devido à saída dos membros do terceiro ano, que agora focavam apenas nos estudos.

Uma série de acontecimentos que nenhum deles estavam entendendo.

Uma amizade tão fortalecida após a vitória na Winter Cup estava sendo destruída em poucos dias e com poucos diálogos. Kagami sabia que, se não fizesse nada, tudo teria sido em vão. Ele hesitava em tentar consertar a situação e acabar piorando tudo. Contudo, ainda não conseguia esquecer o corpo de Kuroko e aquelas marcas. Todos os hematomas que mancharam a pele alva e deixaram o garoto em um estado que nunca havia presenciado o incomodavam a ponto de se sentir perturbado. Ele tinha certeza que aquilo tinha a ver com Akashi, mas era um pouco lento para ligar alguns pontos, diferente de Midorima, que já estava ciente parcialmente sobre a situação. Este, também, não perdeu tempo.

O arremessador da Shutoku já sabia como entrar no hospital e conseguir entrar em contato com Akashi, porém, não seria ele a falar com o amigo. Seiji havia o avisado da troca de médicos e que diminuiria a dosagem de sonífero aos poucos, até o dia do plano, onde, provavelmente, Seijuro já estaria consciente. O que precisavam fazer era apenas entrar no quarto e falar com o garoto, não seria complicado.

Quando o dia finalmente chegou, todos estavam na frente do hospital. Vestiam roupas normais, e observavam alguns enfermeiros e médicos saírem para o horário de almoço. Como os dias anteriores haviam sido calmos, não havia seguranças na porta do local e os funcionários que os conheciam não estavam presentes. Tudo estava a favor deles. Cientes do plano explicado no dia anterior, cada um já sabia o seu papel.

Kise distrairia a atendente do balcão, mesmo que precisasse usar do seu charme masculino.

Aomine fingiria ir ao banheiro e verificaria se a área estaria limpa, mandando uma mensagem para Midorima, que ficaria do lado de fora do hospital com o celular como comunicador.

Quando Shintarou se certificasse da segurança do seu plano, mandaria Murasakibara e Kuroko ao quarto de Akashi.

A razão para ter escolhido os dois era simples: o gigante ficaria vigiando o lado de fora, enquanto Kuroko adentraria o quarto. Ele havia pensado em ir ele mesmo, mas chegou à conclusão que o azulado era a melhor opção. Era ele o responsável por tudo, junto de Seijuro. Nada mais justo que eles se resolvessem.

No plano, Kagami não tinha participação. Midorima imaginou que o temperamento do ruivo afetaria todo o roteiro, e por isso o manteria ao seu lado, como último recurso. O excluído até tentou reclamar, mas foi ignorado e ainda recebeu algumas alfinetadas de Aomine, que se divertiu com a situação.

Finalmente, o plano foi colocado em ação. Kise entrou no local desfilando, exagerado, e os outros que observavam ficaram com uma gota na cabeça. Aomine se apressou em acompanhá-lo, dirigindo-se ao balcão.

— Bom dia, linda dama~ — Kise a elogiou, apoiando os braços no balcão, e a moça corou, encantada com a beleza do loiro.

Enquanto isso, Aomine disse que precisava ir ao banheiro e perguntou onde era, e a moça o informou, sem prestar muito atenção nele.

— É que eu queria que a senhorita me informasse sobre… — o loiro começou a inventar um assunto qualquer, puxando assunto com a jovem para distraí-la.

Aomine, que agora andava pelos corredores vazios, olhou em volta e pegou o celular, enviando uma mensagem para Midorima. Ele guardou o aparelho e bocejou, logo encontrando o banheiro. Acabou entrando.

Do lado de fora, o esverdeado confirmou a mensagem. Murasakibara e Kuroko, que se tremia de ansiedade, entraram e passaram pela recepção, despercebidos pela mulher que era cantada por Ryouta.

Eles foram passando, em passos apressados, pelos corredores, quando, de repente, foram barrados por uma enfermeira que surgiu do nada.

— Ah, senhor Matsumoto, a paciente estava aguardando sua visita. — a mulher disse, empurrando levemente Murasakibara para a direção contrária. — É por aqui!

— Mas eu… — o maior tentou contestar, porém viu que seriam descobertos e acabou a acompanhando, sugerindo que Kuroko seguisse sozinho com um olhar.

O menino, confuso, viu-se sozinho no lugar, quando viu a figura de cabelos roxos dobrar um corredor. Seguiu, então, olhando para os vários números das portas e procurando o desejado. Demorou um tempo para encontrar o que procurava, parando em frente da porta que o possuía.

Fitou a maçaneta por alguns segundos. As mãos suavam e o coração estava acelerado. Ele estava com medo do que podia acontecer, não sabia como reagiria ao vê-lo novamente. As memórias que tanto o assombravam passavam misturadas aos bons momentos e a sua cabeça parecia que explodiria a qualquer momento.

O sentimento de medo e a hesitação o estimulavam a sair dali. Talvez deveria mesmo correr, deixar tudo para trás e esquecer o que havia acontecido. Mas uma parte dentro dele o pedia para não desistir. A imagem de um Akashi gentil ocupou sua mente e Kuroko franziu as sobrancelhas, abaixando a cabeça e cerrando os punhos, numa tentativa de criar coragem.

Vamos lá, Tetsuya, você já veio até aqui…” tentou encorajar a si mesmo, respirando fundo.

Vagarosamente, levantou a mão direita e pousou sobre a maçaneta, sentindo a pele suada tocar o ferro frio. Colocou um pouco de esforço para girá-la e, num lento movimento, abriu a porta aos poucos, entrando e a fechando.

Como da primeira vez, um misto de sentimentos confusos tomaram conta do seu corpo. Encostado na porta, viu Akashi sentado na cama, encostado no travesseiro e meio coberto pelo lençol branco, olhando pela janela aberta ao lado da cama. Ele viu os cabelos ruivos voarem levemente pela brisa que entrava pela janela, o pulso magro que tinha uma agulha ligada ao soro do lado da cama, a mão direita que repousava sobre o abdômen enfaixado e ponteado, coberto pela roupa branca do hospital, e, por fim, o olhar distante que demonstrava o desejo de não estar ali.

Ao ouvir o barulho da porta, Akashi olhou para o lado, vendo Kuroko parado e de cabeça baixa.

O quarto estava silencioso, acompanhado apenas dos ruídos das árvores causados pelo vento agitado no lado de fora.

Nenhuma palavra foi dita por eles por alguns segundos, até Kuroko levantar a cabeça e encarar o garoto à sua frente, que lhe abriu um pequeno sorriso.

— Eu estava te esperando… Tetsuya.


*Cenas bônus*


Aomine andou pelos corredores, constatando que estavam todos vazios. Depois de mandar uma mensagem para Midorima, guardou o celular. De repente, sentiu a calça ficar apertada e olhou para baixo, vendo uma ereção involuntária.

— Puta que pariu, Daiki Jr! — xingou, colocando as mãos por cima e seguindo a direção do banheiro que a mulher da recepção havia falado, entrando apressadamente.

Entrou em uma das cabines e colocou o membro para fora, suspirando aliviado por não estar mais sendo apertado pela calça.

Não acredito que vou fazer isso num hospital…” disse mentalmente.

Ele, então, começou alguns movimentos de vai e vem, lentamente, acelerando os movimentos com o passar do tempo. Seu coração parou uma batida quando ouviu as vozes de dois homens, que tinham entrado no banheiro. Ele mordeu a camisa e fez o máximo para segurar a voz, imaginando a sua atriz pornô favorita. Estranhamente, ao pensar na mulher de seios fartos, a imagem de Kise lhe veio à mente, o excitando um pouco mais.

Não demorou muito para terminar o trabalho, ofegante, vendo que os homens já tinham saído e ele não havia percebido. Daiki limpou o sêmen em papel higiênico e saiu, lavando a mão e olhando para o espelho, corando em seguida.

— Não acredito que bati uma praquele loiro… — sussurrou.

Com toda certeza, manteria em segredo. Talvez fossem apenas os hormônios da adolescência…

[...]

Na recepção do hospital, Kise estava usando todas as suas habilidades de macho alfa.

— Gata, deixa eu te chamar de cesta que eu vou enterrar minha bola em você… — falou, fazendo a mulher ficar com uma gota na cabeça.

Tudo bem, Kise era um garoto muito bonito. Mas, com toda certeza, ele era péssimo com cantadas, e ela estava se segurando para não rir, para sorte dele, já que qualquer outra teria chamado a polícia.

— Mas e aí, o que esse sonho tá fazendo fora da padaria? — ele soltou outra, erguendo a sobrancelha várias vezes.

A mulher começou a rir, não conseguindo segurar, e o loiro não entendeu, fazendo cara de desentendido. Ele achava que soltar uma cantada era suficiente para conquistar as mulheres, e estava enganado, pois nunca havia precisado cantar um garota, normalmente elas iam até ele. Pobre Ryouta, não sabia que estava passando vergonha.

— É… — a moça falou, com um ar de dúvida.

— Kise, mas pode me chamar de gostoso.

— Ah, sim, haha… Kise-san, estou ocupada, você pode me dar licença…? — pediu, sem fôlego pelas risadas anteriores.

O loiro continuou desentendido, pendendo a cabeça para o lado. Afinal, havia conseguido ou não…?

— Mas… — ele ia falar, no entanto foi interrompido por uma mão em seu ombro.

— Já chega, Ryouta, deixe-a trabalhar — era Midorima, que foi  cumprimentado pela recepcionista.

— Tá… — ele assentiu, saindo do hospital ainda confuso e sendo recebido a tapas nas costas por Kagami, que não parava de rir. — A-Ai! Para!!

— Caralho, Kise, isso foi bom demais!! — falou, entre altas risadas, sentando no banco que estava antes.

[...]

Murasakibara não sabia o que estava acontecendo.

A mulher havia o levado para ala infantil, onde viu muitas crianças hospitalizadas.

Ela foi o guiando até um quarto, abrindo a porta para que ele entrasse, o que fez com dificuldade, abaixando para não bater a cabeça por ser alto.

Assim que entrou no espaçoso quarto, viu várias camas alinhadas. Algumas crianças dormiam e outras liam alguns livros ilustrados, porém em seus rostos não havia nenhuma expressão, era apenas uma leitura solitária.

Foi então que percebeu que estava na ala de pacientes terminais. A maioria das crianças ali já sabiam de seus destinos finais e haviam aceitado, esperando o tempo passar.

Sentindo o clima pesado, ele virou para procurar a enfermeira e viu que ela tinha saído, o deixando sozinho no quarto. Algumas crianças o olharam, curiosas pelo tamanho dele, mas logo desviaram o olhar e voltaram a fazer o que estavam fazendo.

Foi então que sentiu uma mãozinha puxar sua calça e olhou para baixo, vendo uma garotinha de uns quatro anos de idade, careca. Ela o olhava com uma expressão triste e sem vida. Atsushi se abaixou e se sentou no chão ficando da altura dela e a encarando. Esta, por sua vez, mexeu em seus cabelos, curiosa, e depois ficou comparando seu tamanho com o do gigante. Vendo a atitude da menina, logo as outras crianças se aproximaram, e, minutos depois, podiam-se ver várias figuras pequenas ao redor dele.

— Você é enorme! — um garotinho falou, apontando para a cara dele e o deixando meio desconfortável.

— Tio, como eu faço pra crescer assim? — outra menina perguntou, pegando no ombro.

Murasakibara não sabia o que responder, e a menina acabou ameaçando chorar por ter sido ignorada. Não sabendo lidar com ela, tirou alguns doces do bolso e as crianças ficaram animadas, pegando e compartilhando entre elas.

Um sentimento inexplicável tomou conta dele. Sem perceber, estava sorrindo e se divertindo com a pequena felicidade daquelas crianças. 


Notas Finais


Voltei com as cenas bônus, rsrs. Não dá pra ficar sem sjnabdjs


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