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História Desired Death - Que estes dias tranquilos durem para sempre


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Aqui está outro capítulo :v tentei fazer algo mais para comédia, mas falhei. Espero que gostem :v

Capítulo 2 - Que estes dias tranquilos durem para sempre


Fanfic / Fanfiction Desired Death - Que estes dias tranquilos durem para sempre

— Akashi… kun?

Uma mistura de sentimentos preencheram o coração de Tetsuya naquele momento. As mãos suadas revelavam o nervosismo, apesar da expressão passiva que pairava em seu rosto. O coração batia acelerado, afinal, era uma surpresa para Kuroko encontrá-lo logo ali. Ele não sabia o que falar nem por onde começar.

— Que surpresa encontrá-lo aqui, Tetsuya. — Akashi sorriu gentilmente, mostrando a gentileza do antigo capitão da Teiko e atual da Rakuzan.

— S-sim… — Kuroko abaixou a cabeça, coisa que raramente fazia. Ele mesmo sentiu que estava agindo estranhamente na frente do ruivo.

— Já faz um tempo, não é mesmo? Como tem passado?

— Bem… e você, Akashi-kun…?

— Estou ótimo, como pode ver.

Era uma conversa tranquila, guiada por diálogos padrões. O que Seijuro dissera tirou as dúvidas de Kuroko sobre o estado do garoto. Ele parecia muito bem, além de provavelmente ter superado a derrota. O olho que apresentava coloração amarela antes agora era um alaranjado pendendo para o vermelho, quase da cor do outro.

— E o que faz aqui? — Seijuro perguntou, curioso e interessado.

— Eu… estava indo para casa. — respondeu Kuroko em um tom de voz baixo.

— Deixe-me acompanhá-lo, então.

O menor apenas assentiu, passando a caminhar lado a lado com Akashi. Os dois mantiveram-se calados, até que o ruivo decidiu quebrar o silêncio.

— Tem treinado bastante, ainda? Eu ainda não desisti, terei minha revanche, Tetsuya.

— Nós iremos ganhar da próxima vez também, Akashi-kun.

— Sério? Mal posso esperar — ele fez uma expressão animada, passando a observar Kuroko discretamente.

Seijuro parecia bem mais gentil e animado desde a última vez que o viu. Aquilo de certa forma deixava ele feliz, já que o capitão nunca mais foi o mesmo desde que ganhou de Murasakibara quando ainda eram da Geração Milagrosa.

 Tetsuya não admitiria para si mesmo que ele sentia saudades do antigo Akashi, e, naquele momento, ele se permitiu sorrir na frente do seu ex-capitão, mostrando um sorriso terno e calmo.

— Tetsuya? Algum problema? — o garoto estranhou a inesperada reação dele, já que o azulado raramente sorria ou demonstrava qualquer outra expressão.

— Não… Eu apenas… estou feliz.

Akashi resolveu se manter em silêncio ao ouvir aquilo, virando o rosto para o lado a fim de que Kuroko não visse suas bochechas levemente coradas.

Antes do seu lado sádico tomar o controle, o ruivo era apaixonado pelo menor. Sempre que o via jogar ou ficar perdido durante os jogos oficiais, ele sentia seu coração acelerar e a vontade de beijar Kuroko era quase incontrolável.

Mas tudo aquilo acabou quando o seu outro lado tomou posse de si, passando a ver somente escuridão.

“Deixe-me brincar também.”

— Você sabe como eles estão? Midorima e os outros? — perguntou Akashi, tentando criar diálogo.

— Estão bem. Deveríamos nos reunir qualquer dias desses, Akashi-kun.

— Claro, apenas me chame e eu estarei lá.

A conversa parou quando chegaram à casa de Kuroko. O lugar onde ele morava era uma casa mediana, com um pequeno portão na entrada. Eles pararam e Seijuro fez menção de se despedir, mas foi surpreendido pelo menor que pegou em sua mão, abaixando a cabeça e escondendo as bochechas visivelmente vermelhas.

— E-eu fiquei feliz por te ver, Akashi-kun. Obrigado por me acompanhar até aqui.

O coração do ruivo acelerou ao ouvir aquilo, que desviou o olhar em uma resposta tímida.

— Também fiquei feliz em te ver, Tetsuya. Vamos nos encontrar mais vezes.

— Hm… — Kuroko concordou, soltando a mão dele.

“Deixe-me brincar também.”

— Então, até mais — despediu-se o ruivo, virando as costas e passando a andar apressado, sendo observado por um azulado que não entendeu sua pressa.

“Por que não me deixou participar?”

— Calado… — sussurrou o garoto baixinho, que encarava o chão, segurando ainda nas mãos a sacola com algumas besteiras que comprara apenas para passar o tempo. Ele já não aguentava mais o quarto silencioso e aquela voz que insistia em perturbar sua mente.

Ele sabia.

Ele sabia que era o seu outro lado pedindo para tomar o controle.

E não, ele não deixaria mais que isso acontecesse.

~~~~ x ~~~~

No dia seguinte, Kuroko se encontrava na sua sala, sentado na cadeira e com as mãos apoiando o queixo na mesa. As olheiras eram visíveis em seu rosto, percebendo-se que ele não dormiu à noite. O motivo era claramente por ter encontrado Akashi.

— Kuroko? Tá tudo bem? — Kagami perguntou, vendo que o garoto estava quase caindo da cadeira.

— Hm… — respondeu o menor, sonolento, fazendo um enorme esforço para se manter acordado.

— Eu falei com o Aomine e com o Kise, eles vão reunir o pessoal hoje, vai ser no meu apartamento, depois do treino. Você vem?

— Hm… — e novamente Kuroko deu a mesma resposta, quase que não prestando atenção no que sua atual luz estava falando.

Kagami saiu depois de ouvir a resposta do menor, sentando na cadeira de trás totalmente relaxado.

Enquanto isso, Kuroko pensava em Akashi. Ele quase não ouviu o que Taiga havia dito, apenas deduziu ser sobre o treino do dia seguinte.

A aula passou rapidamente e o sinal tocou, sinalizando o término da aula. Os dois se dirigiram com pressa para o ginásio, pois haveria treino naquele dia e nenhum deles queria ver Riko com raiva.

Quando chegaram, viram que estavam quase todos lá, com exceção dos terceiranistas, que estavam estudando para o vestibular. Ou seja, a treinadora não estava lá, nem o capitão ou mesmo Teppei. Os novatos pareciam chateados, logo saindo do ginásio.

— Que droga, não vai ter treino? — comentou Kagami, que estava com vontade de jogar basquete naquele dia.

— Pelo que parece, não. — respondeu Kuroko.

— Vamos indo, então.

Eles saíram do ginásio, quando acabaram se encontrando com Kise no portão da escola. Ele vestia o uniforme normal da Kaijo.

— Kurokocchiiii! — gritou o loiro, pulando em cima do garoto e o abraçando com força.

— Kise… kun… eu… não consigo… — Tetsuya tentou pronunciar quase perdendo o fôlego.

— Desculpa! — ele o soltou, vendo Kagami observar tudo com uma gota na cabeça.

— O que faz aqui, Kise? Eu disse que seria no meu apartamento.

— Não consegui esperar… — ele disse, colocando a língua para fora.

Kuroko se sentiu perdido no diálogo, perguntando-se porque Kise estava indo para o apartamento de Kagami. Desde quando aqueles dois estavam tão próximos…?

— Eh… — o azulado corou, pensando em algumas coisas indecentes.

— Kurokocchi? Porque está corado?

— N-nada! Eu não sabia que você estavam…

— Estavam…? — repetiu Kagami, não entendendo o que outro queria dizer.

— … saindo. — completou, abaixando o rosto que estava vermelho.

— O quê!? — os outros dois pronunciaram ao mesmo tempo, ambos fazendo cara de nojo.

— O-o que você está dizendo, Kurokocchi!? Eu não sairia com alguém assim! — ele disse, apontando para o ruivo ao seu lado que mostrou indignação.

— Eu que não sairia com alguém tapado como você!

— Esperem… — pediu baixinho o azulado, parando para pensar um pouco — então por que o Kise-kun está indo para o apartamento do Kagami-kun…?

— Você não estava me ouvindo naquela hora, idiota? Vamos reunir geral lá em casa.

— Ah… entendi.

Os dois olharam para o menor, e começaram a rir com o mal-entendido que acabara de acontecer. Eles não imaginavam que Kuroko pensaria tais coisas. O azulado não achou graça, saindo pelo portão da escola visivelmente chateado.

— Ah, ele se zangou.

— Kurokocchiii, volta aqui — gritou Kise, correndo atrás de Kuroko junto de Kagami. Eles passaram a andar lado a lado, conversando sobre assuntos aleatórios.

Quando chegaram no enorme prédio, pegaram o elevador, e logo depois Kagami pegou suas chaves, abrindo a porta e revelando o enorme espaço do lugar, bem limpo e organizado.

Kuroko sentou no sofá, enquanto o loiro saiu vasculhando a casa do ruivo. Taiga apenas foi até a cozinha, pegando algumas latinhas de coca-cola e ligando a televisão.

— Não bagunce nada, Kise — disse Kagami, vendo o loiro mexer em alguns objetos na estante ao lado da TV.

— Certo, certo…

A campainha tocou e Kagami levantou para atendê-la, abrindo a porta e deparando-se com um certo esverdeado de óculos, segurando na mão um objeto nada discreto: um vibrador.

— O-o-o que é isso , Midorima?! — gritou Kagami, dando alguns passos para trás, fazendo uma cara assustada e corada ao mesmo tempo.

— Meu objeto da sorte de hoje.

— Não precisa segurar isso na mão, idiota!

— Se eu não fizer isso, não surte efeito.

Atrás do ruivo, podia-se ver Kuroko com uma gota na cabeça e Kise quase morrendo de tanto rir.

— Vai, cara, entra logo antes que algum vizinho te veja com esse troço na mão! — disse Kagami enquanto empurrava Midorima para dentro do apartamento.

O arremessador da Shutoku apenas ajeitou os óculos e sentou na cadeira da mesa de jantar, colocando o seu objeto da sorte em cima da mesa.

— Tira isso daí! — reclamou Kagami, suspirando em seguida ao ver que Midorima não mexeu um dedo e desistindo de brigar com ele.

Passaram alguns minutos, enquanto Kise insistia em conversar com Midorima que apenas o ignorava. Kuroko apenas assistia à televisão e Kagami preparava a janta, que por acaso seria um banquete visto a quantidade de pessoas que viriam à sua casa.

— Néeee, Midorimacchi! — Kise chamou o garoto — onde arrumou esse vibrador?

— Eu comprei.

— Não tem vergonha de andar com isso por aí? — perguntou Kagami, colocando um prato cheio de frango frito em cima da mesa.

— Por quê eu teria vergonha do meu objeto da sorte? — ele disse na maior tranquilidade, ajeitando os óculos.

— Me deixa ver! — Kise pulou em cima dele, pegando o objeto e ouvindo um “não” de Midorima, que saiu rolando com o loiro pelo chão do apartamento.

— Ei, vocês vão quebrar minhas coisas desse jeito!

— … — Kuroko não disse nada, observando a cena do sofá com os pés em cima dele, abraçando as pernas.

De repente, a porta do apartamento abriu, revelando um moreno que viu um Kise em cima de um Midorima, segurando um vibrador azul na mão, um Kagami tentando separar os dois e um Kuroko observando tudo em cima do sofá.

— Desculpa atrapalhar… — Aomine se virou, fazendo menção de sair do apartamento.

— Não é o que você está pensando! — gritaram os três que estavam no chão.

Depois da confusão e um longo tempo de explicação para o que havia acontecido, Aomine se sentou no sofá ao lado de Kuroko, fazendo uma pose relaxada e pondo as mãos atrás da cabeça, como apoio.

— Quem é que tem um vibrador como item da sorte? — indagou Aomine contrariado.

— Também me pergunto isso, Aomine-kun — respondeu Kuroko que estava ao lado do garoto. E, como de costume, Daiki deu um pulo para trás, quase que desmaiando no sofá pelo susto que levou. Dava até para ver a  alma dele saindo do corpo.

— Aomine-kun?! — quase gritou o azulado, subindo em cima do corpo “quase morto” da antiga luz, preocupado, enquanto Kise aproveitou para roubar novamente o item da sorte de Midorima. Mais uma vez, a confusão começou.

A porta do apartamento se abriu de novo, revelando um Akashi com algumas sacolas na mão e um gigante de cabelos roxos atrás dele, comendo salgadinho.

— Eu ouvi alguns gritos, e por isso, não bati na por… — Seijuro cortou a frase ao ver Kuroko em cima de Aomine, Kise e Midorima disputando um vibrador e um Kagami sentado na cadeira, cobrindo o rosto com as mãos.

— Sinto muito, apartamento errado… — Akashi saiu, sendo seguido de Murasakibara.

— Não é o que você está pensando! — e dessa vez todos dentro do lugar repetiram a frase juntos.

Após, de novo, terem que explicar que o item de Midorima do dia era aquele objeto sexual, e tudo não passou de um mal-entendido, eles se reuniram na sala, vendo que todos já se encontravam reunidos.

Mas uma dúvida pairava no ar… por que diabos Akashi estava ali, se eles tinham se reunido para discutir sobre o assunto?

— ‘Arê’? Não era pra chamar Akashicchi também? — perguntou um Kise, fazendo uma cara de desentendido.

— Não, seu idiota! — responderam Kagami e Aomine.

— Não era para eu estar aqui? — indagou Seijuro, sentado em uma cadeira e de braços cruzados.

— Ah, eu esqueci de avisar que encontrei o Akashi-kun ontem — interrompeu Kuroko.

— O quê!? — responderam os outros, com exceção de Akashi, com uma gota na cabeça.

O ex-capitão não estava entendendo nada do que estava acontecendo, mas se permitiu sorrir ao ver o seu antigo time reunido. Aquilo o fazia lembrar os tempos em que jogava na Teiko.

“Por que está sorrindo?”

— Então vamos apenas festejar! — sugeriu Kise, vendo que não tinha mais motivos para estarem reunidos ali.

— Festejar o quê? — perguntou Kagami.

— Sei lá… tem que ter motivo? — respondeu o loiro com um ar de inocência.

— Estou com fome — disse Murasakibara, comendo uma caixa de pocky.

— Certo, vamos comer — disse Kagami, colocando diversos pratos em cima da mesa, além de algumas latas de “refrigerante”. Ele não viu, mas havia comprado na verdade bebidas alcoólicas da mesma marca do seu refrigerante preferido, e, por isso, as embalagens eram quase iguais.

— Isso aqui tem gosto meio estranho — disse Midorima, enquanto bebia uma latinha.

— É bom — comentou Aomine, indo para a terceira latinha daquele “refrigerante”.

— Atsushi, me dê essa latinha — pediu Akashi, pegando o objeto e lendo o rótulo de validade — Isso não é refrigerante, é álcool.

Todos pararam de beber quando ouviram o que o ruivo disse, mas já era tarde demais. Os rostos estavam corados, as ações eram lentas e eles nem sequer sabiam o que estavam fazendo. Estavam bêbados!

— Ainda bem que não bebi isso… — disse Seijuro, suspirando e vendo os garotos jogados no chão, inclusive Kuroko. Aquilo era um baita de um problema.

— Kisee~ — disse Aomine, enquanto tentava tirar a roupa do loiro que estava querendo sair dali.

— A… Aominecchi… — disse ele trêmulo. Ambos não sabiam nem o que estavam fazendo.

Enquanto isso, Murasakibara apenas dormia no canto da sala, abraçado a um monte de salgadinhos e doces. Midorima tentava fazer Kagami engolir o vibrador, segurando a gola de sua camisa e sentado no colo do ruivo.

Akashi levantou o celular para tirar uma foto, mas foi interrompido por Kuroko que o derrubou no sofá, colocando as duas mãos ao lado de sua cabeça.

— Tetsuya?

— Akashi-kun… — ele foi aproximando seu rosto, em uma distância perigosa. Ambos olhavam nos olhos um do outro, com suas bochechas extremamente coradas. O azulado estava prestes a beijá-lo, quando Akashi sentiu seu coração apertar.

“Troque comigo”

Ao ouvir aquela voz, ele colocou a mão na boca do garoto, o empurrando cuidadosamente para trás e se sentando no sofá.

— Akashi-kun…?— disse Kuroko, olhando para o que estava na sua frente e fazendo um semblante confuso.

— Desculpe, Tetsuya, você não deveria fazer isto.

O garoto não entendeu nada, mas apenas confirmou com a cabeça e colocou a cabeça no ombro do maior,fechando os olhos e adormecendo.

Seijuro o olhou triste, sentindo as lágrimas se acumularem e a voz o perturbar novamente.

“Troque comigo, Akashi Seijuro”.

Angústia e desespero eram o que ele sentia. O que faria se perdesse o controle novamente? Teria que se afastar de Kuroko de vez? Depois de ter passado tanto tempo sem vê-lo? Inúmeros pensamentos passaram em sua cabeça, enquanto sentia o rosto molhado pelas lágrimas que insistiam em escorrer.

E, naquele apartamento escuro, vendo todos dormirem no chão, Seijuro desejou que aqueles dias tranquilos durassem para sempre.

 


Notas Finais


E então, gostaram? e-e
espero que não tenha sido um capítulo chato, não quero apressar as coisas.


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