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História Desired Death - Morte Desejada


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Gente, atenção, esse capítulo tá bem locão ;-;
Desculpem a demora (foram uns dez dias, eu acho). Primeiramente, eu estava cheia de provas ;-; Depois fiquei doente (aff), e tbm não tinha muita vontade de escrever. Tava sem inspiração. Cheguei da escola hj morta de cansada e pensei "não, tenho que escrever agora, de hoje não passa".
Eu tbm escrevi nesse meio tempo um OneShot de AoKaga, se chama Pequena Aposta. Quem quiser ler, vai lá <3 tem uns lemon bem locão.
Sobre esse capítulo, tenho nada a declarar. O próximo eu posto logo, sem falta. No máximo, dois dias.

Capítulo 7 - Morte Desejada


Fanfic / Fanfiction Desired Death - Morte Desejada

Uma semana havia se passado após o ocorrido. Nenhum dos dois havia se encontrado, muito menos sabiam como o outro estava. E, nesses exatos sete dias, Akashi em nenhum momento saiu do seu quarto.

Todas as noites ele tinha pesadelos, onde se via em uma completa escuridão, sozinho, abandonado. Sentia-se um lixo, incapacitado, uma escória humana.

— Eu quero sumir… — sussurrou, sentado na cama e abraçando os joelhos. A voz era rouca e mal saía.

— Akashi-sama…? — as empregadas estavam preocupadas e batiam na porta trancada a todo instante, afinal, em um curto espaço de tempo, Akashi se trancou no quarto e não quis ver mais ninguém, mudando repentinamente o comportamento que tinha e a relação com os empregados. Seu pai nada sabia, pois passava o tempo todo trancado no escritório, raramente via o filho, sequer se importava em ter notícias do garoto.

— Akashi-sama, eu trouxe o café da manhã. — disse a empregada com uma bandeja na mão e em frente à porta. Não teve resposta, por isso optou por deixar a bandeja em cima de um carrinho de metal. Como sempre, Akashi nem tocara na comida.

Era sexta-feira. Sete dias desde a reunião no apartamento de Kagami. O ex-capitão da Teiko mal tocava nas refeições que lhe eram deixadas, de vez em quando resolvia tomar um copo de água. Já não tinha mais vontade para nada, o corpo pesava como se tivesse corrido uma longa maratona. Estava cansado, abatido e, acima de tudo, triste. A pele sempre corada estava extremamente pálida, as grandes olheiras só demonstravam a noites mal dormidas. Ele estava em um estado deplorável.

O único detalhe que não piorou sua situação foi o imperador. Este resolveu não aparecer durante seis dias, o que só atormentou mais ainda a atual personalidade. Ele achava que estava ficando louco; pensava se tudo aquilo não era coisa da sua cabeça. E, quando teve vontade de ir no banheiro, se levantou cambaleante, em passos forçados até a porta.

Quando acendeu a luz, fechou os olhos fortemente por conta da claridade repentina, já que passara vários dias sem ver luz alguma. Ele foi andando vagarosamente até a pia, se encarando no espelho. Viu os cabelos vermelhos bagunçados, os olhos, agora heterocromáticos, com olheiras e leves inchaços, a pele pálida e a aparente perda de peso. Quase não se alimentou durante os dias que se isolou. Estava tonto, e, ao se olhar no espelho, se desmanchou em lágrimas.

— Primeiro minha mãe, agora Tetsuya… Eu só machuco as pessoas.  — sussurrou, abaixando a cabeça e apoiando as mãos na pia. As lágrimas desciam pelo rosto e o choro já estava começando a aumentar, sendo seguido por soluços.

Ele estava cansado. Cansado da sua vida tão horrível. Passara anos com um sorriso no rosto, um sorriso forçado. Escondia-se atrás de uma máscara que ele mesmo criara.

Culpava-se pela morte da mãe, por mais que não fosse culpa dele.

Culpava-se se não atendia às expectativas do pai, se não era perfeito.

Culpava-se por ter deixado o seu antigo time, Teiko, ter sido levado pelos pensamentos de vitória. Aquilo era culpa do imperador, que estava, no caso, dentro dele mesmo.

E, agora, culpava-se por ter machucado a pessoa que amava.

— Eu quero… morrer… — novamente sussurrou, deixando-se levar pela angústia que apertava seu peito. Não adiantava o quanto chorasse, as lágrimas não acabavam. Ele estava rodeado de pensamentos negativos e se deixava levar por eles.

— Eu não aguento mais… eu quero morrer. — falou entre soluços, olhando no espelho a sua imagem acabada. Chorou tanto que sentia uma forte dor de cabeça, parecia que ela ia rachar a qualquer momento.

“Então por que você não põe um fim a tudo isso?”

A voz novamente viera em sua cabeça. E, pela primeira vez, ele não se incomodou. Pelo contrário, Akashi se sentiu seguro diante daquelas poucas palavras, como se fosse a solução para tudo.

Era isso! Era apenas por um fim, logo tudo iria acabar!

— Eu irei… eu irei pôr um fim nisso. — e, saindo do banheiro, foi caminhando pelo quarto escuro, destrancando a porta vagarosamente. Quando saiu, logo ouviu um grito de uma empregada que se espantou com sua aparência.

— A-Akashi-sama?! Está tudo bem?! — perguntou, assustada, aproximando-se e gesticulando com as mãos sem saber o que fazer.

Seijuro não respondeu, andando reto, e, aos poucos, começou a correr pelos corredores, sendo seguido por alguns empregados que se desesperaram pelo surto repentino do garoto. Ele não tinha uma aparência nada apresentável e as roupas estavam amassadas. Nunca, nem quando era criança, Akashi apresentara-se de forma tão deplorável.

— Chame o pai dele! — Yajima, ao ser chamado por um mulher, correu atrás dele na tentativa de saber o que ele queria fazer.

— Certo! — a moça saiu, indo em direção ao escritório.

— Saia do meio! — Akashi gritou para um empregada que passava com várias roupas dobradas, empurrando-a e a fazendo derrubar os panos.

— Akashi-sama, pare, por favor! — Yajima gritou, perguntando-se como o garoto corria tanto daquele jeito. Ele não conseguia alcançá-lo por mais que corresse e o tamanho da mansão não ajudava muito. Era um lugar enorme e cheio de corredores.

O ruivo desceu as escadas, quase que tropeçando e rolando pelos degraus. Ele não tinha nenhuma consciência no momento, estava em estado de insanidade. Uma situação extremamente delicada.

“Continue, está quase lá!”

Quando entrou na enorme cozinha, foi indagado por um cozinheiro, que logo foi ignorado, e começou a revirar os utensílios que haviam por ali. No momento em que achou uma enorme faca, foi impedido por Yajima, que segurou em seu pulso e tirou o objeto de perto.

— Você está louco?! — gritou, prendendo as duas mãos de Seijuro. Este o encarava sem expressão alguma, parecia que ele não estava ali. Os olhos eram tristes e vazios, sem vida.

— Yajima-san, a-acalme-se… — o cozinheiro tentou acalmar o motorista e segurança, vendo que ele estava alterado com o filho do dono da mansão. O pobre senhor não estava entendendo nada do que estava acontecendo - nem Yajima, nem o resto.

— Solte-me — Akashi ordenou, vendo o segurança afrouxar as mãos aos poucos, o soltando por completo. O ruivo olhou para o chão, trêmulo.

“Eles não te entendem. Vão achar que você é louco.”

— Eu não sou louco! — gritou do nada, assustando os outros dois e algumas empregadas que olhavam pela porta. Novamente, começou a correr, empurrando algumas serviçais e sendo perseguido por Yajima.

— Seijuro! — o ruivo, quando ia voltar a subir as escadas, ouviu o pai o chamar com uma expressão nada amigável, acompanhado de uma empregada sem fôlego ao lado. — Está ficando louco?! Eu não te dei educação para isso!

“Viu? Eles não te entendem.”

— Cala a boca! — foi o que respondeu enquanto subia os degraus de uma vez, surpreendendo o próprio pai que não esperava que o filho o respondesse daquela forma.

— Tragam ele aqui agora. — o homem ordenou, extremamente irritado com aquela rebeldia do garoto. Nunca esperou que Akashi Seijuro, o filho que criou para ser perfeito, decaísse daquela forma.

Yajima, agora acompanhado de alguns outros seguranças, subiram as escadas apressados, separando-se pelo segundo andar. Eles tinham perdido Seijuro de vista.

O ruivo, ao chegar no próprio escritório do pai, parou e foi andando pelo lugar, ofegante. Sua cabeça doía, sentia um enorme desespero e ele só desejava uma coisa: a morte.

Não importava o que os outros iriam pensar, ele não aguentava mais. Quando viu a janela aberta, uma ideia passou por sua cabeça. Ele foi se aproximando, colocando as mãos nas extremidades e olhando para fora.

— Ele está no escritório! — um homem de terno apontou para ele do jardim, observando o garoto quase pulando a janela.

Akashi entrou, vendo que logo eles o alcançariam. Vendo os papéis espalhados pela mesa do seu pai, seu olhar se direcionou para um objeto que parecia se destacar naquele mar de itens que não o interessavam.

Sim, era tudo o que ele precisava. A solução de seus problemas. Estendeu a mão para pegar a tesoura vermelha e afiada, a segurando em suas mãos como se fosse ouro.

— Aqui está ele! — gritou um segurança, abrindo a porta repentinamente. Ele estava acompanhado do pai do ruivo.

— Seijuro, o que está fazendo?! — gritou, vendo o filho com a tesoura na mão.

Akashi nada respondeu.

Sem que eles tivessem chance de imobilizá-lo, o garoto deu um sorriso entristecido, antes de enfiar a tesoura afiada na própria barriga.

"Finalmente, acabou."


Notas Finais


Obrigada pelas 1000 exibições! :')
Vocês querem alguma one shot de halloween? Deixem sugestões.

Obs: Gente, eu adoro os comentários de vcs!
Eu leio e releio tudo, vendo a história que vcs contam (mtas vezes pessoais) e isso me dá muita inspiração. Posso até demorar pra responder, mas podem acreditar, no momento em q vcs comentam eu já tô lendo. Fico tão sem jeito e feliz que demoro pra responder <3
Sério, ces são demais.


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