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História Desired Death - Desentendimentos


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Olha eu aqui~
Peço desculpas pela demora. Mesmo de férias, diversos problemas surgiram e eu fiquei sem tempo. Mas enfim, o importante que escrevi o capítulo correndo hj, e acho que n vai demorar pra sair o próximo pq já estou com uma listinha de planejamentos pra fic <3 espero que aproveitem esse! Boa leitura.

Capítulo 9 - Desentendimentos


— Doutor, a frequência dos batimentos cardíacos estão diminuindo! — gritou a enfermeira ao lado do médico.

— Certifique-se de que há oxigênio suficiente e monitore os batimentos — respondeu o jovem homem, concentrado no buraco aberto no estômago de Seijuro.

— Hai!

A equipe médica estava correndo contra o tempo para salvar a vida de Akashi. O estrago era grande e o pior de tudo era o estado delicado em que se encontrava, pois, antes de tentar se matar, ele mal tinha se alimentado direito e o corpo estava magro e debilitado. Naquele momento, eles faziam de tudo para salvar a vida do capitão da Rakuzan, afinal, ele era filho de Akashi Masaomi, uma das figuras mais influentes do país.

— Doutor, eles continuam diminuindo! — gritou novamente a enfermeira, já desesperada, ouvindo a máquina que estava ligada ao coração começar a apitar sem parar.

— Tragam o desfibrilador agora e chamem o Doutor Seiji! Tragam mais bolsas de sangue para a transfusão também! — falou, apressado, pedindo ao médico que o auxiliava para que ele tampasse a ferida do garoto.

— Doutor, aqui! — disse a enfermeira, entregando o par de desfibriladores para o homem, que os pegou e posicionou-os sobre o peito do ruivo.

— Um, dois e…

Ouviu-se apenas um som de descarga elétrica.

[...]

— Você que não deve ser — respondeu Kagami, o encarando desafiadoramente e de braços cruzados.

— Hã? Quem é você, garoto? — Masaomi perguntou, olhando em seus olhos já bravo pela “falta de educação” do ruivo.

— Eu sou Kagami Taiga, grava isso na mente! Não sei o que tá acontecendo, mas com um pai desse até eu tentaria me matar — ele o encarou mais ainda, fazendo um tom de voz irônico. — Ele é teu filho, só tem gelo nesse teu coração aí, é?

— Ei, tenha postura, você não sabe com quem está falando! — reclamou Yajima.

— Postura meu cu, e sei sim com quem eu tô falando: com um idiota que não merece ser chamado de pai.

— Agora eu entendo porque Seijuro estava começando a ficar rebelde — suspirou Masaomi. — Andando com um bando de animais selvagens, era esperado de que ficasse louco daquele jeito. Deveria ter o dado para  adoção, me trouxe dor de cabeça desde o dia que nasceu! Tsc! — estalou a língua, virando as costas pronto para sair dali, quando foi surpreendido com um soco de Kagami no rosto.

— Akashi-sama! — Yajima o jogou no chão, imobilizando-o, segurando os braços do ruivo para trás.

— Me solta, baba ovo do caralho! — Kagami se debateu, enquanto xingava o homem.

— Está tudo bem, senhor? — perguntou uma das enfermeiras que passava por ali, ajudando o pai de Seijuro a se levantar, enquanto a outra foi chamar os seguranças do hospital.

— Garoto, isso não vai ficar assim! — gritou Masaomi, ajeitando a postura e passando a mão na bochecha, um pouco tonto. — Não o deixem chegar mais perto desse hospital! Nem ele nem qualquer pessoa que se considere conhecido de Akashi sem minha permissão! — ordenou, saindo contrariado enquanto ouvia os xingamentos de Kagami, que logo foi levantado no chão e arrastado à força para a entrada do hospital.

— Porra, eu disse pra me soltar! — continuou a gritar, assustando e chamando a atenção de algumas pessoas ao redor.

— Kagami-kun! — gritou Kuroko, correndo até os seguranças e sem entender o que estava acontecendo, sendo acompanhado dos outros que estavam com ele.

— O que tá acontecendo aqui? — Kise perguntou, segurando o braço de um dos seguranças e logo foi jogado no chão também. — Ai! O que é isso? Eu não fiz nada, me larga, Aominecchi me ajudaaa! — o loiro se debateu no chão, tentando se soltar do homem enorme que o segurava.

— Esperem, ele está com a gente — falou Midorima, se referindo a Kagami, querendo saber o que o ruivo tinha acabado de aprontar. O grupo estava sentado nos bancos da recepção e apenas ouviram gritos, logo em seguida vendo-o sendo arrastado por três homens de terno.

    — Ele tentou agredir uma pessoa do hospital.

— Bakagami… — sussurrou Aomine, batendo a mão no rosto e fazendo uma expressão de “esse cara fez merda”.

— Eu não tentei nada! Não pera… Tentei, mas ele me irritou! — gritou o ruivo.

— Você quebrou as regras do hospital e recebemos ordens para expulsá-lo — Yajima disse, logo percebendo que Kuroko estava ali.

“O garoto do outro dia…” pensou.

— Não podemos resolver isso pacificamente? — sugeriu Midorima, tentando acalmar a confusão que só parecia piorar.

— Resolvam isso fora daqui — disse um segurança careca, empurrando Kagami para fora do lugar e vendo os demais o seguirem. Logo os homens entraram e deixaram o grupo sozinho do lado de fora.

— Pode começar a se explicar — Midorima o olhou sério e com uma cara zangada, esperando o ruivo começar a falar.

— Eu vi o pai de Akashi… — falou, vendo todos o olharem e esperarem que continuasse — ele começou a falar que nós somos má influência para o filho dele e ainda o chamou de louco… Desculpem, eu perdi a calma. — ele abaixou a cabeça, se encostando na parede da grande estrutura e esperando que alguém falasse algo.

— E agora fomos todos expulsos do hospital, que ótimo — reclamou Aomine.

— Relaxem, eu vou tentar cuidar disso — falou Midorima, quase entrando no hospital, já que ele era o único que aparentemente podia entrar no momento por sua família administrar o lugar. — vocês deveriam ir para casa e descansar — sugeriu — do jeito que está, as coisas podem acabar piorando.

— Não acho que fique pior do que já está… — comentou Murasakibara que até o momento só observava.

— Midorima-kun está certo… — Kuroko se pronunciou, falando baixinho, visivelmente com a cara inchada de tanto chorar e, devido à confusão, o choro havia parado.

— Certo… — suspirou Kagami, se desencostando da parede e colocando as mãos no bolso da calça.

— Eu entro contato assim que souber de alguma coisa — disse Midorima — vão para casa e esfriem a cabeça — olhou para Taiga, mandando-o um olhar repreendedor.

— Hai, Midorimacchi… — confirmou Kise, pegando na mão de Kuroko e começando a andar, sendo acompanhado dos outros, enquanto Shintaro apenas entrou no hospital. — Deveríamos comer alguma coisa, toda essa confusão me deu fome, haha… — falou sem graça, vendo todos cabisbaixos e calados, estabelendo um clima pesado no ar.

“É claro que ninguém está com fome em uma situação desse, Kise idiota…” pensou consigo mesmo.

O trajeto foi silencioso e pesado, principalmente para Kuroko que ainda pensava estar tendo um pesadelo. Além de ter recebido uma notícia péssima, ainda saiu do hospital sem notícia alguma, pelo menos algo que lhe desse esperança, pois a única coisa que escutou foi “Akashi corre risco de morte”. Aquilo estava o torturando por dentro, e, sem perceber, as lágrimas já escorriam novamente.

— Kurokocchi… — Kise murmurou. — Que tal… que tal conversarmos um pouco? Você pode nos contar o que aconteceu, ne, ne? — falou, meio que tentando consolá-lo, mas mal ele sabia que aquilo estava piorando a situação, pois só fazia Tetsuya relembrar o que tinha sofrido e o choro começou a ficar pior. — Heh? Kurokocchi? — perguntou, não entendendo o porquê de ter piorado a situação.

— Oe, Kise, para de ser burro — Aomine deu um tapa na cabeça do loiro, o pegando pelo braço e o afastando de Tetsuya.

— Kuroko, eu te acompanho até em casa — Kagami se ofereceu, não recebendo uma resposta do menor, então apenas continuou andando ao seu lado. O grupo logo se dispersou e se despediu, com cada um indo para um lado diferente.

— Kurokocchi, eu aviso se souber de alguma coisa, certo? Então, por favor, não chore… — Kise pediu, passando a mão em sua cabeça e indo embora, acompanhado de Aomine e Murasakibara.

— Hm… — o azulado confirmou com a cabeça, vendo os demais se afastarem.

— Bem, Kuroko, se você quiser falar algo, saiba que estou aqui para ouvir… — Kagami tentou iniciar uma conversa.

— Eu agradeço, Kagami-kun, mas... tenho nada para falar… — o menor falou, hesitante.

— Certo… desculpe se for pedir demais.

— Não, tudo bem…

Quando chegaram em uma esquina, a dupla se separou e Kuroko seguiu o trajeto para chegar em sua casa, mas, quando ia começar a andar, ouviu o celular apitar e o tirou do bolso, vendo que havia recebido uma mensagem de Kise.

“Oieeee genteee~

Ainda ñ consigo acreditar no que tá acontecendo, mais eu axo q devemos nos unir e assim vencermos a situação, certo???? Me encontrem amanhã na lanchonete de sempre às 14h, tenho um plano para podermos ver Akashicchi.

Do cara mais bonito da cidade, Kisecchi~”

    — Ele escreveu errado… — Kuroko sussurrou, sorrindo, permitindo-se sorrir depois de tanto choro, mesmo que fosse apenas um sorriso entristecido. Por fim, entrou em casa e passou o resto do dia trancado no quarto com o celular na mão, esperando receber alguma notícia de Midorima.

[...]

— Ele ficará em coma induzido por enquanto — o médico informou Masaomi, no quarto em que Akashi se encontrava, falando sobre o estado em que ele se encontrava. — Já fizemos uma transfusão de sangue e os batimentos cardíacos estão estáveis no momento, mas pode ser que haja uma piora repentina. O senhor deve estar preparado para o pior… — o homem abaixou a cabeça e pediu licença, deixando o pai dele sozinho.

O homem, já por volta de seus quarenta anos, olhou para o filho deitado na cama, coberto de fios e se mantendo vivo por diversos aparelhos. O único som que se escutava era o da máquina que media os batimentos cardíacos: a única certeza de que seu filho ainda estava vivo. O rosto pálido, porém que passava uma expressão de serenidade, estava com uma máscara para facilitar na respiração.

    — Como as coisas ficaram nesse estado…? — perguntou a si mesmo, sentando em uma poltrona ao lado da cama, sentindo uma leve brisa entrar pela janela que iluminava o local. — Onde foi que eu errei…? — e, sozinho, murmurou enquanto refletia sobre as próprias ações.

 


Notas Finais


:B
Ai, falar nisso queria fazer uma perguntinha~
Como vcs imaginam o segurança Yajima? Ele é só um carinha que eu criei rapidamente na fic, por necessidade, mas n lembro de ter citado a aparência dele. Então fiquei curiosa sobre como vcs acham que ele é. Deixem aí nos comentários :v


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