1. Spirit Fanfics >
  2. Despedidas de quem nunca aprendeu a dizer adeus >
  3. Me acorde quando setembro acabar

História Despedidas de quem nunca aprendeu a dizer adeus - Me acorde quando setembro acabar


Escrita por: sayan-girl

Notas do Autor


Oi /foge das pedradas/
Gente, eu sei do meu hiatus, mas essa ChanBaek tinha sido postada no meio do ano passado. Só aí eu excluí e, recentemente, a encontrei nos meus documentos e decidi tentar dar uma ajeitadinha nela e ver o que sai. Ela já estava completa, então eu quase não trabalhei nela. Não mexi em muita coisa, ela tá bem parecida com a anterior, com leves alterações que giram em torno de 1k de palavras.
Eu seeeeeei que não sou a maior ChanBaek shipper desse mundo, mas não odeio o couple e os acho bem bons pra uma sofrência e um fluffy ok? /corre/
A capa foi feita pela @LalaMarry, essa linda maravilhosa, a quem eu super agradeço.
Ah, por favor, leiam as notas finais. P O R F A V O R. É bem importante. Agradicida <3

Coloquem suas playlists mais tristes e sentem que lá vem chororô - ou não /apanha/

Boa leitura :3

Capítulo 1 - Me acorde quando setembro acabar


- Baek? Amor, por que as luzes estão apagadas? – Chamei, tentando acostumar minha visão à pouca luz dentro de casa. Tirei os sapatos e as meias, tomando o máximo de cuidado para não tropeçar em algo ou topar em algum móvel, já que ainda não conseguia enxergar direito. Sem obter respostas, comecei a ficar preocupado; Baekhyun não era do tipo que saía sem me avisar antes, então o medo de que alguma coisa pudesse ter acontecido estava me consumindo conforme eu avançava corredor adentro, subindo as escadas em seguida. O andar superior encontrava-se na mesma escuridão e aquilo me deixou levemente agoniado. – Baekkie, onde você está, meu pequeno? Me responda, por favor! – Mais uma vez sem ser respondido, o desespero foi tomando forma dentro de mim, logo sendo substituído por um suspiro de alívio quando me deparei com meu namorado de costas para mim, apoiado à sacada do quarto de hóspedes.  

E a visão que tive foi, de longe, uma das mais belas do mundo.  

Com a luz pálida da lua incidindo diretamente sobre si, a brisa daquela noite fria de novembro bagunçava-lhe os fios de tom castanho claro e a baixa temperatura lhe coloria as maçãs do rosto de um vermelho que o deixava adorável. Os olhos fechados, como se apreciasse as carícias do vento em seu rosto simétrico e perfeito e os lábios desenhados em um sorriso curto, porém meigo. As mãos delicadas, cobertas por luvas azuis, seguravam uma xícara do que me pareceu ser café quente pela expressão de satisfação dele ao bebericar o conteúdo. Ele amava café e gostava quando estava forte, fumegante e sem açúcar. Antes de tomá-lo, ele sempre iria deixar o vapor aquecer-lhe o rosto e a fragrância aprazer o olfato, para, só então, permitir que o líquido queimasse garganta abaixo.   

E eu amava observar cada um dessas reações. 

A bem da verdade, eu era um completo apaixonado por toda e qualquer coisa vinda daquele rapaz de 1,74 de altura. E poderia citá-las uma a uma, mas, por hora, preferi apreciar a cena digna da mais bela obra de arte.

Apoiei-me no batente da porta, os braços cruzados na altura do peito, esperando pelo momento em que Baekhyun me notaria, o que não demorou muito a acontecer. Devagar, o pequeno girou nos calcanhares e eu juro que o sorriso que ele abriu em minha direção poderia iluminar toda Seul. Embasbacado, sorri de volta feito um idiota. Os efeitos que Byun Baekhyun tinha sobre mim seriam ridículos se não fossem tão intensos. E minhas pernas bambas, junto a meu coração estupidamente acelerado, eram prova disso.  

Quando conheci Baekhyun, meu mundo era cinza. Eu havia perdido meus pais em um acidente de carro e, por mais idade que tivesse – 18 anos –, o baque da notícia fora forte demais para a mente de um adolescente. Além das pressões sofridas na busca pela aprovação em uma boa faculdade, eu precisei lidar com a dor da perda dos únicos que me amavam por quem eu era. Eu não tinha amigos, nem família; tinha apenas status social na escola e uma corja de pessoas ao meu redor com o único objetivo de tirar algum proveito de um rapaz sozinho e com uma grande herança nos ombros. 

E foi então que definhei. 

Começou pelo alcoolismo. Pouco depois, vieram as drogas. Um ecstasy aqui, uma maconha ali e, quando dei por mim, já estava injetando heroína na veia e cheirando cocaína. Com o passar do tempo, nenhum barato que elas pudessem me proporcionar parecia ser realmente efetivo e, cada vez mais, me peguei preso à elas e às bebidas. 

Eu estava completamente dependente. 

Emagreci, gastei praticamente toda a fortuna destinada a mim no testamento de meus pais – salvo o dinheiro que havia ficado para a faculdade; neste não me foi permitido mexer – e os problemas começaram a cair como bigornas sobre minha cabeça. 

Se, com todos os rumos que minha vida tomava, eu deixara de acreditar em Deus e em anjos, tudo isso foi virado do avesso quando ele entrou no meu caminho. 

Eu vi minha salvação naqueles olhos. 

Pouco a pouco, Baekhyun foi me puxando das trevas e me mostrando a luz. Ele me mostrou as cores de um mundo que, para mim, um garoto assustado completamente imerso em medo e solidão, já não tinha mais graça. 

A vida não tinha mais graça. 

Pelo menos, não até tê-lo inserido nela. 

Na época, três anos atrás, Baekhyun estagiava como enfermeiro no hospital quando dei entrada na calada da noite, sendo carregado pela única pessoa que não era próximo de mim por interesse. Não me lembro muito bem da sequência dos fatos, porém Kyungsoo conta que eu estava a um passo de ter uma overdose quando me encontrou jogado no chão da sala de casa, com garrafas de bebidas espalhadas pelos cantos junto à cigarros de maconha, comprimidos de ecstasy e uma seringa contendo o que parecia ser uma dose de heroína pela metade – os laudos, de fato, indicaram resquícios da droga na minha corrente sanguínea e isso me fazia questionar a que ponto teria chegado se meu amigo não houvesse me resgatado. Sinto pena e arrependimento por tê-lo feito carregar meu peso até o hospital mais próximo; gratidão é pouco perto do que devo a ele. 

Baekhyun era quem estava de plantão e me atendeu da forma mais atenciosa o possível. Kyungsoo disse que a aflição nos olhos pequeninos era palpável e saber de minha história só serviu para fazê-lo aumentar o cuidado comigo. Eu fiquei durante dois dias em coma induzido, permanecendo internado naquele quarto por duas semanas, no total, com soro injetado na veia e supervisão ferrenha. Eles temiam que eu entrasse em colapso ou convulsionasse. Não era como se eu me importasse muito em permanecer vivo, a bem da verdade. Então, por essas e outras, continuava apático sobre o leito, ouvindo as vozes dos médicos mais distantes do que realmente estavam e observando o entra e sai de enfermeiras.  

Porém, em uma das noites da primeira semana, saí um pouco do meu estado de letargia quando vi o baixinho de olhos carinhosos e sorriso retangular espreitando-se para dentro do quarto em silêncio, crente que eu dormia. Baekhyun sentou-se na cadeira ao lado da cama, pegou minha mão com delicadeza e seus dedos finos eram tão quentinhos que eu o deixaria segurar meu coração apenas para aquece-lo. Perguntou como eu estava e fiquei tentado a responder, no entanto permaneci quieto para continuar ouvindo aquela voz doce dizendo meu nome. 

Ele fez carinho em meus cabelos e beijou minha testa. Naquela hora, eu quis chorar como um bebê. Pela primeira vez em, meio à todo aquele caos que se tornara minha vida, eu estava me sentindo amado. Havia alguém ali que se importava comigo verdadeiramente, sem interesses materiais por trás das ações. 

 

 

 

Depois daquela noite, Baekhyun passou a visitar meu quarto também na parte da manhã. Conversava comigo sobre o tempo, música, animes e esportes. Perguntava-me o que eu gostaria de comer e convencia-me a tomar as injeções com argumentos interessantes já que, no primeiro diálogo, contei a ele sobre meu pavor de agulhas. 

Da primeira vez, pedi pudim de chocolate em troca de uma amostra de sangue. 

Na segunda, pedi um segredo sobre ele que mais ninguém soubesse. 

Na terceira, pedi um beijo. E foi adorável vê-lo de bochechas coradas, aproximando-se devagarinho e gemendo baixinho quando nossas línguas se encontraram. 

Na quarta, o pedi em namoro, porque eu estava perdidamente apaixonado pelo enfermeiro que curava minhas dores com sorrisos. 

Eu havia encontrado minha felicidade. E ela tinha 1,74 de altura, medo do escuro e gostava de cantar. 

 

 

 

- Por que as luzes estão apagadas, amor? – Questionei, aconchegando-o um pouco mais em meus braços na tentativa de protege-lo do frio cortante que se chicoteava contra nós em ventos fortes. A pontinha gelada do nariz fino perfez o contorno do meu maxilar, descendo até meu pescoço e eu senti a respiração levemente descompassada a me arrepiar a pele. Sorri para mim mesmo; eu amava o quanto ele parecia ser dependente do nosso amor e se tornava vulnerável em meus braços. Se fosse necessário, eu enfrentaria todo o inferno para protege-lo e mantê-lo ali comigo.  

- Você confia em mim, Channie? – A voz melodiosa murmurou contra minha bochecha e eu achava graciosa a forma com a qual Baekhyun se colocava sobre a ponta dos pés na tentativa de diminuir nossa significativa diferença de altura. Será que havia algo não adorável nele? Mesmo após três anos, tudo vindo do pequeno, aos meus olhos, era motivo para me fazer querer enche-lo de beijos, carinhos e mordidas. Eu o cobria com todo o meu amor para que ele sempre se sentisse amado em toda a plenitude do sentimento.  

- Claro, Baekkie – Respondi, procurando por sua boca com a minha e unindo-as em um selar singelo. No entanto, Baekhyun embrenhou os dedos delicados nos meus cabelos e me puxou para aprofundar o contato. De imediato nossas línguas se buscaram, desesperadas uma pela outra. O beijo tinha gosto de café e bala de menta. 

Tinha gosto de Byun Baekhyun. 

E eu não poderia ser mais do que viciado naquele sabor. Os lábios afoitos deslizavam sobre os meus, um pouco mais sedentos do que era comum, porém longe de mim julgar as ações nada normais de meu namorado naquela noite. Ele era perfeito e eu sabia que jamais faria algo para me magoar, então apenas aproveitei sua maior receptividade à minhas carícias. Firmei meus dedos na cintura delgada e o trouxe para ainda mais perto, se é que era possível, afundando com mais afinco minha língua em sua cavidade bucal. Ele gemeu contra meus lábios quando prensei seu corpo pequeno na parede mais próxima, descendo as mãos até as coxas deliciosamente cheias, fartando-me na região com um suspiro pesado. Puxei-as para cima e Baek entendeu o recado implícito. Usou meu ombros para tomar impulso, enlaçando as pernas em minha cintura e me fazendo apertar com mais força a carne coberta que eu tinha entre dedos. Os gemidos que ele soltava estavam, aos poucos, levando meu autocontrole para um passeio só de ida.  

Baekhyun, então, partiu o beijo ao sugar meu lábio inferior devagar, abrindo os olhos quando o soltou. Sua testa colou-se à minha e nós nos encaramos longamente. O amor era palpável, como de praxe, porém, naquela noite, havia algo mais que, a princípio, entorpecido até a ultima célula, eu não soube identificar.  

- Então, se confia em mim, não faça mais perguntas esta noite. Apenas se deixe levar, meu amor, e amanhã nós conversamos. 

Assenti, perdido nos traços etéreos do homem que considerava dono de minha alma e de meu coração. Quando beijei-o novamente, eu não fazia a menor ideia de que a tal conversa jamais aconteceria. 

 

 

 

As noites do mês de novembro costumam ser bem frias em Seul. No entanto, no nosso quarto, a temperatura estava elevada e eu sentia meu corpo se incendiar de desejo conforme Baekhyun descia os lábios finos por meu torso. Seu olhar estava preso ao meu; toda aquela aura erótica estava me fazendo arfar ainda mais pesadamente enquanto ele sugava meu mamilo, mordendo-o e brincando com a língua esporadicamente. 

Agarrei-lhe os fios negros, trazendo-o para cima a fim de revogar aquela boca pecaminosa para mim. Prendi o lábio inferior entre os dentes antes de chupá-lo, sem quebrar nosso contato visual. E ver Baekhyun gemendo arrastado com os olhos semicerrados fez meu baixo ventre se repuxar dolorosamente. As mãos finas se firmaram em meus cabelos e sua língua adentrou minha boca quase desesperada, buscando pela minha de imediato. Durante alguns segundos daquele beijo quente eu o deixei ter o controle, sentindo sua movimentação provocativamente sutil sobre meu quadril. Porém, quando ele começou a rebolar devagar, sentado em meu colo, eu o segurei pelas coxas e inverti nossas posições.

De cima, fitei suas bochechas coradas, o peito subindo e descendo de acordo com a respiração pesada; os cabelos em uma bagunça só, molhados e grudados na testa; os olhos intensos semicerrados e brilhando em um desejo quase palpável. Naquele momento, diante daquela visão quase etérea, meu coração palpitou fortemente; a certeza de que eu precisava de Baekhyun como o ar para respirar era latente em mim.

Ele era minha única razão para viver. 

Curvei o corpo e deitei meus lábios sobre os dele com delicadeza, sentindo a textura aveludada, antes de capturar o inferior e sugar, bem devagar. Baekhyun gemeu com a carícia, levando-me a executá-la mais uma vez, colocando ainda mais força, até deixar aquele pedacinho de carne tentador bem vermelho e inchado. Voltei a selar nossas bocas, dessa vez movendo a minha e fazendo-o me seguir naquela dança lenta que logo incluiu nossas línguas, estas a se enroscarem com paixão e desejo. 

Puxei seu corpo mais para mim conforme o ritmo do beijo evoluía, a fim de tê-lo ainda mais perto, para poder sentir cada pedaço dele devidamente. Baekhyun se arqueava, as mão delicadas perdidas entre os fios de meus cabelos e eu sentia o ar começar a se esvair, mas me recusava a quebrar aquele contato. Empurrando-me pelos ombros e sem separar nossos lábios, ele se colocou em meu colo novamente assim que me fez sentar na cama mais uma vez, me permitindo tocá-lo com mais afinco.

Apesar da libido que exalávamos, minhas mãos fizeram um carinho suave nas costas branquinhas e levemente suadas, contrariando a intensidade quase alucinada com a qual nossos lábios se consumiam. O corpo pequeno estremeceu em meus braços, levando-me a repetir o caminho que meus dedos haviam feito, indo desde a base de sua coluna até sua nuca e de volta, em apenas um resvalar sutil, que, mesmo assim, parecia estar levando-o ao completo delírio.

Desesperado por ar, Baekhyun partiu o beijo, jogando a cabeça para trás e gemendo quando fui mais bruto e desci com minhas unhas por sua coluna. Ele fremia em meu colo, apertando os músculos de meus braços com as mãos até ter os nós dos dedos brancos; os olhos giravam nas órbitas ao passo que eu chupava a pele alva de seu pescoço pecaminosamente imaculado, dando-me por satisfeito apenas quando via a perfeita marca roxa.

- Channie... Me marca mais... – Ele suplicou, naquela voz manhosa e arrastada, provocando um rebuliço quase incontrolável em meu baixo ventre. Eu estava dolorosamente duro e ter Baekhyun sobre mim, remexendo-se inquieto, começava a deixar minha situação um tanto quanto crítica. Suspirei, apertando a carne de suas coxas entre os dedos antes de estapear ambas e ouvi-lo gemer, extasiado. O formato de minha mão ficou marcado ali, em vermelho vivo, a tonalidade se tornando mais forte conforme eu dedicava tapas seguidos na região, me deliciando com os choramingos de Baekhyun, que, àquela altura, rasgava minhas costas com suas unhas finas. Ardia, ainda mais quando o suor escorria sobre as feridas, mas era tão delicioso vê-lo descontrolado e sem saber onde descontar todo o prazer que sentia. 

- Você gosta que eu te marque, Baekkie? Você gosta de ser meu? – Perguntei, rouco, ao pé do ouvido dele e o gemido que escapou dos lábios, vermelhinhos de tanto serem mordidos por mim, foi música para os meus ouvidos. Sorrateiro, escorreguei minhas mãos até as nádegas fartas, estapeando-as também, enquanto meus lábios capturavam os mamilos rosados, um por um, sugando-os bem devagar e usando os dentes para arranhá-los. O barulho da minha palma se chocando contra a carne firme ecoou pelo quarto junto a um gemido mais alto. Segurei em ambas as bandas e as apertei, fartando-me ali antes de esgueirar um dedo no meio delas, provocando espasmos no Byun, que estremeceu em meus braços. Quando rodeei a entrada de Baekhyun com o indicador, ele arfou pesadamente e eu o senti se contrair, arranhando ainda mais minhas costas, a outra mão puxando meus cabelos. Decidi provocá-lo um pouco mais e para isso deixei a ponta de meu dedo entrar, tirando-o no instante seguinte. Porém, quando ele puxou com força algumas mechas em posse de seus dedos, fazendo-me grunhir, e rebolou contra meu membro necessitado, percebi que o tempo de brincar havia acabado.  

Eu queria aquilo tanto quanto ele. 

Eu estava doido para senti-lo me apertando, mesmo que fosse apenas meus dedos. Ainda assim, a sensação seria surreal e me levaria a me lembrar de como era estar dentro dele. 

Enfiei dois dedos de uma vez. Foi cruel e repentino, eu sabia, mas não precisei me preocupar por muito tempo. Baekhyun gostava de um toque de brutalidade e o grito longo que ele soltou foi minha deixa para mover o indicador e o médio dentro daquele buraco quente e apertado. O corpo pequeno se remexia sobre mim, em busca de mais contato com meus dedos, enquanto eu os afundava o quanto me era permitido pela posição em que estávamos. Quando o terceiro entrou, meu namorado arqueou as costas e deixou a cabeça pender para trás, gemendo em sequência e quase quicando. Minha mão livre bateu em sua bunda mais uma vez e ele se contorceu, fincando as unhas em meus ombros, usando-os de apoio para subir e descer, fodendo-se em meus dedos, que não paravam de se mover dentro dele.

- Ahn... Eu gosto sim. Anhg... Eu amo ser seu, Channie. Amo quando você me toma, me domina e me faz seu. – Embevecido, fitei os olhinhos molhados que prendiam os meus de uma forma alucinante. Grunhi, colocando-o mais afinco nas estocadas improvisadas até que consegui, por fim, atingir a próstata do pequeno com força. – Ah, Chanyeol! Faz de novo... Ah, por deus... Me fode mais! 

- Você é tão gostoso, tão quente, tão apetado... Você me deixa tão louco, Baekhyun, se derretendo pra mim desse jeito. – Sussurrei, curvando os dedos dentro dele para massagear a próstata com mais força, sentindo o corpo pequeno vibrar sobre o meu, convulsionando em espasmos que indicavam um orgasmo próximo. No entanto, indo contra o que eu imaginava que ele faria, Baekhyun segurou meu pulso e me obrigou a parar. Seus olhos encontraram os meus, assim como nossos lábios se chocaram, sedentos um pelo outro. Engatados naquele beijo molhado, ele retirou meus dedos de seu orifício e, antes que eu pudesse sequer raciocinar com clareza, ergueu o corpo e enterrou meu falo em si. 

Gemendo contra a boca que ainda dominava a minha, segurei com firmeza a cintura delgada e me impulsionei para cima, perdendo o único fio de sanidade que ainda me restava ao senti-lo rebolar devagar ao subir e descer sobre mim. O barulho estalado de minha pélvis se chocando contra a bunda dele era como música para meus ouvidos e eu arremetia com toda a força de meus quadris, me afundando naquela cavidade quente e acolhedora, deliciosamente apertada. 

Baekhyun gemia, o pescoço exposto por sua cabeça estar tombada para trás, logo sendo vítima de meus lábios inquietos. Eu chupava a pele branca, deixando-a cada vez mais pintada com minhas marcas, talvez tentando descontar o prazer avassalador que me dominava a cada estocada mais funda que conseguir dar. 

- Ch-Channie... – A respiração pesada dele bateu forte contra o meu pescoço conforme seu corpo pequeno subia e descia sobre o meu, cada vez mais fundo. – Eu... Ah! – os dentes fecharam-se em meu ombro quando ergui meus quadris para enterrar-me nele com mais força – Eu te amo t-tanto, Channie.

Subi minhas mãos, que antes apertavam a cintura delgada, em direção ao rosto delicado de Baekhyun, segurando-o entre elas. Os olhos castanhos estavam marejados e a boca rosada tremia enquanto ele soltava arfares falhos; os cabelos escuros grudavam na testa molhada de suor, que também orvalhava a pele branca marcada de vermelho por meus lábios.

Sob a luz da lua que invadia a penumbra do quarto, eu tive a plena certeza de que não havia cena mais bela no mundo.

- Eu também te amo, Baekkie – Sussurrei ao dedicar uma estocada mais profunda. E soube que atingi meu objetivo ao te-lo contorcendo-se sobre mim conforme soltava um gemido longo e fino.

Delicadamente, Baekhyun tirou minhas mãos de seus quadris, segurando-as entre as suas trêmulas para então, de olhos fechados, beijar a ponta de cada um de meus dedos, descendo a carícia pela palma, apenas roçando os lábios, até chegar ao pulso e lamber a região. Meu corpo tremeu em um espasmo gostoso e eu puxei seu rosto delicado para selar nossos lábios mais uma vez. A boca do Buyn era meu vício mais irremediável, do qual eu não fazia o mínimo esforço para me curar.

- Abra os olhos, Baek. Olhe pra mim e veja o quão profundamente eu te amo.

Ele fez o que pedi e um forte choque me atingiu ao ver que meu pequeno derrubava lágrimas incessantes. Os orbes castanhos estavam opacos pelo misto de sentimentos que conflitavam ali, o que me deixou perdido por instantes.

- Ch-Channie... – Soluçou, o peito tremendo pela força do choro e eu fiquei sem saber o que fazer. Eu não entendia o que se passava na cabeça ou no coração de Baekhyun, só sabia que queria protege-lo de tudo que o estivesse agoniando. Eu queria tomar a dor dele para mim. Eu queria poder dar meu coração a ele para nunca mais ve-lo sofrer.

Eu daria minha vida por Byun Baekhyun.

- Channie se... Se um dia eu magoar você... Se um dia eu te deixar... Seja feliz, ok? E mesmo que me odeie, não se esqueça de que eu realmente te amei, acima de tudo.

- Baekkie... O que você tá falando, amor? Você não vai me deixar, não é? Você prometeu... – Meu sussurro contra seus lábios foi um pouco agoniado e eu tentei conter o aperto no peito, querendo acreditar que não havia nada de implícito naquelas palavras.

- Eu sei... Só tenho medo do dia de amanhã. Mas eu não vou te abandonar, amor, eu prometi. – Deixei os beijos molhados dele em meu rosto me acalmarem, ao que Baekhyun voltava a se mover com meu membro de si, gemendo quando o mesmo deslizava em sua entrada. – D-Deixa isso pra lá agora e me faz gozar daquele jeito que só você sabe, Chanyeol, por favor... – A súplica em sua voz manhosa me fez suspirar e beijar-lhe os lábios com uma fome quase insana, jogando o quadril para cima para estocá-lo quando ele começou a descer sobre mim com mais velocidade.

Eu permiti que as sensações inebriantes que só Baekhyun sabia causar limpassem minha mente de qualquer outro pensamento que não fosse o de levá-lo ao limite do prazer, ao que minhas mãos indecisas apalpavam todo o corpo macio sobre o meu, sentindo-o ali, tão meu.

- Ch-Channie... Mais f-fundo, p-por favor. – Implorou entre um gemido e outro, forçando as unhas em minhas costas quando fui fundo nele. Seu corpo tremeu e ele enterrou a cabeça no vão de meu pescoço, rebolando descontroladamente na tentativa de aumentar a fricção de meu membro em seu canal. Agarrando as coxas fartas, dei um impulso e rapidamente coloquei-o sob mim, investindo com ainda mais força.  

Com um grito algumas oitavas mais alto, Baekhyun abriu mais as pernas e se segurou em meus cabelos. O corpo dele era impulsionado pra cima a cada estocada mais profunda e eu sentia-o cada vez mais apertado, contraindo-se deliciosamente ao redor do meu pênis. 

- Puta merda, Chanyeol! F-faz de novo! – Sorri de canto, aumentando o ritmo de meus quadris, surrando a próstata dele e ouvindo gritos ainda mais altos. As unhas delicadas de Baekhyun desciam por toda a extensão das minhas costas, rasgando a pele, mas a ardência era tão eroticamente deliciosa que me arrancava gemidos pesados. Alucinado, plantei as palmas de minhas mãos grandes em ambas as coxas, já judiadas, perdido em meu próprio nirvana.  

Baekhyun, então, me puxou para um beijo desajeitado onde nossas línguas apenas se enroscavam fora das bocas. O corpo suntuoso se arqueou e, em um chamado manhoso e desesperado de meu nome, ele gozou, agarrando meus cabelos, afogado nas ondas de prazer que o dominavam. 

Ao mesmo tempo, com o aperto absurdo que fez pressão contra meu falo e mais algumas investidas firmes, eu me derramei dentro dele e deixei-me tombar de bruços para o lado, o oxigênio perdido em algum lugar que não era meus pulmões. 

Eu poderia apagar ali mesmo, porém uma leve movimentação sobre o colchão me fez abrir os olhos e virar o corpo. 

- Baekkie, amor, onde está indo? – Perguntei, extremamente sonolento ao ver meu namorado se erguer, vestir um roupão e se dirigir à porta. Ele se virou para mim e sorriu aquele sorriso estonteante, que me deixava ainda mais caído de amores.  

- Eu vou comer alguma coisa, amor. Não demoro.  

- Volte para a cama, ok? Sabe que eu tenho pesadelos se você não dorme comigo. 

- Eu sei, eu sei. Prometo que volto.  

Naquela hora, eu desconhecia o potencial que Baekhyun tinha para mentir bem. 

Eu não sabia que ele prometia da boca para fora. 

Sem que eu sequer desconfiasse, Baekhyun quebrou todas as promessas para mim e me deixou sem nada a que me agarrar se não uma enxurrada de palavras vazias. 

A solidão sorrateiramente me abraçou quando a porta foi fechada. E, naquela noite, eu tive um sono perturbado por sonhos ruins, que apenas pioraram nas posteriores. 

 

 

 

A manhã seguinte demorou a chegar, mas quando os primeiros raios de sol incomodaram minhas pálpebras fechadas, eu me remexi na cama, apalpando-a a procura do meu pequeno.  

Meu coração pulou uma batida quando meus dedos tocaram o vazio dos lençóis. E, de uma forma dolorosa, havia um vazio ainda mais profundo em meu peito. Eu não gostei da sensação de abandono que me invadiu, por isso logo fiz questão de levantar. Calcei minhas pantufas e desatei a chamar por Baekhyun, mas nenhuma resposta veio. Imaginei que o encontraria na cozinha, preparando nosso café da manhã, porém estava enganado. O cômodo não tinha ninguém e aquilo me incomodou mais do que eu gostaria. 

Eu sabia que algo de muito errado se desenrolava desde ontem à noite.  

Só não queria, de forma alguma, crer que meu Baekhyun tinha algo a ver. 

Mas em cada toque, eu senti... Os dedos dele sussurravam despedidas conforme me tocavam. Os beijos tiveram sabor de adeus. A dor nos olhos castanhos me sufocou em pesadelos madrugada adentro. 

E foi então que encontrei o primeiro bilhete. 

 

 

 

 

 

"Você costumava me cativar pela sua luz ressonante

Agora eu estou limitada pela vida que você deixou para trás

Seu rosto assombra meus únicos sonhos agradáveis

Sua voz expulsou toda a sanidade em mim"

 

"Bom dia, meu amor. 

O café da manhã está sobre a mesa. Suas roupas estão passadas e dobradas sobre a bancada do banheiro. Fiz ensopado para o almoço, você só precisará esquentar. Perdoe-me se estiver um pouco salgado; acho que chorei demais enquanto o cozinhava. 

Você deve estar confuso, não é? Deve estar se perguntando onde estou; para onde fui. 

Peço que me desculpe, Channie, mas essa é uma resposta que você não terá. 

E eu imploro perdão pelo que estou prestes a fazer com você. 

O próximo bilhete está no banheiro." 

 

Sabe quando o chão parece ruir sob seus pés e o ar foge completamente dos seus pulmões? Ou a sensação de estar se afogando e, apesar de lutar para emergir, tudo que acontece é apenas você afundar mais e mais no próprio desespero?  

Eu estava caindo aos pedaços. 

E, incapaz de controlar os soluços causados pela cascata que caía de meus olhos, corri desenfreado pelos corredores, entrando no banheiro como um furacão. Ali, sobre meu uniforme de trabalho passado e engomado, estava mais um dos bilhetes em papel amarelado. 

 

"Olá, querido. 

Quando tomar banho, não se esqueça de lavar atrás das orelhas, tudo bem? Ontem comprei seu shampoo favorito, aquele que você diz que tem o meu cheiro. Eu nunca entendi muito bem o por quê de você gostar tanto de me carregar consigo em qualquer detalhe... Talvez agora eu comece a entender. 

Te conhecendo bem como conheço, você deve estar chorando. Bem provável que esteja soluçando. E eu, mais uma vez, peço perdão. Porque eu sempre te faço chorar quando é você quem enxuga minhas lágrimas. 

Eu sou um monstro, Chanyeol. 

Um monstro que não merece algo tão belo e puro quanto o seu amor. 

Um monstro que está partindo um coração que merece zelo e cuidado. 

Seria mais fácil se você me odiasse, Channie... 

O próximo bilhete está no seu escritório." 

 

Quando alcancei a porta de madeira escura do meu escritório, eu desabei. Os joelhos cederam ao meu peso, não pude me manter de pé porque a dor era maior do que eu podia suportar.  

Esmurrei a porta, mas nem a dor física foi capaz de suplantar a ardência dos rasgos em minha alma. 

Eu só queria acordar daquele pesadelo. 

No entanto, a realidade se forçava tão pesada contra meus ombros que era impossível não saber que tudo acontecia de verdade. 

Eu nunca pensei que veria o amor partir para longe de mim. Pelo menos, não mais uma vez. Não com Baekhyun. 

Grunhindo, girei a maçaneta e adentrei o cômodo escuro com cheio de eucalipto. A porrada veio novamente; as lembranças me nocautearam com força e eu só consegui chorar ainda mais.  

Havia um bilhete cor de rosa sobre a mesa. 

 

"Esse cômodo traz lembranças, não é? Eu quase não consegui sair daqui, porque o seu cheiro estava em cada canto e as imagens não paravam de vir à mente. 

Nós fizemos amor pela primeira vez sobre essa mesa. E eu nunca me senti tão pleno.  

Você sempre me marcou, em todos os sentidos. 

E, ainda assim, eu não consegui ficar. Eu sou um covarde, Chanyeol. Eu estou fugindo de você; fugindo de mim mesmo; fugindo desse sentimento que tem me sufocado, apavorado e destruído; fugindo dos fantasmas do meu passado. 

Fugindo do nosso amor. 

Fugindo do nosso relacionamento, desgastado por minha culpa.. 

E, apesar de todas às vezes que disse coisas horríveis, você permaneceu ali. 

Por que você nunca gritou comigo? 

Por que você nunca devolveu minhas porradas? 

Por que você sempre me amou mais do que a si mesmo, Chanyeol? 

Por que você me deixou te destruir? 

O último bilhete está na criado mudo ao lado de nossa cama." 

 

Chegar ao quarto deve ter sido a tarefa mais difícil de realizar. Eu não queria encarar a cama onde havíamos feito amor tantas vezes, ver os lençóis bagunçados, sentir o cheio doce dele, que ali sempre ficava impregnado, apenas para saber que eu estava sozinho mais uma vez. Aquele cômodo era o antro de nossa paixão e agora era violado por uma despedida que nem ao menos aconteceu. 

Eu não queria ter de lidar com a dor, com a saudade ou com a falta.

Eu não queria ter de lidar com a ausência dele. 

Eu não queria aprender a dizer adeus.

Porém, mesmo assim, forcei minhas pernas a se moverem, ainda que elas fraquejassem um bocado. Não deixei meu olhar se perder nas fotografias presas às paredes, foquei-me apenas no papel azul sobre a cômoda, pegando-o entre dedos trêmulos na tentativa de lê-lo através das lágrimas.

 

"Você tem o sono tão pesado, meu amor. Eu vim ao quarto e você não percebeu. 

Eu vi seu corpo rígido e suado; vi suas mãos apertando os lençóis enquanto você murmurava coisas sem sentido. Eram os pesadelos, eu sei. E eu quis segurar a sua mãos, beijar seus lábios e dizer que tudo ficaria bem. Eu queria estar lá por você, mas eu não pude, Channie.  

Eu sou um covarde maldito. 

Um covarde medroso. 

Um covarde que tem medo de amar e se magoar. 

Um covarde que deixa os fantasmas do passado decidirem por ele. 

Eu não estou preparado, Chanyeol. 

Eu sou quebrado, meu amor. E talvez eu não queira ser consertado. 

Sabe, eu sempre sonhei com um amor perfeito. Eu sempre quis me apaixonar, me entregar e viver um amor de livros. Mas a vida me levou a outros caminhos e meus sonhos foram esmagados, como se não tivessem importância. Eu aprendi a ter os pés no chão e isso me trouxe a onde estou hoje... Partindo o seu coração, assim como fizeram comigo. 

Chanyeol, o seu sorriso vai iluminar a vida de um outro alguém. O seu coração vai palpitar por outra pessoa. Os seus lábios vão acariciar outros. E será alguém que, de fato, mereça cada detalhe do homem maravilhoso que você é. 

Eu não mereço a magnitude do seu ser. 

Eu não mereço o amor de um anjo. 

Eu não mereço ser salvo. 

Eu não quis dizer adeus, porque eu sei o quanto você odeia despedidas. Por isso peguei tudo que era meu e parti, antes que algo pudesse me fazer ficar. Eu não aguentaria continuar te magoando. 

Seja feliz, Chanyeol. Viva uma vida plena sem mim; me apague da sua memória. Dê seu amor para alguém que o mereça e deixe que eu vire apenas uma parte ruim do seu passado. 

Talvez eu procure em outros braços o calor dos seus; em outros lábios a delicadeza dos seus beijos, apenas para tentar consolar meu corpo em necessidade de você. Mas não atrapalharei mais sua vida, querido. Eu não tenho esse direito. 

Na espera de que você seja feliz, 

Um abraço daquele que não soube lidar com os próprios sentimentos." 

 

"Essas feridas parecem não querer cicatrizar

Essa dor é muito real

Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar"

 

Eu estava com frio, encolhido sobre a cama, deixando apenas as lágrimas lavarem minha alma em frangalhos. Havia uma dor pontuando no lado esquerdo do meu peito conforme eu me afundava, cada vez mais, em uma avalanche de memórias daquele que parecia querer desaparecer da minha vida.  

Eu não soube onde errei. 

Eu procurei nas gavetas, nos armários, debaixo da cama, mas não encontrei o ponto onde as coisas começaram a desabar. 

Eu abri as janelas, mas o sol não conseguiu afugentar a sensação gelada da perda que se alastrava pela minha corrente sanguínea, como um veneno letal. Mesmo com o outono do lado de fora, já havia um inverno descendo sobre meu quarto. E ele, diferentemente de Baekhyun, não parecia disposto a me abandonar.

Eu estava perdido em meu próprio desespero, gritando o nome de Baekhyun enquanto abraçava o que ainda havia dele no cheiro impregnado nos travesseiros. Eu via meus pedaços espalhados no chão do quarto, em cada fotografia arrancada da parede. Em cada sorriso que ele dava, havia uma parte de mim.

Seria menos doloroso se ele as tivesse levado também. 

Porque eu não conseguiria conviver com a presença dele na sua ausência em minha cama ou na sua falta na hora de ir dormir. Eu não saberia lidar com a saudade me beijando com o gosto dos seus lábios ou o toque do abandono, suave e gentil como o seu, mas me queimando com a realidade de não tê-lo mais comigo.

Eu morria por dentro, segurando o que restara de meu coração com as mãos trêmulas. E quando ergui os olhos para a porta, o fantasma de Baekhyun me pediu perdão antes de sumir para sempre. 

 

 

 

Eu sempre odiei despedidas pelo fato de não conseguir me desapegar. Detestava dizer adeus, mesmo que a pessoa fosse à esquina, ao supermercado, e voltasse. Não importava. Eu era medroso, traumatizado, uma criança apavorada pelo medo de ficar sozinha, um adolescente complexado, porque meus pais haviam dito "até logo, filho" antes de saírem para jantar e a única coisa que voltou para casa naquela noite fria foi a dor de saber que eu nunca mais iria vê-los. 

Eu tinha medo de ficar sozinho; de ser abandonado mais uma vez. 

E Baekhyun sabia muito bem disso. 

O que fez com que eu me questionasse o tamanho real da consideração e do amor que ele tanto dizia ter por mim. 

Porque Baekhyun foi embora na noite mais fria de setembro. Despedaçou nosso amor em pequenos pedaços de papel espalhados pela casa. Deixou o rastro amargo de uma dor que remanesceu latejando em meu peito e tornava difícil respirar.  

Baekhyun não me ensinou a me despedir devidamente, inclusive me poupou da tarefa de aprender algo para o qual eu não estava apto.

Porque seria uma despedida de alguém que nunca aprendeu a dizer adeus.

 

"Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas

Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos

Eu segurei a sua mão por todos esses anos

Mas você ainda tem tudo de mim"


Notas Finais


Espero que não tenha ficado horrível como minha insegurança me faz crer que ficou sos ;-;


A música é My Immortal - Evanescence
Notas acerca da Fanfic:
Eu sei que o clima da fic gira todo em torno de um pressentimento ruim, de que algo vai errado e pode até parecer que o lemon ficou meio outta space, meio fora de lugar. Mas, pro Chanyeol, nada tá acontecendo. Mesmo que ele sinta aquela coisa estranha, o aperto no peito, pra ele, as coisas continuam normais e é só algo sobre o qual Baekhyun vai conversar com ele depois. Então, ele só age com o namorado como está acostumado, ok?
A fic está dada como terminada, mas ela tem um final alternativo e - comemorem comigo - é feliz (por isso o fluffy nas tags)! Mas eu marquei como terminada porque, mesmo que eu vá trabalhar nesse final madrugada adentro hoje, eu ainda não sei se vou conseguir terminar hoje e se vou segui-lo mesmo, tô meio indecisa, vou ver a resposta da fic. Mas eu sei que todos vão ficar curiosos com os motivos para o Baekhyun ter deixado o Chanyeol, o que seria explicadinho do extra. Mas, para todos os fins, a fic "termina" dessa maneira.
Eu não fiz nenhuma apologia à nenhuma droga, okay? Mas se acharem que foi, me avisem que eu mudo na hora. Não usem drogas, crianças. Comam doces, vocês serão mais felizes.
Espero não ter deixado passar nenhum errinho.
No mais, acho que eu não esqueci de falar nada. Espero que tenham gostado e nos vemos na próxima <3

Beijos.
Amo vocês <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...