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História Despertando Sentidos - Motuhakes.


Escrita por: Naikinimas

Notas do Autor


Boa leitura! ♡

Capítulo 7 - Motuhakes.


 

A primeira coisa que fiz foi ir ao centro do pátio, o céu que antes estava rosa, agora era escuro e pincelado de estrelas.

Assim que cheguei lá, Alice me ajudou a esticar as asas, coisa que eu não saberia fazer sem ajuda dela, afinal, não é sempre que você tem essa transformação que eu tive. Eu estava ansiosa para atravessar aquele céu maravilhoso, mas sabia que levaria tempo até eu aprender a fazer isso direito.

Assim que ela as abriu consegui sentir os músculos de minhas costas que usaria para movimentá-las. Aquilo doía um pouco mas eu nem ligava.

- Agora que já as esticou, vamos voltar pra dentro. Sei que você quer sair voando por aí mas não vai fazer isso no meio da noite sem minha permissão e nem treino. - disse Alice.

Entramos e ela me levou até um quarto nos corredores do andar de cima. Eles já não pareciam tão infinitos assim.

- Acho melhor você passar essa noite aqui. Este será seu quarto para passar quanto tempo precisar aqui. - disse ela enquanto pegava minha mão e a colocava diretamente na porta de madeira - Agora ele é definitivamente seu e ajustado com suas necessidades. Descanse bem, Samantha!

Sussurrei um "Obrigada" para ela e sinto que a mesma ouviu, pois acenou ainda de costas para mim. Abri a porta de meu novo quarto lentamente, como se estivesse com medo do que poderia existir ali, mas não havia nada anormal, a única coisa que estranhei era como poderia ter um quarto tão grande ali se as portas eram tão juntas.

- Você está em um lugar mágico, Samantha, agora você tem asas e está estranhando o tamanho do quarto?! - falei sozinha.

Era como um quarto comum, uma suíte para falar a verdade. Havia uma cama extremamente larga no canto esquerdo, uma escrivaninha e cadeira no canto direito e, entre a cama e a mesinha, uma janela centralizada na parede que dava vista perfeita para o enorme pátio. Havia um guarda roupas atrás da porta e em sua porta um espelho onde eu conseguia me ver toda, inclusive minhas asas. Eu ainda não estava acreditando naquilo.

Resolvi me deitar na cama enquanto olhava o céu pela janela e só conseguia pensar: depois de um tempo eu estaria cruzando aquele céu. Acabei pegando no sono durante meus devaneios.

Acordei com raios de sol invadindo meu quarto pela janela, concluí que eu precisaria de uma cortina. Sentei na cama e me espreguicei, mas em um movimento involuntário, minhas asas se abriram e bateram na cadeira da escrivaninha a derrubando e fazendo um barulho horrível. 

Ouvi passos apressados no corredor vindo em direção à minha porta e ela se abriu violentamente, revelando Alice com uma cara de preocupação, que logo perguntou:

- Está tudo bem? Você quase me matou de susto. O que aconteceu? 

- Eu ainda nao sei controlar elas, me desculpe... - disse tímida, e logo ela viu minhas asas esticadas e entendeu a situação.

- Tudo bem, querida. Apenas se apronte, logo o café da manhã será servido. - e então ela fechou a porta.

Fui tomar banho para depois ir tomar café da manhã, mas pensei: como essas asas enormes vão passar pela porta? Ou melhor, como vou tomar banho com elas?!

Resolvi tentar, o que mais eu poderia fazer? Mas, para minha surpresa, o banheiro era enorme para um banheiro. Eu conseguiria me banhar sem problemas ali, e o fiz.

Fui até o guarda roupas pra ver se tinha qualquer trapo que não fosse minhas roupas sujas ali. Havia apenas uma troca de roupas e teria que servir: um shorts jeans e uma blusa com decote nas costas.

Desci as escadas com cuidado, mas não sabia onde era a cozinha daquele lugar enorme. Ouvi vozes e as segui, abri uma grande porta e pude ver Alice do outro lado da enorme sala, entre nós havia uma enorme mesa com vários pratos postos e tipos de comida. 

Andei até a cadeira ao seu lado e ela pediu que eu me servisse, o dia seria longo. 

- Você foi a primeira a acordar... Esses preguiçosos. - resmungou ela enquanto comia um pão com manteiga.

- O sol me acordou, no meu quarto não tem cortinas. - disse rindo enquanto me servia.

- Então peça ao quarto e ele fará cortinas, querida. Eu lhe avisei: ajustado com suas necessidades.

Aquilo fazia sentido, por isso o banheiro e cama tão grandes, e aquela conveniente troca de roupas.

Depois de comer, atravessei o grande salão de entrada com Alice para o que parecia ser uma sala de aula, mas só havia uma cadeira nela e várias lousas. Ela me explicou que como ali eles estudavam apenas suas habilidades desenvolvidas, não teria motivo para ser uma sala de aula comum.

- Agora sente-se, Samantha. Chegou a hora de saber como nós, Motuhakes, surgimos. - e então ela começou a falar.

"Há muito tempo atrás, existiam apenas luz e trevas, sempre em um combate astral. Porém, houve um dia em que, quando as duas colidiram, criaram uma força. Ninguém sabe ao certo o que era, alguns dizem ser algo imaterial como os primordiais, outros dizem que era um ser poderoso, a primeira forma de vida do multiverso em que vivemos. E então, essa força criou todos os universos. Sem precedentes ou motivos pra isso, apenas quis e assim se fez. No seu mundo, essa força é chamada de Deus, se não me engano. Mas para que serviria todo aquele espaço sem habitantes nele? Assim, criou várias raças, de vários tipos e, entre elas, os humanos. Enquanto isso, a luz e as trevas, confusas, não sabiam mais o que fazer. Criaram outro objetivo: conquistar o que o produto de seu combate havia criado. E então elas começaram a influência na vida dos seres, os levando para caminhos opostos." 

- Mas o que os Motuhakes tem a ver com isso tudo? - perguntei impaciente, mesmo que estivesse gostando de ouvir aquilo. Então ela continuou:

"Quando a criadora percebeu que a luz e as trevas estavam influenciando na vida dos seres que esta fez, ficou furiosa. Mas o que ela poderia fazer? Ela criou universos mas nunca teria poder para combater os primordiais. Então, tomou uma decisão, e se dividiu em milhões de partes, caindo sobre suas raças e criando seres com certas habilidades. Nos criando. Partes de um quebra cabeça gigante que poderiam combater os seres influenciados pela luz e pelas trevas, equilibrando a balança celestial. E assim se fez."



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