História Destinada a Vencer - A tragédia da noite

Chegando em casa para a festa do pijama, Kathrin ligou sua caixa de som e colocou um CD de músicas pop internacionais. A primeira música era “Summer”, do Calvin Harris. Alguns estavam brincando, outros jogando videogame, outros fazendo guerra de travesseiro e alguns conversando. Afinal, eram treze pessoas que dormiriam na casa de Kathrin, nem todos iam fazer a mesma coisa. Um tempo depois, Rudolf veio com o jantar e disse, com um sorriso no rosto:

- Ei, vencedores! Venham jantar! – Todos foram. Kathrin tinha um quintal e era lá onde eles comeriam.

- Esta comida está uma delícia! – Afirmou Dieter.

- Melhor impossível! – Acrescentou Joachim. Enquanto comia, Kathrin olhava para o céu cheio de estrelas pensando em sua vitória. Não estava acreditando que tinha tanta sorte.

-  Nós fomos muito bem hoje e em homenagem a nossa vitória, proponho um brinde! Pela nossa vitória! – Disse Nicole, animada e levantando seu copo. Todos levantaram também e disseram, em coro:

- Pela nossa vitória! – Logo depois, beberam um gole da bebida que estava no copo.  

- Você gostou do jogo de hoje, Kath? – Perguntou Heinz.

- Gostei sim, e você? – Disse Kathrin.

- Gostei muito também. Até falei com a Clove, contei para ela o que eu sentia e ela aceitou sair comigo! – Respondeu Heinz, animado.

- Sério? Parabéns, Heinz! Tentou e conseguiu a garota que você gosta! – Disse Kathrin, muito orgulhosa de Heinz. Logo depois, Joachim sussurrou para si mesmo, olhando para Kathrin:

- Gosto muito mesmo é de você, Kath... – Burkhard e Nicole ouviram e ficaram boquiabertos. Nicole fez um sorriso travesso e perguntou:

- Como você falou aí, Joachim?

- Nada. – Respondeu Joachim, corado.

- Nada? Sei... – Disse Burkhard, com um sorriso travesso também.

- Deixem para lá, gente. É coisa pessoal. – Afirmou Joachim, olhando para Kathrin.

- Você tem uma quedinha pela Kath? Essa é novidade! – Comentou Nicole, com um sorriso travesso.

- Admite, cara! A gente pegou você no flagra! Não vamos contar nada para a Kath! – Disse Burkhard, impaciente.

- Ok, eu admito: sempre fui apaixonado Kath, desde que a conheci lá no jardim de infância, mas eu nunca consegui falar nada...– Disse Joachim, magoado.

- Tente contar um dia, tente hoje, se der. Quem sabe você dá uma sorte e ela corresponde. – Afirmou Burkhard. Joachim concordou com a cabeça e, logo depois, acabaram de comer e foram para dentro da casa novamente. Menos Joachim, que ainda permanecia no quintal.

- Kath! Venha cá um segundo! – Chamou Joachim. Kathrin foi até ele e disse:

- Pode falar, Joachim, o que houve?

- Eu queria te dizer uma coisa. – Respondeu Joachim, com um pouco de vergonha.

- Fale então. – Disse Kathrin, já impaciente.

- Eu te amo, Kath. Desde que nos conhecemos, sempre fui apaixonado por você, mas só tomei coragem para falar agora. – Disse Joachim, com um sorriso no rosto. Kathrin estava sem palavras.

- Uau, Joachim! Você nunca me disse isso! – Comentou Kathrin, surpresa.

- Então, quer namorar comigo um dia? – Perguntou Joachim, com um sorriso no rosto.

- Quero sim. Também sempre tive uma queda por você. Mas por enquanto, somos só amigos. – Respondeu Kathrin, sorrindo de volta.

- Claro, Kath. Esperarei com o maior prazer pelo dia de namorar com você. Mas para começar, quer tomar um lanche comigo na minha casa amanhã às três e meia? – Perguntou Joachim.

- Sim, amanhã estarei lá. –Respondeu Kathrin, piscando para Joachim e dando um beijo na bochecha dele. Kathrin ainda estava muito espantada. Logo depois, os dois voltaram para dentro da casa de Kathrin e encontraram o resto do time.

-  O que houve? – Perguntou Nicole, com um sorriso travesso.

- Nada... – Respondeu Kathrin, olhando para Joachim e sorrindo. Ele sorriu de volta e logo depois, os dois sentaram no sofá ao lado dos outros. Kathrin pegou o controle remoto e ligou no canal onde estava passando um jogo de futebol do Manchester City contra o Liverpool. Estava um a zero para o Manchester City e as crianças estavam muito felizes.

-Vamos lá! Façam mais um gol, pessoal! – Disse Wolgang, tenso com o jogo.

- Corre com essa bola, Agüero! Corre, Dio mio! – Gritava Lorenzo, também tenso.

- Quase no gol! Quase no gol! – Exclamou Kathrin, ansiosa. Todos ficaram prestando atenção na televisão, até que Manchester City finalmente fez o gol esperado. As crianças gritaram e comemoraram.

- É gol, pessoal! É disso que eu gosto! – Gritou Jörg, muito feliz. Logo depois, pegou uma corneta azul e tocou para comemorar o gol.

- Gol do Agüero! Dois a zero para o Manchester City! – Gritou Burkhard, muito feliz.

- Não dá para essa noite ficar melhor! – Afirmou Joachim, muito feliz e piscando para Kathrin. Ela piscou de volta e dois minutos depois, Rudolf sentou no sofá onde as crianças estavam e disse:

- Fora, crianças! Agora é a hora das notícias!

- Qual é, senhor Zimmermann! Estávamos tão felizes assistindo ao jogo! – Lamentou Heinz, decepcionado.

- Fala sério... – Reclamou Anselm, também aborrecido com Rudolf. Na hora em que Rudolf colocou no canal das notícias, a notícia principal da noite era um acidente de carro. O carro tinha caído de um viaduto por conta que o motorista estava bêbado e todos morreram.

- Acidente de carro de novo? Caramba! Sempre a mesma coisa! – Reclamou Nicole. Logo depois, a repórter disse:

- Esse acidente de carro aconteceu há cinco minutos e pelo o que vimos, no carro tinham três mulheres que saíram bêbadas de uma festa e elas são três ex-modelos. – Kathrin e Rudolf se assustaram na hora.

- Como assim? – Perguntou Kathrin, assustada. Logo depois, a repórter disse:

- E os nomes dessas modelos são: Rebecca Koch, Helen Beumer e Katja Petry. –Kathrin que nem estava ligando muito para a notícia, agora passou a ligar. Sua mãe tinha acabado de morrer. 

- Minha mãe... Morreu? – Perguntou Kathrin, para si mesma. Kathrin começou a chorar muito naquele mesmo instante.

- Kath, eu sinto muito. Essas coisas são tristes, mas elas infelizmente acontecem. – Disse Burkhard, muito triste também.

- Eu sei, mas imagine se meu pai não me conhecesse antes desse dia? Eu seria órfã, Burk! Orfã! Minha mãe nem pensou em mim nesse aspecto! – Afirmou Kathrin, muito triste. Kathrin não conseguia conter suas lágrimas. Rudolf também estava muito triste.

- Agora, pelo menos agora você tem o seu pai para ficar. – Disse Nicole, sorrindo para Kathrin.

- É verdade, Ni. Pelo menos tem um lado bom em tudo isso.  – Comentou Kathrin, ainda chorado. Heinz também estava muito triste e disse:

- Eu também estou muito triste pela dona Helen ter morrido, Kath, mas não tem nada que possamos fazer.

- O Heinz está certo. Não podemos fazer nada. – Afirmou Anselm.

Rudolf estava muito triste pela morte de Helen também, mas não chorou e disse, friamente, para as crianças:

- Não é muito bom ficar falando sobre mortes. Vamos dormir logo. – As crianças concordaram e foram dormir nos sacos de dormir que haviam trazido. Eles estavam espalhados pela casa inteira de Kathrin. Todos conseguiram dormir, mas Kathrin demorou bastante para cair no sono. Não parava de pensar em sua mãe. 

- Por que fizeram isso comigo? Por quê? Eu queria conhecer o meu pai, mas eu nunca quis que a minha mãe morresse! – Disse Kathrin, para si mesma e chorando um pouco. A partir de então, Kathrin teria de morar com o seu pai. Esse era o único lado bom que Kathrin viu na morte de sua mãe.