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História Destinada ao trono - Cidade


Escrita por: Melouca

Capítulo 5 - Cidade


Fanfic / Fanfiction Destinada ao trono - Cidade

-Esta um dia bonito, por milagre.- Estella disse entrando no meu quarto, ela estava com um vestido de manga comprida e um volar que tinha pingente de coruja, mas não era um vestido de princesa, era um vestido normal, tive vontade de gritar, ela me olhou e arregalou os olhos. -A última vez que te vi de calças foi quando a gente tinha quinze anos e você cismou que eu tinha que te ensinar a atirar.

-Pois é.- Eu disse rindo, eu estava com uma camisa de manga curta preta normal, mas as meninas tinham feito um coque simples em mim com algumas flores que davam um pouco de cor para o visual. Olhei no espelho e notei uma coisa, a aliança. Aquela coisinha de ouro fino que estava logo abaixo do enorme anel de água marinha que as meninas tinham colocado. Eu o tiraria?

-Vamos?- Steven perguntou entrando no meu quarto, levei um susto e o vi de camisa normal e calça jeans, foi o suficiente para me fazer sorrir, ele sorriu pra mim também. Olhei para o dedo dele, e ele carregava sua aliança.

-Vamos!- Estella falou empolgada, eu estava nervosa e ao mesmo tempo quase explodindo, eu veria pessoas normais! Eu veria ruas, shoppings prédios, casas, famílias.

-Estou mais do que empolgada.- Falei, Estella foi para fora do quarto e eu quase corri atrás dela até ser segurada por um dos braços de Steven. -Perdeu a noção?

-Queria te sugerir um acordo.- Ele disse. -Você notou que Estella tem andado um pouco triste?

No momento em que ele disse isso eu lembrei que a semana inteira Estella tem estado realmente longe, pensativa.

-Ela esta realmente empolgada com esse passeio.- Ele falou olhando nos meus olhos. -Mas como eu nos conheço provavelmente iremos brigar e ela vai ficar triste.

-Ela odeia nos ver brigando.- Falei olhando para ela no fundo do corredor.

-Vamos dar uma trégua, só enquanto estamos lá. Eu sei que você me odeia, também sei que você é esquentadinha e marrenta.- Fechei a cara e ele sorriu. -Mas por favor, vamos resgatar um pouco da amizade que a gente tinha, só enquanto estamos lá, só por ela, por nós. Para termos um momento agradável.

-Esta certo.- Falei suspirando, ele sorriu de lado e nós corremos atrás de Estella. 

Fui a primeira a entrar no carro, assim que ele passou pela floresta meu coração estava acelerado.

-Você esta brilhando alegria.- Estella disse pegando em minha mão, ela estava do meu lado e Steven na minha frente, eu não tirava os olhos do vidro do carro, eu queria ver cada momento daquilo, os prédios começaram a surgir e pessoas andando na rua também. Pessoas diferentes, rindo, conversando, namorando, vi uma mulher grávida com seu marido e sua filha que já devia ter uns sete anos e o carro parou em uma praça, onde uma pequena banda de rua tocava, alguns bebês brincavam e suas mães conversavam, um grupo de adolescentes estavam sentados fazendo um pique nick, parecia um sonho. Parecia um filme.

-Vamos?- Steven perguntou, só então eu notei que eu tinha que abrir a porta do carro e sair, e foi o que eu fiz, abri a porta do carro e pisei na grama verde do parque, eu não contive meu sorriso, minha vontade de dançar, de correr de pular. E foi isso que eu fiz eu corri e dei uma estrelinha como um louca, dei uma gargalhada e sem querer tropecvei e cai no chão, isso não interrompeu meu riso, por contrário, me fez ficar mais feliz ainda. Ninguém ali me cobraria ter postura,

-Você é louca.- Estella disse vindo perto de mim e rindo contagiada pelo meu riso, reparei na voz do menino que estava tocando e sentei impressionada, ele estava me olhando, dei um tchauzinho e ele piscou com um olho. Assim que a música arou ele largou um pouco o viol´ão que estava tocando e estendeu a mão para mim.

-Você é sempre empolgada assim ou é sua primeira vez aqui?- Ele disse, dei um sorriso tímido.

-Acho que os dois.- Falei rindo, ele riu também.

-Bem vinda a cidade imperial.- Ele disse.

-Obrigada.- Falei sorrindo de lado, olhei para os lado e sorri ainda mais. -Tudo aqui é lindo!

-Você deve estar encantada pelo castelo. Alguém já te disse que você é parecida com a futura rainha?- Ele disse, meu coração parou.

-Todo mundo fala! Mas de verdade, o que a futura rainha estaria fazendo rindo e se atrapalhando como uma louca no parque?- Falei, ele riu.

-Verdade.- Ele disse, sorri, notei que os amigos dele ainda tocavam algo. -Parece estar empolgada para dançar.

Ele estendeu a mão e eu sorri pegando-na, ele me puxou para a dança e me rodou, eu ria com seus movimentos.

-Você dança muito bem!- Ele disse impressionado.

-Já fiz aula.- Respondi sorrindo.

-Ele pegou na minha mãe esquerda e notou na minha aliança, na mesma hora ele parou com a dança.

-É uma aliança? Tão nova e já casada?- Ele disse, gaguejei olhado para o anel tirando rapidamente minha mãe da dele.

-É um anel de compromisso...- Falei olhando para o anel desanimada, por um momento pensei que um dia eu pudesse ter uma história com aquele garoto, uma história linda e eu ia contar par meus filhos como o conheci.

-Bem vinda a Krusting, a cidade imperial.- Ele disse sorrindo, ele voltou para sua posição no banco, eu sorri e dei uma acenada de longe. Vi que Estella estava comprando um sorvete e que Steven não tirava a cara de bravo e satisfeito do rosto.

-Quero um.- Falei chegando perto deles, Steven comprou mais um para nós, fiquei com raiva do seu sorrisinho idiota.

-Você deve ter adorado ele ter notado no anel.- Falei, ele me entregou a casquinha e deu de ombros.

-Foi para o bem dele.- Ele disse, eu fiquei irritada, mas logo lembrei que finalmente estava na cidade e me animei de novo, estavamos andando na rua quando passamos em frente a um enorme museu, meus olhos brilharam e eu puxei Estella.

-VAMOS!- Falei, ela olhou para o nome esculpido no teto da enorme construção.

-Museu imperial de Krusting.- Ela falou, depois virou para mim. -Vivemos isso todos os dias.

-Eu sei, mas já pensou ver como as outras pessoas falam sobre vocês e sobre seus antepassados.- Falei, Steven bufou e acabou concordando, Estella também, compramos os bilhetes e entramos. Tinham pinturas que tinham no castelo, de antigos reis e rainhas. Até chegarmos nas últimas gerações, onde tinha uma pintura de quando Ester tinha três anos e foi dada como morta e logo depois ela aos dezoito reaparecida e assustada. Tinha algumas fotos dela no aeroporto, desmaiada ou confusa com uma cara de choro, mas logo depois ela como uma rainha. Em uma pequena televisão apareceu a famosa cena de Ester defendendo uma mulher de um policial e logo depois Ester e seus seis filhos.

-Agora vamos nos ver.- Steven falou baixinho. Entramos na ala da rainha Mel e de seus acordos com a Itália, assim também um retrato dela e de Daniel casando, eu olhei para aquele retrato e sorri para os dois, mal se conheciam e se amavam. Mel disse que no fundo sempre teve certeza de que ele seria o amor da vida dela, em seguida Mel grávida e por fim o casal de bebês príncipes, nessa parte eu abracei Estella e sorri de lado. 

"A trágica história de Nicole Berry"

-Nick, acho melhor irmos...- Estella disse, o corredor da minha história era uma cortina preta, eu neguei com a cabeça.

-Eu quero ver.- Falei e entramos, lá estava eu, nos braços de Mel, os olhos dela mostravam seu pavor.

"Com apenas seis meses de idade nossa amada futura rainha de Ruêmania, Nicole, foi achada ao lado de sua mãe em um inverno rigoroso. Por algum motivo não encontrado até hoje sua mãe biológica foi encontrada morta esfaqueada ao lado de Nicole. Até hoje, a menina sofre de paradas cardíacas e de problemas na respiração graças ao inverno rigoroso. Com um acordo para se manter ao lado de Nicole, Mel assina um tratado que mudara a vida da pequena. Em suas pequenas mãos esta todo o futuro de Ruêmania, ao lado do seu noivo, príncipe Steven Rizzo.

Nicole cresceu em graça, luxo, beleza e bondade. Suas poucas aparições na TV tem a marca registrada de seu sorriso e seus olhos com esperança, sempre acompanhada pelos olhos amorosos de seu noivo Steven."

No lado da minha foto de quando fui achada estava um quadro meu sentada numa cadeira, séria e com um vestido azul, lembro-me deste retrato do ano passado. Mas nunca sonharia em ter ele em um museu, mais ao lado uma televisão passava um filme de todas as danças que fiz com Steven até o dia de hoje, em todos os meus aniversários, Pela montagem que fizeram parece que conforme fomos dançando fomos envelhecendo, meus olhos se encheram de lágrimas e Steven me puxou para um abraço, senti seus braços contornarem meu corpo e me deixei ser abraçada.

-Eles nos acham perfeitos.- Falei. -Eles acham que eu sou forte, feliz, apaixonada... Eu quero a minha mãe.

Eu solucei em seu ombro e me imaginei se minha mãe não tivesse morrido, me imaginei morando em uma pequena casa com uma lareira, sem problemas de respiração ou de coração, namorando e pensando em casar depois da faculdade. Se eu pudesse ter minha mãe teria trago flores a ela todos os dias. Teria cantado com a maior alegria do mundo uma música pra ela em todos os dias das mães, ia ser amada, acolhida e entendida por ela. Mas eu nunca pude conhece-la. Nunca.

-Vamos embora.- Estella disse. -Esta um dia bonito, porque não andamos de barco?

-Me parece uma boa ideia.- Steven disse coçando a garganta, ele sempre ficava incomodado quando eu chorava, eu me recompus,odiava chorar na frente deles.

-Esta certo.- Falei e saímos do museu, fomos parar em um lago. -Vamos em um pedalinho!

-Olá bela moça.- O moço que estava alugando os pedalinhos disse quando eu me aproximei, eu ia fazer uma reverencia mas me impedi a tempo e dei apenas um sorriso. -Para casal tem promoção. Você e seu noivo poderão ir com metade do preço.

-Ah... Nós...- Eu ia falar mas lembrei das alianças nos dedos, olhei para ele esperando alguma resposta. Maldita aliança! Por que eu não tirei essa droga?!

-Então quanto fica?- Steven disse e Estella deu um sorriso convencido.

-Podem ir gente, acho que vou andar.- Ela disse e eu quis mata-la, mas disfarcei, entrei no pedalinho ao lado de Steven.

-Vou mata-lo.- Falei quando já estávamos longe, vi um sorriso brotar em seus lábios.

-Você e eu estamos apaixonados, lembra?

-Não.- Falei chateada ele virou para mim e começou a pedalar freneticamente.

-Steven, o que você esta fazendo?- Perguntei, estávamos indo para longe da margem e acabamos parando no meio do lago.

-Estou te sequestrando.- Ele disse, franzi a testa e ele olhou para mim.

-Eu te odeio.- Falei com os olhos semi-serrados, ele ergueu as sobrancelhas.

-Me conte uma novidade.

-Eu estou falando sério Steven.

-Então grita. Ninguém vai poder te ouvir daqui além de mim. Grita.- Ele disse e eu olhei pra ele por um momento até perceber que só havia verdades em seus olhos, ele queria que eu fizesse aquilo.

-EU QUERO SUMIR! QUERO SURTAR! QUERO FINGIR QUE É TUDO MENTIRA!- Gritei arrancando tudo do meu coração. -Eu odeio ter que ter etiqueta para tudo! Eu odeio ter que admitir que minha única família me abandonou! Que a minha única família é VOCÊ! EU QUERIA TER MORRIDO JUNTO COM A MINHA MÃE! EU QUERIA QUE A MINHA MÃE NÃO TIVESSE MORRIDO! EU ESTOU SURTANDO! Estou morrendo aos poucos!

Assim que eu parei de falar dei apenas um erro para quase estourar minhas cordas vocais, eu estava arfando, senti lágrimas escorrendo pelo o meu rosto, botei meus pé na parte de cima do pedalinho e abracei meus joelhos, soluçando sobre eles, Steven tocou em meu rosto e me fez olhar para ele, sem falar mais nada ele me beijou. E eu correspondi ao beijo como se fosse a maior necessidade da minha vida no momento.

-Eu te odeio.- Falei quando nos separamos.

-E você enlouquece minha cabeça.- Ele respondeu. -Eu preciso de você.

Ele me beijou novamente e ficamos ali por mais alguns minutos que pareciam ter congelado o tempo, não falávamos nada, apenas nos beijávamos como a muito tempo não fazíamos.


Notas Finais


Desculpa pela demora galera ♥♥


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